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26 de abr. de 2015

Os memoráveis anos 70

Houve um denominador comum na semana de moda de Nova Iorque. Nas pressas de o encontrar, acontece uma viagem no tempo e recuamos aos anos 70. Memórias daquela década acabaram por tocar muitas das peças que desfilaram na passerelle, em versões mais «chique e menos kitsch», considera o Fashionista.  
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Os memoráveis anos 70
De acordo com o site da especialidade estas são as principais tendências dos “seventies” para o outono-inverno 2015/2016.
Como tweed para chocolate
Em blazer ou em sobretudo, o tweed numa paleta de castanhos trouxe um pouco de sofisticação ao ar colegial pelas mãos da Ralph Lauren e da Michael Kors.
Pelo de raposaVerdadeiro ou falso, a raposa foi a eleita numa temporada repleta de pelo. Frequentemente encontrado num pescoço em versão estola (acessório incrivelmente popular para a estação), num colar ou capa, a raposa transformou-se num luxuoso aconchego em muitos desfiles da semana da moda da Bg Apple. As propostas chegaram com a Creatures of the Wind, e a Altuzarra.

Pela ponta das franjas
As franjas apareceram em dezenas de coleções, como em BCBG Max Azria, em versões sofisticadas ou contemporâneas. Esta tendência já fez furor na última temporada e parece não mostrar sinais de abrandamento.
Corsários XXLOutra reminiscência dos anos 70, os corsários foram evocados pelos designers nesta semana da moda em versões XXL. As propostas chegaram pela Victoria Beckham e Opening Ceremony.
Mary Poppins 2.0As mãos criativas da Zimmermann inspiraram-se no longo casaco da ama mágica e levaram para a passerelle os casacos próximos dos calcanhares, combinados com chapéus de abas largas.
Aconchego
Também os cachecóis vão atingir proporções gigantescas no inverno de 2015, em malhas finas ou grossas, com a Adeam e a Victor Alfaro.
Numa vida feita a duas estações, a moda tem memória curta acabando por se repetir aqui e ali.
Fonte: fashionup.pt

23 de dez. de 2014

Chanel celebra a arte na moda

A casa de moda francesa voltou a exaltar o savoir-faire das pequenas empresas de bordados, penas, chapéus e tecelagem que tornam única cada peça das suas coleções, num desfile na Áustria cujas propostas chegarão às lojas de todo o mundo em maio de 2015. 
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Chanel celebra a arte na moda
Bordadores, artesãos de trabalho com penas, sapateiros… A Chanel voltou a celebrar os ateliers que são essenciais às suas coleções com um desfile de moda em Salzburgo, na Áustria, focado na história da casa de moda.
Em 1985, o grupo de luxo começou a comprar ateliers com conhecimentos inestimáveis – sobretudo em França, mas também na Escócia e em Itália. A casa de moda colaborava, muitas vezes, com estes ateliers, que, na altura, estavam em perigo de desaparecer.
Uma dúzia de ateliers constituem a Paraffetion, uma subsidiária da Chanel que emprega cerca de 1.000 pessoas.
No que diz respeito aos ateliers que foram salvos da extinção, Bruno Pavlovsky, presidente de moda na Chanel, assim como presidente da conhecida especialista em bordados Lesage, «é uma história fantástica, que deu muitos frutos». Os benefícios da sua preservação são a longo prazo. «Em 20 anos, ainda os vamos usar para as coleções», acrescenta.
A mais recente aquisição foi o atelier de tecelagem ACT 3, localizado nos Pirenéus Atlânticos, que produz tweed para a Chanel, e que foi comprada pela Lesage, que tinha já sido comprada pela casa de moda em 2002. «Estes artesãos, que conhecem bem o seu ofício, servem primariamente a Chanel, já que somos muitas vezes o seu maior ou segundo maior cliente», explica Bruno Pavlovsky.
Mas a sua relação não é exclusiva: os artesãos também trabalham para outras casas de moda, como a Balenciaga, Dior e a Vuitton. Ao mesmo tempo, a Chanel pode usar outros ateliers, dependendo das necessidades do seu estúdio de design. «Não temos de trabalhar sempre com eles. Trabalhamos com quem responde melhor às necessidades da coleção», afirma o presidente de moda na Chanel. «Percebemos muito rapidamente que era importante que estes ateliers continuassem a trabalhar com o máximo de marcas possível», acrescenta.
Algumas das empresas adquiridas pela Chanel, como a Goossens (joalharia), Massaro (calçado), Maison Michel (chapéus), Barrie (caxemira) e Causse (luvas) têm as suas próprias coleções: elas «têm de existir, para continuar a atrair pessoas para aprenderem o ofício e poderem ter vários apoios económicos», aponta Pavlovsky.
Por isso, «estamos também a tentar aumentar a visibilidade da marca. Isso não significa que estamos a tentar criar outra Chanel. Mas estas são marcas que merecem um maior reconhecimento».
A produtora escocesa de caxemira Barrie e a produtora de chapéus Maison Michel abriram recentemente lojas em Londres. Ambas as casas têm também lojas em Paris. Para Pavlovsky, é óbvio que «mais tarde ou mais cedo vão envolver-se no comércio eletrónico».
Desde 2002, a Chanel tem organizado um desfile de moda para estes ateliers, que Karl Lagerfeld apresenta em dezembro, permitindo que seja acrescentada mais uma coleção ao calendário tradicional de alta-costura e pronto-a-vestir, ao mesmo tempo que responde ao apetite insaciável dos consumidores por novidades.
As peças da coleção estarão a partir de maio em 180 lojas da Chanel em todo o mundo, assinalando o início das coleções de inverno.
Estes desfiles de pronto-a-vestir “métiers d’art” foram apresentados em cidades associadas com a marca e com Gabrielle Chanel. Depois de Dallas e Edimburgo, a mais recente edição teve lugar no passado dia 2 de dezembro em Salzburgo, na Áustria, no Schloss Leopoldskron, um palácio rococó do século XVIII. O desfile apresentou uma coleção que evoca o Império Austro-Húngaro e a história do famoso casaco de Coco Chanel, que foi inspirado num dos operadores de elevador de hotel da cidade.
Para publicitar o evento, Karl Lagerfeld dirigiu o cantor Pharrell Williams e a modelo Cara Delevingne num vídeo que foi publicado no dia anterior. O vídeo mostra borboletas bordadas em lantejoulas da Lesage, chapéus produzidos pela Maison Michel, desenhos florais que a Lemarié criou a partir de penas de faisão e galinha… A coleção exigiu centenas de horas de trabalho meticuloso dos artesãos em ateliers modernos em Pantin, perto de Paris, onde cinco destas empresas estão localizadas.
 
Fonte: AFP

6 de jun. de 2014

As Mil e Uma Noites da Chanel

A casa de moda francesa fez milhares de quilómetros para apresentar a sua nova coleção cruzeiro no Dubai, num verdadeiro cenário mágico a lembrar as aventuras dos contos populares das “Mil e Uma Noites”, onde não faltaram estrelas de cinema e a nata da sociedade.
 

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As Mil e Uma Noites da Chanel

Foi numa pequena ilha ao largo do Dubai, num cenário inspirado nas “Mil e Uma Noites”, que Karl Lagerfeld apresentou a coleção cruzeiro da Chanel 2014/2015. Uma coleção de inspiração oriental, onde algumas manequins usaram pesadas joias em prata, túnicas e chinelos ou vestidos que reinterpretam o padrão xadrez do keffiyeh.
«É a minha ideia de um Oriente idealizado, mas um Oriente para toda a gente», explicou o criador. «Não é folclore. É uma ideia do que o Oriente pode inspirar em termos de moda», sublinhou.
Os convidados, entre os quais as atrizes Vanessa Paradis e Tilda Swinton, assim como a princesa Amira Al-Taweel, esposa do milionário saudita Walid ben Talal, chegaram à ilha a bordo de pequenos barcos. Caminharam entre as tendas, ao som de um tocador do tradicional alaúde, no meio de um espetáculo mágico de centenas de pequenas velas colocadas na areia.
Numa grande sala construída para a ocasião, e cuja fachada reproduzia ao infinito o logótipo da casa de moda, os convidados – a maioria elegantemente vestida em Chanel – foram colocados à volta de mesas baixas decoradas com lanternas ou em almofadas para assistir ao desfile.
Questionado sobre os motivos que o levaram a escolher o Dubai, Karl Lagerfeld destacou que este «é o mundo de amanhã». «Afinal, esta é a cidade onde está o maior edifício do mundo. É uma realidade moderna que ultrapassa a realidade moderna da Velha Europa. Aqui, tudo é novo», explicou, depois de cumprimentar o sheik Ahmed ben Saïd Al-Maktoum, presidente dos Emiratos e tio do soberano do Dubai, que veio dar as boas-vindas ao “Kaiser” da moda ao emirato.
 

Fonte: AFP

12 de jul. de 2013

Alta-costura dá cartas

Mostrando a sua vitalidade e importância para as casas de moda, a alta-costura continua a surpreender na passerelle e a conquistar cada vez mais clientes e mais jovens, como é prova a Dior desde que Raf Simons tomou conta dos destinos criativos da marca francesa.

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Alta-costura dá cartas
Qualquer pessoa que pense que a alta-costura já não tem importância deveria estar em Paris na segunda-feira passada, quando a indústria aguardava ansiosamente por cada visual colocado sob as luzes dos holofotes como os de Raf Simons na Dior e Christian Lacroix numa renovada Schiaparelli .
O maior buzz foi o regresso da Schiaparelli, à terceira tentativa, depois das duas datas anteriores terem sido adiadas. A marca, detida há seis anos por Diego Della Valle, dono da Tod’s, contratou Lacroix para a sua revitalização mas, numa reviravolta inesperada, as roupas não estarão à venda para ninguém e o envolvimento de Lacroix terá sido um acordo apenas para uma estação.
Marco Zanini, da Rochas, é apontado como o designer que irá, talvez na próxima estação, relançar a Schiaparelli como uma marca para comprar e usar tanto por clientes de alta-costura como de pronto-a-vestir. Mas por agora, a passerelle encheu-se de interpretações de Lacroix da visão única e subversiva de Schiaparelli.
O esforço que está a ser colocado neste relançamento reflete o quão importante a alta-costura ainda é. O CEO da Dior, Sidney Toledano afirmou à AFP que a casa que gere, a Dior, está sempre a acrescentar novos consumidores graças ao relançamento que Simons fez. «Os americanos estão a voltar em força e a clientela está a ficar mais jovem», afirmou Toledano. «A alta-costura já não é algo para as mulheres mais velhas. Estamos a vender para muitas mulheres nos seus 30 anos», acrescentou, tendo revelado no início deste ano que a casa está também a ganhar novos consumidores na América do Sul e na Ásia.
Desta vez, Simons embarcou numa viagem mundial, aproveitando diversas fontes de inspiração desde os guerreiros Masai aos têxteis japoneses e ao glamour chique das clientes da Dior em Paris. Também avançou da tão tradicional alta-costura para uma nova área, com a introdução de desenvolvimentos inovadores de tecidos no saber artesanal dos ateliers.
Uma silhueta justa e brilhante, de acordo com as tendências, surgiu numa paleta de cores que refletiu as diferentes inspirações de Simons. Tons muito fortes como o cobalto, azul-elétrico, esmeralda e papoila foram misturados com a serenidade calma do cinza, marfim e branco que já se tornaram uma assinatura da Dior. Ao mesmo tempo, apontamentos de verde-maçã, amarelo canário, azul-céu e azul-água foram usados como acentuações gráficas.
As peças-assinatura da casa percorreram a passerelle, surgindo em casacos Bar em conjugação com saias-lápis em camadas ou num bustier justo sob um top com padrões enrugado com uma saia-lápis longa com botões de lado.
Os vestidos de noite seguiram um caminho semelhante, com bainhas em pregas que acrescentaram uma sensação curvilínea em vestidos estruturados em forma de ampulheta, confecionados em cetins brilhantes ou com o toque de luxo da pele de marta.
Num visual mais suave registou vestidos-coluna leves, drapeados em seda, enquanto um festival de riscas tribais ousadas criou efeitos gráficos de segunda-pele.
 
Fonte: WGSN

21 de abr. de 2013

Moda australiana na linha


A Semana de Moda da Austrália revelou-se mais ousada nesta estação, transferindo os desfiles do porto de Sydney para o Carriageworks, uma zona de linhas de comboio desativadas. Uma mudança que mostrou a vitalidade e vanguardismo da moda neste país que não conhece a palavra crise. 

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Moda australiana na linha
Um perplexo funcionário da Australian Rail Corp envergando um colete de segurança está sentado num empoeirado vagão de comboio e observa um bando de jovens mulheres em saias curtas e saltos agulha a cruzar as profundas ranhuras de linhas de comboio num ramal desativado. Esta é uma das imagens que ficará na memória da mais recente Semana de Moda da Austrália.
A extravagância da moda australiana, que mostrou na semana passada (de 8 a 12 de abril) as coleções para a primavera-verão 2013/2014, está a ganhar maior destaque, com os grandes retalhistas a serem atraídos para uma economia que passou relativamente incólume pela crise financeira mundial.
A organização revelou que o evento, que teve lugar pela primeira vez em linhas de comboio desativadas no lado oriental de Sydney, acolheu quase 2.000 visitantes para ver 66 designers consagrados e emergentes num total de 52 desfiles.
O evento foi transmitido em direto pela primeira vez e Jarrad Clark, diretor de produção mundial da IMG, que organiza esta semana de moda, indicou que os desfiles estiveram perto da sua capacidade total. «Somos um país onde as pessoas vêm encontrar o despretensioso, o cool, o urbano e o chique», explicou Clark.
A marca local Manning Cartell, de Sydney, mostrou-se à altura da sua reputação de luxo-bruto, mostrando uma coleção futurista de tops metálicos curtos, calções formais e vestidos justos.
Mais de 20 mil pessoas de cerca de 77 países assistiram aos desfiles, refletindo o interesse na moda produzida por um país que tem experienciado duas décadas seguidas de crescimento económico.
Retalhistas australianos de moda de luxo como a Oroton e a Sass & Bide estão a registar vendas fortes juntamente com marcas de luxo internacionais como Louis Vuitton, Gucci e Chanel.
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A Austrália, que há muito tem reputação de estilo descontraído, aumentou o fator ousadia com a mudança do porto de Sydney para os carris desativados do lado oriental da cidade, renovada mas ainda pouco sofisticada.  
As manequins dos desfiles de designers como Christopher Esber, Alex Perry, Jayson Brunsdon, Easton Pearson e Christina Exie calcorrearam as passerelles rodeadas de paredes de cimento, condutas de ar condicionado e grelhas no chão.
Para designers como Exie, vencedora do Project Runway Australia, que apresentou a sua primeira coleção internacional, o novo ambiente adequa-se perfeitamente à estética moderna e despojada das suas coleções.
Mas nem toda a gente ficou satisfeita com a mudança para longe das vistas soberbas do terminal de passageiros estrangeiros do porto para o Carriageworks, as linhas ferroviárias desativadas que foram relançadas pelo governo como um espaço de artes e performances. «Circular Quay era melhor, havia mais buzz e uma atmosfera divertida», considera Caroline Cox, designer da linha de calçado Tilly Rose.
Houve também reclamações em relação à decisão da IMG de antecipar as datas do evento, que se realizava tradicionalmente em maio, e relatos de falta de compradores na feira Premiere, que decorre ao mesmo tempo que os desfiles na passerelle.
A IMG antecipou o evento para ficar mais adaptado aos prazos dos compradores e a outros desfiles em todo o mundo, mas muitos participantes afirmam que ainda não foi suficientemente cedo.
Kathryn Cizeika e a sua parceira de design Katie Freeman esperavam conhecer mais compradores internacionais para a sua marca Empire Rose e ficaram desapontadas pelos poucos visitantes que passaram no seu stand na feira Premiere. «Tivemos uma boa conversa com um potencial comprador chinês, mas tem estado lento», destacou Cizeika.
Fonte: Reuters
 

7 de abr. de 2013

São Paulo aquece moda


A antecipação dos desfiles de junho para março fez com que a moda para a estação quente chegasse mais cedo ao Brasil, com a SPFW – que voltou a ter muitas celebridades na passerelle – a revelar em antemão as coleções de 25 designers e marcas para o verão de 2014. 

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São Paulo aquece moda
A São Paulo Fashion Week (SPFW) terminou no passado dia 22 de março, depois de cinco dias em que 25 designers e marcas mostraram as suas coleções para o verão de 2014. As marcas brasileiras Animale, Cori, Tufi Duek e Cavalera deram o “pontapé de saída” na 35.ª edição do evento paulista, que decorreu no cavernoso pavilhão Bienal do Ibirapuera Park.
A modelo americana Karlie Kloss, um dos “anjos” da Victoria’s Secret, mostrou na passerelle as propostas da Animale, compostas por tecidos de seda, simples ou dupla face e misturas com linho, com cortes assimétricos, leves e fluídos. Já a compatriota Lindsey Wilson deslumbrou ao desfilar com as criações da marca Ellus, que propõs looks em tons terra, areia, off-white e preto e em materiais como a seda, organza metalizadas, denim e cetim, entre outros.
Entre outras grandes casas de moda representadas estiveram a Adriana Degreas, Alexandre Herchcovitch, Osklen, Colcci e João Pimenta. A Fause Haten, que desfilou no terceiro dia, a 20 de março, surpreendeu com a utilização de marionetas em vez de manequins, que usaram vestidos de festa, cheios de transparências.
Os organizadores alteraram as datas dos desfiles para se enquadrarem com o calendário internacional, com a edição de verão a realizar-se em março-abril em vez de junho e com a coleção de inverno a dever ser mostrada em outubro-novembro em vez de janeiro.
O diretor criativo da SPFW, Paulo Borges, indicou que o novo calendário, que impediu alguns designers, como Gloria Coelho, de estarem presentes por falta de tempo, pretende alargar o intervalo entre o lançamento e a entrega aos retalhistas. «Qualquer mudança exige esforços adicionais», acrescentou Borges.
A Bienal foi decorada para a ocasião pelos designers brasileiros Fernando e Humberto Campana, dois irmãos que já mostraram as suas criações em Paris, Nova Iorque, Roma e Londres. A ideia era refletir a riqueza de São Paulo, uma área metropolitana com 20 milhões de pessoas que é a capital económica e industrial da sexta maior economia mundial.
Segundo o TexBrasil, o Programa de Exportação da Indústria de Moda Brasileira, o Brasil é o quinto maior produtor têxtil e o quarto maior produtor de vestuário do mundo.
Fonte: Portugal Têxtil

H&M dá show na Cidade-Luz


O gigante sueco não esteve “in” nem “out”, mas à margem da Semana de Moda de Paris. Sem cerimónia, mas com megafesta à qual não faltaram personalidades do mundo moda e célebres modelos, a marca de classe económica conseguiu sobressair entre os muitos desfiles das mais icónicas casas de luxo.   
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H&M dá show na Cidade-Luz
A H&M fez-se de convidada para a Semana de Moda de Paris, apresentado um desfile no segundo dia do calendário num dos mais belos espaços da capital francesa, o Museu Rodin. Foi a primeira vez que o gigante sueco mostrou uma coleção de moda à margem de uma “fashion week” e, para isso, não poupou meios nem tostões.
Uma enorme tenda branca, com cerca de 200 metros de comprimento, foi instalada nos jardins do museu, que no passado acolheu prestigiosos desfiles, nomeadamente das casas Dior e Saint Laurent. No interior, uma dúzia de aposentos foram reproduzidos de forma a constituir uma mansão. Os convidados foram instalados à volta de uma mesa ou na sala de estar ou no quarto de banho. Entre as várias personalidades do mundo da moda presentes encontravam-se a fotógrafa Ellen Von Unwerth ou ainda Carine Roitfeld, ex-diretora da Vogue Paris. 
A atmosfera, muito descontraída e musical, foi mais a de uma megafesta noturna do que de um desfile. O programa incluiu, no entanto, perneiras, longas camisolas e vestidos de noite. O preto dominou esta coleção que chegará às lojas em setembro. Mas acima de tudo, a H&M conseguiu reunir, e vestir, as maiores modelos do momento: Cara Delavingne, Isabeli Fontana, Joan Smalls, Arizona Muse,… No final do show, a noite continuou com a atuação dos "2Many DJ's", igualmente na moda. Desta forma, a H&M conseguiu criar bastante buzz entre o line-up dos desfiles de ilustres e luxuosas casas de moda. O desfile da marca sueca foi realizado na mesma noite que o da Thierry Mugler e poucas horas antes da estreia de Alexander Wang na Balenciaga, agendada para a manhã do dia seguinte.
Porquê durante a Semana de Moda? «Para chegar à imprensa de moda, francesa e internacional, que está presente em Paris neste momento», respondeu a H&M. E porquê em Paris e não durante a Semana de Moda de Nova Iorque, Londres ou Milão? «Paris, capital mundial da moda, impôs-se a nós», retorquiu a marca sueca.
«É uma prova da força da semana parisiense: tem que se estar aqui porque é onde estão os profissionais e a imprensa internacional», explicou, por seu lado, Didier Grumbach, presidente da Fédération Française de la Couture et du Prêt-à-Porter, na véspera do desfile. Mas criticou «um método um tanto ousado»: «aproveitar este ponto de encontro para atrair a imprensa não me agradou nada».
Donald Potard, consultor no negócio do luxo, também se mostrou algo reticente. «Se é para mostrar uma coleção puramente comercial, não vale a pena subir à passerelle», afirmou. «Durante uma semana de moda, há inúmeros desfiles e eu sou mais apologista de dar espaço aos jovens criadores que tanto se esforçam por estar presentes», advogou, sem deixar de desafiar a H&M a trabalhar com esses novos talentos.
De qualquer forma, o gigante sueco provou que sabe como criar buzz em Paris e até Los Angeles. No sábado prévio ao seu desfile, noite de Oscars na cidade dos anjos, a atriz Helen Hunt, nomeada na categoria de melhor atriz secundária, não passou despercebida. Enquanto as suas conterrâneas estavam vestidas em alta-costura Dior, Valentino ou Armani, Hunt envergava um longo vestido sem alças azul-escuro em cetim assinado… H&M. Um vestido concebido especialmente para ela e que já deu a volta ao mundo, pela Internet.

Fonte: AFP

Japão com os olhos na China


 Ásia e os consumidores asiáticos, sobretudo os chineses, que têm especial apetência pelo luxo, estiveram no centro das preocupações dos designers presentes na última edição da Semana de Moda do Japão, numa visão refletida também nas propostas de Hiroko Koshino e Vivienne Tam. 

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Japão com os olhos na China
Couro, pelo e tecidos dobrados como um quimono juntaram-se numa fusão ousada, com a designer Hiroko Koshino a mostrar as suas capacidades aperfeiçoadas ao longo de décadas de rivalidade com as suas duas irmãs, ambas também designers numa família ligada ao mundo da moda há várias gerações.
A coleção de Koshino, “Memórias Florais”, foi um dos pontos altos dos últimos dias da Semana de Moda do Japão, que mostrou até ao dia 23 de março as coleções para o outono-inverno 2013/2014.
Koshino, aos 76 anos uma das mais internacionalmente conhecidas designers do Japão, apresentou flores e combinou os seus característicos tecidos drapeados e dobrados a fazer lembrar os quimonos tradicionais e padrões têxteis centenários com apontamentos de lantejoulas e cor-de-rosa.
Vestidos curtos em cores fortes foram conjugados com acolchoados, couro e toques de pelo. Acentuou vestidos em cinza soltos com ombreiras e luvas em pele até ao cotovelo. «Quis pensar no que é belo no mundo e isso são as flores. A minha versão de flores não é romântica mas é mais uma visão de arte», explicou. «Quis dar às roupas a sugestão de rebentos de flores a inchar, drapeados e redondos nos ombros».
Koshino é a mais velha de três filhas. O pai, alfaiate, morreu na II Guerra Mundial e a designer foi criada pela mãe, que detinha uma loja de roupa. A sua inclinação para a moda foi encorajada pela mãe, que promovia um ambiente competitivo em casa.
Todas as três irmãs – Hiroko, Junko e Michiko Koshino –tornaram-se famosas na indústria da moda, com Junko a desenvolver fortes laços com a China e Michiko a sediar-se em Londres. A sua história inspirou uma série de televisão do canal japonês NHK, que foi para o ar de 2011 a 2012.
A filha de Koshino, Yuma, é também designer e mostrou a sua marca Yuma Koshino a 22 de março.
Influência asiática«É sempre Ásia comigo. É uma idiossincrasia minha», afirmou Koshino. «Mas tento uma nova fusão do Este e do Ocidente», sublinhou.
A Ásia foi um tema central da Semana de Moda do Japão, com os designers a apontarem baterias para os consumidores chineses, que se tornaram os principais consumidores de luxo do mundo, representando um quarto do mercado mundial, segundo um estudo da consultora Bain & Co.
Embora o crescimento na China tenha abrandado no ano passado, a Bain ainda prevê um crescimento de 4% a 6% anual para o mercado do luxo até 2015. Em 2012, o mercado do luxo cresceu 10%, para cerca de 280 mil milhões de dólares (218,66 mil milhões de euros), sobretudo impulsionado pelos consumidores chineses.
No início da Semana de Moda do Japão, a chinesa Vivienne Tam apresentou uma coleção que fundiu as influências asiáticas com estilos modernos com imensos vermelhos reminiscentes do tradicional vermelho da China.
«Inspirei-me nos fundamentos conceptuais do movimento punk», revelou. «Questionar o status quo e celebrar a individualidade mas também unir outras identidades culturais, abraçar os paradoxos e essência da vida: yin e yang», acrescentou.
Vestidos vermelhos com painéis em couro que saem diretamente do ombro, enquanto outros tinham estampados de banda desenhada fizeram parte das propostas, assim como casacos com um toque de corte militar conjugados com calças pretas justas. A pele também apareceu proeminentemente, quer em camisas vermelhas ou pretas, quer em faixas para acentuar os vestidos. 
Fonte: Alexandra Costa

17 de mar. de 2013

Roupa que vale pela marca


Os últimos desfiles da Semana de Moda de Paris deixaram muitas críticas no ar sobre a forma como as marcas, nomeadamente a Saint Laurent de Slimane, usam a sua notoriedade para vender as coleções, apesar de nem sempre as suas propostas estarem ao nível da insígnia que ostentam. 

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Roupa que vale pela marca
As críticas estão bem expressas num artigo de Cathy Horyn, crítica de moda do jornal The New York Times, que começa por afirmar que «às vezes pensamos, no final de uma época de desfiles, que a moda estaria melhor se as empresas não tivessem marcas para vender».
E dá o exemplo da Saint Laurent. Uma das primeiras coisas que o novo diretor criativo, Hedi Slimane, fez foi retirar o “Yves” da marca, afastando assim uma ligação simbólica com o fundador e tudo aquilo que ele representa, como bom gosto e poder feminino. Mas foi também um teste à atratividade duradoura da marca. Quem precisava da palavra extra quando Saint Laurent está virtualmente alojado nos ouvidos das pessoas?
Slimane esteve no centro das conversas na Semana de Moda de Paris, ou pelo menos nos seus últimos dias, sobretudo porque mostrou uma coleção grunge de vestidos baby-doll e camisas de flanela. As opiniões variaram muito. Muitas pessoas disseram que as roupas pareciam saídas de uma loja como a Topshop ou um bazar, enquanto outros defenderam a abordagem de Slimane e identificaram peças, como um casaco em pelo cor de rosa, que remontam aos designs de Yves no final dos anos 60 e início dos anos 70, quando retirou ideias da rua. «É duvidoso que os clientes façam essa ligação, mas alguns comentários servem para validar o que Slimane fez», refere Cathy Horyn.
«E a controvérsia é boa para Saint Laurent», afirma. «Mas sobretudo ficou claro quão forte o nome é. Em termos de design, as roupas têm consideravelmente menos valor que uma caixa com etiquetas da Saint Laurent. Sem a etiqueta, os vestidos grunge de Slimane não chamariam as atenções nem despertariam interessa – porque não são especiais. Mas uma caixa de etiquetas vale um milhão», destaca.
Já a Hermès, na opinião da crítica de moda, apresentou-se em acentuado contraste com o desfile de Saint Laurent e «os seus valores preguiçosos». Desde os primeiros coordenados que entraram na passerelle, construída numa biblioteca de escola perto da Sorbonne, percebeu-se o que o verdadeiro design esteve em trabalho e que a Hermès não descansa “à sombra” do seu prestígio. «Foi uma das melhores duas ou três coleções em Paris e talvez de toda a estação de pronto-a-vestir», sustenta, e «pelo simples facto que alguém na Hermès recusou deixar que a moda ultrapassasse as roupas». Pode ver-se elementos dos designs inovadores de Martin Margiela para a casa de moda, num ou dois coordenados com calças e num vestido austero em lã com decote em V com uma camisa sem gola branca, mas mesmo a sua moda não pode entrar. 
«Alguém fez incríveis bons julgamentos: em relação ao ajuste, às proporções, o uso seletivo de estampados em seda, a beleza natural das modelos. Christophe Lemaire é o designer de senhora na Hermès, mas as últimas coleções tenderam a ser sobrecarregadas em volume e cor – longe da precisão desta».
Horyn considera que não houve subserviência à marca no desfile, a não ser com um casaco em camurça e pelo de bezerro. «Sabia-se que era Hermès porque Hermès é suposto representar o bom gosto, e ali estava uma moderna expressão disso».
O bom gosto não tem de parecer velho ou burguês, destaca. Nem tem de gritar luxo. De facto, nem devia. Na Hermès, ficou contido num equilíbrio de cortes impecáveis e texturas rústicas, como casacos em pelo de cabra e num conjunto de peças, como cachecóis em caxemira ou uma blusa usada com uma saia comprida em couro, que deve tanto à simplicidade como à atitude da mulher que a usar.
As coleções de outono fecharam com um desfile “em grande” de Marc Jacobs para a Louis Vuitton e um visual fresco da Miu Miu. Estas são realmente coleções de autor, com o gesto da moda normalmente exagerado, como a silhueta extra-longa da Miu Miu (graças a cardigans giros, justos ao corpo, usados com saias compridas em seda estampada com botas) e uma série de casacos médios com pintas. A silhueta fez a coleção.
Jacobs recriou o ambiente glamoroso de um hotel, ou melhor, da atitude das mulheres a entrarem e saírem de diferentes quartos, aparentemente com a sedução em mente. «Embora a maior parte da sua audiência tivesse o sono em mente (Jacobs usou pijamas), esta coleção foi de facto convidativa, com alguma roupa interior bonita misturadas com casacos severos e carteiras tipo puff», conclui Cathy Horyn. 
Fonte: NY Times

27 de fev. de 2013

Falta homem em Nova Iorque

Apesar de ser uma das quatro capitais da moda, Nova Iorque não alberga uma passerelle exclusivamente masculina, com as muitas marcas dedicadas ao homem que povoam a cidade a terem de se sujeitar a se ofuscadas pelos grandes desfiles de moda “para elas”


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Falta homem em Nova Iorque
A irrelevância não combina com Nova Iorque. No entanto, é esse o estado da indústria de vestuário de homem: sem uma verdadeira semana de moda, é forçada a contentar-se com entradas indesejadas nos primeiros dias das coleções de senhora, o que significa que as passerelles masculinas são praticamente obscurecidas pelos desfiles de senhora.
Não admira por isso que, embora Nova Iorque seja casa de algumas das maiores marcas de moda de homem do mundo, muitas, como a Calvin Klein Collection, Thom Brown e John Varvatos, escolham desfilar no estrangeiro. Ralph Lauren mostrou a sua nova coleção em Nova Iorque, mas como apresentação, uma semana antes dos desfiles de senhora e, alegadamente, está a planear um desfile dentro do calendário para a próxima estação. Mas em Paris.
Dos nomes que ainda desfilam em Nova Iorque, o maior é Tommy Hilfiger, que foi reinventada pelo novo proprietário, o grupo PVH, como marca lifestyle. Isso torna a coleção da passerelle para o outono-inverno 2013 um exercício de marketing… bem-sucedido. As notas sob a coleção citam o alfaiate inglês dos anos 60 Tommy Nutter enquanto influência, mas na verdade o desfile foi sobre como alinhar com as tendências “amigas dos editores” dos desfiles europeus de moda de homem no mês anterior.
Os fatos foram conjugados com sapatos com sola de ténis e ouve muito xadrez grande Príncipe de Gales, que, em diversas se altura, se assemelharam a uma piada. Os designs foram mais bem-sucedidos quando se mantiveram simples, como com o fato de trespasse Príncipe de Gales. A Tommy Hilfiger contou com o talento criativo de Simon Spurr, um promissor designer britânico sediado em Nova Iorque que abandonou a sua marca própria na última primavera.
Também no calendário estiveram Patrik Ervell e Duckie Brown, que adora os blusões de piloto que foram usados por cima de sobretudos. Muitos foram ver a marca Public School, cujos casacos em pele e calções sobre calças têm uma atitude promissora. Ainda assim, a maior parte das marcas contemporâneas da cidade evitam o calendário oficial sempre que podem, em vez de aparecerem em segundo plano. A Rag & Bone, por exemplo, seguiu o movimento de fuga da Ralph Lauren mostrando as suas variações do casaco de piloto uma semana antes dos desfiles.
A realidade do vestuário de homem em Nova Iorque é que o negócio vem primeiro. «Aconselho sempre todos os estudantes a terem um trabalho quando se formam», refere Simon Collins, reitor de moda na Parsons. «É tão melhor cometer erros com o dinheiro de outros», acrescenta.
Exemplo disso: o criador belga Tim Coppens, que se formou na Royal Academy de Antuérpia em 1998, apenas lançou a sua marca própria em 2011, depois de anos a trabalhar na Ralph Lauren em Nova Iorque. Na semana passada, mostrou ser a melhor esperança da cidade numa nova via de futuro em vestuário de homem, com uma coleção inteligente de tom desportivo. Há muita coisa que faz com que Coppens se destaque, como o tom divertido, com flashes de tons néon dentro dos seus fatos e o evidente processo de criação no design. É também cauteloso, crescendo devagar, apoiado por distribuidores-chave (Barneys em Nova Iorque, Joyce em Hong Kong).
O que faz com que Nova Iorque tenha de enfrentar o seu maior problema. A falta de uma infraestrutura oficial de desfiles para moda de homem tornou-se uma questão tão importante – sobretudo agora que Londres criou a sua semana de moda masculina – que o Council of Fashion Designers of America está a analisar a criação de um espaço próprio, possivelmente neste verão. Mas não é possível criar uma semana de moda de moda do nada e demora anos a desenvolver uma nova marca. Além disso, as identidades masculinas do século XXI – que usam fatos ao estilo Mad Men e os hipsters com tatuagens – sempre existiram sem uma passerelle. É um mistério sem solução imediata. Perceber o problema já é um princípio.
 
Fonte: Financial Times

25 de fev. de 2013

Festa encerra em Paris


 




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Festa encerra em Paris
Os grandes nomes da moda invadem a passerelle da Semana de Moda de Pronto-a-Vestir de Paris a partir de amanhã, terça-feira, e entre eles encontram-se três designers portugueses. Felipe Oliveira Baptista, Luís Buchinho e Fátima Lopes, que estarão na Cidade-Luz com o apoio do Portugal Fashion para mostrar aos compradores e aos media as suas coleções para o outono-inverno 2013/2014. Entre os desfiles mais aguardados estão ainda as estreias de Alexander Wang na Balenciaga, a do italiano Fausto Puglisi na Emanuel Ungaro e a do canadiano Geraldo da Conceição na Sonia Rykiel. As expetativas estão também elevadas para as segundas coleções da Raf Simons e Hedi Slimane na Dior e Saint Laurent, respetivamente.
Ao contrário das edições precedentes, Felipe Oliveira Baptista é o primeiro português a subir à passerelle, logo na quarta-feira. Depois de Christophe Lemaire, Guy Laroche e Dries Van Noten, o criador desvenda, às 16 horas, no Espace Vendôme, a sua mais recente coleção, cujos pormenores estão ainda no “segredo dos deuses”
Cerca de três horas depois, às 19h30, é a vez de Luís Buchinho mostrar na La Maison de L’Architecture aos parisienses, e não só, as suas propostas para a próxima estação fria. Como tema, o criador portuense inspirou-se no Portugal nos anos 70 e a Revolução de Abril de 1974. «Os ícones da Revolução – os cravos vermelhos, a metralhadora, os grafismos de cartazes políticos – são reinventados numa linguagem gráfica e moderna», adianta Luís Buchinho. «A atitude revolucionária, a vontade de mudança e a afirmação de novos ideais é materializada na paleta, com apenas três cores – vermelho, preto e branco», explica. As silhuetas são, por isso, «fortes e afirmativas, com uma influência retirada ao vestuário masculino», onde abundam materiais como a pele, lãs feltradas, crepes e tweeds de lã.
A presença portuguesa repete-se seis dias depois, a 5 de março, no penúltimo dia da Semana de Prêt-à-Porter de Paris, que contempla 89 desfiles no calendário oficial. Fátima Lopes apresenta-se na La Maison de la Chimie às 9h30 do dia 5 de março, no mesmo dia em que subirão à passerelle as coleções de Chanel, Agnès B., Valentino, Alexander McQueen e Hermès.
Louis Vuitton, Vionnet, Miu Miu, Elie Saab e Lie Sang Song encerram os desfiles da última das quatro grandes capitais da moda mundiais. 

Fonte: Portugal Têxtil




Depois de Nova Iorque, Londres e Milão, o mundo da moda reúne-se na Cidade-Luz para 9 dias de desfiles que fecham com chave de ouro a apresentação das tendências para o próximo inverno. Felipe Oliveira Baptista, Luís Buchinho e Fátima Lopes voltam, uma mais vez, a representar a moda “designed in” Portugal.

4 de jun. de 2012

ANIMALE

A ANIMALE nasceu em 1991,no Leblon ,  criada pelos irmãos Cláudia, Gisela e Roberto Jatahy,  criando  moda para uma mulher audaciosa, sexy, ousada  com elegância e bom gosto.
A mulher ANIMALE, é diferente, tem  sempre o " algo mais",  atraí olhares por onde passa. Uma sensualidade chic aliada a tecnologia.
A marca desfila desde janeiro de 2008, onde trouxe para as passarelas de SP o inverno de 2008. Uma marca carioca que desfila na capital mais urbana do Brasil, no SPFW - São Paulo. Sim, a Animale esquenta  o nosso clima urbano, trazendo para a passarela o calor carioca.

Os desfiles da Animale sempre trazem grandes modelos como Raquel Zimmermann, Ana Beatriz Barros, Rosie Huntington-Whiteley entre outras.
A grife possui 460 multimarcas e 57 lojas próprias no Brasil. No exterior, é vendida em Dubai, Espanha e Portugal.




Desfile Verão 2008

Animale nas cores preto e bege e na versão metalizada em gamas de lilás, ocre e amarelo. Os acabamentos e recortes lembravam o guarda-roupa dos cowboys (no caso, cowgirls). Calças sequinhas, algumas com a cintura alta, e acessórios com perfume rocker completavam a coleção. 



Desfile Inverno 2008

 Inspiração oriental. A referência esteve presente nas jaquetas de náilon ultrafino que lembravam quimonos, do início do desfile. Pregas e plissados que remetiam a origamis foram um detalhe comum a quase todos os looks. Uma única peça podia ser pregueada em vários sentidos, desenhando um mar de texturas. 


Desfile Verão 2009
Forte, a mulher Animale. De cores intensas vermelhos e vinhos, pontuados aqui e ali por verdes e caramelos e formas ultra-trabalhadas e estruturadas. As peças eram construídas, arquitetadas. Cada uma delas, um sem número de pregas, dobraduras, ferragens. A trinca de estilistas da marca se esmerou em moulages elaboradíssimas. Criou blusas, vestidos e tricôs que se enroscavam pelo corpo e que davam uma certa claustrofobia (nada grave). O couro, incansavelmente tratado com requintes artesanais, fez sua melhor aparição no vestido com maxipaetês de rádica.


Desfile Inverno 2009
 A alfaiataria requintada e cheia de detalhes, como zíperes pesados e pregas anatômicas, aparece em jaquetas secas com volumes estratégicos e calças de cavalo mais baixo. A transparência aparece em tricôs ultratecnológicos e vestidos fluidos. A cartela de cores encanta com seus tons de pele e efeitos iridescentes, e fica ainda mais antenada graças aos toques de rosa, roxo e amarelo fluo. As referências ao lingerie, presentes nas barbatanas que dão estrutura a tecidos molengos e nos corsets que desenham a cintura, deixam mais leves o couro e a lã dos casacos.


Desfile Verão 2010
Animale sai da floresta diretamente para a passarela. Mulheres densas e sombrias, sobreviventes do luxo, aparecem vestidas num mix de seda sobre papel em variadas edições. O corpo parece coberto por folhagens ou camuflagens. O couro e tem muito couro ganha recortes e se transforma em pedaços rendados, estilizados, pesados. Tudo míni, tudo muito cortado e recortado, como se o exército de dianas tivesse sido atacado por animais selvagens e sobrevivido, glorioso, arrastando seu troféu. As roupas brincam com uma sensualidade instintiva, exibindo e escondendo o corpo. Sobre botas de salto e porte de gladiador, a mulher Animale é a rainha da selva urbana.


Desfile Inverno 2010

Tecnologia é palavra-chave na coleção de Animale tanto na busca de inspirações quanto no uso de materiais. O vestido que Raquel Zimmerman abriu a apresentação é exemplo disso: feito com lã pesada e acabamento feltrado, dando aspecto bem envelhecido. O resultado é interessante e funciona principalmente nos casacos, acinturados e de mangas cobrindo parte das mãos. A dupla do estilo, Priscilla Darolt e Marta Ciribelli, experimentou quebras na silhueta tradicional, com decotes e volumes inusitados.

O vestido curto e estruturado, onde o mix de materiais reina. Algodão de renda, couro com stretch, algodão com efeito empapelado. Não é de hoje, afinal, que a pesquisa têxtil é um dos destaques da etiqueta.Vazados e decotes nadador também são recursos muito utilizados, assim como as listras, resgatadas do esporte.
Desfile Inverno 2011
O trabalho de texturas, tão característico da marca. Jacquards e organzas de seda entram em cena ao lado de tricôs de lã alpaca, com efeito de pele, e de um couro finíssimo, gerando um interessante mix de pesos e estilos. 
A coleção, inspirada no universo da selaria, parece ser um desdobramento da temporada passada, com suas formas rígidas e próximas do corpo. Só que desta vez elas aparecem um pouco mais leves, graças à cartela de cores (com branco, off-white, bege, laranja e azul-petróleo) e às combinações de peças, como a dupla saia fluida + colete estruturado.
 



Desfile Verão 2012
Inspiração nas paisagens típicas do sul da França para criar o verão 2012 da Animale. Isso significa que, dos campos de lavanda, a grife carioca pega emprestado o tom roxo-azulado para a primeira série de looks. Na abertura do desfile, o que se pode ver foi uma Animale diferente, mais madura. A silhueta continua sexy, claro, mas o fator sensual, desta vez, é conferido por meio de fendas elegantes e da transparência, que dá vida a boa parte das peças. A rigidez da roupa superelaborada das últimas coleções dá lugar a shapes igualmente espertos, só que muito mais fluidos e confortáveis. 

Desfile Inverno 2012
Os campos de lavanda do sul da França inspiração da Animale na última coleção de verão saem de cena e dão lugar ao luxo aristocrático dos czares e à sofisticada atmosfera de Moscou, capital russa. Não à toa, a coleção de inverno 2012 da marca é luxuosa. O desfile começou com a britânica Rosie Huntington-Whiteley, seguida por tops brazucas como Ana Beatriz Barros, Izabel Goulart e Aline Weber. Na passarela, o veludo foi a matéria-prima central. De diferentes tipos, como cristal, devorê e molhado, o tecido deu forma a poderosas peças, de macaquinhos a terninhos que são puro glamour.


Sim, eu usaria Animale, com seu couro sexy, com suas estampas diferenciadas, com peças inovadoras. Animale torna a mulher diferente. A mulher dos sonhos... segura, determinada, sexy e elegante.


Esperamos com ansiedade o dia 11 de Junho, onde a ANIMALE, fará a abertura do SPFW, com mais um desfile Show!


Bjs


kris Melo


fonte: elle.abril.com.br





29 de mar. de 2012

Tradição e vanguarda na moda


Da moda ecológica de um designer que já vestiu Lady Gaga a um olhar futurista sobre o tradicional quimono e um desfile de streetwear que atraiu mais de 10 mil pessoas, a Semana de Moda do Japão colocou em foco a irreverência e a diversidade pelas quais Tóquio é, há muito, conhecida.
 
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Tradição e vanguarda na moda
No ano passado, o evento da primavera foi cancelado devido ao terramoto e tsunami devastadores, que lançaram uma crise nuclear que levou a cortes de energia, mas o evento de outubro teve lugar nas datas previstas, e agora deu lugar à extravagância para o outono-inverno.
O desfile na passerelle de Tóquio destacou os estilos de rua, num esforço para focar as atenções nas marcas japonesas de pronto-a-vestir, numa altura em que elas próprias esperam chegar à cena internacional, numa produção de cinco horas direcionada para a juventude trendsetter do país.
«Acredito que com este desfile, o Japão, um líder da moda, tem o potencial para cruzar as fronteiras internacionais», revelou Natsuki Kato, modelo e atriz que pisou a passerelle no evento.
Cerca de 15 mil fãs saíram à rua para ver o desfile, que teve lugar num feriado nacional, bem no meio da Mercedes Benz Fashion Week, que decorreu até ao dia 24 de Março e apresentou designs para «consumidores de vestuário reais» em vez de figurinos avant-garde.
Entre os destaques esteve a presença de Kyary Pamyu Pamyu, que representa a chamada subcultura de moda de rua “Harajuku” (o nome de um bairro de Tóquio, popular entre os jovens), que engloba desde o gótico aos modelos que parecem vindos de um desenho animado.
«O que torna a moda Harajuku única é como as raparigas escolhem representar-se a si próprias com confiança, de uma forma que é agradável – não apenas de uma forma “gira” mas também com alguma ousadia», afirmou Kyary Pamyu Pamyu. «Por exemplo, tenho globos oculares e ossos na minha roupa. Não é apenas giro, é igualmente um pouco sombrio», acrescentou.
Num piscar de olhos à tradição, sendo a terceira geração de designers de quimonos, Jotaro Saito desvendou “Futurismo”, uma coleção que, espera ele, irá dar ao vestido tradicional do Japão um toque moderno.
Os modelos desfilaram na passerelle com as sandálias tradicionais, e com o cinto “obi” a cingir a cintura, mas os tecidos tinham linhas horizontais, xadrezes e, um ou outro, até bolinhas.
«O Japão tem coisas muito tradicionais mas o mundo ainda nos procura pela subcultura, como anime e jogos de computador. Uma cultura onde o novo e o clássico coexistem – penso que isso é fascinante», indicou Saito.
Apesar da enfâse na moda, as preocupações da nova realidade do Japão pós-catástrofe surgiram na passerelle.
Masanori Morikawa, que criou o fato usado por Lady Gaga no MTV Aid Japan Award 2011, introduziu um tema “verde” inspirado pelas preocupações ambientais e pela crise nuclear em Fukushima, a norte de Tóquio.
Morikawa, o designer por detrás da marca “Christian Dada”, que também dirige, mostrou uma coleção outono-inverno intitulada “Lost”. «Fui movido pelas notícias como as de Chernobyl e acontecimentos semelhantes e quis expressar através desta coleção a questão de se teríamos ou não um lugar a onde regressar», indicou.
Os modelos desfilaram sobretudo em preto sob luzes verdes como que sob um dossel florestal. Na passerelle surgiram as suas joias em pele, inspiradas pelo punk e que são já uma imagem de marca, que adornaram coletes, com novas adições de vestidos mini justos e em verde.
O desfile incluiu uma instalação visual no final, com uma gaiola de pássaro que se transforma num anjo a desvanecer – uma cena que aponta para o renascimento, segundo Morikawa. «Não quis que as asas do anjo tivessem uma direção específica mas quis mostrar que há a possibilidade de ir em qualquer direção», concluiu Morikawa.
 
fonte: Reuters