abril 09, 2015




Até segunda ordem, não botarei mais água na fervura deste feijão preto. Convido os interessados a visitarem meu novo endereço virtual. Sejam bem-vindos a nova plataforma de acesso ao meu portfólio e atividades.

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maio 19, 2014

>>> BICHOS DO MAR


A autora, Estéfane Cardinot Reis, convida o jovem leitor para uma aventura fascinante: tomar fôlego, mergulhar no vasto oceano e se deparar com informações surpreendentes sobre os mais diferentes tipos de animais marinhos: fósseis, peixes, répteis, mamíferos e aves. As orcas são vorazes predadoras que se alimentam de uma infinidade de organismos, como focas, peixes, aves, tartarugas, e até de grandes baleias quando caçam em grupo. Possuem a característica coloração preta e branca e uma proeminente nadadeira dorsal, que nos machos é ainda maior e afilada. Apesar da fama de baleia assassina, não é uma coisa nem outra. Na verdade, as orcas são golfinhos e só atacam para se alimentar. Busquei mais realismo nas ilustrações, para incrementar o repertório de conhecimento e detalhes curiosos e despertamr o interesse durante a leitura. Bichos do Mar (Editora Gaia), com projeto gráfico de Raquel Matsushita, tem 56 páginas fartamente ilustradas com desenhos e fotos.

março 17, 2014

>>>> UM AMOR OPERÁRIO


O projeto gráfico da nova capa é de Daniel Cabral, da Editora Positivo. A obra faz parte da Coleção Metamorfose. Fiz a ilustração de capa, para a ágil, intensa e breve narrativa de Roniwalter Jatobá, que trata da educação sentimental do personagem Jacinto, da sua infância numa favela de Osasco à vida adulta no bairro de São Miguel, em São Paulo. Ambientada no final dos anos 60 e meados dos anos 70 do século XIX, a narrativa retrata a vivência urbana, sob a opressão da ditadura militar e do trabalho operário nas fábricas. Como contraponto redentor, traz uma bela história de amor – entre Jacinto e Emília Emiliano – nascida sob circunstâncias difíceis do cotidiano industrial e contexto político autoritário da época.

março 08, 2014

>>>> AMIGO DE DARWIN É MEU AMIGO


Fruto de mais uma dobradinha com o parceiro e escritor Rogério Andrade Barbosa. Uma colaboração que foi, nessa oportunidade, bem distinta das demais. Bento é o garoto desenhista, imaginado pelo autor, que teria sido convidado por Charles Darwin para integrar a famosa expedição científica a bordo do HMS Beagle, para registrar a flora, a fauna, os tipos humanos. Estamos falando do ano de 1832, o que me obrigou a ilustrar com a perspectiva de uma época. Ou seja, era preciso ser mais realista, documental, acadêmico, científico. Um tipo de registro bem distante das minhas habilidade e aspirações, pelo menos do ponto de vista artístico. Foi justamente essa viagem que forneceu ao ainda jovem Darwin os subsídios para a elaboração de sua teoria da evolução das espécies. Creio que, por esse motivo, o registro visual precisa acompanhar o viés naturalista.



Quando recebi o convite para ilustrar esse livro lembrei da emoção que tive quando li, bem jovem ainda, sobre a fantástica viagem e vida desse sujeito tão encantador e brilhante. Tinha que topar um desafio desses! Além do tributo ao gênio do naturalista britânico, senti também vontade de reverenciar os artistas viajantes influenciados pelas ciências naturais, como Debret, Eckhout, Taunay, Post, Burkhardt, Lane e Böcklin, que muitas vezes pagavam do próprio bolso para participar de tais expedições para atuar, digamos, como repórteres de campo e fotojornalistas. Na feitura das ilustrações usei muitas referências, recortes de jornal, revistas e anúncios antigos. Nelas misturei acrílica, guache, pastel e retoque digital.


A ilustração da página da esquerda acima parte do mais conhecido semblante do naturalista. Darwin com sua barba branca, mais velho e com aspecto cansado, bem depois da publicação de suas teorias revolucionárias. O amigo de Darwin, um jovem desenhista em Galápagos, editado pela Editora Melhoramentos, foi selecionado para o recém-lançado Catálogo FNLIJ para a Feira do Livro de Bolonha de 2014, quando o Brasil será o país homenageado.

fevereiro 27, 2014

>>> A MINHA PÁTRIA É A MINHA LÍNGUA




Neste Histórias Populares da Língua Portuguesa, conforme a sinopse do próprio Celso Sisto, o fio de ouro que liga cada uma das histórias é o idioma português. Estamos diante de histórias que são contadas há muito tempo. Tanto tempo que é impossível apontar com precisão quando elas surgiram. Sabemos que todas elas têm a ver com a passagem dos colonizadores portugueses por cada um desses territórios. E como a língua portuguesa ficou plasmada para sempre na cultura desses povos, as histórias, ainda que já existissem, passaram também a ser contadas nesse idioma. A lusofonia congrega falantes de um mesmo idioma, que se torna ainda mais rico, distinto e específico em cada lugar.

Depois de Histórias da América Latina, de Silvana Salerno, a Planeta Jovem prepara o lançamento desta obra que reúne narrativas de diversos países, recontadas à maneira brasileira pelo autor Celso Cisto. São histórias antigas dos seguintes países da comunidade lusófona: Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Cada uma delas acompanhada pelas obras dos ilustradores Rui de Oliveira, Rosinha, Ellen Pestilli, Fernando Vilela, Elma, Renato Moriconi, Ionit, Andrea Ebert, Pedro Rafael e Odilon Moraes. Divido o projeto gráfico com Eduardo Okuno. E fiz também a ilustração da capa e um mapa interno. O mosaico, que serve sempre de mote da composição, é aqui feito também com azulejos portugueses.

fevereiro 05, 2014

>>>> UMA AVENTURA WAPIXANA




O Povo Wapixana é um dos mais de 307 povos indígenas do Brasil. Muitos habitam terras indígenas nos campos naturais do Estado de Roraima, como as TIs Raposa Serra do Sol, São Marcos e Serra da Lua. Outros, moram na Republica Federativa da Guiana. Hoje são cerca de 9.000 pessoas nos dois países, sendo que a maioria vive no Brasil. A cultura Wapixana tem mais de 4.000 anos e foi dominante nos lavrados de Roraima. O tronco linguístico é o Aruak, e sua língua é o Wapixana. Apesar da violência a que foram tantas vezes submetidos, a língua e a cultura wapixana ainda estão preservadas e são ensinadas nas escolas das aldeias. O povo Wapixana divide hoje o território com outros povos, com os quais convivem pacificamente.








Ilustrei a movimentada e divertida narrativa, protagonizada apenas por animais, a convite da Paulinas Editora. O texto é assinado pelo escritor indígena Cristino Wapichana, natural de Roraima. Além de publicar obras como A onça e o fogo (Editora Manole), é também músico e o atual coordenador do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas (NEARIN), cujo objetivo é qualificar escritores e artistas indígenas para o ofício literário.



>>>> DA TRADIÇÃO DO POVO ZULU


Pela Editora Biruta sairá em breve lançado este reconto, com toques de suspense, aventura e desfecho surpreendente.  Nas Garras dos Babuínos tem texto assinado por Rogério Andrade Barbosa. Do mesmo autor tive a oportunidade de ilustrar vários outros títulos: O amigo de Darwin, um jovem desenhista em Galápagos (Editora Melhoramentos, 2013), Zanzibar, a ilha assombrada (Cortez Editora, 2012), A tatuagem, reconto do povo Luo (Editora Gaivota, 2012) e Pigmeus, os defensores da floresta (DCL, 2009).



Relatos sobre animais, que encontram crianças perdidas ou abandonadas numa floresta e as criam como se fossem seus próprios filhotes, são recorrentes em várias partes do mundo. Registros assim, fabulosos, inspiraram as obras de escritores como Rudyard Kipling e Edgar Rice Burroughs. Quem não conhece as aventuras de Mowgli, o menino indiano adotado por uma  matilha de lobos, ou as façanhas de Tarzan, o homem-macaco, acolhido por uma gorila em plena selva africana?




Entre as histórias contadas ao pé da fogueira pelo povo Zulu, no interior da África do Sul, abundam contos sobre crianças raptadas e cuidadas por babuínos. A versão aqui recontada é baseada numa dessas inúmeras narrativas. Na confecção das ilustrações desse livro, mais uma vez, misturei monotipias, colagem, pigmento oleoso, tinta offset, papel artesanal e retoque digital, inspirado pela iconografia tradicional Zulu. 

novembro 01, 2013

UMA IDEIA NA MÃO, UMA CÂMERA...


Ilustração para a Revista Puc Minas, que inverte graficamente a conhecida máxima de Glauber Rocha. A matéria trata do resgate da sigla FCA, ou melhor, da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Fala de um retorno às origens daquela instituição de ensino. A Escola de Cinema da UCMG, fundada em 1960, foi o embrião da Faculdade de Comunicação Social, criada na década de 1970. O curso de específico de cinema se fez necessário novamente. O Brasil ocupa hoje uma posição destacada no cenário latino-americano de audiovisual. Em tem sido procurado pelos países do continente para ser coprodutor em obras cinematográficas. A PUC Minas, através da FCA, pretende ser um pólo de criação audiovisual e de formação de roteiristas, produtores, cenógrafos, iluminadores, diretores de arte, diretores de fotografia, especialistas em dramaturgia, entre outros.