Quando uma árvore morre
Morre com ela almas tantas
Joaninhas, cigarras,
morrem com ela
voos de borboletas,
flores azuis, amarelas, brancas.
Quando morre uma árvore
desaparecem as chuvas
o frescor da brisa,
a sombra que nos refazia.
Ao morrer uma arvore
morre com ela
um pouco da nossa alma,
Quando morre uma árvore
quase tudo morre dentro da gente
só resta a poesia,
o desejo doce dos frutos
o sonho de ver natureza
brotar em solo fecundo.
E que outras árvores
brotem na beleza
para nos fazer reviver
com a doce certeza:
Para existirmos
é necessário que muitas árvores
nos enverdeça.
Paula Belmino
Esse poema fiz há um mês e meio quando de repente do nada a árvore na frente da casa de minha começou secar, secou até morrer, um fungo a matou levando tudo. Não tive a coragem de fotografar todo fim, mas as fotos primeiras mostram como se deu , que tristeza.
Ao fim do poema deixo a foto de Alice por Graciela Lindner bem verde e colorida com desejo de que possamos cuidar melhor das árvores, plantando e fazendo brotar.
E pensar que a Alice e eu vivemos tantos lindos momentos embaixo de sua sombra. Aqui ela aprendeu a ler, o vento murmurou poesia em nós, brincamos, fizemos lindas imagens
Eu e meu sobrinho neto Bernardo
Vejam as primeiras leituras da Alice com poema de Roseana Murray
Feliz dia da Árvore!!!