1 |
<!--#set var="PO_FILE" |
2 |
value='<a href="/philosophy/po/free-software-even-more-important.pt-br.po"> |
3 |
https://www.gnu.org/philosophy/po/free-software-even-more-important.pt-br.po</a>' |
4 |
--><!--#set var="ORIGINAL_FILE" value="/philosophy/free-software-even-more-important.html" |
5 |
--><!--#set var="DIFF_FILE" value="/philosophy/po/free-software-even-more-important.pt-br-diff.html" |
6 |
--><!--#set var="OUTDATED_SINCE" value="2023-04-04" --> |
7 |
|
8 |
<!--#include virtual="/server/header.pt-br.html" --> |
9 |
<!-- Parent-Version: 1.96 --> |
10 |
<!-- This page is derived from /server/standards/boilerplate.html --> |
11 |
<!--#set var="TAGS" value="essays aboutfs principles" --> |
12 |
<!--#set var="DISABLE_TOP_ADDENDUM" value="yes" --> |
13 |
|
14 |
<!-- This file is automatically generated by GNUnited Nations! --> |
15 |
<title>Software Livre é Ainda Mais Importante Agora - Projeto GNU - Fundação do |
16 |
Software Livre</title> |
17 |
|
18 |
<!--#include virtual="/philosophy/po/free-software-even-more-important.translist" --> |
19 |
<!--#include virtual="/server/banner.pt-br.html" --> |
20 |
<!--#include virtual="/philosophy/ph-breadcrumb.pt-br.html" --> |
21 |
<!--GNUN: OUT-OF-DATE NOTICE--> |
22 |
<!--#include virtual="/server/outdated.pt-br.html" --> |
23 |
<!--#include virtual="/server/top-addendum.pt-br.html" --> |
24 |
<div class="article reduced-width"> |
25 |
<h2>Software Livre é Ainda Mais Importante Agora</h2> |
26 |
|
27 |
<address class="byline">por <a href="https://www.stallman.org/">Richard Stallman</a></address> |
28 |
|
29 |
<p>Desde 1983, o Movimento do Software Livre defende a liberdade dos usuários |
30 |
de computador — para que os usuários possam controlar o software que usam, e |
31 |
não o contrário. Quando um programa respeita a liberdade e comunidade dos |
32 |
usuários, o chamamos de “software livre” (do inglês, “free software”).</p> |
33 |
|
34 |
<p>Às vezes nós também o chamamos de “software libre” (do inglês, “libre |
35 |
software”) para enfatizar que estamos falando de liberdade, não de |
36 |
preço<sup><a href="#TransNote1">1</a></sup>. Alguns programas privativos |
37 |
(não livres), tais como o Photoshop, são muito caros; outros, como o |
38 |
aplicativo Uber, estão disponíveis gratuitamente — mas isso é um pequeno |
39 |
detalhe. De qualquer maneira, eles dão ao desenvolvedor do programa poder |
40 |
sobre os usuários, poder que ninguém deveria ter.</p> |
41 |
|
42 |
<div class="announcement comment" role="complementary"> |
43 |
<hr class="no-display" /> |
44 |
<p><em>Assista a um <a |
45 |
href="https://www.fsf.org/blogs/rms/20140407-geneva-tedx-talk-free-software-free-society/"> |
46 |
vídeo de 14 minutos</a> apresentando estas ideias.</em></p> |
47 |
<hr class="no-display" /> |
48 |
</div> |
49 |
|
50 |
<p>Esses dois programas não livres têm algo mais em comum: ambos são |
51 |
<em>malware</em>. Ou seja, ambos têm funcionalidades projetadas para |
52 |
maltratar o usuário. O software privativo hoje em dia é muitas vezes malware |
53 |
porque <a href="/malware">o poder dos desenvolvedores os corrompem</a>. Este |
54 |
diretório lista cerca de 500 funcionalidades maliciosas diferentes (até |
55 |
novembro de 2021), mas esta é, com certeza, apenas a ponta do iceberg.</p> |
56 |
|
57 |
<p>Com o software livre, os usuários controlam o programa, tanto individual |
58 |
como coletivamente. Então, eles controlam o que seus computadores fazem |
59 |
(supondo que esses computadores são <a |
60 |
href="/philosophy/loyal-computers.html">leais</a> e fazem o que os programas |
61 |
dos usuários dizem-lhes para fazer).</p> |
62 |
|
63 |
<p>Com o software privativo, o programa controla os usuários e alguma outra |
64 |
entidade (o desenvolvedor ou “dono”) controla o programa. Assim, o programa |
65 |
privativo dá ao seu desenvolvedor poder sobre seus usuários. Isso é injusto |
66 |
por si só; além disso, isso instiga o desenvolvedor a maltratar os usuários |
67 |
de outras maneiras.</p> |
68 |
|
69 |
<p>Mesmo quando software privativo não é diretamente malicioso, seus |
70 |
desenvolvedores possuem um incentivo para torná-lo <a |
71 |
href="https://observer.com/2016/06/how-technology-hijacks-peoples-minds%E2%80%8A-%E2%80%8Afrom-a-magician-and-googles-design-ethicist/"> |
72 |
viciante, controlador e manipulativo</a>. Você pode dizer, assim como o |
73 |
autor daquele artigo, que os desenvolvedores possuem uma obrigação ética de |
74 |
não fazer isso, mas geralmente eles seguem seus interesses. Se você deseja |
75 |
que isso não aconteça, certifique-se de que o programa é controlado por seus |
76 |
usuários.</p> |
77 |
|
78 |
<p>Liberdade significa ter controle sobre a sua própria vida. Se você usa um |
79 |
programa para realizar atividades em sua vida, sua liberdade depende do |
80 |
controle que você tem sobre o programa. Você merece ter o controle sobre os |
81 |
programas que você usa, e ainda mais quando você os usa para algo importante |
82 |
na sua vida.</p> |
83 |
|
84 |
<p>O controle dos usuários sobre o programa requer quatro <a |
85 |
href="/philosophy/free-sw.html">liberdades essenciais</a>. |
86 |
</p> |
87 |
|
88 |
<div class="important"> |
89 |
<p>(0) A liberdade de executar o programa como quiser, para qualquer |
90 |
finalidade.</p> |
91 |
|
92 |
<p>(1) A liberdade de estudar o “código fonte” do programa e alterá-lo, de modo |
93 |
que o programa faça sua informática como você deseja. Os programas são |
94 |
escritos por programadores em uma linguagem de programação — como o inglês |
95 |
combinado com álgebra — e essa forma do programa é o “código fonte”. |
96 |
Qualquer pessoa que conheça programação, e tem o programa em forma de código |
97 |
fonte, pode ler o código-fonte, compreender o seu funcionamento, e também |
98 |
alterá-lo. Quando tudo que você recebe é a forma executável, uma série de |
99 |
números que são eficientes para o computador executar, mas extremamente |
100 |
difíceis para um ser humano compreender, entender e mudar o programa é |
101 |
proibitivamente difícil.</p> |
102 |
|
103 |
<p>(2) A liberdade para fazer e distribuir cópias exatas quando quiser. (Não é |
104 |
uma obrigação; fazer isso é a sua escolha. Se o programa é livre, isso não |
105 |
significa que alguém tem a obrigação de oferecer-lhe uma cópia, ou que você |
106 |
tem a obrigação de oferecê-lo uma cópia. Distribuir um programa sem |
107 |
liberdade para os usuários é maltratá-los; no entanto, a escolha de não |
108 |
distribuir o programa — usá-lo em privado — não maltrata ninguém).</p> |
109 |
|
110 |
<p>(3) A liberdade para fazer e distribuir cópias de suas versões modificadas, |
111 |
quando quiser.</p> |
112 |
</div> |
113 |
|
114 |
<p>As duas primeiras liberdades significam que cada usuário pode exercer |
115 |
controle individual sobre o programa. Com as outras duas liberdades, |
116 |
qualquer grupo de usuários pode exercer em conjunto <em>controle |
117 |
coletivo</em> sobre o programa. Com todas as quatro liberdades, os usuários |
118 |
controlam totalmente o programa. Se alguma delas estiver ausente ou for |
119 |
insuficiente, o programa é privativo (não livre), e injusto.</p> |
120 |
|
121 |
<p>Outros tipos de obras também são usadas para atividades práticas, |
122 |
incluindo receitas de cozinha, obras educativas como livros, obras de |
123 |
referência como dicionários e enciclopédias, fontes para a exibição de |
124 |
parágrafos de texto, diagramas de circuitos de hardware para as pessoas |
125 |
construírem, e padrões para fazer objetos úteis (não meramente decorativos) |
126 |
com uma impressora 3D. Uma vez que estes não são softwares, o movimento do |
127 |
software livre a rigor não os cobre; mas o mesmo raciocínio se aplica e leva |
128 |
à mesma conclusão: estas obras devem carregar as quatro liberdades.</p> |
129 |
|
130 |
<p>Um programa livre permite que você o modifique para que ele faça o que você |
131 |
quer (ou deixe de fazer algo que você não gosta). Modificar software pode |
132 |
parecer ridículo, se você está acostumado com o software privativo — que é |
133 |
uma caixa selada, mas no Mundo Livre é uma coisa comum de se fazer, e uma |
134 |
boa maneira de aprender programação. Até mesmo o passatempo americano |
135 |
tradicional de modificar carros é obstruído porque agora os carros contêm |
136 |
software não livre.</p> |
137 |
|
138 |
<h3>A Injustiça da Proprietariedade</h3> |
139 |
|
140 |
<p>Se os usuários não controlam o programa, o programa controla os usuários. |
141 |
Com o software privativo, há sempre alguma entidade, o desenvolvedor ou |
142 |
“dono” do programa, que controla o programa — e através dele, exerce poder |
143 |
sobre seus usuários. Um programa não livre é um jugo, um instrumento de |
144 |
poder injusto.</p> |
145 |
|
146 |
<p>Em casos revoltantes (embora este ultraje tornou-se bastante usual) <a |
147 |
href="/malware">programas privativos são projetados para espionar os |
148 |
usuários, restringi-los, censurá-los, e abusá-los</a>. Por exemplo, o |
149 |
sistema operacional das <a |
150 |
href="/philosophy/why-call-it-the-swindle.html">iCoisas</a> da Apple faz |
151 |
tudo isso, e assim o faz o Windows em dispositivos móveis com chips ARM. |
152 |
Windows, o firmware de telefones móveis, e o Google Chrome para Windows |
153 |
incluem uma porta-dos-fundos universal que permite que alguma empresa altere |
154 |
o programa remotamente sem pedir permissão. O Kindle da Amazon tem uma |
155 |
porta-dos-fundos que pode apagar livros.</p> |
156 |
|
157 |
<p>O uso de software não livre na “internet das coisas” irá transformá-la na <a |
158 |
href="https://archive.ieet.org/articles/rinesi20150806.html">“internet do |
159 |
telemarketing”</a> e na “internet dos bisbilhoteiros”.</p> |
160 |
|
161 |
<p>Com o objetivo de acabar com a injustiça do software não livre, o movimento |
162 |
do software livre desenvolve programas livres para que os usuários possam se |
163 |
libertar. Começamos em 1984 a desenvolver o sistema operacional livre <a |
164 |
href="/gnu/thegnuproject.html">GNU</a>. Hoje, milhões de computadores |
165 |
executam GNU, principalmente na <a href="/gnu/gnu-linux-faq.html">combinação |
166 |
GNU/Linux</a>.</p> |
167 |
|
168 |
<p>Distribuir um programa sem liberdade para os usuários maltrata aqueles |
169 |
usuários; no entanto, a escolha de não distribuir um programa não maltrata |
170 |
ninguém. Se você escrever um programa e usá-lo em privado, isso não fará |
171 |
mal aos outros. (Você perde a oportunidade de fazer bem, mas isso não é o |
172 |
mesmo que fazer mal.) Assim, quando dizemos que todo o software deve ser |
173 |
livre, queremos dizer que cada cópia deve vir com as quatro liberdades, mas |
174 |
isso não significa que alguém tem a obrigação de oferecer-lhe uma cópia.</p> |
175 |
|
176 |
<h3>Software Não livre e SaaSS</h3> |
177 |
|
178 |
<p>Software não livre foi a primeira forma de as empresas assumirem o controle |
179 |
da computação das pessoas. Hoje em dia, há outra maneira, chamada Serviço |
180 |
como um Substituto do Software, ou SaaSS (Service as a Software |
181 |
Substitute). Isso significa deixar o servidor de um terceiro fazer as |
182 |
tarefas de informática do usuário.</p> |
183 |
|
184 |
<p>SaaSS não significa que os programas no servidor são não livres (embora |
185 |
muitas vezes o são). Mas usar SaaSS causa as mesmas injustiças que usar um |
186 |
programa não livre: esses são dois caminhos para o mesmo lugar danoso. |
187 |
Tomemos o exemplo de um serviço de tradução SaaSS: o usuário envia o texto |
188 |
para o servidor, e o servidor o traduz (de inglês para português, por |
189 |
exemplo) e envia a tradução de volta para o usuário. Agora, o trabalho de |
190 |
tradução está sob o controle do operador do servidor, em vez do usuário.</p> |
191 |
|
192 |
<p>Se você usa SaaSS, o operador do servidor controla sua computação. Isso |
193 |
exige confiar todos os dados pertinentes ao operador do servidor, que será |
194 |
forçado a mostrá-lo ao estado também — <a |
195 |
href="/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html">A quem aquele |
196 |
servidor realmente serve, afinal?</a></p> |
197 |
|
198 |
<h3>Injustiças Primária e Secundária</h3> |
199 |
|
200 |
<p>Quando você usa programas privativos ou SaaSS, antes de tudo você erra |
201 |
consigo mesmo, porque isso dá a alguma entidade poder injusto sobre você. |
202 |
Para seu próprio bem, você deve escapar. Isso também fará mal aos outros, |
203 |
se você fizer uma promessa de que não irá compartilhar. É mal manter essa |
204 |
promessa, e um mal menor quebrá-la; para ser verdadeiramente correto, você |
205 |
não deve fazê-la.</p> |
206 |
|
207 |
<p>Há casos em que o uso de software não livre coloca pressão diretamente sobre |
208 |
os outros a fazerem o mesmo. Skype é um exemplo claro: quando uma pessoa |
209 |
usa o software cliente não livre do Skype, ela requer que outra pessoa |
210 |
também use esse software — assim, ambos renunciam a sua liberdade. (Google |
211 |
Hangouts têm o mesmo problema). É errado mesmo sugerir o uso de tais |
212 |
programas. Devemos nos recusar a usá-los, mesmo que brevemente, mesmo no |
213 |
computador de outra pessoa.</p> |
214 |
|
215 |
<p>Outro dano proveniente do uso de programas não livres e SaaSS é que ele |
216 |
premia o autor, incentivando um maior desenvolvimento do programa ou |
217 |
“serviço”, que por sua vez leva ainda mais pessoas a caírem nas mãos da |
218 |
empresa.</p> |
219 |
|
220 |
<p>Todas as formas de dano indireto são ampliados quando o usuário é uma |
221 |
entidade pública ou uma escola.</p> |
222 |
|
223 |
<h3>Software Livre e o Estado</h3> |
224 |
|
225 |
<p>Órgãos públicos existem para o povo, não para si mesmos. Quando fazem |
226 |
informática, eles a fazem para as pessoas. Eles têm o dever de manter o |
227 |
controle total sobre essa informática para que possam garantir que essa seja |
228 |
feita corretamente para o povo. (Esta constitui a soberania de informática |
229 |
do Estado). Eles nunca devem permitir que o controle sobre a informática do |
230 |
Estado caia em mãos privadas.</p> |
231 |
|
232 |
<p>Para manter o controle da informática das pessoas, órgãos públicos não devem |
233 |
fazê-la com software privativo (software sob o controle de uma entidade que |
234 |
não o Estado). E eles não devem confiá-la a um serviço programado e |
235 |
executado por uma entidade que não o Estado, uma vez que isto seria SaaSS.</p> |
236 |
|
237 |
<p>O software privativo não tem segurança nenhuma em um caso crucial — contra |
238 |
seu desenvolvedor. E o desenvolvedor pode ajudar outros a atacarem. <a |
239 |
href="https://arstechnica.com/information-technology/2013/06/nsa-gets-early-access-to-zero-day-data-from-microsoft-others/"> |
240 |
Microsoft mostra erros do Windows para a NSA</a> (A agência de espionagem |
241 |
digital do governo dos EUA) antes de corrigi-los. Nós não sabemos se a |
242 |
Apple faz o mesmo, mas está sob a mesma pressão do governo que a Microsoft. |
243 |
Se o governo de qualquer outro país usa esse software, isso põe em perigo a |
244 |
segurança nacional. Você quer que a NSA invada os computadores do seu |
245 |
governo? Veja nossas <a |
246 |
href="/philosophy/government-free-software.html">políticas de governo |
247 |
sugeridas para promover o software livre</a>.</p> |
248 |
|
249 |
<h3>Software Livre e Educação</h3> |
250 |
|
251 |
<p>Escolas (e isso inclui todas as atividades educacionais) influenciam o |
252 |
futuro da sociedade através do que elas ensinam. Elas devem ensinar |
253 |
exclusivamente software livre, de modo a utilizar a sua influência para o |
254 |
bem. Ensinar um programa privativo é implantar dependência, o que vai |
255 |
contra a missão da educação. Através do treinamento no uso de software |
256 |
livre, escolas irão direcionar o futuro da sociedade para a liberdade, e |
257 |
ajudar os programadores talentosos a dominar este ofício.</p> |
258 |
|
259 |
<p>Elas também irão ensinar aos alunos o hábito de cooperar, ajudando outras |
260 |
pessoas. Cada classe deve ter esta regra: “Estudantes, essa classe é um |
261 |
lugar onde nós compartilhamos nosso conhecimento. Se você trouxer software |
262 |
para a sala de aula, você não deve mantê-lo pra si mesmo. Em vez disso, |
263 |
você deve compartilhar cópias com o resto da classe — incluindo o código |
264 |
fonte do programa, no caso que alguém queira aprender. Portanto, trazer |
265 |
software privativo para a sala de aula não é permitido, exceto para praticar |
266 |
engenharia reversa nele”.</p> |
267 |
|
268 |
<p>Desenvolvedores privativos gostariam que nós puníssemos os estudantes bons o |
269 |
suficiente de coração para compartilhar software e frustrássemos aqueles |
270 |
curiosos o suficiente para querer mudá-lo. Isto significa uma educação |
271 |
ruim. Veja mais discussão sobre <a href="/education/education.html">o uso |
272 |
de software livre nas escolas</a>.</p> |
273 |
|
274 |
<h3>Software Livre: Mais do que “Vantagens”</h3> |
275 |
|
276 |
<p>Muitas vezes me pedem para descrever as “vantagens” do software livre. Mas |
277 |
a palavra “vantagens” é muito fraca quando se trata de liberdade. A vida |
278 |
sem liberdade é opressão, e isso se aplica à informática, bem como a todas |
279 |
as outras áreas das nossas vidas. Devemos recusar-nos a dar aos |
280 |
desenvolvedores de programas ou serviços de computação controle sobre a |
281 |
informática que fazemos. Esta é a coisa certa a se fazer, por razões |
282 |
egoístas; mas não apenas por razões egoístas.</p> |
283 |
|
284 |
<p>Liberdade inclui a liberdade de cooperar com os outros. Negar às pessoas |
285 |
essa liberdade significa mantê-las divididas, o que é o início de um esquema |
286 |
para oprimi-las. Na comunidade de software livre, estamos muito conscientes |
287 |
da importância da liberdade de cooperar, porque nosso trabalho consiste de |
288 |
cooperação organizada. Se o seu amigo vem lhe visitar e vê você usando um |
289 |
programa, ele pode pedir uma cópia. Um programa que te impede de |
290 |
redistribuí-lo, ou diz que você “não deveria fazê-lo”, é anti-social.</p> |
291 |
|
292 |
<p>Na informática, a cooperação inclui redistribuir cópias exatas de um |
293 |
programa a outros usuários. Ela também inclui a distribuição de suas |
294 |
versões alteradas a eles. Software livre incentiva estas formas de |
295 |
cooperação, enquanto o software privativo as proíbe. Ele proíbe a |
296 |
redistribuição de cópias, e por negar aos usuários o código-fonte, ele os |
297 |
impede de fazer alterações. SaaSS tem os mesmos efeitos: se a sua |
298 |
informática é feita através da web no servidor de outra pessoa, pela cópia |
299 |
de um programa de outra pessoa, você não pode ver ou tocar o software que |
300 |
faz sua informática, então você não pode redistribuí-lo ou mudá-lo.</p> |
301 |
|
302 |
<h3>Conclusão</h3> |
303 |
|
304 |
<p>Merecemos ter o controle de nossa própria computação. Como podemos ganhar |
305 |
este controle?</p> |
306 |
|
307 |
<ul> |
308 |
<li>Rejeitando software não livre nos computadores que possuímos ou que usamos |
309 |
regularmente e rejeitar SaaSS.</li> |
310 |
|
311 |
<li><a href="/licenses/license-recommendations.html"> Desenvolvendo software |
312 |
livre </a> (para aqueles de nós que são programadores).</li> |
313 |
|
314 |
<li>Recusando-se a desenvolver ou promover software não livre ou SaaSS.</li> |
315 |
|
316 |
<li><a href="/help/help.html">Espalhando as ideias para outros</a>.</li> |
317 |
|
318 |
<li><a href="/philosophy/saying-no-even-once.html">Dizendo não e declarando |
319 |
nossos motivos</a> quando somos convidados a executar um programa não livre.</li> |
320 |
</ul> |
321 |
|
322 |
<p>Nós e milhares de usuários têm feito isso desde 1984, que é como nós temos |
323 |
agora o sistema operacional livre GNU/Linux que qualquer um — programador ou |
324 |
não — pode usar. Junte-se a nossa causa, como um programador ou um |
325 |
ativista. Vamos fazer todos os usuários de computador livres.</p> |
326 |
|
327 |
<div class="announcement comment" role="complementary"> |
328 |
<hr class="no-display" /> |
329 |
<p> |
330 |
<a href="/help/help.html">Maneiras sugeridas para você ajudar o movimento do |
331 |
software livre</a> |
332 |
</p> |
333 |
</div> |
334 |
|
335 |
<div class="infobox extra" role="complementary"> |
336 |
<hr /> |
337 |
<p>Uma versão substancialmente editada deste artigo foi publicada em <a |
338 |
href="https://www.wired.com/2013/09/why-free-software-is-more-important-now-than-ever-before/"> |
339 |
<cite>Wired</cite></a>.</p> |
340 |
</div> |
341 |
</div> |
342 |
|
343 |
<div class="translators-notes"> |
344 |
|
345 |
<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't have notes.--> |
346 |
<h3>Notas do tradutor</h3> |
347 |
<ol> |
348 |
<li id="TransNote1">Em inglês o termo “free software” pode significar tanto |
349 |
“software livre” quanto “software gratuito”, então o termo “libre software” |
350 |
é usado para se referir inequivocamente ao sentido de liberdade.</li> |
351 |
</ol></div> |
352 |
</div> |
353 |
|
354 |
<!-- for id="content", starts in the include above --> |
355 |
<!--#include virtual="/server/footer.pt-br.html" --> |
356 |
<div id="footer" role="contentinfo"> |
357 |
<div class="unprintable"> |
358 |
|
359 |
<p>Envie perguntas em geral sobre a FSF e o GNU para <a |
360 |
href="mailto:gnu@gnu.org"><gnu@gnu.org></a>. Também existem <a |
361 |
href="/contact/">outros meios de contatar</a> a FSF. Links quebrados e |
362 |
outras correções ou sugestões podem ser enviadas para <a |
363 |
href="mailto:webmasters@gnu.org"><webmasters@gnu.org></a>.</p> |
364 |
|
365 |
<p> |
366 |
<!-- TRANSLATORS: Ignore the original text in this paragraph, |
367 |
replace it with the translation of these two: |
368 |
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369 |
We work hard and do our best to provide accurate, good quality |
370 |
translations. However, we are not exempt from imperfection. |
371 |
Please send your comments and general suggestions in this regard |
372 |
to <a href="mailto:web-translators@gnu.org"> |
373 |
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374 |
<web-translators@gnu.org></a>.</p> |
375 |
|
376 |
<p>For information on coordinating and contributing translations of |
377 |
our web pages, see <a |
378 |
href="/server/standards/README.translations.html">Translations |
379 |
README</a>. --> |
380 |
A equipe de traduções para o português brasileiro se esforça para oferecer |
381 |
traduções precisas e de boa qualidade, mas não estamos isentos de erros. Por |
382 |
favor, envie seus comentários e sugestões em geral sobre as traduções para |
383 |
<a |
384 |
href="mailto:web-translators@gnu.org"><web-translators@gnu.org></a>. |
385 |
</p><p>Consulte o <a href="/server/standards/README.translations.html">Guia |
386 |
para as traduções</a> para mais informações sobre a coordenação e a |
387 |
contribuição com traduções das páginas deste site.</p> |
388 |
</div> |
389 |
|
390 |
<!-- Regarding copyright, in general, standalone pages (as opposed to |
391 |
files generated as part of manuals) on the GNU web server should |
392 |
be under CC BY-ND 4.0. Please do NOT change or remove this |
393 |
without talking with the webmasters or licensing team first. |
394 |
Please make sure the copyright date is consistent with the |
395 |
document. For web pages, it is ok to list just the latest year the |
396 |
document was modified, or published. |
397 |
|
398 |
If you wish to list earlier years, that is ok too. |
399 |
Either "2001, 2002, 2003" or "2001-2003" are ok for specifying |
400 |
years, as long as each year in the range is in fact a copyrightable |
401 |
year, i.e., a year in which the document was published (including |
402 |
being publicly visible on the web or in a revision control system). |
403 |
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404 |
There is more detail about copyright years in the GNU Maintainers |
405 |
Information document, www.gnu.org/prep/maintain. --> |
406 |
<p>Copyright © 2013-2015, 2017, 2021 Richard Stallman</p> |
407 |
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408 |
<p>Esta página está licenciada sob uma licença <a rel="license" |
409 |
href="http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative |
410 |
Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> |
411 |
|
412 |
<!--#include virtual="/server/bottom-notes.pt-br.html" --> |
413 |
<div class="translators-credits"> |
414 |
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415 |
<!--TRANSLATORS: Use space (SPC) as msgstr if you don't want credits.--> |
416 |
Traduzido por: |
417 |
<a href="http://oitofelix.freeshell.org/">Bruno Félix Rezende Ribeiro</a> <a |
418 |
href="mailto:oitofelix@gnu.org"><oitofelix@gnu.org></a>, 2015; |
419 |
Rafael Fontenelle <a |
420 |
href="mailto:rafaelff@gnome.org"><rafaelff@gnome.org></a>, |
421 |
2017-2021.<br/> |
422 |
Revisado por: André Phellip Ferreira <a |
423 |
href="mailto:werewolf@cyberdude.com"><werewolf@cyberdude.com></a>, |
424 |
2018-2020.</div> |
425 |
|
426 |
<p class="unprintable"><!-- timestamp start --> |
427 |
Última atualização: |
428 |
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429 |
$Date: 2023/06/03 11:30:07 $ |
430 |
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431 |
<!-- timestamp end --> |
432 |
</p> |
433 |
</div> |
434 |
</div> |
435 |
<!-- for class="inner", starts in the banner include --> |
436 |
</body> |
437 |
</html> |