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quinta-feira, janeiro 25, 2024

Quatro poemas de Aldair Ribeiro dos Santos

 


A PALAVRA DE DEUS (acróstico)

 

Aplicada, transforma vidas mortas

 

Palpitante, conforta e alegra corações

Amada, forma exemplos de vida

Lida, cumpre o que lhe apraz

Ansiada, não tarda em deixar-se encontrar

Verbalizada, transmite graça aos que ouvem

Revelada, nos chama a uma vida com Deus

Abraçada, nos concede segurança

 

Derramada, nos conduz ao arrependimento

Estudada, premia com grande sabedoria

 

Desejada, nos faz conhecer o seu autor

Escrita, é levada para os povos e nações

Usada, nos concede a vitória

Santificada, encarna em nós a face de Cristo!

 

 

POEMETO PARA JUDAS

 

Jerusalém, ano 33

Jardim das oliveiras

Noite

 

Eis que o traidor se aproxima

 

Um beijo no Salvador

Remorso

(in) consciência em reviravolta

Contradição

Demência

 

Eis que o traidor se aproxima

 

Da sorte

Da morte

 

Se aproxima...

 

Traído por si

 

 

MEDITAÇÃO

 

Amanheço velho

Acordo seco

Busco luz

Água viva

Busco a fonte de vida

 

Longamente medito

Nas letras

Sagradas

Vivificantes

 

Deleito-me

Nas ideias do Nazareno

Sacio a fome

Da alma

Renovo a esperança

Do espírito

Acho sentido novo

Pra vida

 

Amanhece

Desponta o sol em minh'alma

Intriga-me o tempo

Que não vi passar

 

Recomeço a viver

O novo

 

De novo

 

 

TESTEMUNHO

 

Falsa alegria

Utopia enganada

Hipocrisia vivida

Crepúsculo do nada

Sepulcro caiado que divaga...

E divaga...

Esquizofrenia primal

A psicose básica universal

Vida danada

Sem rumo

Sou ser hodierno

Contraditória realidade real

 

Inesperado encontro

Com o divisor da história

O achar do Caminho

O crer na Verdade

O viver da Vida

Início da eternidade

 

Poderes em reviravolta

Agonia de Lúcifer

Em evidência

Desejos do Logos

Em evidente evidência

Conversão

 

Esperança, vida e poder

Vitória no sangue

Triunfo na cruz

Luz

Restauração

 

Jesus


Leia mais textos no blog do autor: https://aldairsantosrr.wordpress.com/


quarta-feira, março 16, 2022

Três poemas de Aldair Santos



CONTRASTE

 São dois pensamentos profundos

São duas éticas, dois mundos
São duas ofertas consideráveis
São dois polos antagônicos
São dois extremos inaproximáveis

São duas vozes chamando:
Às vezes baixinho, às vezes gritando
São duas portas abertas, duas escolhas concretas
São dois que conhecem o interior do homem
Dois que o chamam, dois que o consomem
São dois caminhos a escolher, duas estradas a ver
Qual é o teu caminho?

Um oferece vida, outro oferece morte
Um chama à porta, outro oferece a sorte
Um te oferece sublime esperança em pensamentos,
Outro te oferece esperança falsa, maléfica em seus intentos
Um te dá ética da liberdade, outro de dá a ética da loucura
Um te oferece riqueza e felicidade, outro te oferece… só a riqueza
Um te dá a liberdade de escolha e a escolha pela liberdade,
Outro diz que não escolher já é optar por ele,
Qual é o teu caminho?

São duas vivências ofertadas
Um oferece vida vivida, outro oferece vida bandida
São dois tipos de paz oferecidas
Uma é de cima e permanente, outra é de baixo e sofrida
São dois clamores aos teus ouvidos
Um diz verdade em abundância, outro diz falsidade e discordância
Qual o teu caminho?

Há sempre uma escolha a ser feita
Cruzar os braços e não escolher não significa não escolha
Significa a opção pelo caminho de cruzar os braços
Daqui a pouco a vida passa
São duas vozes gritando: “é por aqui!”, “não, é por aqui!”
Porém, há uma grande diferença:

Uma oferece Cristo, a outra oferece o caos…


COMPLETUDE

Minha mente devaneia

Penso que penso
Repenso dispenso impenso
Meu mundo vaga, chora
Descortino a inconsciência

Meu nascente é a escuridão
Preciso do teu toque
Aio para meu caminhar

O silêncio é a minha voz
Preciso de tuas palavras
Inefáveis vibrações sonoras

O vácuo é o que ouço
Preciso de tuas mãos
Sinais de vida que falam

Meus pés rodam
Empurram minha vida sentada
Encontro muralhas no caminho
Luto e escalo

Tateio inclusão
Sonho
Busco sensação
Solidariedade
Compreensão

Encontro confusão
A frieza do coração
Indiferença
Incompreensão

Preciso de tua mão
Inclui-me em ti

Então tu serás feliz
E completo

Poema publicado na antologia “Café e Literatura” – Editora Clube de Autores – 2021.


BOM DIA SEU POETA

Homenagem a Carlos Drummond de Andrade

Tu que ficas aí do lado esquerdo da vida
Pescando palavras e a ferida cutucando
Poetizas o mundo inteiro numa só dormida
E inspiras o vento de vez em quando

Bom dia seu poeta
Que olhas o azul do céu com olhos verdes
Que com rimas minha sede sacia
Embalando pensares em poéticas redes
Em infinita inspiração que desafia

Bom dia seu poeta
Que alças a voz com narrativas trágicas
Escrevendo páginas na história da vida
Amas sofres sonhas  e fazes mágicas
Em rima livre solta desfingida

Bom dia seu poeta
Que escreves mortes e vidas,  amigas
Com jeito literário de quase amar
Contróis contos e no coração intrigas
Resilientes letras que teimam sonhar

Seu poeta bom dia
Pois já não sei se é noite ou dia
Só sei do que és feito
Vida alma e peito

Feito de poesia


Leia mais textos no blog do autor: https://aldairsantosrr.wordpress.com/


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