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22 agosto, 2007

A OPA que não dava para comprar um T5

Joe Berardo esteve semanas em tudo o que era jornal e televisão a comentar a vida interna do Benfica. Diz-se que queria comprar o clube. A novela OPA chegou ao fim na segunda-feira. Berardo tinha 145144 acções do Benfica, pouco mais de 1% do clube. Ao preço de 3,50 euros por acção, valor oferecido pelo comendador, são 508 mil euros, dinheiro que não dá para comprar um T5 em muitas freguesias de Lisboa. O DN entrevistou ontem o empresário perguntando-lhe o que pensa sobre o actual momento do clube. Berardo descobriu que a publicidade mais barata é arranjar sempre barulho mediático. Gasta 508 mil euros em meia dúzia de acções do Benfica e, como bónus, passa horas na televisão, rádio e em dezenas de páginas de jornais e revistas. É uma pechincha. O homem parece tonto mas é brilhante. A comunicação social nem por isso.

04 julho, 2007

Pimenta no cú dos outros para mim é refresco

Joe Berardo defendeu ontem, em declarações à Lusa, que a entrada no novo museu Colecção Berardo poderá manter a gratuitidade até ao final do ano. "A minha ideia de museus, do museu de todos nós, não foi fazer as pessoas começarem a desembolsar quando as coisas estão bastante difíceis".

Uma ideia simpática e que até era agradável que fosse extendida a outros museus. Só que Berardo, que cada vez mais se comporta como o dono do CCB e do destino dos dinheiros públicos, fala em causa alheia. Afinal, e é pena que Berardo se tenha esquecido de o esclarecer, os custos de manutenção, conservação, restauro e seguros do museus ficam todos a cargo do Estado. Só para 2007 são 3 milhões de euros de despesa para os cofres públicos. Com o dinheiro dos outros sempre foi fácil ser filantropo.

26 junho, 2007

Big Show Berardo

O Estado Português entregou ontem a maior sala de exposições do país a Joe Berardo e à sua colecção de arte contemporânea. Se este foi um negócio que deixou extremamente satisfeito o omnipresente Berardo, mais estranho é o contentamento efusivo da ministra ou do primeiro-ministro.

O acordo assinado é uma desgraça para os contribuintes. Nem a manutenção da colecção em Portugal - aparentemente a principal razão para a conversão do CCB em museu Berardo – fica assegurada com este acordo. Não há a mínima garantia de que o Estado possa adquirir a colecção daqui a dez anos, como o próprio Berardo já admitiu ao Expresso. “O Estado compromete-se, desde já, a comprar a minha colecção, se eu quiser vender”.

 Tudo se resume a isto. O Estado compra, se Joe Berardo quiser vender.

Entretanto, 
os custos de manutenção, conservação, restauro e seguros ficam todos a cargo do Estado que cede, ainda, toda a área de exposições do CCB a custo zero. Em 2007 são três milhões de euros, mais os 250 mil anuais para a ampliação ao acervo. Se, daqui a 10 anos, o Estado não comprar a colecção, nem por isso pensem que Joe Berardo nos vai dedicar umas simpáticas palavras pelas dezenas de milhões de lhe demos para valorizar a sua colecção.

Fica uma última objecção. Esta medida compromete seriamente a autonomia de exposições do CCB, limitando a inserção deste no circuito internacional de exposições. Para quem duvida, recomendo a leitura deste documento, assinado há uns meses por Mega Ferreira, e no qual a direcção do CCB reconhece que a principal consequência do acordo é a “perda de autonomia de programação do Centro de Exposições e a redução do leque das suas actividades directas, admitindo mesmo que “pode vir a ter que proceder a uma significativa redução dos recursos humanos actualmente disponíveis, em consequência da redução de outras actividade que o citado acordo Celebrado entre o Estado e o Sr. José Berardo venha a impor”. Por agora, fechou já as portas ao centro de formação.

22 junho, 2007

"Como eu sempre disse, só faço isto por amor. Ao dinheiro."

Joe Berardo vai propor a criação de um banco com a marca Benfica. Segundo o próprio, em declarações ao Público, "o Benfica é uma marca valiosa, que tem de ser explorada."