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quinta-feira, 21 de março de 2019
Pas de deux.
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Hair.
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Aleluia, aleluia (padre Jesus Ejocha).
Os
Fiéis de Faro estão contra a saída do pároco Jesus Ejocha, um padre bailarino que realiza convívios de dança. Aleluia, aleluia.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Isabel Muñoz, danças e contradanças.
Isabel
Muñoz é uma fotógrafa espanhola – e o Malomil tem divulgado muiita fotografia espanhola – nascida em
1951. Eis a página oficial da artista, com séries variadas: http://www.isabelmunoz.es/ . Da sua obra, seleccionaram-se trechos
dançarinos, o Ballet Nacional de Cuba e o tango (há uma imagem de dança oriental, bem sabemos... descubra-a, é fácil!). Mas há mais, muito mais, a ver
na página oficial de Isabel Muñoz, acima assinalada para interessados, curiosos
e demais público leitor de um modo geral. Falando em dança, mesmo para quem não goste de touradas, umas quantas imagens (mais precisamente, três) de bailados taurinos, na objectiva muito subjectiva de Isabel Muñoz:
segunda-feira, 11 de maio de 2015
De profundis.
«Disse a dois
empregados novos; “Se me roubarem dou-vos um tareião que vos parto ao meio”»
(Olivier Costa, cozinheiro,
entrevista a Sol/Tabu, de 8-5-2014)
domingo, 3 de maio de 2015
Pas de deux.
As
primeiras palavras d’Os Anjos de Apolo,
de Jennifer Thomas, são uma dedicatória. Para
o Tony. É-me indiferente saber se o marido de Jennifer Thomas, o
historiador Tony Judt, já então se encontrava afectado pela doença atroz que o
vitimou. Os Anjos de Apolo é, tão-só,
a melhor história do ballet que existe em língua portuguesa. Logo nas primeiras
páginas, a sua autora diz que o ballet pode ter chegado ao fim, sendo hoje
visto como antiquado e fora de moda, desajustado a um tempo acelerado e
desordenado.
Não sei se Jennifer Thomas estará a ser
demasiado pessimista neste seu prognóstico tão sombrio. Mas acerta plenamente no diagnóstico:
o ballet exige uma ordem e um equilíbrio que nem sempre parecem compagináveis
com o ritmo alucinante dos nossos dias. Não é difícil percebê-lo: há uns tempos, já longínquos, publiquei
aqui uma série de imagens de Alfred Eisenstaedt, cisnes repousantes, perto do
céu.
O
ballet é uma arte exigentíssima, que requer tanto esforço e trabalho como
qualquer outra das mais duras actividades humanas. Aqui estão bailarinas mas poderiam estar operárias fabris, trabalhadoras das minas ou camionistas de longo curso. Há 16 anos, a fotógrafa Lucy
Gray, acabada de ser mãe, decidiu retratar mulheres que conjugam a maternidade
e a profissão. Um dia, por acaso, encontrou num mercado uma bailarina; falaram,
conversaram-se, e Lucy começou a espreitar os bastidores do San Francisco Ballet.
Durante 15 anos, acompanhou três mães-bailarinas: Katita Waldo, Tina LeBlanc e
Kristin Long. Os depoimentos destas mulheres podem ser vistos aqui, o
que deveras recomendo porque hoje é Dia da Mãe.
As
fotografias, como disse, foram tiradas durante 15 anos, acompanhando o
crescimento das crianças, feito em palco ou fora dele. Lucy Gray publicou
há pouco o produto do seu trabalho: Balancing Acts. Three Prima Ballerinas Becoming Mothers. Ao apresentá-lo, disse que a
maternidade tinha dado àquelas mulheres uma nova perspectiva sobre o seu
trabalho, um novo olhar sobre o bailado. Não se tratou apenas de conseguir conciliar a experiência
de ser mãe e uma das mais árduas profissões do mundo. Muito mais do que isso: a
maternidade enriqueceu aquelas mulheres como pessoas e como praticantes de uma
arte que, dizem, está em vias de extinção. Pelo menos, foi o que aqui testemunharam as três mães-bailarinas.
Se
é verdade ou não, não sei. Sei apenas que, por uma coincidência incrível, estava ver estas imagens granuladas
quando, subitamente, me aparece à frente um trecho de um livrito maravilhoso que andava a ler, chamado
Uma Negrinha à Procura de Deus, de
George Bernard Shaw. Que diz assim:
«A
vida é chama que está sempre a extinguir-se. Mas acende-se de novo todas as
vezes que nasce uma criança. A vida é maior do que a morte, a esperança maior
do que o desespero.»
Seria
algo pretensioso e exageradão dedicar este texto a todas as mães do mundo, pois o Malomil não
é visto em toda a parte, notando-se falhas acentuadas de visitantes da
Bielorússia e da África subsaariana. Por isso, estas palavras piegas vão apenas para a
Raquel, que foi mãe e depois fez uma tese, e para a Isabel, que fez uma tese e
depois foi mãe. E também, claro, porque é hoje o dia, para a minha Mãe, com mãeiúscula.
António
Araújo
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