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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Emocionante o talento deste contador de histórias da Alemanha em escombros, a reerguer-se.


 


 

O livro intitula-se A Hora dos Lobos, A Vida dos Alemães no Rescaldo do III Reich, Publicações Dom Quixote, 2023, o seu autor, Harald Jähner, é um consumado desenhador de águas-fortes, acaba de cair Berlim, chegou a hora dos alemães conhecerem as maiores privações e situações traumáticas, violações, assassinatos, roubos, fome; impõem-se estratégias de limpeza dos escombros, e no meio daquele cataclismo aparece um turismo, há quem ande por ali a fotografar, abrem-se caminhos, no meio de tanto desaire os vencidos procuram novas formas de mobilidade; dá-se uma migração avassaladora, há prisioneiros errantes, despatriados, libertam-se trabalhadores forçados, os alemães veem-se confrontados dentro de um mosaico de povos em que a raça ariana passou a ser um mito; e naquele descalabro, sobretudo os mais novos procuram divertir-se, ter lazeres, no meio de uma vida tão áspera, onde praticamente tudo falta; regressaram os militares vencidos, descobrem que as suas mulheres tiveram uma vida duríssima, descobriram uma outra dimensão da sua emancipação, haverá um caudal de divórcios, muita prostituição com os vencedores; o mercado negro irá prosperar, uma lógica das senhas de racionamento que põe gente rica, gente remediada e gente pobre no mesmo plano de igualdade, e vai acontecer algo de inédito, aquele mercado negro funcionará como uma escola de cidadania; aos poucos, os alemães não ser postos perante o grande desafio da recuperação, a reforma monetária em muito contribuiu; ainda não chegámos à guerra fria, os aliados ocidentais põem uma reeducação que apague o nazismo e molde a mente alemã para os valores democráticos; quem veio de Moscovo traz outros planos, vai germinar a formação de duas Alemanhas; esta é a saga da geração Carocha (Carocha era o termo usado para falar do modelo popular do Volkswagen). É esta a sumula da narrativa espantosa, escrita com imensa sensibilidade, uma lição para qualquer europeu sobre quanto custam estes horrores da guerra, agora que vivemos uma nas fronteiras da Europa, e profundamente destruidora.

A saga desta geração Carocha e dos dois estados alemães, como observa Harald Jänher no posfácio tem aspetos muito relevantes. “O facto de, apesar da recusa generalizada em lidar com o passado e apesar do regresso em massa das elites nacionais-socialistas aos seus altos cargos, ambos os estados alemães se terem conseguido purificar do nacional-socialismo é um milagre muito maior que o dito milagre económico.” E, mais adiante: “Um fator que contribuiu de forma crucial para o desfecho feliz da história do pós-guerra foi a força da retoma económica. Permitiu acomodar 12 milhões de expatriados, 10 milhões de soldados desmobilizados e, pelo menos, o mesmo número de desalojados em virtude dos bombardeamos em instalações provisórias algures, às quais seria prematura chamar pátria.” Os alemães, durante gerações, também tiveram que enfrentar a acusação de culpa coletiva. Durante décadas, o país evitou de forma sustentada ter de lidar com os milhões de assassinatos – até aos processos de Auschwitz, que duraram entre 1963 e 1968.  Ter de ver os filhos transformados em acusadores arrogantes, embora muitas vezes desesperados, foi uma das consequências tardias da repressão que os alemães exerceram sobre si mesmo, após 1945.

Este livro é comovente e emocionante, permitam-me que registe alguns parágrafos que considero esplendentes, elucidativos:

“As pessoas estavam constantemente de pé, na rua, à espera de saber notícias. Os correios não funcionavam, o telefone também não, por isso a comunicação tinha de ser feita de pé. No caos carregado de medo dos meses que se sucederam à guerra, as notícias eram um bem essencial à vida- Informações sobre vivos e desaparecidos, sobre onde arranjar o quê ou qualquer coisa que se quisesse saber estavam reservadas a quem se fizesse à estrada. A situação era incerta, as rotas de fornecimento haviam sido cortadas. Deixar mensagens sobre o paradeiro de alguém e dar um sinal de vida era, por isso, de importância elementar. As pessoas estavam famintas de pistas, de novidades, deambulavam de visita em visita para contar e para escutar. Até mesmo para arranjar artigos de primeira necessidade no mercado negro era necessário percorrer caminhos inconcebivelmente longos por várias partes da cidade.”

“O momento de regresso a casa era ansiado por muitos. Nas salas de estar, os homens que combatiam na frente foram substituídos por fotografias. As crianças eram instadas a olhar regularmente para as fotografias, para que mantivessem a ideia do pai, nem que fosse na imaginação. A fotografia do pai ocupava o seu lugar no aparador como se de um altar se tratasse. Ele estaria algures na Rússia ou no Egito; em casa, as mães procuravam a suposta localização no atlas e apontavam-na com um dedo para mostrar às crianças. Tão distante do dia a dia. tornou-se uma figura que prometia uma vida melhor, a qual chegaria com o fim da guerra. Com o regresso do marido, pressuponha-se o fim para a solidão, para a sobrecarga constante que era criar os filhos sempre sozinhas e em condições extremas.”

“A solidez estava fora de moda. Tudo tinha de ser fácil de arrumar e mudar de sítio. Até os candeeiros de pé com quebra-luzes cónicos obedeciam ao mandamento da flexibilidade; os quebra-luzes assentes em braços articulados de metal móveis permitiam adaptar constantemente a intensidade da iluminação. O ideal desta nova leveza devia-se em parta também à pura necessidade: nas exíguas condições provisórias, eram amiúde necessário mudar a disposição dos móveis e aconchegá-los. Já não havia espaço para o acarinhado estilo colossal, o que agora se vendia eram móveis que se pudessem dobrar e empilhar. Isto permitia acomodar quatro pessoas em três divisões e ainda transformar o quarto de dormir em escritório.

Este modo de viver descomplicado agradava a ricos e a pobres. As delicadas e dispendiosas estantes da Knoll International renunciaram totalmente aos apoios laterais, o que lhes conferia leveza. As escrivaninhas tinham pernas finas de aço, nas quais as gavetas pareciam flutuar. Um mundo de sumptuosidade e móveis pesados em carvalho como que se esfumara e as pessoas agora queriam respirar ar puro com uma estética despreocupada.”

“Qualquer região que fosse capturada pelos Aliados era subitamente dominada pela paz. Os soldados invasores mal poderiam crer no que viam: estes alemães, que pouco tempo antes haviam combatido com uma raiva cega, mesmo já tendo perdida toda e qualquer esperança de saírem vitoriosos, assim que capitulavam, revelavam ser os cordeirinhos mais mansos do rebanho. Parecia que o fanatismo se desprendia deles como uma pele.”

De leitura obrigatória, um sério aviso sobre o que é reconstruir uma sociedade a partir do caos. 


                                                                            Mário Beja Santos


terça-feira, 7 de maio de 2024

São Cristóvão pela Europa (263).


 

 

Ao terminar a minha digressão de Março pela Alemanha passei por “pontos extremos” dos Estados da Baviera e de Hessen nas cercanias de Frankfurt.

Na Baviera, em Amorsbrunn existe uma capela construída junto a uma fonte cujas águas são consideradas miraculosas. Para a gota, para o s olhos, para a dor de dentes, mas sobretudo para a infertilidade.

A imperatriz Maria Teresa da Áustria não terá bebido a água, mas tendo feito um generoso donativo foi mãe de 16 filhos…

O culto existe neste local desde o Século VIII. Aqui se fizeram peregrinações, chamadas as feiras imperiais, até à extinção da monarquia em 1918.

No exterior um grande mural representando São Cristóvão pintado em 1535.

 


  

Belíssimo o altar gótico representando a Árvore de Jessé.

 


Finalmente em Gravenbruch (Estado de Hessen), a Igreja de São Cristóvão da autoria do arquitecto checo Helmut Bilek é considerada um exemplo da arquitectura alemã do pós-guerra.

Foi consagrada em 1967.

Na fachada, um mosaico de 1978 da autoria do padre católico polaco Claus Kilian (1928-2022). No interior uma estátua de madeira.

O logotipo da comunidade tem naturalmente a imagem do nosso Santo.

 




 

                                    Fotografias de 31 de Março de 2024

                                                                        José Liberato

 


terça-feira, 30 de abril de 2024

São Cristóvão pela Europa (262).

 


 

Prosseguindo no Estado alemão de Baden-Württemberg, visitei Lobenfeld, a igreja de um antigo mosteiro, primeiro de frades agostinhos criado no Século XII, depois transformado pela Ordem de Cister. É uma das mais importantes igrejas românicas do Estado.

Foi usada para fins seculares a partir do início do Século XIX e só devolvida ao culto (protestante) em 1997.

Está coberta por frescos, entre os quais um enorme São Cristóvão do Século XIV. Mutilado pela construção de uma galeria num momento em que não se conhecia a existência do fresco.

 



 

A igreja de Heinsheim, também românica, é uma das mais antigas igrejas rurais da Alemanha, sendo mencionada no Século X. Foi dedicada a Santo Hilário. Tem um fresco do nosso Santo de cerca de 1280. Como muitos outros foi tapado e descoberto em 1963.

 




O Tempelhaus em Neckarelz tem uma história extraordinária.

Edifício construído antes de 1300 para ser o priorado da Ordem dos Hospitalários no Baden-Württemberg foi vendido em 1350, tendo sido utilizado como celeiro. A partir de 1688 passou a ser usado como igreja, tendo sido objecto de uma restauração completa em 2001.

No seu interior um belo fresco de São Cristóvão. O ombro esquerdo e o cajado perderam-se porque a janela foi construída em 1731, enquanto o fresco só foi descoberto nos 60 do Século XX.

 




 

                        Fotografias de 31 de Março de 2024

                                                            José Liberato




sexta-feira, 26 de abril de 2024

São Cristóvão pela Europa (261).

 

 

Hoje pertencente ao Estado alemão da Renânia Palatinado,Speyer foi uma cidade extremamente importante no Império Romano-Germânico.

A sua Catedral ostenta o título de Catedral Imperial, a par das catedrais de Mainz e Worms tratadas no post precedente, e serviu de Panteão desde 1039 a vários imperadores.

O museu da cidade é o Historische Museum der Pfalz ou Museu Histórico do Palatinado.

Nas suas reservas, encontra-se uma notável imagem da autoria do escultor de origem austríaca Gottfried Renn (1818-1900) representando São Cristóvão com o Menino Jesus.

 





 

Hockenheim, no Estado de Baden Wurtemberg, é conhecida em todo o mundo pelo seu autódromo onde se realizaram muitos Grandes Prémios de Fórmula 1.

Na cidade, o Centro Comunitário São Cristóvão, em frente da Igreja Paroquial, contem um mural do nosso Santo.

 




 

Em Ziegelhausen, perto de Heidelberg, numa ponte sobre o Rio Neckar, uma estátua de São Cristóvão.

A estátua de bronze, datada de 2002, é da autoria do escultor alemão Bernd Stöcker nascido em 1952.

 





                                                            Fotografias de 31 de Março de 2024

                                                                                                José Liberato





segunda-feira, 15 de abril de 2024

São Cristóvão pela Europa (260).

 


 

O Hunsrück é um território do Estado alemão Renânia- Palatinado, entre os rios Mosela, Saar e Reno.

Existe uma chamada Catedral de Hunsrück situada numa elevação junto da localidade de Ravengiersburg.

A Catedral é imponente com duas torres de grande dimensão que datam da construção inicial, o Século XII. No local existiu desde 930 um castelo. Em 1070, o Conde Berthold, o proprietário, mandou construir uma capela já sob a invocação de São Cristóvão. Morrendo o Conde sem filhos, o conjunto foi transmitido ao Arcebispo de Mainz com a condição de o conjunto ser transformado num mosteiro. Data de 1074 a instalação dos frades agostinhos.

A vida destes frades será muito atribulada através das vicissitudes da Reforma, da ocupação por Espanhóis e Suecos durante a Guerra dos Trinta Anos, das invasões de Luís XIV e Napoleão.

Foi sede do Movimento dos Trabalhadores Católicos já no Século XX.

O Altar-mor é a jóia do interior da Catedral. Ostenta a data de 1722 e é tipicamente barroco. No seu topo uma pintura representando São Cristóvão.

 



 

A Igreja de Santa Maria e São Cristóvão de Bechtolsheim foi construída entre 1482 e 1487, pelo Mestre Jacob von Landshut que dirigiu posteriormente a construção da Catedral de Estrasburgo. Em 1544, a Igreja aderiu à Reforma. Mas em 1685 transformou-se numa Simultankirche ou Igreja Simultânea, ou seja, é utilizada tanto pela Igreja Protestante e como pela Igreja Católica.

À entrada da Igreja, um grande mural representa São Cristóvão.

O altar de Santa Maria apresenta um retábulo original com nove alvéolos numa disposição original.

Admite-se que as imagens tenham sido recuperadas de um altar antigo.

Na fila de baixo a Virgem Maria tem à Sua direita Seu pai, São Joaquim, e à Sua esquerda. Sua mãe, Santa Ana.

Na fila do meio da esquerda para a direita São Roque, São Cristóvão, São Jorge, São Leonardo e Santo Egídio.

Na fila de cima, São Jerónimo, Santa Bárbara, Santa Margarida e talvez São Martinho.

 




 

Finalmente, a Catedral de Worms, uma das mais importantes da Alemanha, construída no Século XII.

Local citado pelas lendas dos Nibelungos, onde existiu uma igreja desde o Século VII, palco da dieta de Worms em 1521 presidida pelo Imperador Carlos V e com a presença de Martinho Lutero.

Tem um grande fresco representando São Cristóvão.




 

                            Fotografias de 30 de Março de 2024

                                                                 José Liberato




segunda-feira, 8 de abril de 2024

São Cristóvão pela Europa (259).

 


 

Nos últimos dias do mês de Março dei uma pequena volta pela Alemanha. O meu percurso abrangeu os Estados da Renânia-Palatinado, de Baden-Württemberg, de Hesse e da Baviera. Sempre que me cruzei com o nosso São Cristóvão não deixei de me documentar.

Comecei pela cidade de Mainz que se pode traduzir em português por Mogúncia, capital do Estado da Renânia-Palatinado cujo ex-libris é certamente a Catedral.



Mas durante mil anos ergueu-se na cidade uma Igreja de São Cristóvão. Contudo em 1942 e 1945, a II Guerra Mundial não a poupou. Hoje encontra-se reconstruída uma pequena parte, ficando intencionalmente em ruína o restante, como memória da Guerra. Aqui foi baptizado por volta de 1400 uma das grandes personalidades da cidade: Johannes Gutenberg (1400-1468), o inventor do método de impressão que viria a revolucionar a produção de livros.

 

Existe uma reconstituição do que seria um fresco de cerca de 1400. O interior da Igreja com iconografia do nosso Santo só se consegue aperceber através de uma fotografia longínqua e com muitos reflexos.

 






O Landesmuseum Mainz é um dos grandes museus da cidade e um dos mais antigos da Alemanha. Está instalado num edifício barroco, antes afecto a uso militar.

 


O museu apresenta uma imagem de madeira da autoria de um Mestre Anónimo de 1490:

 


Em Bacharach, nas margens do rio Reno, a Igreja de São Pedro tem um mural representando um São Cristóvão de grande dimensão com o Menino Jesus ao colo e atravessando um rio com um cajado nas mãos. Deve ter sido pintado no Século XIV.

 

 



 

                                    Fotografias de 30 de Março de 2024

                                                                     José Liberato




domingo, 5 de novembro de 2023

Exercícios de memória.

 

 

Quem não se lembra? Quem não se lembra das conversas um pouco enfastiadas em que havia quem garantisse que era desnecessário remexer no passado? Dizia-se que o mundo tinha andado para a frente e que águas passadas não movem moinhos e que já ninguém se interessava pelo assunto. Quem não se lembra? Gente culta citava Estaline, «Hitler passa, mas o povo alemão fica». O muro tinha caído há pouco tempo, e professoras de alemão mostravam-se genuinamente surpreendidas; sem acinte, perguntavam «para quê estudar coisas tão tristes?». Quem não se lembra? Quem não se lembra de que os povos tinham superado os traumas? Anos depois, os alemães já festejavam a vitória da selecção de futebol, tudo entrara nos eixos. Para arrumar o assunto, afirmavam alguns, ufanos, «até a Merkel vai ao balneário», era a época da Kabinenbesuch. Quem não se lembra? A normalização estava mais do que comprovada, tão comprovada que Israel já praticaria malfeitorias no Médio Oriente. Tornou-se mesmo um Estado entre outros, não há dúvida. E recebeu muito dinheiro, não se podem queixar. Para quê estar sempre a falar da mesma coisa? Perguntava-se com perplexidade, cheira a vingança e a vontade de sacar mais algum. Melhor fora que se deixassem disso. Estar sempre a falar de Auschwitz é maçador e contraproducente. Já chega, a vida continua. A vida continuou. Não foi maçador, nem contraproducente.

Foi inútil.

 

                                                                                 João Tiago Proença

 




segunda-feira, 14 de novembro de 2022

São Cristóvão pela Europa (202).

 


 

A Baviera não foi o único Estado alemão que visitei este Verão.

Fiz também uma incursão no Estado de Baden- Württemberg.

A Catedral de Ulm tem a torre de igreja mais alta do Mundo. Ultrapassa os 160 metros.




O interior é riquíssimo.

A exemplo de muitas catedrais da Alemanha e dos Países Baixos, a Catedral possui um enorme sacrário a que chamam Sakramentshaus. Nestas altas estruturas de pedra, guarda-se a Eucaristia. A esta construção também se chama por vezes tabernáculo.

Na base da Sakramentshaus de Ulm (gravura antiga), uma estátua de São Cristóvão:

 



Curiosamente a imagem do Santo não aparece na gravura antiga.

Ainda na Catedral, uma grande estátua de bronze está envolvida em polémica muito interessante.

Tem 6 metros de altura e representa o Arcanjo São Miguel.

A instalação da estátua foi promovida pela guarnição de Ulm a seguir à I Guerra Mundial como um memorial dos soldados caídos durante a guerra. Num concurso lançado em 1922, o projecto vencedor foi o do Prof. Heinz Wetzel (1882-1945), tendo o escultor Ulfert Janssen (1878-1956) sido encarregado de o executar.

Até 1934, o Conselho da Igreja Evangélica opôs-se ao projecto por o considerar demasiado agressivo.

Mas em 5 de Agosto de 1934, no dia da guarnição, 30000 antigos soldados vindos de toda a Alemanha assistiram à inauguração da estátua, imposta pelas autoridades nazis. Até hoje.



Na praça Weinhof, situa-se uma belíssima fonte encimada pela figura colorida de São Cristóvão. O original da imagem está no Museu. Data de 1480 e é da autoria do escultor Jörg Syrlin o Velho (1425-1491). Ao fundo, a Schwörhaus, a casa dos juramentos.

 



Em Bopfingen, a Igreja Matriz é românica e dedicada a São Blásio.




Possui um fresco de São Cristóvão de grandes dimensões. De notar o pormenor dos peixes e dos patos nas águas do rio que o Santo atravessa:

 



 

O chamado altar de Herlin, que tem o nome do seu autor, o pintor Friederich Herlin (1430-1500), foi completado em 1472 e é uma das preciosidades da igreja.

A parte central do painel é composta pela figura de Maria com o Menino Jesus ao colo, oferecendo-lhe uvas. Ao Seu lado direito São Blásio, retirando uma espinha da garganta de uma criança. Ao Seu lado esquerdo o nosso Santo:

 




 

 

Fotografias de 13 e 14 de Agosto de 2022

 

José Liberato