Mani nasceu alva
Como flor de Narciso
Como a Via Láctea.
.
Lá da beira do rio
O cacique ouviu:
-Vida longa à Mani!
As andorinhas fazem verões
Mas Mani viveu
apenas quatro estações.
A aldeia chorou sua morte
E embaixo da Sumaúma a enterraram
E seu corpo todos prantearam.
Seu avô a alma de Mani adorou
Foram tantas lágrimas
que a terra se afofou.
E na sepultura de Mani
Entre contos e lágrimas tantas
Nasceu uma pequena planta.
De rama delgada
Verde esperança
De grande raiz desenterrada.
Cor de canela por fora
Branca por dentro
Era de Mani o sentimento.
.
Matar a fome de seu povo
Ficar para sempre na história
Em farinha, goma, beiju e tapioca.
Tudo que se faz com mandioca!
Paula Belmino com licença de @Eloí Eloí Elisabete
Bocheco
Essa é a releitura do poema de Eloí Bochecho no livro : Cobra Norato e outras miragens pela Habilis Press Editora com ilustrações de Dane D'Angeli Ilustrador
As crianças ouviram a lenda contada como os antigos
faziam, depois na versão de genêro poético.
Reescreveram a história, corrigimos o texto coletivamente.
Criaram os fantoches de dedo
Depois foram ler na turma do 1° ano da tia Cláudia Guimarães e contar a história, mostrar os fantoches, brincar e vivenciar a leitura.
Agora com esse novo poema vivenciaremos a história em outras releituras e expressões.Pois Agosto só iniciou com muita cultura, folclore e muita leitura sempre!
Leitura do livro para outra turma