Picassinho casou umas 12 vezes, viveu até os 91 anos e reinventou a pintura, a escultura e a poesia. Neste livro, essa saga é mostrada com textos simples e leves acompanhados por dezenas e mais dezenas de páginas com reproduções coloridas das obras do espanhol. O mais legal, além da qualidade do acabamento, são as páginas dedicadas às obras menos famosas e as descrições de Picasso feitas por amigos e amantes. Baita livro.
Bem engraçado e um pouco educativo, o livro é leve e pode ser lido rapidinho. Evidentemente, quem não tem a honra de ser corinthiano, não vai achar tanta graça, afinal o relato dos jogos de dream teams é uma avacalhação só (Rai tem trauma por ser feio e SuperZé anula Garrincha). De qualquer forma, as mini-biografias dos craques alvi-negros e dos outros times é bem feitinha. Vale a pena comprar.
Neste livro, o povo escolhido pode relembrar em vivas cores os preciosos registros da campanha invicta do Paulistão-09. Apesar do tom chapa-branca dos (poucos) textos, as fotos revelam os bastidores de cada jogo, as manias dos jogadores e, mais importante, nos lembram que o épico retorno do Ronaldo não foi uma alucinação coletiva.
Embora seja um lixo oportunista, péssimamente escrito e com acabamento precário, esse livro (que só eu comprei) traz detalhes nunca considerados quando a conversa é o título do Brasileirão de 2005. Os relatos do delegado mostram as dificuldades do Timão na reta final do conturbado campeonato e provam, até meio sem querer, que os jogos remarcados atrapalharam MUITO mais do que ajudaram. Coisa para fanático.
Os caras entregam o que o título "a história por trás de todas as canções" promete de forma simples, objetiva, organizada. É do jeito que o Resenha em 6 gosta. Depois de ler os causos, aliás, só se reforçam as impressões de que John, Paul e George eram geniais demais. E que Ringo poderia ter tirado muito mais onda nas fotos. Compra obrigatória pela qualidade da informação, do acabamento e até pelo bom preço.
O jornal mais direto e reto do Brasil chegou às bancas de SP dando uma voadora com os dois pés na concorrência. Nascido e criado na escola carioca de excelência no escracho, o Meia alopra times, bandidos e sub-celebridades e ainda encontra espaço para serviços como o "voz do povo", empregos e, claro, as "gatas da hora". É a melhor coisa para comprar com 50 centavos.
Antes de virar uma fábrica de bostas politicamente corretas para meninas pré-adolescentes, a Disney criou MUITA coisa boa baseada no universo de Pato Donald. Resgatar essas pérolas é a proposta da coleção Clássicos da Literautra Disney. Apesar da edição meio desleixada, os roteiros são primorosos e recriam Hamlet, Otelo e outros clássicos com um humor muito leve e inteligente. É leitura divertida para todas as idades.
Antes de tudo, não é sobre hospital nem acidente. O livro detalha em cada um dos seus capítulos casos de cidades, comunidades on-line, células e formigueiros que conseguem se organizar de forma sofisticada sem ter uma liderança centralizada e limitadora. Apesar do tema cascudo, a linguagem do texto é leve e o assunto é envolvente e fácil de entender.
Publicada primeiramente em quatro volumes, a HQ é uma autobiografia da iraniana Marjane Satrapi, hoje com 41 anos. Em preto e branco, a obra conta a vida de uma garota de uma família politizada e aberta que testemunhou a revolução islâmica e a ascensão dos xiitas. Também retrata o choque cultural da adolescência que viveu na Áustria sozinha, onde conheceu as drogas e o preconceito. Não tem como não se envolver!
Você nunca leu Saramago, mas quer pagar de intelectual agora que seus livros estão expostos com destaque? Comece com “O conto da ilha desconhecida”. Leitura agradável, simpática, sincera. Ela não é inacessível como em "Memorial do Convento" e nem visceral como no cultuado "Ensaio sobre a Cegueira". Esse belo retrato do ser humano é uma boa pedida para ler coletivamente, ou no pé do ouvido da futura peguete.
Levinho, especial, preciso na representação do imaginário infantil. O livro é bem mais simples e direto que o filme (dá para ver que serviu como base e não como guia para Spike Jonze). Pelos desenhos com traço cativante e pela história, "Onde vivem os monstros" empata com 'O menino maluquinho' como melhor livro para ser o primeiro livro da vida de um moleque. Isso na minha humilde opinião de sem-filho.
Um jovem canadense de 22 anos, mesmo namorando uma adolescente, se apaixona por garota mais velha, estilosa e com 7 ex-namorados. Poderia ser Malhação, mas é a premissa de Scott Pilgrim Contra o Mundo, HQ indie que se diferencia dos dramas adolescentes porque o tal do Scott Pilgrim, precisa derrotar a Liga dos Ex-namorados do Mal da Ramona, em lutas no estilo Dragon Ball Z. Parece ridículo, mas é pura diversão.
Sartre diria que Macabéa é um ser Em-si: não tem consciência de si ou do mundo. Ela apenas é. Trata-se de uma protagonista sem ação, uma passividade que causa náusea. E quem poderá savá-la? Ninguém. Tanto, que a personagem tem sua epifania na morte. Entre a metafísica e a sobrevivência na metrópole, Clarice faz com que miséria anônima de Macabéa seja um soco no estômago e na alma do leitor.
Romance policial? Drama existencial? Literatura marginal? Tudo isso e mais alguma coisa terminada em “al”. O tamanhão do livro (quase mil páginas) assusta os mais impressionáveis. Mas a história de um assassino que se envolve com uma prostituta flui num ritmo surpreendentemente ágil, com porções bem dosadas de suspense, dilemas humanos e humor ácido. Simplesmente magistral.
Depois do livro de putxaria para cegos resenhado pelo fresco do Badô, a playboy americana de junho inventou essa nova opção. Acho viadagem esse lance de 3D, mas se for pra ver algo, prefiro ver mulher pelada. Deve ser massa, até por que a Hope Dworaczyk, coelhinha do ano, é uma baita duma gringa goxtosa! Quero textar. Se achar por ai me avisa, bródi.
Se você não leu, já deveria ter lido (umas três vezes). Por meio de uma magistral e ácida fábula, George Orwell desfia todas as explicações sobre a vida do ser político e sua falta de moral. Dá para se revoltar numa página e chorar na outra. O resumo é que a nossa vida de cavalo (trabalhador) é difícil, enquanto a vida dos políticos (porcos) é uma farra.
Aos 16 anos, todos ficam perfeitos; ganham uma plástica extraordinária e free-pass para uma vida badalada na cidade de Nova Perfeição. Apesar de parecer bem adolescente, o livro merece atenção. Reflexões envolvendo alienação, evolução, manipulação e sociedade de massa tomarão conta dos leitores mais atentos. Se ficar frustrado com o final, a história não termina ali: Feios é só o primeiro volume da série.
Apesar de ter pouquíssimo texto, a obra de Ziraldo é uma biografia emocionante com começo, meio e fim. O moleque é muito louco, aprende a gostar de futebol, mas precisa estudar e crescer. E acaba se transformando no pai. Ótima opção para ser 'o primeiro livro da vida' dos seus filhos.
Depois de Los 3 Amigos, de 85, qualquer humor politicamente incorreto passou a parecer revista da Mônica. O terror tocado por Angel Villa, Laertón e Glauquito em Marisales é o que de mais sujo já surgiu nos quadrinhos nacionais. Escrito e desenhado por Angeli, Laerte e Glauco (Adão entrou no esquema depois). É inspirado no filme "Three Amigos" e acusado de ser chupado de Freak Brothers. Mesmo se for, é do caralho.