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29 de out. de 2011

Graffiti Interativo Feminista sobre Aborto e Direitos Reprodutivos das Mulheres


Dia 23 de outubro de 2011. Dia de fazer o graffiti interativo feminista. Chegamos na Rua da Várzea um pouco depois das 10h, mas a galera já estava por lá trabalhando. O pessoal do GRIF Maçãs Podres (Ana Clara Marques, Fernanda Sunega e Patrick Monteiro) já tinha pintado o poema e estava colando na parede o stêncil da palavra MATERNIDADE. 
Foto: Thamara Lage
No muro, antes de nós alguém graffitou um protesto: “Vendo voto à vista”. Depois de muita discussão, as Maçãs Podres decidiram não apagar o graffiti, que foi incorporado ao mural. Essa intervenção compôs muito bem com o nosso tema, afinal os direitos reprodutivos das mulheres estão sempre sendo rifados ou vendidos no “mercado parlamentar”.
Elisa Gargiulo já estava a postos com sua câmara, filmando tudo. Valéria chegou em seguida no seu besouro branco vindo de Atibaia, trazendo sua energia e sorriso largo para nos fortalecer. Ela corria de um lado ao outro, como uma maratonista, agregando as pessoas, panfletando e pacientemente explicando a causa a cada pessoa que se dispunha a tentar saber um pouco mais do que acontecia.

1 de ago. de 2011

Teatro Feminista na Veia!

Carne - Patriarcado e Capitalismo 

+ informações sobre a peça

Não somos críticas de teatro, não dominamos a linguagem, nem temos este interesse e antecipamos que nossa opinião é obviamente parcial, não só pela temática, mas também pelo modo que a peça foi/é construída, apresentada e por seu objetivo político, o que não atenua a potencialidade do que assistimos e as reações que observamos. Assim, diferente do que parece ser o “Stand Up”, definido como “a morte do que há de revolucionário no teatro” por Asdrúbal Serrano, a peça “Carne – Patriarcado e Capitalismo” é um soco no estômago masculino que gesta “o útero da maternidade intensiva”.
Se o principal objetivo da peça era mostrar os dispositivos de opressão com os quais o gênero masculino domina e desune as mulheres, algo tão presente nas nossas vidas que fica difícil de explicar ou identificar, dada a sua naturalização, podemos dizer que ele foi alcançado, pois boa parte destes dispositivos foi escancarada na apresentação, gerando reações indigestas das pessoas que assistiam. Os corpos do público se mexiam nas cadeiras, como se tivessem apertados e prontos para urinar. As reações físicas pareciam demonstrar uma dificuldade intensa em aceitar o que se observava ali, era a negação física da imagem, uma necessidade não-racionalizada de extravasar sentimentos e comportamentos represados que conhecemos intimamente, mas que, normalmente, não damos conta de racionalizar. O espelho da verdade foi posto em nosso rosto. E ele não mostrava a vaidade do mito da beleza ou da feminilidade, mas a angústia de ver o quê a sociedade patriarcal burguesa faz com nossas vidas, eis o grande ponto.

11 de jul. de 2011

“CARNE – PATRIARCADO E CAPITALISMO”

"Para os homens, o público e o político, seu santuário.
Para as mulheres, o privado e seu coração, a casa."
(Michelle Perrot)


A Kiwi Companhia de Teatro entende a arte como um instrumento de transformação política e social e sua atual empreitada é nada menos que a apresentação de uma peça feminista.
No projeto "Carne - Patriarcado e capitalismo", o grupo discute as relações profundas entre patriarcado e capitalismo, mostrando o panorama da opressão de gênero e a situação específica da violência contra as mulheres no Brasil. 

26 de abr. de 2011

18 filmes feministas, por MAÇÃS PODRES

Escolhemos uma lista de 15 filmes que consideramos ilustrativos para a formação de feministas (ou simplesmente pessoas que gostam de bom conteúdo cinematográfico), quase todos com links para que as leitoras possam assistí-los gratuitamente, em sites que desponibilizam o serviço. A lista é composta por alguns filmes amplamente conhecidos, e outros nem tanto, realizados por mulheres (e feministas) ou que contenham temas abordados em textos do MAÇÃS PODRES. Também deixamos aberto um espaço para que as demais maçãs podres possam dar sugestões de outros filmes. 
17 - Thelma e Louise (por yumehayashi e Viviane):

"Solidariedade feminina,reflexões sobre a mulher que só vive em casa servindo o marido,e o clímax do filme: Susan Sarandon mata um estuprador defendedo a Gena Davis"
E por falar em 'Thelma e Loise', a atriz Susan Sarandon disse, num documentário sobre a visibilidade lésbica nos longas, que ela e a colega de cena optaram por fazer aquele beijo final, estava fora do roteiro, como uma afirmação sobre o amor delas, de modo a combater algo velado, típico da grande indústria, e citou o primeiro filme da lista, 'Tomates Verdes Fritos', que não abordou a relação das protagonistas, deixou no ar o filme se se tratava de uma amizade, ou relação amorosa, ao passo que o livro original deixa bem claro que elas tinhas uma relação conjugal." 


16 -Tomates Verdes Fritos  (por Uryuu-RO e Lídia)
"Tem uma abordagem interessante da valorização da mulher (...) sobre relacionamentos, patriarcado, violência, e, o melhor de tudo, mostra a autonomia das mulheres e o companheirismo, derrubando o mito da rivalidade feminina."

15º - As virgens suicidas (sexualidade na adolescência)
Dirigido e roteirizado por Sofia Coppola, este filme narra a história de 5 belas adolescentes americanas que em pleno auge da liberdade sexual estadunidense são sexualmente reprimidas pelos seus pais, especialmente a mãe extremamente religiosa. Comentário feminista: Apesar de se basear num livro escrito por um homem e narrado pelo ponto de vista dos garotos, a história lança um sensível olhar sobre a prisão sexual em que se encontram as jovens mulheres (e homens) em sociedades de forte apelo religioso cristão. O filme, já em seus primeiros minutos, possui um dos mais fantásticos diálogos feministas já escritos sobre o que significa ser uma adolescente mulher que tem sua sexualidade reprimida e observa o mundo através de um criterioso olhar sobre de como estão estabelecidas as bases da desigualdade entre o ser mulher e ser homem. Ideal para se passar em oficinas em que  adolescentes debatem os temas de gênero e sexualidade.

21 de jan. de 2011

O filme "Cisne Negro" - Comentários feministas sobre a Sociedade dos Espetáculos

"A mulher é levada ao narcisismo".
Aonde vamos paradas, diante do espelho?
Se você é feminista e não assistiu o filme “CISNE NEGRO”, assista (veja on line, sem pagar nada, clicando no link) e o faça antes de ler o resto deste texto, pois apesar de não focarmos os detalhes do roteiro¹, o que nós comentaremos aqui poderá estragar o clímax da película ou a indigesta sensação de impotência que ela pode lhe provocar.
A trama¹ seria bem “clichê” se não fosse apresentada com a dubiedade necessária, já que o filme é uma metáfora da sexualidade feminina ou que se deseja de nós. Neste ponto, Darren Aronofsky é um dos poucos artistas de Hollywood que abordam o “clichê” das questões de gênero, sem clichês estereotipados.
Em “O Lutador”, Aronofsky nos mostra o que “sobra” a um homem, preso aos papeis de gênero, quando sua masculinidade (de pai/marido/amante/provedor) já não possui mais utilidade social. Em “CISNE NEGRO” ele inverte a perspectiva temática e presenteia-nos com um jogo de ilusões e espelhos que mergulham profundamente na batalha interna de toda mulher: o essencialismo da feminilidade e a loucura da transcendência humana.

7 de set. de 2010

Artemisia Gentileschi: A ARTISTA QUE EXALTOU A MORTE DO PATRIARCADO

Introdução
“A mulher tem que estar nua para entrar no Museu?
Menos de 5% dos artistas na sessão de Arte Moderna
 são mulheres, mas 85% dos nus são femininos”.

(grupo GUERRILLA GIRLS).
A exposição da sexualidade humana tanto pode ser considerada arte como pode não sê-la, sem dúvida este é tema para um belo debate feminista, porém é inegável que a arte, como manifestação humana, expressa em si mesma os conflitos existentes dentro sexualidade humana como um todo.
Nos momentos históricos onde a imagem artística projetou seu auge através do nu masculino, falamos do ocidente, a sexualidade homoerótica era uma prática socialmente aceita, ou então, o autor da obra se identificava com tal orientação sexual, vide as esculturas da Grécia Antiga e as pinturas de Michelangelo.
Excluídos os exemplos que ali se encaixem, é no corpo das mulheres, na exaltação do nu feminino que se concentram as representações plásticas das artes ocidentais. Estimuladas pelo sexo oposto, as pinturas masculinas fizeram do nu feminino a arte que nossos olhos "aceitam" ver.
Em sua esmagadora maioria, a arte produzida é “a arte da segregação sexual”, a arte do contexto social, contexto este que declara o que homens e mulheres devem pintar, quem deve servir de modelo, em quais situações as mulheres (e os homens) devem ser retratadas e quais são as técnicas que permitem fazer com que a obra possa ser considerada “bela” ou de “alto nível”.
A pergunta que nos é pertinente agora, com todos estes fatores adversos, é qual será a real condição de se produzir uma arte genuinamente feminista, sem expressar os dramas esteriotipados de nossa angustiada sexualidade?

Vida de Artemisia Gentileschi

Artemisia Gentileschi foi a primeira mulher aceita pela Academia Del Disegno no período Renascentista. Filha do pintor Orazio Gentileschi, um dos representantes da escola romana de Caravaggio, seus primeiros passos artísticos se situaram, por motivos diversos e a aproximação dos temas era diferente das de seu pai.
Judite e sua serva
1614/20
Por ser mulher, Artemisia não poderia ter acesso às Academias profissionais de Belas Artes. A composição acadêmica era masculina. Dado esta proibição, seu pai a encaminhou a um professor privado, Agostino Tassi, que a estuprou. Na tentativa de impedir que o fato fosse revelado, Tassi prometeu casar-se com ela e graças a essa promessa continuou tendo relações com ela durante alguns meses.
Uma vez tendo sido acusado, Agostino Tassi negou ter se envolvido com Artemisia e conseguiu testemunhos apresentando-a como amante de muitos homens. Durante o processo Artemisia foi intimidada e submetida a um humilhante exame ginecológico e torturada, usando um instrumento que lhe apertava os dedos das mãos, usualmente utilizado na época com aqueles que se considerava em perjúrio. Artemisia então disse que já não era mais “pura” no momento da violência sexual e de ter tido outros amantes. Celestine Bohlen resume o fato e relata o que aconteceu ao acusado:

30 de jun. de 2010

Abrem Inscrições para Concursos Feministas

Estão abertas as inscrições para dois concursos sobre a luta contra a violência contra as mulheres e política de igualdade de gênero. 
O primeiro está sendo promovido pela Católicas pelo Direito de Decidir (CDD/Br). Consta no edital do concurso que este selecionará um logotipo pelo fim da violência contra as mulheres e também tem por objetivo incentivar a utilização das artes visuais para divulgar a importância do enfrentamento da violência contra as mulheres e estimular que designers e outros/as artistas se engajem nessa causa. Este concurso faz parte do Projeto Arte e Cultura no Enfretamento da Violência contra as Mulheres, que tem o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) do Governo Federal. A premiação para os/as vencedores/as será um prêmio em dinheiro no valor de R$ 3.000,00 em cerimônia a ser realizada na cidade de São Paulo em data a ser oportunamente divulgada. Assistam os vídeos de divulgação do concurso, para mais informações acessem o blog SEDEDEQUÊ?

O segundo é o 6 Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero é um concurso de redações para estudantes do ensino médio e de artigos científicos para estudantes de graduação e graduadas (os). Este concurso tem por objetivo estimular a produção científica e a reflexão sobre as relações de gênero no país e promover a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas Possui premiações diversas, com até R$5.000,00 e bolsas de doutorado, mestrado e iniciação científica, entre outras. As Incrições e regulamento podem ser achados e feitas pela net e para mais informações nas outras categorias, acesse: http://www.cnpq.br/premios/2010/ig/.

4 de out. de 2009

O vampirismo emocional masculino e a cultura feminista

“A cultura é a tentativa dos homens de realizar o imaginável no possível”


O fato das mulheres serem apresentadas como “essenciais para o conteúdo estético da cultura”, nos mostra a verdadeira intenção de evitar nossa ação como sujeito ativo da construção histórica e material da humanidade. Somos limitadas pelas regras do jogo estético masculino. As poucas mulheres que se encaixaram e conseguiram registrar uma pequena historia no mundo arte, o fizeram de modo isolado e tiveram que se submeter a parâmetros da visão masculina que determinava o que era arte e o que não se considerava como. Tornou-se impossível a nós mulheres criarmos nossas próprias concepções estéticas: a arte autentica. Para sermos aceitas nos círculos fechados da criação tivemos que nos adaptar as regras, o padrão estético masculino.

27 de set. de 2009

Super-ação Cultural


Os filhos bastardos do mundo

“A representação do mundo, assim como o próprio mundo foi tarefa dos homens; eles o descreveram segundo seu ponto de vista particular que confundiram com a verdade absoluta.” O que a maioria dos homens não perceberam, é que são os filhos bastardos de um sistema que se justifica por um “pênis que eles não tem”. Todo o esperma que eles recebem são migalhas produzidas nos testículos de seus dominantes. A verdade é que os homens que defendem a causa feminista como algo importante, como qualquer outro homem neste planeta, tem privilégios maiores do que sua necessidade de romper com o machismo. Os homens não querem deixar o papel de predadores, e para serem predadores eles precisam de presas.
“A cultura é a tentativa dos homens de realizar o imaginável no possível. (...) Mas o homem não foi somente capaz de projetar o imaginável na fantasia. Acumulando conhecimentos, aprendendo, através da experiência sobre esta realidade e a como manipulá-la, ele pode molda-la a seu gosto.”