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domingo, 19 de maio de 2019

Sapato Furado.Mário Quintana


Amizade é um amor que nunca morre disse Quintana e amar a perder de vista, foram ditos e escritos tantos poemas e frases que se entrelaçam à nossa história, um poeta que via nas pequenas coisas a grande poesia da vida, e os escreveu,  frases de grande impacto na vida dos leitores, a brincar com as palavras e até para assuntos mais difíceis usou o humor, a ironia, a percepção aguçada para deixar partir os problemas e o modo como via seus inimigos, disse: eles passarão...eu passarinho.

Foram canções de garoa, de primavera, poesia a falar de natureza e do cotidiano.
O livro Sapato Furado que aqui mostramos é bem diferente, reúne vários poemas e frases, com certa graça, na alegria dos causos escritos em prosa poética, falam de morte, de fantasma, de vampiro, sem causar terror, mas aguça a curiosidade e aquele friozinho na barrica para os temas que põe medo nas crianças, no entanto ao lê-los em sua obra Sapato Furado, percebe-se a dor de um mendigo que não bem visto, tem o sapato aberto que parece sorrir para quem o vê, fala de uma princesa que tinha um nome esquisito e por isso se sentia a pessoa mais infeliz do mundo, fala nas entrelinhas de problemas sociais e desconfortos, de bullying e de nosso eu, e nos encontra com sua poesia.
Alice e Hadassa leram e amaram e ao chegar na escola o livro causou espanto e arroubos de felicidade nos alunos
Li em voz alta, fizemos a escuta ativa, deixamos que as crianças interagisse, cada par lendo o seu preferido, ou em trio, depois ilustrar e reescrever a seu modo.

E aqui parafraseio o poeta Mário Quintana: É preciso amar uma criança a perder de vista, lendo para ela até ver sua alma de poesia transbordar.  Paula Belmino 






Mário Quintana foi poeta , tradutor, jornalista brasileiro. Gaúcho, nasceu em Alegrete no dia 30 de julho de 1906 e faleceu no dia 5 de maio de 1994.
Quintana escreveu em 1948 o livro Sapato Florido , culminância de poemas irônicos , curtos e com muita densidade poética
Recebeu prêmio Machado de Assis por sua obra em 1980. Quintana
Neste livro Sapato furado foi publicado no ano de sua morte e esta é a 6° Edição pela Global Editora com Ilustrações de  Andre Neves

O livro Sapato Furado é uma Antologia de poemas e prosas poéticas, e reúne humor, brevidade e simplicidade, com densa brincadeira que aguça a curiosidade e faz o leitor ver com sensibilidade assuntos do cotidiano.


O livro chegou aqui e já encantou as crianças Alice e Hadassa que se arrisca na leitura fluente e lê: Que nome!


" Não sei ao certo quem era ela, nem o que ela fez,
mas tenho certeza de que Dona Urraca foi uma das princesas mais infelizes do mundo...
.
O livro Sapato furado descreve com ar brincalhão e frases curtas assuntos e temas, sentimentos, bichos e fatos.

"Amor
Quando o silêncio a dois se torna cômodo.
.
Amizade
Quando o silêncio a dois não se torna incômodo.

O pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."

As crianças amaram escrever o que compreenderam e a poesia de Quintana que internalizam na alma 








Aproveito o  post para participar do Filosofando na vida do blog da Lourdes, que por sinal,
ando atrasada, e das imagens lá sugeridas escolho esta na Blogagem Coletiva 80 de um jovem tocando violino descalço
e interajo aliando a poesia de Quintana que aqui faço o interlace no livro Sapato Furado

Alegre miséria

Os teus sapatos parece que estão rindo.  Quintana

Minha participação

Na minha alegre miséria, a canção é riqueza,
desnuda a minha alma, e voa
já não necessito de sapatos.




Vejam mais:


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Cantoriando no jardim







Com a primavera florindo nada melhor que deixar a leitura florescer na alma, os poemas de flor, de fruto, de paz, de calma. E poder assim vislumbrar a natureza, aprender bem perto dela, observando uma borboleta que voa, num pássaro que canta e entoa o canto da paz.
Assim vai sendo nossas aulas fora da sala de aula, no jardim, debaixo das sombras de mangueira e figueira. Os livros viram folhas, e frutos, são pé de poesia.
Tem horas que são flores no jardim. e de repente a gente come uma bela salada de frutas
 são pontes, são asas, são barcos, são comida e bebida.
Trabalhamos de forma interdisciplina: Primeiro o ler e em tudo ler e vivenciar, dai a gente brinca, entoa, recita, ler em grupo, individual, em duplas, e pode ler a perder de vista, experimentar o sabor da poesia, nesse caso aqui o chá de camomila flor, da poesia de Eloí Bocheco no livro Cantorias de Jardim

As crianças leem e se inspiram em criar seus versos




Primavera já chegou
Minha vida coloriu
Tia Paula faz poema
Até Eloí Bocheco amou

Maria Luiza



A gente lê em cima ou embaixo da árvore e depois experimenta as frutas,as flores em chás e sucos aprende conceitos como fotossíntese e clorofila também além de ler e escrever receitas, poemas as crianças aprendem matemática de forma lúdica como por exemplo unidade de medidas de capacidade, fazendo a experiência para resolver situações-problema, por ex:
 Quantos copos de 100 ml cabem num litro de chá?
Se um litro tem 1000ml quantos ml tem em 3 litros?
Mamãe fez 1 litro de chá para 4 pessoas em xícaras iguais quantos ml d chá cada uma tomou?
Qual a metade de um litro?
E assim por diante, a gente aprende brincando
A poesia a gente canta, sente, ouve, atravessa os poros e os demais sentidos
As crianças levam o conhecimento para casa, pesquisam propriedades, ensinam aos pais,acabam por tomar sucos e chás de forma tranquila pois compreendem que não é chá para doença, é chá de flor, pra gente virar primavera por dentro hehe
E se deliciam e aprendem de forma significativa.

Olhem só:


Por dim as crianças se divertem, cantam, aprendem e sonhar, são estimuladas a se expressar, sentir a música com a alma, com o corpo todo.


Olha ai aula voz e violão com participação da minha irmã Andreia Belmino que terminou a aula com a canção da primavera que eles adoram musicada pelo grupo Crianceiras 

Assistam e se inscrevam no nosso canal!


O livro de Eloí Bocheco com ilustrações de Elma reúne 21 poemas sobre flores e é publicado Pela Editora Paulinas e pode ser comprado pelo site:

domingo, 24 de setembro de 2017

Canção da Primavera



Canção da Primavera

(Para Érico Veríssimo)

Primavera cruza o rio
Cruza o sonho que tu sonhas.
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando.

Catavento enlouqueceu,
Ficou girando, girando.
Em torno do catavento
Dancemos todos em bando.

Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo...
Até que as paineiras tenham
Por sobre os muros florido!


Mario Quintana; Canções, 1946

Em casa celebramos a primavera coma  Alice lendo no jardim:



E na escola além da leitura cantamos o poema de Mário Quintana musicado pelo Crianceiras