Amigos... Em todos os estágios de nossa vida, lá estão eles. Alguns nos acompanham por toda a trajetória. Outros chegam e, de repente, ocupam espaço, oferecem guarida, companheirismo... E se firmam. Logo a amizade ganha solidez e sobre este alicerce vamos vivendo, erguendo ideais, sonhos, dividindo as intempéries do dia-a-dia... Conseguimos ser mais felizes, temos com quem contar, quem acolher. Mas um dia, inesperadamente, o destino se encarrega de conduzir-nos por caminhos diferentes... E o que fica...? A sensação de um tempo bom e do quanto fomos felizes...
Os meus últimos meses foram marcados por encontros assim. Conheci pessoas diferentes, de lugares diversos, com personalidades que, nem sempre, tinham a ver comigo. Depois do "estranhamento", de desentendimentos e tempestades, a convivência assumiu um papel essencial e permitiu o início da amizade de um grupo de pessoas que, além de colegas de trabalho, abraçaram suas condições de meros amigos, assumindo - às vezes, com muito custo - seus defeitos e, claro, suas qualidades.
Com isso, crescia o sentimento de que não estávamos sozinhos. Mesmo com os desencontros, aprendemos a perdoar, a reconhecer os erros e, assim se fez o nosso tempo de amizade. As personalidades e os gênios diferentes afloravam, agora, sob a forma de um todo que sabia se reconhecer.
Contudo, a vida seguiu depressa... E, sem percebermos, trouxe o inesperado golpe da separação. Foi-se o primeiro amigo... Nos nossos encontros, alguma coisa faltava. Difícil não perceber. Aos poucos, uma nova pessoa se juntava ao grupo e emprestava um pouco de si, diminuindo parte do que era ausência, porém, cada pessoa sempre deixa uma marca particular. Nem o tempo, nem a distância, nem quem quer que seja, pode apagar.
Hoje, mais um amigo foi buscar sua realização longe de nós. Egoísmo pensar assim? Não. Diria que a tristeza da ausência é compensada pela alegria de saber que, embora distante, alguém que foi - e sempre será - especial encontrará o que tanto procura. A velha amizade talvez perca parte de seu brilho, fique encoberta ou somente adormecida...
Certo é que a vida parece mudar, pois tudo segue em constante ritmo de transformação... Ficará a lembrança das aventuras, dos planos compartilhados, dos encontros na roda de amigos, que permanecerá sempre viva, passe o tempo que for.
Resta-nos, portanto, dar o nosso melhor para preservar os nossos amigos enquanto há tempo, valorizando cada momento em que estamos juntos, reconhecendo o quanto nos acrescentaram, dizendo-lhes o seu valor ou, simplesmente, sem dizer nada, falando silenciosamente, por meio de um gesto, de um olhar, de um abraço.
Resta-nos, portanto, dar o nosso melhor para preservar os nossos amigos enquanto há tempo, valorizando cada momento em que estamos juntos, reconhecendo o quanto nos acrescentaram, dizendo-lhes o seu valor ou, simplesmente, sem dizer nada, falando silenciosamente, por meio de um gesto, de um olhar, de um abraço.
Afinal, se o destino nos separar de um amigo, só temos uma coisa a fazer: Emprestar as nossas asas para que ele possa voar o mais alto que puder...
E ser feliz...!!!