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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Entidades Ciganas




Ciganos são uma classe de espíritos que incorporam nos terreiros de umbanda.

Pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. 

Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. 

Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. 

Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.




Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. 

Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. 

São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. 

Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. 

Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. 

Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais.

A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". 

Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. 

Cheios de simpatias espirituais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. 

As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar em outras Linhas.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

As Cores e o Povo Cigano



“Cigana, tu que és um espírito de luz, quando cruzares o nosso caminho com tua saia e fitas coloridas, irradia a força do arco-íris e envolve-nos de energia positiva, nos livrando de toda e qualquer negatividade que porventura se aproxime de nós.”



O povo cigano não aprecia a cor preta. Evitam-na inclusive misturada com outras cores. Esta cor lembra-lhes o luto, o drama, a inércia e o caos. Para eles, a liberdade representa o colorido da vida. Sua cultura e sabedoria são passadas diretamente, de geração para geração. Sabiamente, os ciganos sabem aproveitar todos os tons coloridos nas suas roupas, trajes e adornos. Para eles, nessas matizes existem alguns segredos, cuja importância falaremos a seguir.

Através das cores podemos obter o equilíbrio e a cura de muitos males físicos e espirituais. Somos beneficiados com o conhecimento e a importância da cromoterapia e podemos empregá-los no uso de vestes coloridas, na escolha dos alimentos a serem ingeridos, na decoração de nosso lar, no uso de pedras e cristais, ou também, na irradiação de luzes nas mais diversas cores.

O branco nos traz uma sensação de paz, tranqüilidade espiritual, discernimento no campo material e relaxamento mental. Deve ser usado para controlar nossa ansiedade e inquietude interior.

O amarelo libera nossa criatividade, ativa nosso poder mental, favorece a inteligência e nos devolve a autoconfiança, quando esta foi perdida. Deve ser utilizado em ambientes de leitura, estudo e negócios.

O azul claro é indicado para liberarmos a nossa emoção e trabalharmos a nossa sensibilidade. Tem efeito altamente relaxante. Deve ser usado durante a noite para dormir e para amenizar os estados de tensão.

O azul escuro traz confiança, disciplina, organização e estabilidade. Deve ser usado para trazer amadurecimento material e espiritual, e quando precisamos nos impor sem ferir os que estão ao nosso redor.

O lilás lembra a meiguice, o romantismo e a fantasia. Deve ser utilizado quando nos encontramos em fases de extrema cobrança exterior, rigidez, desencantos e austeridade com os outros e com nós mesmos.

O violeta é a cor do poder, da evolução espiritual, da cura, do misticismo e do lado oculto da vida. Deve ser empregado quando estamos deprimidos, preguiçosos, negativos, solitários e rancorosos.

O verde é bom para a saúde, para o coração, para o lado emocional. Traz-nos esperança, harmonia, confiança e disposição para viver. Deve ser usado quando estamos debilitados física, emocional e espiritualmente. Recupera o nosso vigor, nossa agilidade e juventude.

O rosa traz suavidade, amor, receptividade e alegria de viver. Muito bom para crianças, velhos e pessoas carentes. Deve ser usado para os momentos em que só encontramos defeitos em tudo e todos, nos lamentamos das oportunidades perdidas e não achamos graça em nada.

O vermelho nos remete às paixões, ao otimismo, à luta pela vida, ao lado de guerreiro que mora dentro de cada um de nós. Deve ser utilizado quando precisamos de energia, excitação, força, coragem. Esta cor aflora os desejos mais íntimos, tanto sexuais quanto amorosos.

O laranja, cor sagrada para este povo que veio do Oriente, representa o entusiasmo, a liberdade, o magnetismo e o prazer de estarmos vivos. Deve ser usada para quando nos encontramos presos a situações, quando nos sentimos isolados e buscamos o sucesso na vida.

Que o colorido do povo cigano possa trazer uma primavera de alegria e felicidade para todos nós em todas as fases de nossa vida!

Energias positivas de Saúde, Paz e Amor!


Por Ana Anciães

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Amigos Ciganos




Muitos de nós sabemos histórias sobre o povo cigano.

Alguns de nós inclusive já ouvimos histórias contadas com o objetivo de afastar-nos o máximo possível “deste tipo de gente”: ciganos roubam crianças e os pertences de outras pessoas, mulheres ciganas seduzem os maridos de mulheres direitas, mulheres ciganas fazem magias para o mau, etc.

Curiosamente também ouvimos histórias sobre pessoas negras, pobres, gays, entre outras minorias discriminadas através das gerações.

Pensando um pouco no mundo em que vivemos é importante que saibamos que ainda existem ciganos por aí, sofrendo muitos preconceitos. Quem sabe um destes não seria um de nós mesmos? Ainda somos discriminados por sermos Umbandistas. Que temos de tão diferente? Divulgam por aí histórias que “macumbeiros sacrificam crianças”, “mulheres macumbeiras usam feitiço para roubar o marido de mulheres direitas”, “macumbeiros fazem feitiço para o mau”. Acredito que temos muito mais em comum com o povo cigano do que um dia pudemos imaginar.

Um povo com tantas semelhanças com a Umbanda não poderia ter encontrado seara mais adequada para o trabalho espiritual, pois desde os primórdios o povo cigano já acreditava na comunicação com forças astrais, na manipulação dos elementos da natureza e na força da oração.

Hoje em dia não são todas as casas Umbandistas que realizam giras de povo cigano. Algumas até chamam ciganos junto com os exus, o que não é adequado uma vez que o trabalho dos ciganos do oriente, por exemplo, demanda manipulação de energias diferentes daquela usada pelos exus para o trabalho espiritual. Porém as casas que estão abertas a esse tipo de trabalho único encontram muita satisfação em tê-los como parceiros na evolução espiritual e tratamento de seus consulentes.

A diferenciação do trabalho também se expressa na diferenciação da manifestação. Muitos ciganos trabalham com uma incorporação muito suave. Outros trabalham ainda intuindo seus médiuns, tanto dentro quanto fora do terreiro. É inclusive motivo de angústia para alguns médiuns toda essa sutileza, pois muitas vezes se perguntam de onde estes pensamentos e ações estariam vindo.

Temos muito que aprender com o povo cigano.

O valor da liberdade. Ela é tão poderosa que nem mesmo a morte é capaz de detê-la.

O valor do respeito. Os mais velhos são os mais sábios.

O valor da alegria. A música e a dança embalam noites de nascimentos e de mortes nos acampamentos. Todas as fases da vida devem ser celebradas.

O valor da comunidade. Devemos estar unidos pelo que acreditamos e partilhar o que temos.

O valor da desconfiança. Não devemos nos entregar por inteiro a partir de um sorriso. Devemos sorrir de volta, mas sempre observando para saber o que está por vir.

O valor da magia. Não me refiro à magia enquanto branca ou negra, mas sim enquanto forma de manipulação de elementos dados a nós pelo criador. Elementos estes que estão repletos de energia do universo que pode ser usada para nos ajudar.

Toda essa sutileza me faz lembrar que os ciganos são o povo do vento.

O vento sopra livre na copa das árvores, possui elementos que alimentam o fogo, porém também pode apagá-lo, pode passar sem ninguém ver, mas não passa sem se fazer sentir. O vento traz perfume, traz fumaça para nos alertar, e quando pára de soprar... nos sufoca.
Não consigo mais ver a Umbanda sem os amigos ciganos.

Salve sua linda falange.

Arriba povo cigano!

Optchá!


Por Minha Amiga e Irmã: Roberta Pereira de Paula da Cigana Dara.


Obrigado Irmã, por nos presentear com esse belíssimo Texto!
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