A.W. Tozer
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Cristão verdadeiro
«Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento.»
sábado, 25 de agosto de 2007
Carta do Irmão Roger, de Taizé
No seu Evangelho, numa fulgurante intuição, São João exprime quem é Deus em três palavras: «Deus é amor.» Basta compreendermos estas três palavras para podermos ir longe, muito longe.
O que nos cativa nestas palavras? É encontrar nelas esta certeza luminosa: Deus não enviou Cristo à terra para condenar quem quer que seja, mas para que todo o ser humano se saiba amado e possa encontrar um caminho de comunhão com Deus.
Mas por que razão há pessoas que o amor deslumbra, que se sabem amadas, realizadas? Por que razão há outras que julgam ser desprezadas?
Se cada um de nós compreendesse: Deus acompanha-nos mesmo na nossa solidão mais insondável. Ele diz a cada um de nós: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te.» Sim, Deus só pode dar o seu amor, aí se encontra todo o Evangelho.
O que Deus nos pede e nos oferece é que recebamos a sua infinita misericórdia.
Que Deus nos ama é uma realidade por vezes pouco acessível. Mas quando descobrimos que o seu amor é antes de tudo perdão, o nosso coração encontra sossego e acaba por transformar-se.
Eis que nos tornamos capazes de confiar a Deus o que perturba o nosso coração: encontramos então uma fonte onde buscar nova vitalidade.
Estaremos bem conscientes? Deus confia tanto em nós que dirige a cada um de nós um chamamento. O que é esse chamamento? É o convite a amar como ele nos ama. E não há amor mais profundo do que ir até ao dom de si próprio, por Deus e pelos outros.
Quem vive de Deus escolhe amar. E um coração decidido a amar pode irradiar uma bondade sem limites.
Para quem procura amar com confiança, a vida enche-se de uma beleza serena.
Quem procura amar e dizê-lo através da sua vida é levado a interrogar-se sobre uma das questões mais prementes: como aliviar as penas e o tormento daqueles que estão próximo ou longe?
Mas o que é amar? Será partilhar o sofrimento dos mais maltratados? Sim.
Será ter uma bondade infinita de coração e esquecer-se de si próprio por causa dos outros, de forma desinteressada? Sim, certamente.
E ainda: o que é amar? Amar é perdoar, viver reconciliados. E a reconciliação é sempre uma Primavera da alma.
O que nos cativa nestas palavras? É encontrar nelas esta certeza luminosa: Deus não enviou Cristo à terra para condenar quem quer que seja, mas para que todo o ser humano se saiba amado e possa encontrar um caminho de comunhão com Deus.
Mas por que razão há pessoas que o amor deslumbra, que se sabem amadas, realizadas? Por que razão há outras que julgam ser desprezadas?
Se cada um de nós compreendesse: Deus acompanha-nos mesmo na nossa solidão mais insondável. Ele diz a cada um de nós: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te.» Sim, Deus só pode dar o seu amor, aí se encontra todo o Evangelho.
O que Deus nos pede e nos oferece é que recebamos a sua infinita misericórdia.
Que Deus nos ama é uma realidade por vezes pouco acessível. Mas quando descobrimos que o seu amor é antes de tudo perdão, o nosso coração encontra sossego e acaba por transformar-se.
Eis que nos tornamos capazes de confiar a Deus o que perturba o nosso coração: encontramos então uma fonte onde buscar nova vitalidade.
Estaremos bem conscientes? Deus confia tanto em nós que dirige a cada um de nós um chamamento. O que é esse chamamento? É o convite a amar como ele nos ama. E não há amor mais profundo do que ir até ao dom de si próprio, por Deus e pelos outros.
Quem vive de Deus escolhe amar. E um coração decidido a amar pode irradiar uma bondade sem limites.
Para quem procura amar com confiança, a vida enche-se de uma beleza serena.
Quem procura amar e dizê-lo através da sua vida é levado a interrogar-se sobre uma das questões mais prementes: como aliviar as penas e o tormento daqueles que estão próximo ou longe?
Mas o que é amar? Será partilhar o sofrimento dos mais maltratados? Sim.
Será ter uma bondade infinita de coração e esquecer-se de si próprio por causa dos outros, de forma desinteressada? Sim, certamente.
E ainda: o que é amar? Amar é perdoar, viver reconciliados. E a reconciliação é sempre uma Primavera da alma.
Irmão Roger, de Taizé
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Jesus: o centro da nossa fé
«Não somos agentes de viagem entregando folhetos turísticos de lugares que nunca visitamos. Somos exploradores de fé de um país sem fronteiras, país que descobrimos, pouco a pouco, não ser um lugar, mas uma pessoa. A nossa fé inclui as nossas crenças, mas também as transcende, pois a realidade de Jesus Cristo nunca pode ser confinada dentro de formulações doutrinárias.
A pergunta, portanto, não é mais: Jesus de facto é semelhante a Deus?, mas: Deus de facto é semelhante a Jesus? Esse é o sentido tradicional da declaração de que Jesus é a Palavra de Deus. Não é Deus que nos revela Jesus, é Jesus que nos revela Deus. Não podemos deduzir nada sobre Jesus do que pensamos que sabemos a respeito de Deus; devemos deduzir tudo a respeito de Deus do que sabemos sobre Jesus.»
A pergunta, portanto, não é mais: Jesus de facto é semelhante a Deus?, mas: Deus de facto é semelhante a Jesus? Esse é o sentido tradicional da declaração de que Jesus é a Palavra de Deus. Não é Deus que nos revela Jesus, é Jesus que nos revela Deus. Não podemos deduzir nada sobre Jesus do que pensamos que sabemos a respeito de Deus; devemos deduzir tudo a respeito de Deus do que sabemos sobre Jesus.»
Brennan Manning, A Assinatura de Jesus
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Continua a viver onde Deus está
Viver uma vida disciplinada é viver de tal modo que queres estar apenas onde Deus está contigo. Quanto mais aprofundares a vivência da tua vida espiritual, tanto melhor discernirás a diferença entre viver com Deus e viver sem Deus, e mais fácil será saíres dos locais onde Deus deixa de estar contigo. Aqui o maior desafio reside na fidelidade, que deve ser vivida nas escolhas de cada momento. Quando a tua comida, bebida, trabalho, divertimento, conversa ou escrita deixam de ser para glória de Deus, deves parar imediatamente, por que já não estás a viver para a glória de Deus, começas a viver para tua própria glória. Assim, separas-te de Deus e prejudicas-te.
A tua principal preocupação deve ser sempre se estás ou não a viver com Deus. Possuis conhecimento interno suficiente para responder a esta pergunta. Cada vez que fazes alguma coisa orientada pela tua necessidade de aceitação, de afirmação ou de afecto, e de cada vez que fazes alguma coisa que aumenta estas carências sabes que não estás com Deus. Elas nunca serão satisfeitas; apenas aumentam quando lhes cedes. Mas cada vez que fizeres alguma coisa para glória de Deus, conhecerás a paz de Deus no teu coração e lá encontrarás descanso.
A tua principal preocupação deve ser sempre se estás ou não a viver com Deus. Possuis conhecimento interno suficiente para responder a esta pergunta. Cada vez que fazes alguma coisa orientada pela tua necessidade de aceitação, de afirmação ou de afecto, e de cada vez que fazes alguma coisa que aumenta estas carências sabes que não estás com Deus. Elas nunca serão satisfeitas; apenas aumentam quando lhes cedes. Mas cada vez que fizeres alguma coisa para glória de Deus, conhecerás a paz de Deus no teu coração e lá encontrarás descanso.
Henri Nouwen, A Voz Íntima do Amor
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Regressa sempre ao ponto sólido
Tens que acreditar na resposta afirmativa que te é devolvida quando perguntas «Amas-me?» Deves escolher este sim mesmo quando não o sentes.Sentes-te esmagado por distracções, fantasias, pelo perturbante desejo de te lançares no mundo do prazer. Mas sabes de antemão que não será aí que vais descobrir uma resposta para a tua dúvida mais profunda. Tal como essa resposta não está em voltar a analisar minuciosamente acontecimentos passados ou na culpa ou recriminação. Tudo isso apenas contribui para te exaurir e fazer abandonar a rocha sobre a qual está construída a tua casa.Tens de confiar nesse ponto sólido, no local onde podes dizer sim ao amor de Deus mesmo quando não o sentes. Neste momento nada sentes a não ser vazio e falta de força para escolher. Mas continua a repetir «Deus ama-me e o amor de Deus basta». Tens que escolher uma e outra vez esse local sólido e regressar a ele após cada fracasso.
Henri Nouwen, A Voz Íntima do Amor
domingo, 12 de agosto de 2007
Essências do verdadeiro Cristão
"O ideal cristão mudou e inverteu tudo, de forma que, como é dito no evangelho: «Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus». O ideal já não é a grandeza de um faraó ou de um imperador romano, nem a beleza de um grego ou a riqueza da Fenícia, mas a humildade, a pureza, a compaixão e o amor. O herói não é rico, mas o mendigo Lázaro; não Maria Madalena nos seus dias de beleza, mas no dia do seu arrependimento; não os que adquirem riquezas, mas os que as abandonam; não os que moram em palácios, mas os que vivem em catacumbas e cabanas; não os que dominam sobre os outros, mas os que não admitem nenhuma autoridade além da de Deus." - Leon Tolstoi
"Aprendi que seguir a Jesus não significa resolver todos os problemas humanos - o próprio Cristo não tentou fazer isto -, mas, ao contrário, reagir como Ele mesmo fez, contra toda a razão, para dispensar graça e amor àqueles que menos mereciam." - Philip Yancey
"Cristo diz: «Quero tudo o que é teu. Não quero uma parte do teu tempo, uma parte do teu dinheiro e uma parte do teu trabalho: quero-te a ti! Não vim para atormentar o teu ser natural, vim para matá-lo. As meias-medidas não me bastam. Não quero cortar um ramo aqui e outro ali; quero abater a árvore inteira. Não quero raspar, revestir ou obturar o dente; quero arrancá-lo. Entrega-me todo o teu ser natural, não só os desejos que te parecem maus, mas também os que se afiguram inocentes - o aparato inteiro. Em lugar dele, dar-te-ei um ser novo. Na verdade, dar-te-ei a mim mesmo: o que é meu se tornará teu»." - C.S.Lewis
"Aprendi que seguir a Jesus não significa resolver todos os problemas humanos - o próprio Cristo não tentou fazer isto -, mas, ao contrário, reagir como Ele mesmo fez, contra toda a razão, para dispensar graça e amor àqueles que menos mereciam." - Philip Yancey
"Cristo diz: «Quero tudo o que é teu. Não quero uma parte do teu tempo, uma parte do teu dinheiro e uma parte do teu trabalho: quero-te a ti! Não vim para atormentar o teu ser natural, vim para matá-lo. As meias-medidas não me bastam. Não quero cortar um ramo aqui e outro ali; quero abater a árvore inteira. Não quero raspar, revestir ou obturar o dente; quero arrancá-lo. Entrega-me todo o teu ser natural, não só os desejos que te parecem maus, mas também os que se afiguram inocentes - o aparato inteiro. Em lugar dele, dar-te-ei um ser novo. Na verdade, dar-te-ei a mim mesmo: o que é meu se tornará teu»." - C.S.Lewis
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Para pensar...
«O que somos (nosso ego ou identidade pessoal) é, em parte, resultado da Criação (a imagem de Deus) e, em parte, resultado da Queda (a imagem estragada). O ego que devemos negar, rejeitar e crucificar é o caído, tudo o que dentro de nós for incompatível com Jesus Cristo (daí os seus mandamentos: "negue-se a si mesmo" e então "siga-me"). O ego que devemos afirmar e valorizar é o criado, tudo o que em nós for compatível com Jesus Cristo (daí a sua afirmativa de que se perdermos a nossa vida mediante a negação própria a encontraremos). A verdadeira autonegação (a negação de nosso ego falso e caído) não é a estrada para a autodestruição, mas o caminho da autodescoberta.» - John Stott
“A entrega sem reflexão é fanatismo em acção, mas a reflexão sem entrega é a paralisia de toda acção”.- John Mackay
“Uma grande parte de nossas dúvidas e de nossos temores provém de sombrias percepções do que seja a real natureza do Evangelho de Cristo... a raiz de uma religião feliz é um claro , preciso e bem definido conhecimento de Jesus Cristo”. - J.C. Ryle
«O pecado não é um lapso lamentável de padrões convencionais; a sua essência é a hostilidade para com Deus (Romanos 8:7), manifesta em rebeldia activa contra Ele. O pecado tem sido descrito em termos de "livrar-se do Senhor Deus" a fim de colocarmos a nós mesmos no seu lugar, num espírito altivo de "poderosidade divina". Emil Brunner resume esse pensamento muito bem, ao dizer: "Pecado é desafio, arrogância, desejo de ser igual a Deus. . . Asserção da independência humana contra Deus. . . Constituição da razão autónoma, moralidade e cultura".» - John Stott
“A entrega sem reflexão é fanatismo em acção, mas a reflexão sem entrega é a paralisia de toda acção”.- John Mackay
“Uma grande parte de nossas dúvidas e de nossos temores provém de sombrias percepções do que seja a real natureza do Evangelho de Cristo... a raiz de uma religião feliz é um claro , preciso e bem definido conhecimento de Jesus Cristo”. - J.C. Ryle
«O pecado não é um lapso lamentável de padrões convencionais; a sua essência é a hostilidade para com Deus (Romanos 8:7), manifesta em rebeldia activa contra Ele. O pecado tem sido descrito em termos de "livrar-se do Senhor Deus" a fim de colocarmos a nós mesmos no seu lugar, num espírito altivo de "poderosidade divina". Emil Brunner resume esse pensamento muito bem, ao dizer: "Pecado é desafio, arrogância, desejo de ser igual a Deus. . . Asserção da independência humana contra Deus. . . Constituição da razão autónoma, moralidade e cultura".» - John Stott
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Salvos pelo Amor de Deus
« O cristão não tem outra Lei senão Cristo. Sua “Lei” é a vida nova que lhe foi conferida em Cristo. A nossa Lei não está escrita em livros, e sim nas profundezas do nosso coração; não pela mão de seres humanos, mas pelo dedo de Deus. O nosso dever agora não é apenas obedecer, e sim viver. Não temos de nos salvar, somos salvos por Cristo. Devemos viver para Deus em Cristo, não só como quem procura a salvação, mas como quem está salvo.»
« Não é a observância obrigatória que nos preserva do pecado, mas algo de muito maior: é o amor. E esse amor não é algo que desenvolvamos apenas com as nossas próprias forças. É um dom sublime da misericórdia divina, e o facto de que vivemos na consciência dessa misericórdia e desse dom é a maior fonte de crescimento para o nosso amor e a nossa santificação. Esse dom, essa misericórdia, esse amor ilimitado de Deus por nós, foi derramado sobre nós como resultado da vitória de Cristo. Saborear esse amor é partilhar da sua vitória. Ter consciência da nossa liberdade, exultar na nossa libertação da morte, do pecado, da Lei, é cantar o aleluia que glorifica realmente a Deus neste mundo e no mundo que há-de vir.»
« Não é a observância obrigatória que nos preserva do pecado, mas algo de muito maior: é o amor. E esse amor não é algo que desenvolvamos apenas com as nossas próprias forças. É um dom sublime da misericórdia divina, e o facto de que vivemos na consciência dessa misericórdia e desse dom é a maior fonte de crescimento para o nosso amor e a nossa santificação. Esse dom, essa misericórdia, esse amor ilimitado de Deus por nós, foi derramado sobre nós como resultado da vitória de Cristo. Saborear esse amor é partilhar da sua vitória. Ter consciência da nossa liberdade, exultar na nossa libertação da morte, do pecado, da Lei, é cantar o aleluia que glorifica realmente a Deus neste mundo e no mundo que há-de vir.»
domingo, 5 de agosto de 2007
Sobre a Oração
«A oração não nos cega ao mundo, mas transforma a nossa visão do mundo, e passamos a vê-lo, assim como a ver todos os homens e toda a história da humanidade, à luz de Deus. Orar em "espírito e verdade" permite-nos entrar em contacto com aquele amor infinito, aquela liberdade impenetrável que está por trás das complexidades e dificuldades da existência humana.»
Thomas Merton
«Na oração aconchegamo-nos nos braços do Pai, nas suas mãos amorosas. A nossa mente, os nossos pensamentos, a nossa imaginação podem saltar de um lugar para o outro; podemos até mesmo cair no sono; porém estamos essencialmente escolhendo permanecer durante esse tempo na intimidade com o nosso Pai, entregando-nos a Ele, recebendo o seu amor e cuidado, deixando que Ele desfrute de nós à vontade.»
Brennan Manning
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