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domingo, 14 de julho de 2019

Como grão de areia




Cansada de relutar

contra o vento,
contra as ondas do mar,
pousa na areia.
Se firma, se funde,
germina leveza
nas asas,
 ainda mesmo feridas.
E como quem sonha,
descansa.
É mais um na imensidão.
Deitou na areia
 o voo breve
e transformou-se em grão.


Paula Belmino

É preciso aprender  mais que ver olhar, saber ver, transver o mundo como disse o poeta Manoel de Barros.
Estávamos na semana com a família na praia, e lá de repente vi, não uma mais duas borboletas feridas, findando a vida na praia, e aprendi com elas esta bela lição, todos somos grãos de areia, partimos, descansamos, nos transformamos.
Esta é minha participação para o Poetizando e Encantando do blog da Lourdes Filosofando na Vida

Escolhi a imagem abaixo




A vida é passageira, é como uma borboleta de asas leves, saibamos aproveitar!


Deixo uma canção que reflete a temática

domingo, 17 de setembro de 2017

As Hortênsias de Nossa Alma



As hortênsias me chegaram às mãos pela ternura do olhar
um tempo de espera, de sonhos, um tempo de minha vida que é impossível deixar para trás.
Foi ainda na juventude quando deixei meus pais aqui no RN e fui morar com meus tios em Goiás , lá a tia Ivone cuidava com muito carinho e cuidado de hortênsias rosas e azuis no jardim verdinho, com intensa grama, algo que eu na minha vida toda até ali, nunca tinha visto, pois vindo do meio do sertão as flores tão delicadas não sobreviveriam ao clima tão seco. 
E foi assim também com cuidados afins, que vivi dois anos de minha vida, longe da família, longe do amor de minha mãe, e como uma flor eu via que a alma não resistiria aos ventos da saudade, a espera, à dor da solidão, sim, a me sentia solitária mesmo em meio ao novo,mesmo ao lado de novos amigos, novas oportunidades que me faziam crescer e se desenvolver. Era da família e do lar que eu mais sentia falta. E deixei assim que a vida me conduzisse pelos sinais da natureza. Tudo ao redor era saudade, menos quando eu via os jardim enfeitados, as grandes hortênsias florescendo como quem me dissesse tudo é um tempo!Era tanta água, tantos cuidados... E me fiz flor em meio aos espinhos.
O tempo passou...
As hortênsias voltaram novamente em minha vida quando tudo perdi... Meu primeiro filho, a saúde, quase a vida num trágico acidente, e numa  reviravolta do destino fiquei morando em São Paulo para me tratar, assim as flores se abriram novamente em meu olhar, na minha alma, quando venci as dores, as perdas, o luto aos poucos, dia após dia, um passo de cada vez, como as hortênsias que florescem todo ano, passando pelo processo de se revestir de formosura, sai da vida de espinho para contemplar as flores. Nesse tempo tive a satisfação e privilégio de ser agraciada pela maternidade, as hortênsias florearam meu coração... Um menina nasceu, terna, fina, delicada e todas as flores eram para ela.
Como pode ser a natureza tão sábia? Pinta, pincela de luz e cor, dá exemplo de resiliência em meio ao calor e à falta d'água, e nos mostra que é preciso paciência, esperança e fé para ver as pétalas perfumarem nosso sorriso, encantado de flor a vida.
E assim a menina Alice cresceu , sua primeira infância em meio às hortênsias.





Hoje voltamos ao sertão, por aqui não vemos hortênsias em florescência, mas elas estão lá na minha alma, no olhar da Alice que cresce linda e cheia de amor. A nossa alma  foi bordada de luz, e as hortênsias florearam nosso caminho, e guardadas intactas estão na nossa memória afetiva, e quando for tempo, sempre em tempo, Deus nos dará novas oportunidade de primavera, e voltaremos a acariciar as flores de nossa juventude, a sentir o perfume de nossa infância rebuscada.

É o tempo da delicadeza!


Paula Belmino

Texto real e inspirado na brincadeira da Chica no Brincar de Poesia
Para participar clica na foto!




Botando a cabeça pra funcionar 24


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Aprendendo a Dizer e Ouvir o Não





Para saber dizer não , a criança desde cedo precisa ser educada aos limites, a saber esperar, e também educar os sentimentos, quando contrariada, saber suportar a dor da espera, o tempo encasulado, sabendo que tudo tem a hora, que nem sempre as coisas são do jeito que queremos ou pensamos.
Mas e como educar ? É bem difícil sabemos educar  a criança, mas por meio de diálogo, afeto e da literatura podemos criar esses vínculos entre sonho e realidade, entre o ser e o desejar, falando das coisas comuns da vida. A literatura infantil está cheia de ensinamentos e desde sempre foi pensada também para lição de moral e conduta, o que se sabe hoje não é o feitio do incentivo à leitura, no entanto nos apropriemos dela para que a criança possa refletir sobre suas ações e sentimentos, se colocando no lugar dos personagens por meio da fantasia, conhecendo a si própria e ao mundo que a rodeia.
É de suma importância que a escola trabalhe esses valores, a conduta, a conscientização e por que não a educação emocional, mostrando às crianças o quanto é importante saber sentir, mas sem refrear os sentimentos, ou sair resmungando e com agressividade,machucar a quem estiver próximo, saber reverter, educar, administrar o que se sente transformando a energia negativa na força para a paciência, usando a respiração para conhecer seu corpo, a meditação para abrasar os sentimentos e acalmar-se, usando a literatura para produzir o pensamento lógico e imaginativo tão necessário no desenvolvimento do intelecto e da inteligência emocional.




O livro Lucas aprendendo a lidar com o não de Edyleine Bellini Peroni Benczik  pela Editora Sinopsys traz uma história comum à nossa realidade de uma criança que não consegue lidar com o não dos amigos, dos pais , dos professores.
Lucas se sai com a avó , pede um doce, se não der se joga no chão.
Se sai com o pai, quer um brinquedo na loja, se não lhe derem, arma tempestade com raios e trovão.
Um menino que vai se tornando só pois quer brincar só do que deseja , não dando a  vez aos amigos, assustando a todos com suas malcriações e nervosismo.
Na onda da raiva Lucas vai ficando vermelho, o corpo treme, ele fala palavrão, e assim se torna uma criança que não consegue se relacionar e nem se controlar, precisando de acompanhamento psicológico.




O livro aborda essa temática de forma lúdica e esclarecedora e traz atividades terapêuticas propostas pela especialista ao longo de toda leitura, como reflexão, desenhos, perguntas e respostas etc...Um rico material interventivo para a autorregulação emocional.
O livro foi usado em nossa sala de aula e fizemos bem mais que a proposta, a leitura teve reflexão, educação da escuta, da fala e da respiração.


 As crianças puderam ser conduzidas a respirar no ritmo da música, onde uma das crianças que toca flauta pôde tocar para que elas pudessem perceber o aparelho respiratório, a calm,a com paciência saber esperar sua vez, dando tempo para pensar e rever suas maneiras de agir, frente a um desafio, ou a reação d ecada uma quando ouvem um não.

Vejam mais algumas atividades das crianças com a proposta do livro em desenhar e se ver quando com raiva, como fica o corpo, a face, a alma.





Uma bela aula sobre inteligência emocional, com reflexão e incentivo à respiração, uma pausa para apreciar a arte, a música, e saber esperar, se acalmar... Se autoconhecer e administrar os sentimentos.

Para saber mais do livro:


RESENHA
Este livro infantil trata de um tema comum da vida na infância: a complicada tarefa de ouvir um Não. O Não, não é só difícil para quem escuta, mas também é difícil para quem fala, em função da criança poder reagir de uma maneira desproporcional, disfuncional e desadaptativa. Esta pequena palavra causa um impacto negativo no ambiente, por vezes, sendo motivo de estresse, discórdia e desarmonia familiar. 

A história de Lucas aborda esta questão tão problemática de uma  forma lúdica, esclarecedora e interativa e, com os fundamentos da abordagem cognitivo-comportamental, as atividades terapêuticas propostas, podem ser realizadas em diversas etapas e, em dias diferentes, tornando-se um rico material interventivo e uma valiosa proposta de intervenção na autorregulação emocional.

Este material auxilia terapeutas, pais e professores na condução e no manejo de crianças para um desenvolvimento mais saudável, realista e adaptativo.

Livro dispõe de formulários digitais.


SOBRE A AUTORA

Edyleine Bellini Peroni Benczik
Psicóloga, neuropsicóloga e psicopedagoga. Atua na área clínica há 28 anos com crianças, adolescentes e adultos. Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP). Metre em Psicologia Escolar pela PUCCAMP. Especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Psicologia. Formada em Terapia Racional Emotiva Cognitiva Comportamental (Nível Primary e Advanced) pelo Albert Ellis Institute de Nova York. Autora de artigos, livros, capítulos de livros e de escalas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Ser flor em meio aos espinhos




É por falar de flores que ás vezes esquecemos os espinhos e nos detemos no perfume, na beleza, na cor que se abrem pelo caminho.
E se se olhar bem as flores vão ver bem que se alçam ao céu, não olham para baixo, cativam borboletas e pássaros, abelhas e insetos que lhe fazem bem. Por vezes uma formiga cortadeira lhe sobe o fino galho e quer adentrar sua delicada vida, os espinhos ali como empecilho , algumas vezes impedem o duro destino de destruir a beleza, de arruinar sua cor e perfume. 
Que importa na vida uma flor que não traga beleza e graça? Cheiro de amor pelo ar? Que deixa-se destruir sem lutar?

Assim é a vida, a gente se pinta, se rodeia de graça e olha ao redor fazendo o bem, por vezes tem algum espinho no caminho, um empecilho, algo a nos destruir, vejamos o outro lado da flor o espinho, há que saber a hora de ser só beleza, outra hora que a dureza da vida requer que a gente lute, ande por outros caminho, o espinho pode ser a força pra gente lutar e não ser destruído pelas agruras diárias. A flor em sua delicadeza tem dois lados, um que perfuma e encanta, outro que fere e impede que a destruam, vejamos esse símbolo da natureza que nos mostra que é preciso sempre ir à luta. 
Sim, os espinhos, pedras, empecilhos que encontramos na estrada não devem nos fazer desistir, esmorecer,  mas ser o motivo pra erguer o sorriso, tornar a gente mais forte pra perfumar o caminho e voltar a encantar.
 E mesmo sendo flor, rodeada de espinhos, saber o momento de perfumar, brilhar, lutar, fazendo o bem, pois o que importa na vida é ser cheio de graça e ser bondoso sem olhar a quem.
Sejamos flor, mesmo com espinhos, nunca se deixar deles ferir ou alguém magoar, mas com a beleza de um sorriso, a amizade dentro da gente viver, e todos poderão ver que somos cativos de afeto e carinho e quem quiser pode na gente morar.


Paula Belmino



Seguimos sempre tirando exemplos na vida e na natureza, e foi esse olhar que seguimos para esse ensaio lindo com look Bugbee da coleção Inverno 2017 com o tema Girl Gang que traz sua inspiração na onda do empoderamento feminino, com uma mostra street bem divertida, onde as meninas  curtem o Hip Hop e vem na música a ferramenta para a auto expressão, nas frases de estímulo e encorajadoras o poder de transformar  a realidade, mostrando que as meninas são fortes, e podem sim, usar azul,ou rosa, que não há cor de menino ou menina, que as meninas podem brincar de boneca ou skate, dançar, e fazer esportes de aventuras, ser o que elas quiserem ser. 

Confira o look lindo com estampa com a frase encorajadora: Seja forte!





Sejamos flor nesse mundo sem cor, perfumando a vida, mas mostremos a todos que somos fortes e diante dos espinhos podemos transformar a nós mesmas, com resiliência e empoderamento, a garra para transformar a realidade ao redor.

Paula Belmino

Alice usa Bugbee

Para conhecer a coleção


terça-feira, 18 de julho de 2017

Dica de livro: O que a Gabi e a flor de Lótus tem em comum?



Aprender enfrentar com entusiasmo a vida, as horas difíceis, e saber resolver conflitos, sair deles mais forte, essa é  a capacidade de aprender a esperar, a viver um dia de cada vez com positividade e ter a esperança de dias melhores, e  quando  viver a experiência , por mais dura que seja, sair contando vitória e trazendo lição de vida, que ajude a crescer e amadurecer.

Foi com essa justificativa de ajudar as crianças a compreenderem a si mesmas e o processo difícil de suas vidas, seja na vivência do luto por algum parente, seja na separação dos pais, ou na própria ausência de alguém ara conversar que levamos o livro: O que a Gabi e a flor de lótus têm em comum para a escola.
O livro foi escrito por duas psicólogas , Alline Teixeira da Silva e Mayara Techio pela Editora Sinopsys e conta a história de uma menina que ansiava ter um irmão, pois se sentia só, esse desejo se cumpre, mas por força do destino a mãe perde o bebê, e a menina que antes era alegre e tinha amigos, dançava balé, passa a sofrer demais, e se isola, não sorri, demonstra fragilidade e pouca força para lidar com a tristeza. é nessa hora que o pai conversa com a menina e conta a história da flor de lótus, que nasce num lugar inóspito e até feio para abrigar tanta beleza, mas apesar disso embeleza ao redor e é incapaz de se sujar, trazendo a lição de que podemos estar rodeados de dificuldades, mas podemos ver nisso uma lição, a paciência , o não desistir de lutar para realizar os sonhos, o olhar com otimismo as coisas, e assim ter a resiliência para vencer a nós mesmos e os sentimentos ruins. Resiliência é a capacidade de enfrentar as tempestades da vida e a força para sair de um problema e se transformar a partir dele.




A escola deve se apoiar de ferramentas lúdicas e de magia pra falar de assuntos sérios com as crianças,tais como perdas, e a poesia é uma dessas ferramentas que ajuda abrir o peito, se expressar e desabafar sem ser preciso magoar, pressionar, apenas sentir e viver.

A leitura foi feita para também iniciarmos  o nosso projeto da semana da amizade: Saber ter e ser amigo. E mostramos através da historia do livro que a  nossa família é de verdade nossa mais fiel amiga, e que nos pais, primos, tios, avós podemos encontrar a oportunidade para se abrir, abraçar, beijar, e assim poder contar com eles para crescer e desenvolver-se plenamente e ter a boa saúde emocional com os laços afetivos, afinal empatia, amizade, e amor andam juntos com a família.
As crianças criaram cartões desejando força a um amigo ou parente , fizeram a flor de lótus usando linhas curvas, conteúdo aprendido em matemática, e fizeram em alto relevo a capinha do cartão e dentro escreveram suas mensagens



Além dos cartões escreveram um pequeno texto sobre o que aprenderam com a história de hoje




A nossa roda de conversa  sobre amizade, perdas, luto, separação, teve o apoio do livro: O que a Gabi e a flor de lótus têm em comum?  e as crianças aprenderam sobre o que significa resiliência de forma interativa dando seus próprios exemplos.
Me surpreendi e fiquei plenamente feliz quando me disseram que na escola se sentem bem ao ouvir histórias e ler poemas. É isso mesmo a poesia tem o poder de educar as crianças para a sensibilidade e ampliar o conhecimento e desenvolver a imaginação e ajudar na formação da criança e tem sido uma bússola para as crianças  vivenciarem seus conflitos, aprendendo que é normal chorar, sofrer, sentir solidão, mas que nas história e na plena poesia, no olhar ao redor podemos ter bons exemplos de vida e de força pra seguir confiante que tudo dará certo.
A poesia é voo, é porto seguro, é força e expressão, é vida!

Coisa mais linda do mundo!


Assistam!!




A poesia é portanto a principal arma para educar para a sensibilidade e o altruísmo!!

Paula Belmino




Para comprar o livro:

https://www.sinopsyseditora.com.br/livros/o-que-a-gabi-e-a-flor-de-lotus-tem-em-comum-728