Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drumond de Andrade
Um comentário:
Madoka disse...
Márcia, adorei seu blog, está muuuito legal, e é sempre bom te acompanhar: suas dúvidas, alegria, desabafos...e escrever não deixa de ser um crescimento (interior) né? Lendo Drummond, me veio uma frase do Caio F Abreu, que é + o - assim:" Alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo". Eu acho isso lindo!!
Beijocas
Madoka
11:23 PM
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