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As memórias em mim...
25.6.20
Um dia para guardar...
20.11.19
A cerimónia foi tudo o que pretendíamos, uma cerimónia simples, com a presença da família e alguns amigos. Uma coisa simples mas o suficiente para celebrarmos o amor, a saúde e o facto de nos termos uns aos outros.
Usei um vestido feito pelas mãos sempre talentosas da Patrícia. Uma daqueles desafios que lhe coloquei à última hora e que ela, uma vez mais, superou maravilhosamente. Mas ainda mais importante e bonito, estava o vestido que a Isabel usou. O mesmo que eu tinha usado no baptizado da minha prima há mais de 30 anos atrás. Feito pelas mãos da minha mãe com uma perfeição e detalhe que ainda me surpreendem. Com o peito em crochet quase renda, sem um erro que se encontre naquele padrão. Um verdadeiro sonho que espero que volte a ser usado.
Ontem quando olhava para as fotografias pensava que também as camisolas dos rapazes foram feitas de forma manual na Madeira, os calções - de uma marca portuguesa - foram comprados numa loja de bairro e as sandálias foram todas "herdadas". E por algum motivo isto deixa-me feliz.
Há muitas coisas que quero guardar na memória mas que sei bem que não vou conseguir. E também por isso escrevo por aqui um bocadinho partilhando espaços do que é a nossa história. Acho que eles um dia vão passar por aqui e ver o que foi - ainda que apenas um suspiro - a sua infância.
Neste dia, como em todos os outros, faltaram as avós. É certo que estão sempre connosco e que neste dia as lembrámos ainda mais mas a verdade é que também chorámos a sua falta. Porque tudo fica incompleto sem elas.
Os miúdos tiveram um dia em cheio. Brincaram até não poder mais e acabaram a tarde com uma luta de água com a mangueira do jardim, já em roupa interior.
Foi um dia feliz. E a cereja no topo do bolo é saber que para eles também foi.
Se tiverem curiosidade aqui encontram o Dia do Joaquim e algumas imagens dessa altura do Manuel (um post com fotografias desse dia a caminho porque não pode um dia passar por aqui e não o encontrar!).
São doughnuts! Finalmente, dizem eles...
20.3.19
Os rapazes já andavam a pedir para provar doughnuts há muito (muito) tempo. Mas a verdade é que os que se vendem por aí embalados não me convencem. Enquanto consegui fui tentando distraí-los do tema mas quando comprei este livro que andava a namorar há meses, achei que se tinham esgotado as desculpas. Também ando sempre à procura de ideias diferentes para pôr nas lancheiras diariamente e estas soluções são boas porque também dão bem para congelar para ir safando aquelas semanas mais complicadas.
Confesso que achei todo o processo mais simples do que estava à espera. A parte mais chata é fritar com certeza. Ainda para mais para quem - como eu - não costuma fazê-lo. Mas a verdade é que não é nenhum bicho de sete cabeças e se eu consegui, qualquer um consegue.
Vamos à receita do New York Cult Recipes?
Para cerca de 20 doughnuts:
70g óleo de coco derretido
350 ml leite (usei leite gordo)
820g farinha (usei farinha tipo 55)
3 colheres de fermento de padeiro
100g de açúcar fino
2 ovos
1 gema
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 colher de chá de sal
Modo de fazer:
1. Juntar o oleo de coco com o leite
2. Juntar a farinha com o açúcar e fermento
3. juntar os ovos com a baunilha e sal
4. Combinar todas as misturas e amassar bem até a massa ficar elástica.
5. Cobrir com película e deixar levedar por 1h30 ou até duplicar o tamanho
6. Levar ao frigorífico por, pelo menos, 3h.
7. Fazer um rolo com a massa e cortar pequenos e formar bolas. Fazer um buraco ao centro (eu usei uma tampa de iogurte líquido depois de muito procurar. Era o que tinha a dimensão que eu precisava)
8. Polvilhar os doughnuts com farinha, cobrir com a película aderente (e eu ainda coloquei uma toalha em cima) e deixar dobrar o tamanho.
9. Aquecer uma panela com óleo (dependendo do tamanho da panela vão precisar de mais ou menos óleo). Para saber que está a uma boa temperatura para fritas coloque um bocadinho de pão que deve ficar dourado em cerca de 15 segundos.
10. Fritar os doughnuts durante cerca de 2 minutos de cada lado e depois deixe-os a arrefecer numa grelha (eu uso os tabuleiros do forno).
11. Se quiserem podem usar cobertura eu usei a de mel: 100g de açúcar em pó, 40g de manteiga derretida, 1 colher de chá de mel, 1 colher de chá de água quente e 1/2 colher de chá de extrato de baunilha. Misturar tudo e depois mergulhar os doughnuts num dos lados nesta mistura.
Primavera?
15.2.19
Antes que pensem que sou uma máquina tricotadeira, deixem que esclareça que comecei esta camisola no Verão! Quando a comecei tinha a ideia de a fazer de seguida, estava mesmo motivada mas depois as agulhas finas foram levando a melhor de mim e comecei a meter outros projetos pelo meio numa espécie de necessidade de ver o fim a alguma coisa. Para quem nunca tricotou explico: quanto mais grosso for o fio maiores são as agulhas usadas e mais rápido é o trabalho.
As pedras vou comprando aqui e ali ao longo do tempo e acabo por ter já um uma espécie de espólio que vou usando quando preciso. Usei novamente a técnica "top down" o que me permite ir experimentando à medida que vou fazendo para que fique exatamente do tamanho que quero.
Provavelmente não se lembram mas já tinha feito uma camisola usando pedras e missangas no Verão passado. Desta vez resolvi fazer uma espécie de degrade e adorei o resultado final. Ainda pensei pôr pedras na camisola toda mas depois achei que ia ficar muito pesada e que poderia não resultar bem vestida. Ainda bem que fiz assim porque gosto ainda mais do resultado.
"Quando é que eu faço estas coisas ?". Recebo esta pergunta inúmeras vezes. Eu tricoto sobretudo à noite depois de deitar os miúdos. Diria que 90% é feito nessa altura e algumas vezes ao fim de semana se tudo está calmo e tenho uns 15 minutos no sofá enquanto veem um filme por exemplo. O tricot para mim tem o mesmo efeito que eu via ter na minha mãe: é uma terapia. Habituei-me a estar a ver um filme à noite enquanto vou fazendo isto e agora é muito difícil ver só um filme :D!
Espero que gostem!
A Camisola...
31.1.19
Já vos contei aqui mais do que uma vez que me iniciei no Tricot com a minha mãe que era uma tricotadeira cheia de talento com uma técnica incrível que eu estou longe (tipo anos luz) de atingir. E o que sempre me surpreendeu é que a ela ninguém ensinou a tricotar. Aprendeu sozinha por todos os livros e revistas francesas que entretanto herdei. Hoje em dia se quero aprender a fazer algum ponto novo nem preciso de ir ao computador. Basta aproveitar uma qualquer pausa e com o telefone ir ver ao youtube. Foi o que aconteceu com esta camisola.
Vi o ponto num livro da minha mãe, procurei no youtube como se fazia. Comprei este fio e deitei mãos à obra. Pelo caminho tirei algumas dúvidas com uma tricotadeira experiente para fazer esta manga de balão que ficou e-x-a-c-t-a-m-e-n-t-e como eu queria e em menos de quase nada consegui acabá-la (maravilhosas agulhas 9mm).
Tricotei a frente e costas como duas peças separadas como se fossem dois rectângulos (apenas com um pequeno decote) depois montei a gola e mangas diretamente nas peças para não ter que as coser depois. O acabamento fica muito melhor. E a melhor parte? Pela segunda vez (a primeira foi com um casaco!) anotei tudo (quase tudo, vá) o que fiz em vez de confiar na minha memória que me trai de todas as vezes. Suspeito que isto vai seguir em linha de montagem!
Espero que gostem!
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