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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Ecoam Flores os Sinos





Seu olhar altivo
para o vistoso ipê
fez-lhe também belo
um Ipê-de-jardim
feito buquê.
Delicado e terno
ao toque da mão
sinos flores em botão.
Amarelou a paisagem
e floriu de quem viu
o coração.
Ecoam dos sinos amarelos
a bela primavera
numa doce canção.


Paula Belmino

Este é o ipê-de-jardim (Tecoma stans)

Bignoniaceae

Árvore de pequeno porte com flores tubulares amarelas muito vistosas semelhantes às do ipê. Espécie comumente encontrada em áreas urbanas. Está na frente da casa da vizinha de minha mãe.

E para deixar nosso dia mais florido um vídoe da Alice lendo poemas Leilão de Jardim e A flor amarela de Cecília Meireles no livro Ou isto ou Aquilo pela Global Editora


domingo, 27 de janeiro de 2019

O velho que trazia a noite



O velho dava medo no menino, com sua perna de pau e tão esquisito, parecia o velho do saco. De roupa preta causava pavor  quando as escadas descia, só saia de casa no fim da tarde. O que seria o mistério, o menino vivia  em agonia


E perguntava com insistência à mãe, porque o velho só desce á tarde?
A mãe logo respondia ao menino que era pra trazer a noite.



O velho fumava um cachimbo. E ria, e no seu riso o sol se escondia, ria de novo e e sol aparecia.
O velho misterioso, trazia a lua  e lobisomens, levava canto de colibris e  estrelas que tremiam.
Cantava que era 
o perneta 
de perna de pau, 
de olho de vidro,
e cara de mau.

E o dia escurecia, ele  trazia a noite tripreta no olhar.


E o menino via na noite o terror, o medo de dormir no escuro, mas tinha da mãe, cantigas, chás benzeduras e um canto na mão.


A mãe sabia fazer a luz nascer também,
De noite o velho buscava
de manhã a mãe trazia.
Era parteira, ajudava as crianças vir ao mundo, rasgando a noite em duas.
O menino vivia cercado do canto de muitos tipos de pássaros, na aurora, clareando seu dia.
E acordava com cheiro de doce, ouvindo cantoria
a mãe ocupada no fogão, ou sendo levada pela ventania, 
fazendo nascer as crianças
e o filho cercado de ansiedade, do medo do velho que tinha...


O tempo passando, o ressoo do perneta descendo as escadas, até o menino dormir, crescer e não ouvir mais nada que não fosse as belas lembranças de sua infância


O velho que trazia a noite é um livro lido de Sérgio Capparelli com ilustrações de Lélis publicado pela Global Editora, um livro lindo escrito com toda a sensibilidade da poesia, cheio de ternura, cantigas e imaginário popular que povoa a mente de todos nós, experiências e mitos como o velho do saco, lobisomem e outras histórias contadas pelos nossos pais que o autor Sérgio Capparelli transformou neste livro lindo


 O livro ganhou  do Prêmio Odylo Costa Filho, da FNLIJ o melhor para criança na categoria poesia.

Além do selo Lista de Honra do IBBY International Board on Books for Young People



Para comprar o livro:

https://globaleditora.com.br/catalogos/livro/?id=2507

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Clarice. Dica de Livro






Um livro para falar de realidade mas devanear, sem julgar abrir horizontes do pensamento, o livro fala de ilusão, de forma ficcional conta a história do país no tempo da ditadura militar, inspirado em Brasília, e em fatos reais, mas vai além de dar sentido a um fato histórico mas ao pensamento subversivo, sob o olhar de uma criança, a protagonista Clarice, titulo do livro de Roger Mello e Felipe Cavalcante pela Global Editora



O livro Clarice  é uma homenagem à Clarice Lispector,  e narra a história de uma menina que mora com seus tios e um primo e tem os pais desaparecidos, os pais poderiam ser militares ou adeptos ao movimento a quem Clarice chama de E.L.E.S, e tudo que a menina percebe na ausência dos pais e ouve atenta ao seu redor faz ela perceber que nem tudo é bom ou mal, nem tudo é como é, as conversas dos adultos  sussurradas  se calam ante a presença das crianças e pertuba Clarice que anseia compreender o mundo, o tempo, o que se passa ao redor, os motivos de esconder a beleza de uma história, de uma palavra, de dizer quem é . A história é ficcional , instigadora ,mas traz uma reflexão poética sobre a solidão, a vida, a criticidade, cidadania, e é também a plena poesia, um movimento de encontrar a alma, de compreensão do ser humano e suas possibilidade para a existência criativa, o livro fala de forma lúdica e despretensiosidade, sem didáticas sobre o  jogo de forças para a construção da história, da humanidade, da vida.
É em meio a estranhamentos e torturas, silêncios e coisas obscuras que a menina vive, sem poder entender o que se passa, o porquê do sumiço dos pais, o porquê não deve contar sobre livros ,  livros esses amarrados com pedras e jogados no lago.
Fatos  reais, ou ficcionais, distopia e realismo de outros tempo e dos dias de hoje inspirados no  terror da época da ditadura, e as contradições, a censura á arte, à palavra, o pensamento se misturam á história. Poderia  a mente humana ser censurada do poder de voz e do pensamento livre?


O livro tem projeto gráfico de Felipe Cavalcante e traz no colorido, a agressividade que faz o leitor se aprofundar na história, rever releitura de imagens inspiradas nos grandes nomes de artistas como Burle Max, Maria Martins,   artistas Brasileiros que idealizaram e formaram a vida ao redor de Brasilia  um lugar utópico feito para outros viverem, mas que em suas  produções há sempre a  mensagens subliminares ao encontro do olhar do outro, e que pela arte puderam desafiar a consciência, o grito preso na garganta dos brasileiros, mesmo tendo enfrentado exílio político e censura, a busca do sonho, em linhas entrelaçadas, de histórias, de buscar, de lutas


O romance e projeto gráfico interage com o leitor infanto juvenil, mas tem uma leitura não tão fácil que necessita ser mediada e compreendida o contexto em que se passa a história, as questões políticas e sociais, mas além disso é poética em seu diálogo de compreensão da vida, dos rumos e desejos da alma, da liberdade de expressão e convida a todos à reflexão para além desse tempo passado e sua importância observar ainda a censura que somos impostos, a democracia que ansiamos viva, as ideias, o novo, o melhor através da arte e da poesia, dos livros que são tão perigosos, e transformadores.


É uma história sobre ausências, vazios, busca, sobre a solidão, sobre opressão, e é também uma reverberação da história de vida do autor e sua família que viveram no tempo da ditadura, mas para o leitor que não viveu a dura época ecoa como aventura, por curiosidade conhecer mais da história do país e não deixará mais calar a voz da liberdade, inspirada em Brasília  como cenário, mas em todo lugar,   personagens que desafiam a construção pela cidadania, pela liberdade, sem nunca explicitar o que foi esse momento histórico do Brasil, mas sim escrito com vez ao leitor poder interagir no livro, na escrita e nas imagens, escrever seus pensamentos, deixar sua visão sobre a obra, cheia de elementos artísticos como pontes, prédios, cinemas etc...


Uma história de pura aventura que não se entrega à primeira vista a uma interpretação única, mas necessita de um pensamento amplo para formar ideias e vai além de repercutir valores, é uma história sob o olhar de duas crianças: Clarice e Tarso ligados pela paixão dos livros, da literatura que para tudo alimenta, salva e transforma.
O fim da história também é livre como a ideia do próprio livro e todo projeto gráfico que amplia olhares e construção do olhar sob à arte, sobre o mundo, sobre a liberdade.



Na escola as crianças tiveram o contato com o livro, uma leitura mais densa, a que não estão acostumados sozinhos e necessita de mediação, li sempre instigando, inferindo informações, com as crianças para que elas pudessem ampliar o olhar a visão de mundo, identificando a função sociocomunicativa reconhecendo as esferas do tempo, lugar , quem produziu, a quem se destina, o gênero, buscando o conhecimento prévio e ampliando assim o vocabulário e as ideias.







Após leitura e mediação as crianças puderam produzir sua arte inspirada no projeto gráfico do livro Clarice e contextualizando com o conteúdo de matemática, polígonos.
Para alem da leitura, as crianças produziram seus textos mostrando sobre a importância dos livros na vida das pessoas 



 Vejam a percepção das crianças e a construção do entendimento a partir da história








Vejam o autor Roger Mello lendo um trecho do livro



Aqui Roger Mello que foi premiado pelo Prêmio Hans Christian Andersen em 2014 fala sobre o romance




Para comprar o livro:

http://globaleditora.com.br/catalogos/livro/?id=4036

quarta-feira, 14 de março de 2018

Dia Nacional da Poesia


A poesia é luz que fagulha
e ilumina o ser
é sonho.

É voz que acalanta
e fala com a alma
É suspiro e som.

A poesia é arte 
é cor e expressão.
É sentimento.

A poesia é fogo a incendiar
e água pra gente se banhar.
É urgente e necessária.

Poesia é calma e espanto
é fascinação.

Poesia é a palavra 
a encontrar espaço e tempo
dentro de nós  
e nos moldar.
Poesia é deleite e assombração.
Poesia é inspiração!

Paula Belmino

Hoje se comemora o dia nacional da poesia em homenagem ao poeta Castro Alves
Comemoramos na escola com poesia onde as crianças foram apresentar o poema trabalhado no livro: AS Palavras voam da Editora Global
O Poema : Pequena canção de Cecília Meireles





Além das apresentações da poesia recitada teve leitura e outras atividades em sala com a poesia de Binicius de Moraes, Eloí Bocheco que logo mostro aqui.

Vejam




Para conhecer e adquirir o livro?

http://globaleditora.com.br/


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Passeio pela Literatura









"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta."  Cecília Meireles


Hoje fomos visitar a casa da literatura brasileira: A editora Global no casarão Ramos de Azevedo e pudemos conhecer de perto o processo de edição de livros, como funciona o atendimento ao público alvo, a visita de professores para escolha de livros didáticos, o trabalho nas redes sociais, emfim, acompanhaamos de perto o processo da edição de livros para o público adulto e infantil e pudemos nos deliciar voltando ao tempo como se estívessémos em 1891 quando o casarão foi constrúido.
Ali nas escadarias, vitrais, estufas, grandes janelas que davam para os jardins pudemos viver a poesia de cecília Meireles que tanto nos inspira.
Pudemos conversar um pouco sobre nosso trabalho com a literatura nas escolas do RN, contar nossas experiências e registrar alguns momentos que ficarão para sempre.
Fomos muito bem atendidas e deram os parabéns à Alice pelo recital da obra de Cec[ilia no festival de sau escola que eles acompanharam pelas redes sociais, e de quebra ainda presentearam com as crônicas da autora.

Saímos de lá flutuando de alegria e levaremos para nossos alunos e amigos no RN magia e encantamento!






A editora Global que em 2017 completa 44 anos de existência tem  em seu catálogo nomes como os de Cora Coralina, Câmara Cascudo, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre, Ignácio de Loyola Brandão, Rubem Braga, Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles, Ferreira Gullar, Edla van Steen, Sábato Magaldi, Marcos Rey, Mario Quintana, Sérgio Vaz, entre outros.

Além de obras voltadas ao público adulto, a editora também se dedica à publicação de livros para crianças e jovens. Ana Maria Machado, Marina Colasanti, Edy Lima, Mary e Eliardo França, Bartolomeu Campos de Queirós, Marcos Rey, Sidónio Muralha e João Carlos Marinho são alguns autores que desfilam pelo seu catálogo. O cuidado na seleção e produção de textos em literatura infantojuvenil são características das nossas edições


  O casarão da Rua Pirapitingüi,número 111, construído em 1891, foi a residência de Ramos de Azevedo e de sua família por várias décadas. Em 1983, o imóvel foi doado à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, à Cruzada Pró-Infância e à Fundação Antônio Prudente.
Dois anos depois, foi tombado pelo Condephaat e pela Prefeitura, ficando desocupado até 1988, quando o Grupo Editorial Global consolidou sua aquisição e desenvolveu amplo projeto de restauração do espaço, sem contar com qualquer tipo de apoio governamental ou particular.
Em 1995, concluído um terço dessas obras, a Global assumiu sua nova sede e desde então, está instalada no casarão da Rua Pirapitingui, 111, e as obras de restauração terminaram em 2010, fazendo da sede do Grupo Editorial Global a mais bela casa editora do Brasil.
Para saber mais http://globaleditora.com.br/


Alice usa Look Jeans