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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Lenda da Flor Pantaneira

 Flores feitas de madeira,  artesanato sul-matogrossense. Entre neste site Flor de Xaraés e conheça outros trabalhos feitos com lãminas de madeira

Maninha Donária e sobrinhas Gabi e Letícia mandaram de presente para norinha  Sônia
Fonte desta imagem: http://www.flordexaraes.com.br/?a=produtos&cat=16

Conta a lenda que há dezenas de anos atrás, um jovem casal, ela, filha de um rico fazendeiro e ele, peão, tinham o namoro proibido, pois o pai da moça não permitia que ninguém se aproximasse de sua filha. A única forma que eles encontraram para namorar, seria a noite, depois que todos dormissem; o rapaz batia na janela de sua amada e ali ficavam namorando, tendo o brilho da lua como cúmplice dos encontros. Ao se despedir, o jovem dava à moça uma flor como prova de seu amor.


Certa vez, o fazendeiro já desconfiado, flagrou os dois e proibiu o namoro, dizendo que sua filha não seria mulher de peão. O jovem implorou pela permissão, afirmando que o amor deles era como as flores que ele entregava à sua amada, bonito e puro. Mas, duro de coração, o fazendeiro dizia que a única semelhança estaria na fragilidade da flor, pois em pouco tempo ela murcha e perde a beleza; assim seria também o amor dos dois. Foi então que, com toda a sua arrogância, o pai lançou o desafio: já que os jovens afirmavam que o amor deles era como as flores, a condição para a permissão do namoro seria que, ao sair pela manhã em comitiva, o rapaz desse uma flor à moça e se esta permanece com a mesma beleza até sua volta, eles teriam a permissão. 


Os jovens se assustaram, porque sabiam que uma viagem de comitiva, naquela época, poderia durar meses e a flor não duraria tanto; mesmo assim, o rapaz aceitou e tranqüilizou sua amada dizendo que ele acharia uma flor capaz de provar quão o amor deles era maior que o tempo.

Depois que se despediu da moça, o rapaz foi para margem do rio e começou a pensar: com um grito de desespero implorou aos céus que lhe ajudasse a encontrar uma flor com a resistência que ele precisava. A lua, que sempre foi testemunha das juras de amor daquele casal intercedeu e foi então, que a Mãe natureza criou uma flor com os três elementos (Terra, Ar e Água), que surgiu boiando à margem do rio; ao pegá-la, o peão pôde perceber que ela continha a resistência da madeira, a suavidade de uma brisa e parecia ter sido moldada pelas águas pantaneiras. 

No outro dia, ao se despedir, o rapaz deu a flor à moça e partiu em comitiva, como havia sido combinado; durante a viagem, alguns bois se desgarraram e o rapaz foi buscá-los, se perdendo na planície alagada; os outros peões acreditavam que ele havia morrido porque era muito comum naquela época acidente nestas viagens e deram a noticia à moça. Ela não acreditou, suplicou para que não fosse verdade e implorou à natureza para trazê-lo de volta. Assim como em um ritual, todas as noites ela colocava no parapeito da janela, a flor que ele havia lhe dado. Vendo todo o sofrimento da jovem, a lua novamente intercedeu e brilhou tanto, que fez a noite virar dia. Dizia-se que, durante as noites que se seguiram, se via de muito longe a flor na janela e sentia-se o perfume. Assim,o rapaz pôde achar o caminho de volta e os dois viveram, a partir daí, todo amor que sentiam um pelo outro.  

Foi baseada nesta lenda e com referência as flores perenes do cerrado e pantanal sul-matogrossense, a artista Claudia Castelão desenvolveu as flores de madeira, reoresentando a força do amor pantaneiro.

Fonte: Panfleto que veio acompanhando a flor presentada.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Folia de Reis



Que pena que  quase não vemos mais Folia de Reis e nossa cidade. As crianças só ficam conhecendo através dos livros e quando fazem algum trabalho escolar. Em Duque de Caxias (RJ) ainda podemos ver, na rua em frente a casa de minha sogra é costume no dia 6 de Janeiro passar a  Folia de Reis tocando e cantando. Ainda me lembro que meus filhos tinham medo quando vinham elas passarem. Acho que nossa cultura popular e nosso folclore deveria ser mais valorizado e lembrado.

No dia 06 de Janeiro comemora-se o dia de Reis, que na tradição cristã foi o dia em que os três reis magos levaram presentes a Jesus Cristo.
Cada um dos reis magos saiu de sua localidade de origem, ao contrário do que pensamos - que viajaram juntos.

Baltazar saiu da África, levando para o menino mirra, um presente ofertado aos profetas. A mirra é um arbusto originário desse país, onde é extraída uma resina para preparação de medicamentos.
O presente do rei Gaspar, que partiu da Índia, foi o incenso, como alusão à sua divindade. Os incensos são queimados há milhões de anos para aromatizar os ambientes, espantando insetos e energias negativas, além de representar a fé, a espiritualidade.
Melchior ou Belchior partiu da Europa, levando ouro ao Messias, rei dos reis. O ouro simbolizava a nobreza e era oferecido apenas aos deuses.
 Em homenagem aos reis magos, os católicos realizam a folia de reis, que se inicia em 24 de dezembro, véspera do nascimento de Jesus, indo até o dia 06 de janeiro, dia em que encontraram o menino.
 A folia de reis é de origem portuguesa e foi trazida para o Brasil por esses povos na época da colonização.
Durante os festejos, os grupos saem caminhando pelas ruas das cidades, levando as bênçãos do menino para as pessoas que os recebem. É tradição que as famílias ofereçam comidas aos integrantes do grupo, para que possam levar as bênçãos por todo o trajeto.
 Os integrantes do grupo da folia de reis são: mestre, contramestre, donos de conhecimentos sobre a festa, músicos e tocadores, além dos três reis magos e do palhaço, que dá o ar de animação à festa, fazendo a proteção do menino Jesus contra os soldados de Herodes, que queriam matá-lo. Além desses personagens, os foliões dão o toque especial, seguindo o cortejo.
Uma tradição bem diferente da nossa acontece na Espanha, onde as crianças deixam sapatos nas janelas, cheios de capim ou ervas, a fim de alimentar os camelos dos Reis Magos. Contam as lendas que em troca, os reis magos deixam doces e guloseimas para as crianças.
 Em alguns países fazem a comemoração repartindo o Bolo Rei, que tem uma fava no meio da massa. A pessoa que for contemplada com a fava deve oferecer o bolo no ano seguinte.
Na Itália a comemoração recebe o nome de Befana, uma bruxa boa que oferece presentes às crianças. No país não existe a tradição de se presentear no dia 25 de dezembro, mas no dia 06 de janeiro, dia de reis.
O dia de reis é tão importante na Europa que se tornou feriado em todo o continente.

Por: Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola


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O SABOR DA VIDA COMEÇA NA COZINHA