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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Filme: Cinquenta Tons de Cinza

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O Supreme Romance não podia deixar de lado a estreia de um dos filmes mais aguardados pelos fãs do gênero. O blog foi conferir ontem, no dia 18, a adaptação do fenômeno mundial de vendas da trilogia erótica escrita por E. L. James.

Por adaptação, subentende-se da dificuldade em traduzir quatrocentas e tantas páginas em pouco mais de uma hora de filme, especialmente ao falarmos de uma trilogia narrada em primeira pessoa. Trazendo uma história carregada de cenas de sexo, de pensamentos íntimos e de trocas de e-mails constantes, ficou claro o desafio que a diretora Sam Taylor Johnson teria em mãos. Acrescente as expectativas, a troca de atores de “última hora” e mais tantos outros pormenores que acompanham as histórias; o resultado é um filme que apresenta seus altos e baixos, mas que abre caminho para sequências promissoras.

Assim, é compreensível que muitas das cenas fossem deixadas de lado, outras, adaptadas com um toque de originalidade concedida a cada filme baseado em livro. Cinquenta Tons de Cinza  ganha suas pinceladas com os principais momentos das páginas do primeiro livro da trilogia. Entretanto, é impossível não sentir falta de uma cena aqui ou ali que parecem essenciais para compor o cenário entre o bilionário Christian Grey e a ingênua Anastasia Steele.  Cenas como o encontro com a família de Christian passam num piscar de olhos, e diálogos intrincados permeiam os primeiros minutos nas telas de cinema. O incômodo principal fica por conta do tempo de duração do filme; no final, a sensação é de termos assistido um apunhado rápido e apressado da história. No mínimo, uma meia hora a mais teria feito toda a diferença.

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Enquanto todas as apostas estavam contra Dakota Johnson, a atriz se sobressaiu e foi além, reestruturando uma Anastasia Steele ingênua, boba e, quiçá, muito chata, para uma personagem mais solta, divertida e simpática. Consequentemente, alguns de seus dilemas, como os receios envolvendo Christian, juntamente com o seu desconforto com a prática BDSM, quase passam despercebidos. Se não pelas últimas cenas, o espectador certamente teria chegado a conclusão de que a personagem se diverte desde o primeiro momento em que é introduzida as práticas sexuais de Grey.

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E por falar nele, Jamie Dornan acaba por passar uma enorme insegurança, talvez pela responsabilidade que lhe foi atribuída. É visível seu desconforto, tanto dentro das cenas quanto nas primeiras entrevistas concedidas ao longo da espera pela adaptação. Timido, o ator parece sem jeito quase do início ao fim. Contudo, Jamie Dornan se solta nos cento e quarenta e cinco minutos de filme, brindando o espectador quanto a tão sonhada personificação de um Christian Grey sólido e fiel ao livro. Os gestos, os olhares intensos e sua aparência no estilo galã, trazem o melhor do ator para o personagem.

Por mais que o ritmo apressado da história atrapalhe um pouco,  muitas cenas estão bem construídas, acrescentado um toque de singularidade própria que não poderia faltar. As cenas de sexo, desejadas por muitos, trazem uma sensibilidade interessante aos mais púdicos, mas não deixam de levantar um porém: o receio em fazer um filme baseado num livro erótico. Se por um lado Cinquenta tons de cinza abusou das linguagens corporais, por outro tudo foi feito sob um cuidado exacerbado pela apreensão de cair no pornô. Cenas de sexo coreografadas ao exagero, tomando sempre o cuidado de não mostrar muito, somente reforçam essa ideia.

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Sendo otimista, Cinquenta Tons de Cinza é um filme de estreia para um possível caminho promissor. Mesmo derrapando em muitos aspectos, o filme consegue agradar por cima. Entretanto, se quiser  atingir um ápice de seu gênero, uma mudança aqui ou ali será necessário para compor uma história mais firme, que leve o público a se interessar pelos próximos da trilogia.

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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Filme: La Belle et la Bête

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“La Belle et la Bête” é a versão do clássico de “A Bela e a Fera”, história originalmente criada por Gabrielle Suzanne. A versão francesa estreou recentemente nos cinemas mundiais, com um elenco de peso para protagonizar a história entre Bela, filha de um comerciante financeiramente arruinado,  e a Fera, um príncipe amaldiçoado na forma de uma terrível besta, vivendo isolado em seu próprio castelo.

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A história segue os passos do clássico original de 1740, a exceção de alguns elementos que fazem parte das últimas versões do conto. O pai de Bela, ao perder sua fortuna, se muda com a família para uma casa no campo. Desgostoso com sua situação, ele decide partir em busca de bons negócios, o que deixa toda a família entusiasmada. As filhas mais velhas não hesitam em pedir jóias e vestidos caros, porém Bela, ao ser questionada sobre o que gostaria de ganhar, pede ao pai lhe traga somente um rosa.

Durante sua viagem, o comerciante se perde em uma tempestade e acaba parando em um castelo. Após se esbaldar em um banquete, o pai de Bela visita os jardins do local e descobre um magnífico canteiro de rosas. Ele não hesita duas vezes em cortar uma das flores para levar à filha, mas é surpreendido pelo ataque de uma fera terrível, que o condena à morte. Ao retornar para casa, contando os fatos à família, Bela vai ao castelo para tomar o lugar do pai na terrível sentença do monstro.

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É inegável que os efeitos visuais saltam aos olhos logo nos primeiros minutos do filme. O cuidado com o figurino e a ambientação também conferem a “La Belle et la Bête” uma atmosfera mágica, própria de um conto de fadas. Mas nem todo o arsenal de arte e de fotografia parecem serem o suficientes para suprir o incômodo pela falta de um enredo mais rico; uma interação entre os protagonistas que não se limitasse a dois ou três diálogos por cena. Afinal, um dos maiores encantos da história sempre foi, sem dúvida, o envolvimento da doce e gentil Bela com a terrível Fera.

Talvez a proposta fosse trazer um romance sutil voltada para o público jovem, mas a dose exagerada de sutilezas prejudicou a história. O filme escorrega pela falta de paixão que convencesse o espectador do abrupto “eu te amo”. Léa Seydoux, ao interpretar Bela em uma atuação quase pacata, passa mais tempo tendo sonhos sobre o passado da Fera ou explorando o castelo do que travando uma relação consistente com o príncipe. Após algumas cenas, como num passe de mágicas que não consegue convencer, o amor nasce de uma hora para outra.

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“La Belle et La Bête” é um encanto visual desperdiçado com um enredo fraco. O filme tinha grandes chances de se tornar um dos mais promissores a recriar o conto de “A Bela e a Fera”, porém o resultado, infelizmente, é uma história apática e um romance morno. Um pouco mais de ousadia certamente teria caído bem.

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

(Filme) Cloud Atlas

Para começar, me recuso a chamar “Cloud Atlas” de “A Viagem”. Não só acho que perde muito o sentido como limita o filme a um estereótipo cheio de trocadilhos bobos que ouvi durante as duas semanas em que fiquei curiosa pelo filme. Ontem tive a chance de passar três horas dentro de um cinema e aproveitar cada segundo de uma história cheia de ação, romance, reflexões profundas e muita emoção.

Cloud Atlas é baseado no livro de mesmo nome, do autor David Mitchell. O filme levou dois anos para ser produzido e, dirigido por Tom Tykwer, Andy Wachowski e Lana Wachowski, o filme encontrou dificuldades desde o início, quando não houve qualquer incentivo ou financiamento pelas grandes produtoras do cinema. E as dificuldades não param, pois – surpresa -, vi que Cloud Atlas vêm sendo um dos filmes mais criticados pelos especialistas de plantão. Não havia um só site em que eu entrava, fosse inglês ou português, em que encontrava críticas pesadas a história. E eu, que rumo contra o comodismo de uma crítica onde os argumentos se baseiam meramente em depreciar uma obra e atacar o intelecto de quem a lê ou assiste, vou abrir uma exceção e morder minha própria língua, muito embora admita que isso não seja nem de longe o correto. Porque, de fato, ou Cloud Atlas foi visto por críticos que não estão preparados para passarem três horas dentro de um cinema, ou os mesmo estão perdendo a capacidade de enxergar um filme que não ultrapasse o limite do superficial.

É verdade, Cloud Atlas é um filme complexo e nem todo mundo pode gostar. É preciso assistir com atenção e, ainda assim, você sai do cinema pensando se o ideal não seria ver novamente. Ao contrário do que o trailer pode nos mostrar de primeira viagem, o foco do filme não é falar apenas sobre reencarnação, embora eu não duvide que cada um possa ter sua própria visão da mensagem do filme. Se você procurar outra resenha, por exemplo, eu tenho certeza que haverá outra visão. Para mim, não dá para dizer que Cloud Atlas trata apenas de um ponto, mas um conjunto de reflexões sobre suas ações, sociedade, livre arbítrio e religião.

“- Você é apenas uma gota no oceano.”

“- O que é o oceano senão uma infinidade de gotas?”

O filme conta seis histórias diferentes, em épocas também diferentes. O advogado que abriga um escravo fugitivo em seu quarto, o compositor homossexual que vai trabalhar ao lado de um dos mais importantes nomes da música, a jornalista que se vê envolvida em uma investigação nuclear, um editor de livros que precisa escapar de um asilo (e aqui já abro meu parênteses para salientar que é um dos momentos mais descontraídos do filme), o clone do futuro que se apaixona e se envolve em uma rebelião, e, por fim, o que o filme chama de “pós queda” (um período que me lembrou a pré história), onde um homem tenta lutar contra uma espécie de demônio interior enquanto tenta manter sua família viva.

É interessante que todos os atores interpretam mais de um personagem, desde 1849 até 2321. Cada uma das histórias pode ser apreciada separadamente sem qualquer confusão, mas ao se interligarem, é preciso prestar atenção para entender como o corajoso editor que tenta escapar do asilo, em 2012, poderia mudar a percepção de um clone e impulsionar Sonmi 451 a mudar o sistema do mundo em que ela vive, em 2144, na Neo Soul. O filme sugere, portanto, a Teoria do Caos.

Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.”

Fonte: wikipedia

 

Uma ação sua, por mínima que possa ser, pode mudar a visão do outro. Esse outro, impulsionado pelo seu pequeno ato, pode mudar a visão de muitos. E algo que começou pequeno, toma proporções gigantes. Mais além, as ações do passado com certeza mudam uma geração inteira. Uma frase simples que Sonmi 451 viu em poucos segundos de um filme, por exemplo, desencadeou uma série de efeitos que lhe fizeram lutar contra um sistema e acreditar nessa luta, ainda que fosse claro que houvesse grandes chances de falha. Como repetiu-se diversas vezes durante a história – independente da crença de cada um aqui -, “Nossas vidas não são nossas próprias vidas, do útero ao tumulo estamos condicionados a outros , passado e presente , e através de  cada crime ou a todo ato de bondade determinamos nosso futuro”. No final, o modo como todas as histórias se conectam é suave, sem aquele “oh” de surpresa, mas com certeza um “oh” de fascinação pelo modo como tudo termina.

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Esse é apenas um dos diversos assuntos retratados em Cloud Atlas. Quanto aos cenários, efeitos especiais e caracterização, só tenho elogios, por mais que a crítica diga ao contrário. Principalmente por saber que se trata de um filme independente, imagino a dificuldade que não tenha sido criar tantos efeitos maravilhosos. Houve ousadia e riqueza de detalhes que quase não dá para absorver tudo. Confesso, no começo pensei que não gostaria desse tipo de narrativa cheias de ida e voltas, mudando de história a todo momento, sem um tempo exato. No final, adorei e apreciei cada uma delas.

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Os atores foram magníficos, mas Bem Whishaw, pra mim, trouxe uma das mais brilhantes atuações ao interpretar um compositor homossexual obcecado em criar sua música. Aliás, achei no mínimo curioso que as pessoas na sala não tenham se incomodado com a cena de sexo explícito entre um dos casais da história, mas claramente ficaram surpresas quando o casal homossexual apareceu em uma cama, com “nudez lateral” (existe esse termo? :P). No final, qualquer pré-conceito foi deixado de lado diante da emoção que Bem Whishaw conseguiu nos passar. Ouvi duas ou três pessoas ao meu redor literalmente fungando em uma das cenas mais tristes do filme.

Quanto ao livro, não posso dizer nada sobre comparações, pois ainda não o li. Porém, sei que Cloud Atlas não é aquele filme para relaxar num final de semana. É um filme reflexivo que não entrega seu total sentido desenhado, de mão beijada, mas que obriga a quem estiver assistindo a horas de filosofia sobre o karma, ações, pensamentos e – o que não poderia faltar em cada história -, o amor. Um filme mais do que recomendado.

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sábado, 10 de setembro de 2011

(Filme) Cowboys & Aliens

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A editora Galera Record reuniu alguns de seus blogueiros e leitores em um encontro para assistir ao filme “Cowboys & Aliens”, filme baseado no romance gráfico homônimo de Scott Mitchell Rosenberg. O encontro foi dia 08, no cinema Kinoplex de Itaim, em São Paulo

Cheguei bem cedo (até mesmo antes do pessoal da Galera, rs), e confesso que estava indo mais para encontrar o pessoal e rever algumas blogueiras, pois quando vi o trailer do filme, parecia não ser muito meu estilo. No final, percebi que realmente não se deve julgar antes de conhecer. O filme é ótimo!!!

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Pensem em uma mistura bem forte de faroeste, no melhor estilo “bang-bang”, com alienígenas! No começo não parece ser uma boa mistura, mas com Steven Spilberg como um dos diretores (adoro os filmes que ele faz!), com Harrison Ford e outros grandes nomes no elenco, o filme mescla humor, muita ação, um tiquinho de romance e um pouco de mistério. Isso porque tudo começa com Steve, que não se lembra quem é, ou como foi parar ferido e com um estranho bracelete em seu pulso. Então,  acaba numa cidade quase abandonada, em Absolution, onde todos temem o Coronel Woodrow Dolarhyde (Harrison Ford), e por isso deixam o filho dele, Percy Dolarhyde (Paul Dano), um garoto bem mimado, fazer tudo o que deseja na cidadezinha. É aí que, de repente, Absolution começa a receber ataques alienígenas e seus moradores começam a ser rapatados por esses estranhos seres.

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O filme tem uma história bem construída, boa, que conseguiu me prender até o final. Não sei quais são as diferenças entre filme e livro, por isso fica difícil aqui as comparações,  mas fiquei bem curiosa e vou atrás de ler a história!

E a organização da editora? Show! Chegaram no horário combinado (a Vivi é uma fofa!), distribuíram os ingressos sem problemas, todo mundo ganhou pipoca e refrigerante de graça, e ainda tomaram cuidado para não convidar muita gente, de modo que todo mundo conseguiu lugares sem problemas. Todo mundo tirou foto, conversou, se divertiu… Enfim, foi tudo muito bem estruturado!

Recomendo bastante o filme. Mesmo uma romântica melosa como eu, adorei a história! Abaixo, segue o trailer:

 

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

(Filme) A Garota da Capa Vermelha

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A primeira coisa que eu ouvia sobre esse filme eram críticas. Aquele velho papo de julgar e virar a cara antes mesmo de conhecer, e isso vem ocorrendo muito não só em livros como agora nos filmes também. Por se tratar da mesma diretora que filmou Crepúsculo, o filme começou não sendo bem aceito entre as maiorias da pessoa. Ah, se eu tivesse escutado as pessoas…

Certamente teria me arrependido. :D

Desde o começo criei grandes expectativas para o filme, o que ainda é pior pois, qualquer coisinha pode levar você a desgostar e levar aquele choque de “poxa, tanta ansiedade para nada"! No fim saí de lá depressiva, não pelo filme ser ruim mas pelo fato de ter acabado. Foi muito bom!

Uma mistura de muito, mas muito suspense, tensão e romance com a velha história da chapéuzinho vermelho. A todo momento você fica se perguntando quem seria o lobo, e essa expectativa faz você pensar até mesmo nos figurantes do filme. E todo suspense é revelado só nos últimos minutos, deixando você surpreso (eu pelo menos fiquei). É uma tensão tão grande que o filme consegue passar, que as pessoas no cinema chegaram a cochichar que até da vovózinha estavam suspeitando!!! rs.

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Ah, não posso deixar de citar: Shiloh Fernandez, casa comigo? Além de uma ótima atuação, o ator tem um ar de galã de novela das oito que… ó! *suspira* O romance no filme é daqueles de tirar o fôlego!

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É claro que por ser a mesma diretora de Crepúsculo, coincidência ou não houve muitas semelhanças em termos de enredo (mas ao menos a Chapéuzinho é mais animada que a Bella! :D) O ator que interpreta o pai de Chapéuzinho é o mesmo que o da Bella, o ator Shiloh Fernandez ficou entre os quatro finalistas para interpretar Edward Cullen (e, se não fosse pela Kristen, quando a diretora perguntou para ela com qual ator deveria escolher, ele teria ganhado o papel!), fora a idéia que, na história, Amanda Seyfried também é disputada por dois homens na vila onde mora. Ainda assim, o filme é realmente maravilhoso! Fico feliz de não ter lido o livro antes, pois acho que estragaria um pouco todo esse suspense. Mesmo assim, agora é correr atrás dele (lembrando que o livro é baseado no filme, e não ao contrário!). Nota mil.

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Max Iron, Amanda Seyfried e Shiloh Fernandez na première… o que eu não daria para ser ela nesse momento?! *o*

Abaixo, segue o trailer:

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