Descobertas de ginásio:
1. Não tenho força nos braços nem nos peitorais - tive de me humilhar tentando fazer flexões. Fiz duas, com direito a quase-morte e ataque de riso.
2. Se for um computador a dizer-nos os dramáticos resultados da nossa avaliação física, o instrutor livra-se do papel de carrasco e seguimos amigos e felizes para o ginásio.
Cinema. Vimos o Mamma Mia numa sala esgotada às gargalhadas.
1. A Meryl Streep é genial. Até calada e quieta a mulher é boa. Adoro-a.
2. Acho que qualquer pessoa consegue gostar de musicais como este. Eu tenho vontade de ir vê-lo outra vez.
Aqui fica o trailer:
Mostrar mensagens com a etiqueta quotidiano 2. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta quotidiano 2. Mostrar todas as mensagens
11 de setembro de 2008
16 de novembro de 2007
desligar o sol
Eu sou um relógio de sol. Desde de bebé fui habituada a acordar cedo. Tive aulas de manhã até ao terceiro ano da faculdade, ano esse em que também tive um cão que não me deixava dormir para além das oito. Deitava-me às 21h30 e jantava a ver o Noddy (anos antes desta febre).
Lembro-me de durante anos acordar com um rádio que despertava às 7h15 com a Antena 3 sintonizada. Na maioria das vezes abria os olhos dois segundos antes de o minuto catorze virar (estas coisas do nosso cérebro). E assim me mantive. A noite não é coisa que me agrade muito, especialmente desde o dia em que substituiram as lâmpadas brancas dos candeeiros públicos, por laranjas (por favor, que mais alguém se tenha apercebido disso...). Essas luzes causam-me um desconfortozinho até hoje.
O amanhecer é algo que me faz muito feliz. Gosto de dormir com as persianas abertas e ir acordando. Há um sentimento de culpa que me acompanha durante o resto do dia, quando acordo depois das dez. Não importa o dia nem a hora a que me deitei.
E quando o sol se põe o meu corpo reage. Ou vai um café, ou fico mole até cair e babar num plano horizontal qualquer, até ao dia seguinte.
3 de julho de 2007
volte sempre
Na loja onde compro a madeira para as telas há um funcionário que é o motivo por que volto lá.
Há uns tempos, na caixa, a funcionária que faz tudo a correr e ao mesmo tempo mantém a sua tromba firme, passou-me o verde-código-verde para a mão tão à bruta que nem viu que em vez de marcar €21.20, marcou €2.12. Eu, assim que vi o valor, disse que estava errado. Ela corrigiu e virou-me costas imediatamente. E eu ouvi ecoar dentro da minha cabeça uma voz grave a chamar-lhe um nome que não me atrevo a escrever aqui.
Normalmente eu não reclamo com funcionários. Simplesmente não volto ao estabelecimento. Se bem que houve uma vez, no Porto (lembras-te Di?), em que fomos ao centro de saúde da minha freguesia para a pobre Di (moribunda de amigdalite) ir a uma consulta. O senhor da recepção foi tão, mas tão, mas tão malcriado connosco - a Di morava noutra freguesia mas naquele momento ardia em febre na minha - ao dizer-nos que ela que fosse à área de residência dela, que eu senti um vulcão entrar em erupção dentro de mim. A minha irmã pequenina e febril quase a chorar, com a garganta tipo bola de dor e ainda a ouvir desaforos dum funcionário que finge cumprir o seu dever enquanto maltrata doentes. Não sei exactamente o que disse mas sei que o meu tom de voz se alterou consideravelmente e que coloquei a mão em cima do balcão como se estivesse prestes a galgá-lo para estrangular o homem. E fomos atendidas.
Adiante. O senhor que corta a madeira e me escuta atentamente (eu sou muito chata: "esta ripa, três de 80cm e estas três, quatro de 60cm") é um amor. Eu vou sempre a rezar para que seja ele a atender-me. É sério, profissional e atencioso. Para que seja fácil eu transportar a madeira, pega nos pedacitos todos, coloca-os uns sobre os outros cuidadosamente e ata-os com fita-cola. Corta-a usando a caneta e eu babo-me a ver o seu ritual e a contar as voltas que ele dá com o rolo em torno da madeira. No fim olha-me nos olhos e diz adeus. E quando a madeira é muita ajuda-me a carregá-la até à caixa onde a elefanta me espera.
Eu adoro bons profissionais. Eles são ímans para mim. Quero a menina dos CTT de volta...
Há uns tempos, na caixa, a funcionária que faz tudo a correr e ao mesmo tempo mantém a sua tromba firme, passou-me o verde-código-verde para a mão tão à bruta que nem viu que em vez de marcar €21.20, marcou €2.12. Eu, assim que vi o valor, disse que estava errado. Ela corrigiu e virou-me costas imediatamente. E eu ouvi ecoar dentro da minha cabeça uma voz grave a chamar-lhe um nome que não me atrevo a escrever aqui.
Normalmente eu não reclamo com funcionários. Simplesmente não volto ao estabelecimento. Se bem que houve uma vez, no Porto (lembras-te Di?), em que fomos ao centro de saúde da minha freguesia para a pobre Di (moribunda de amigdalite) ir a uma consulta. O senhor da recepção foi tão, mas tão, mas tão malcriado connosco - a Di morava noutra freguesia mas naquele momento ardia em febre na minha - ao dizer-nos que ela que fosse à área de residência dela, que eu senti um vulcão entrar em erupção dentro de mim. A minha irmã pequenina e febril quase a chorar, com a garganta tipo bola de dor e ainda a ouvir desaforos dum funcionário que finge cumprir o seu dever enquanto maltrata doentes. Não sei exactamente o que disse mas sei que o meu tom de voz se alterou consideravelmente e que coloquei a mão em cima do balcão como se estivesse prestes a galgá-lo para estrangular o homem. E fomos atendidas.
Adiante. O senhor que corta a madeira e me escuta atentamente (eu sou muito chata: "esta ripa, três de 80cm e estas três, quatro de 60cm") é um amor. Eu vou sempre a rezar para que seja ele a atender-me. É sério, profissional e atencioso. Para que seja fácil eu transportar a madeira, pega nos pedacitos todos, coloca-os uns sobre os outros cuidadosamente e ata-os com fita-cola. Corta-a usando a caneta e eu babo-me a ver o seu ritual e a contar as voltas que ele dá com o rolo em torno da madeira. No fim olha-me nos olhos e diz adeus. E quando a madeira é muita ajuda-me a carregá-la até à caixa onde a elefanta me espera.
Eu adoro bons profissionais. Eles são ímans para mim. Quero a menina dos CTT de volta...
18 de junho de 2007
eu tenho um mealheiro
Há um ano eu estava prestes a ficar pobre. Em Agosto, já há meses independente e dona da minha casa, tive de pedir 20 euros emprestados à minha mãe. Felizmente ela emprestou-me 100.
Hoje sou perita em esticar o dinheiro.
Ofereci um mealheiro ao Bruno que ele recheou de moedas de 1 euro. Depois fiquei com inveja e comprei um para mim.
O conteúdo do meu mealheiro não faz barulho e já toca no topo. O JB enfiou-lhe duas moedas de cêntimos e um clip, às escondidas, o que me muito me irritou e me levou aos piores palavrões quando me apanhei a sós com a lata e uma faca na mão. Escusado será dizer que só descansei quando arranquei de lá de dentro os tesourinhos do JB. O meu mealheiro não faz barulho metálico e é muito leve, apesar de já estar cheio.
29 de maio de 2007
gorda não, forte
Há uns dias o JB disse que quer comer chocolates todos os dias. Como eu o compreendo... acabo de comer 3 bombons enquanto ele está ali distraído com uma lupa a observar todos os objectos em redor.
Disse-lhe que se comer tanto chocolate vai ficar muito gordo e que não conseguirá mexer-se nem brincar. Coitadinho, mudou logo de ideias. Enquanto lhe falei dessa terrível possibilidade, vi-me na sala de dança, a transpirar rios e a tentar dar todos os saltos ao mesmo tempo que as minhas queridas colegas (olá meninas!). Dançar uma coreografia frenética com a sensação de que se transporta um saco de pedras às costas é sinal para cortar relações com um certo amigo meu (olá açúcar!), antes que o mal deixe de ser só esse e também antes que o fatídico dia no teatro municipal chegue e eu tenha mesmo de vestir o bibe-preto-de-coxa-à-mostra.
Continuo a pensar no que vou fazer com os ovos fresquinhos fresquinhos...
Disse-lhe que se comer tanto chocolate vai ficar muito gordo e que não conseguirá mexer-se nem brincar. Coitadinho, mudou logo de ideias. Enquanto lhe falei dessa terrível possibilidade, vi-me na sala de dança, a transpirar rios e a tentar dar todos os saltos ao mesmo tempo que as minhas queridas colegas (olá meninas!). Dançar uma coreografia frenética com a sensação de que se transporta um saco de pedras às costas é sinal para cortar relações com um certo amigo meu (olá açúcar!), antes que o mal deixe de ser só esse e também antes que o fatídico dia no teatro municipal chegue e eu tenha mesmo de vestir o bibe-preto-de-coxa-à-mostra.
Continuo a pensar no que vou fazer com os ovos fresquinhos fresquinhos...
bons amigos
A avó da Cilu mandou-me ovos fresquinhos fresquinhos (mousse! mousse!) porque gosta muito de mim. A avó da Cilu é um bocadinho minha avó e acha que eu não faço uma refeição de jeito há 5 anos, uma vez que não lhe cabe na cabeça que eu não coma carne nem peixe. Apesar disso e da sua cultura de aldeia, de matar os animais para comer e de "comer bem", ela é tão querida que me respeita e tenta perceber o meu ponto de vista. A tolerância é uma coisa tão bonita. A Mãezinha é sábia e mesmo achando que eu sou maluca, ri-se muito de mim e abana a cabeça quando me vê de coador na mão a salvar os insectos da morte na piscina, enquanto as suas outras netas emprestadas nadam e apanham sol com a Cilu.
Obrigada, Mãezinha!
Há poucos cartazes das minhas pinturas que resistem pelas lojas de Viana. Eu espalhei-os pela cidade na minha onda de publicidade. A maioria durou umas semanitas nas montras ou balcões. Mas há duas lojas onde ainda estão muito bem coladinhos. Numa loja de roupa para criança em frente ao jardim e na loja do pai da Cilu. Apesar de ele não ter espaço para o pôr na loja, arranjou logo um cantinho (um cantão, que a folha é um A3) na porta, virado para a rua. E lá permanece, há meses...
Graças a ele recebi um telefonema simpático da mãe de um lindo bebé que quer uma pintura em duas paredes. Oba oba!
Obrigada Sr. José!
20 de maio de 2007
domingo
Estou só. Quanto mais me distraio, mais me dou conta de que a minha cabeça nunca pára, nunca nunca e que estou sempre a fazer listas mentais de coisas e a reviver cada dia anterior em slideshow.
Na estrada para as escolas cujas obras nunca mais acabam, dou comigo a soprar os semáforos e pergunto-me quantas pessoas terão visto e gostado deste filme tanto quanto eu.

Amanhã a casa estará preenchida por um menino crescido de 4 anos. O livro dele será o vigésimo primeiro. Estou muito satisfeita.

Boa companhia ao volante: a Gioconda porta-se muito bem na viagem enquanto o Peter faz de conta que conduz o carro. Assim que chegamos a casa e eu subo a rampa da garagem a Gi vem para o meu colo e fica ao volante. Faz isto sempre sempre sempre.
Na estrada para as escolas cujas obras nunca mais acabam, dou comigo a soprar os semáforos e pergunto-me quantas pessoas terão visto e gostado deste filme tanto quanto eu.
Amanhã a casa estará preenchida por um menino crescido de 4 anos. O livro dele será o vigésimo primeiro. Estou muito satisfeita.
19 de maio de 2007
Tilhas. Sapatilhas
Hoje fui ao casamento de um amigo de infância (que noiva linda linda linda!) e fui de sapatilhas.
Tenho apenas um par de sapatos que não são sapatilhas e que só dura nos meus pés enquanto eu estiver a andar.
Hoje, depois de testemunhar a tortura dos tacões e ouvir os comentários de algumas senhoras/meninas elegantes e femininas em cima de sapatos tive a certeza de que se um dia casar vestida de noiva, hei-de casar de sapatilhas. Não é por mal nem por rebeldia. É que não consigo...
12 de maio de 2007
vizinhos
Ontem estava eu aqui no computador quando ouvi um valente estrondo. Qualquer coisa de louça a partir-se mas com uma força e um som grave fora do comum. De seguida ouvi alguém a chorar desesperadamente. Fui à porta. Dei de caras com a minha vizinha do lado, na mesma situação que eu. Corremos para a porta do Sr. S e logo percebemos o que tinha acontecido. Os cacos no meio do chão impediam-nos de entrar e ajudá-lo. A sua mulher em pânico a tentar levantá-lo e alguns segundos de angústia até que eu levantei o meu vizinho do chão. Subitamente ele deixou de ser o velhote chato e coscuvilheiro que me cansou com as suas perguntas sobre vida privada. Agora ele é um velhinho doente que não fala. Dá uns passos e perde o equilíbrio. Esta foi a terceira queda. E eu tenho muita pena.
10 de maio de 2007
9 de maio de 2007
papel
Eu adoro árvores. Adoro. Tenho um respeito tão grande por elas que na faculdade não me atrevi a matricular na tecnologia de Madeiras (mesmo lá trabalhando o técnico mais jeitoso da U.P.), por pena de as explorar. Uso madeira nas grades para as telas e tenho móveis de pinho. No entanto ainda não fui capaz de comprar um daqueles lindos individuais redondos de bambu porque não consigo deixar de ver neles uma secção de árvore morta. Por essas e por outras sou cada vez mais adepta do inox e dos sintéticos.
Ora, por ser tão apaixonada por árvores, tenho esta compulsão de guardar papel de todos os tipos, usando como desculpa a possibilidade de o vir a usar em qualquer coisa, um dia... Aquelas publicidades que nos vêm parar à caixa do correio, impressas em papel poluente com tintas tóxicas... custa-me tanto deitá-las directamente no ecoponto que penso sempre no que fazer de interessante com elas.
Ontem fez-se luz. Depois de ter comprado os envelopes para enviar os livrinhos e com esta minha arrogância do uólha-eu-também-sei-fazer-isto!, decidi fazer eu os envelopes com os jornais dos supermercados, as revistas velhas e, melhor, o papel a que vem colado o papel autocolante que ultimamente abunda nesta casa. Agora é só comprar plástico-bolha e concretizar a ideia.

Uma das vantagens de comer pizza na cama com o Bruninho e o Malato é ficar com cartão de sobra para capas de livros. Oba oba!
Ora, por ser tão apaixonada por árvores, tenho esta compulsão de guardar papel de todos os tipos, usando como desculpa a possibilidade de o vir a usar em qualquer coisa, um dia... Aquelas publicidades que nos vêm parar à caixa do correio, impressas em papel poluente com tintas tóxicas... custa-me tanto deitá-las directamente no ecoponto que penso sempre no que fazer de interessante com elas.
Ontem fez-se luz. Depois de ter comprado os envelopes para enviar os livrinhos e com esta minha arrogância do uólha-eu-também-sei-fazer-isto!, decidi fazer eu os envelopes com os jornais dos supermercados, as revistas velhas e, melhor, o papel a que vem colado o papel autocolante que ultimamente abunda nesta casa. Agora é só comprar plástico-bolha e concretizar a ideia.
Uma das vantagens de comer pizza na cama com o Bruninho e o Malato é ficar com cartão de sobra para capas de livros. Oba oba!
querida menina dos correios:
Porque desapareceste? Como tenho a certeza de que não te despediram, só posso concluir que tenhas arranjado um emprego melhor. Sei que terás sucesso onde quer que arranjes trabalho. Eu imagino-te como apresentadora de televisão. Arrumas qualquer um dos apresentadores da manhã a um canto. Que saudades da tua simpatia, do teu despacho, do carimbo na tua mão pimba-pimba-pimba, do teu profissionalismo e do teu "tudo de bom". Quero que saibas que sinto muito a tua falta e não devo ser a única. Já não sinto alegria em ir buscar encomendas e odeio aquelas duas antipáticas que se sentam na tua cadeira. Tudo de bom para ti também.
15 de abril de 2007
anti-antibiótico
O meu novo médico é radicalmente contra o uso de antibióticos. Eu tento obedecer-lhe, até porque ele me "deixa" ser vegetariana e me ensinou que o miso tem vitamina B12.
Tenho sempre faringites horríveis que curo com as coisas do costume: antibiótico, xarope, gargarejos de água e sal, rinomeres e sterimares nariz acima, chás com limão e mel, muita água e rebuçados. Normalmente tenho recaídas e a alergia à tinta não ajuda nada.
Ora o meu novo médico recomendou-me um "antibiótico natural" feito à base de própolis, que me deixou pasmada. É que as minhas faringites deixam-me com dores horríveis (desde a língua até à nuca, passando pelo céu-da-boca) e toneladas de expectoração. E eu não acreditei que um liquidozito azedo me fizesse o que nem um antibiótico faz. A verdade é que aquilo resulta, associado ao resto do tratamento e a um xarope expectorante natural. Se não tivesse curado de seguida já três das minhas tradicionais faringites, não estaria aqui a fazer publicidade gratuita. E um dia falarei da hidrocolonoscopia e de um outro tratamento inacreditável que fiz.
Tenho sempre faringites horríveis que curo com as coisas do costume: antibiótico, xarope, gargarejos de água e sal, rinomeres e sterimares nariz acima, chás com limão e mel, muita água e rebuçados. Normalmente tenho recaídas e a alergia à tinta não ajuda nada.
Ora o meu novo médico recomendou-me um "antibiótico natural" feito à base de própolis, que me deixou pasmada. É que as minhas faringites deixam-me com dores horríveis (desde a língua até à nuca, passando pelo céu-da-boca) e toneladas de expectoração. E eu não acreditei que um liquidozito azedo me fizesse o que nem um antibiótico faz. A verdade é que aquilo resulta, associado ao resto do tratamento e a um xarope expectorante natural. Se não tivesse curado de seguida já três das minhas tradicionais faringites, não estaria aqui a fazer publicidade gratuita. E um dia falarei da hidrocolonoscopia e de um outro tratamento inacreditável que fiz.
13 de abril de 2007
a minha descoberta
Chamo-lhe descoberta, porque é surpreendente. Achei que nasceria de acontecimentos grandiosos, como ver todos aqueles que amo, felizes. Mas vem de coisas pequenas, às vezes insignificantes e é tão grande que me dá vontade de chorar. A minha Felicidade é uma luz que surge dentro de mim e me faz levantar os pés do chão, quando saio de casa e vou até ao botão do elevador. É morna e confortante. Impede-me de rabujar com outros condutores e com pessoas malcriadas.
- Por ter a profissão por que lutei
- Por poder tocar as pessoas
- Por cortar madeira com o tico-tico e a colar cuidadosamente, fazendo grades para telas
- Por ter uma mão direita de que me orgulho tanto que esqueço o desgosto de ter celulite
- Por ter dinheiro suficiente para ir ao supermercado sem consultar o saldo antes
- Por comer muito chocolate e depois beber muita água
- Por viver rodeada de crianças
- Por viver rodeada de animais
- Por ter uma casa cheia de janelas
- Por ser tão amada que às vezes me sinto a maior do mundo
- Por ter tanto amor para dar
11 de abril de 2007
cabecinha de cabeceira
Esta expressão, dizia uma menina que eu conheço quando era pequena, referindo-se à mesinha de cabeceira. Eu apoderei-me dela para me referir à cabecinha-pensadora-de-coisas-tontas que tenho.
Agradeço por todos os comentários tão queridos que me deixam, tenho-me animado bastante a fazer cada vez mais e mais desenhos e as ideias vêm em catadupa. É delicioso.
Hoje aconteceu uma coisa especial. Contei as história do anjinho das coisas perdidas à Tocas, dizendo-lhe que aconteceu tudo aqui mesmo, em casa. Os olhos dela encheram-se de luz, diante da narração e dos desenhos. Mostrou-me um sorriso tão sincero, tão feliz por entender tudo, quando lhe perguntei quem teria pegado na lâmina, apontando para o Anjinho. Adorou a parte de brincar às cozinhas com tampas de garrafas e fósforos, acariciou os desenhos com o dedinho e viajou comigo. Depois de ver aquela expressão e de saber que há também adultos que se comovem com estas coisas, penso como irão ser os meus livrinhos artesanais e se vão fazer brilhar os olhos de mais alguém. Eu queria muito...
Agradeço por todos os comentários tão queridos que me deixam, tenho-me animado bastante a fazer cada vez mais e mais desenhos e as ideias vêm em catadupa. É delicioso.
Hoje aconteceu uma coisa especial. Contei as história do anjinho das coisas perdidas à Tocas, dizendo-lhe que aconteceu tudo aqui mesmo, em casa. Os olhos dela encheram-se de luz, diante da narração e dos desenhos. Mostrou-me um sorriso tão sincero, tão feliz por entender tudo, quando lhe perguntei quem teria pegado na lâmina, apontando para o Anjinho. Adorou a parte de brincar às cozinhas com tampas de garrafas e fósforos, acariciou os desenhos com o dedinho e viajou comigo. Depois de ver aquela expressão e de saber que há também adultos que se comovem com estas coisas, penso como irão ser os meus livrinhos artesanais e se vão fazer brilhar os olhos de mais alguém. Eu queria muito...
8 de abril de 2007
páscoa
7 de abril de 2007
4 de abril de 2007
férias que voam
Hoje terminei a pintura do quartinho mas agora tenho uma outra tarefa pela frente: encavalitar um duende por cima da fadita do quadro. É que a Beatriz está quase quase a deixar de ser filha única.
O quase a acabar é sempre uma eternidade. Leva horas e horas de retoques, luzes e sombras nas crianças e contornos de caneta bic. É a melhor parte. Os bonecos ganham vida e a parede enche-se de profundidade.
Hoje apanhei-me a falar alto com uma das meninas: "Oh meu amor, não te pus sombras nos pés!? E logo no que tu tens de mais fofinho!..." - Começo a pensar seriamente em usar aquela máscara de 2 toneladas, para bem da minha sanidade mental. Para além disso, só me restam da alergia os lábios gretados e alguma comichão.
Na faculdade, quando andava eu de máscara naquelas salas sem ventilação nem condições, tive uma professora que me disse uma vez: "Se eu sofresse assim para pintar, não pintava." - Se calhar ela não se libertou dos preconceitos, da ideia de "arte menor", da contemporaneidade, da teoria e do estatuto, para experimentar fazer o que eu faço. É que eu sou mesmo feliz no meio da bonecada e a minha professora não sabe o que perde. Venha a máscara.
Parabéns ao meu amor. Pior que ter quase-25, é ter 27. Eheheh... Vou preparar a festa!
O quase a acabar é sempre uma eternidade. Leva horas e horas de retoques, luzes e sombras nas crianças e contornos de caneta bic. É a melhor parte. Os bonecos ganham vida e a parede enche-se de profundidade.
Hoje apanhei-me a falar alto com uma das meninas: "Oh meu amor, não te pus sombras nos pés!? E logo no que tu tens de mais fofinho!..." - Começo a pensar seriamente em usar aquela máscara de 2 toneladas, para bem da minha sanidade mental. Para além disso, só me restam da alergia os lábios gretados e alguma comichão.
Na faculdade, quando andava eu de máscara naquelas salas sem ventilação nem condições, tive uma professora que me disse uma vez: "Se eu sofresse assim para pintar, não pintava." - Se calhar ela não se libertou dos preconceitos, da ideia de "arte menor", da contemporaneidade, da teoria e do estatuto, para experimentar fazer o que eu faço. É que eu sou mesmo feliz no meio da bonecada e a minha professora não sabe o que perde. Venha a máscara.
Parabéns ao meu amor. Pior que ter quase-25, é ter 27. Eheheh... Vou preparar a festa!
2 de abril de 2007
nostalgia
Hoje volto ao trabalho na parede. Vou acabar brevemente. Bom dia e boa semana*
Subscrever:
Mensagens (Atom)