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domingo, 9 de março de 2025

Tomando o Reino Por Esforço

 

 

“Tomar o reino de Deus por esforço”, foi o que Jesus disse que aconteceria: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (Mateus 11:12).

Você se pergunta: Mas como? Se tudo da parte de Deus é graça?

Eu digo a você: Não há para o homem nenhum esforço maior do que aprender a descansar na graça de Deus e no que já foi e está feito para ele em Cristo!

Sim! Descansar é coisa que muito pouca gente consegue!

E que esforço é o que se requer para descansar?

Ora, é o esforço de confiar!

Assim, apenas veja se você descansa ou não em Deus em tudo o que seja vida para você.

Grande é o esforço de lançar sobre Ele todas as nossas ansiedades, assim como nossas justiças próprias, nossas morais auto-justificadoras, nossas santificações externas e arrogantes, nossa empáfia espiritual, nosso status comunitário, nossa imagem, nossa segurança humana, nossos amores idolatrados, nossas paixões enganosas, nossa reputação, nosso nome, nosso poder de se impor pela autoridade humana, e tudo o que signifique honra, direito, justiça, vingança, ou poder de ferir ou de manipular.

Sim! Experimente apenas descansar.

Porém, veja que tudo em você se alvoroçará. Até mesmo de “irresponsável” você chamará si próprio por estar sem aflição em razão de ter entregado tudo ao Pai.

A idolatria da segurança pessoal é tão grande que descansar em Deus parece idiotice. Porém, eu pergunto: Que Deus é esse em quem não se pode confiar? É Ele apenas um deus de pau ou pedra? Será que é Deus mesmo? Ou será que nós é que dizemos que cremos n’Ele sem de fato confiarmos n’Ele? E como pode alguém crer desconfiando de Deus?

Assim, o reino de Deus é tomado por esforço, porém, o grande esforço é deixar de fazer força, e apenas descansar e confiar em Deus sobre tudo quanto seja vida para você.

Será que ao invés de resolver por conta própria seus problemas você teria a coragem de não se meter e deixar tudo nas mãos do Pai?

Será que ao invés de manipular e maquinar no trabalho acerca de como prejudicar quem prejudica você, seria você capaz de apenas deixar tudo com Deus e esquecer o assunto?

Será que ao invés de buscar provar a todos que você não é quem eles dizem que você é, seria você capaz de deixar que sua justiça venha de Deus?

A lista de perguntas seria imensa. Mas você já tem uma ideia do que estou dizendo.

Tente não fazer força. Sim! Tente e veja como é difícil, pois tudo em você clama por soluções que venham do seu braço, e não da confiança em Deus.

Você é do tipo que somente entrega tudo a Deus quando já faliu em todas as suas forças e supostas soluções?

Pense nisto!

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)


domingo, 2 de março de 2025

165 – A Cura de Naamã (2º Reis 2 – 5)


Eliseu13(versículo de 2º Reis 2) pegou o manto de Elias, que tinha caído, e voltou para a margem do Jordão. Então14 bateu nas águas do rio com o manto e perguntou: “Onde está agora o SENHOR, o Deus de Elias?” Tendo batido nas águas, essas se dividiram e ele atravessou.

Quando15 os discípulos dos profetas, vindos de Jericó, viram isso, disseram: “O espírito profético de Elias repousa sobre Eliseu”. Então foram ao seu encontro.

Eliseu continuou a realizar milagres, da mesma maneira que o seu mestre Elias o fizera. Tornou-se bastante conhecido por todo Israel como um homem de Deus.

Naamã1(versículo de 2º Reis 5), comandante do exército do rei da Síria I, era muito respeitado e honrado pelo seu senhor, pois por meio dele o SENHOR dera vitória à Síria. Mas esse grande guerreiro ficou leproso.

Ora2, tropas da Síria haviam atacado Israel e levado cativa uma menina, que passou a servir à mulher de Naamã. Um3 dia ela disse à sua senhora: “Se o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra II”.

Então9 Naamã foi com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu. Eliseu10 enviou um mensageiro para lhe dizer: “Vá e lave-se sete vezes no rio Jordão; sua pele será restaurada e você ficará purificado”.

Mas11 Naamã ficou indignado e saiu dizendo: “Eu estava certo de que ele sairia para receber-me, invocaria de pé o nome do SENHOR seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da lepra. Não12 são os rios Abana e Farfar, em Damasco III, melhores do que todas as águas de Israel? Será que não poderia lavar-me neles e ser purificado?” Então, foi embora dali furioso.

Mas13 os seus servos lhe disseram: “Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil, o senhor não faria? Quanto mais, quando ele apenas lhe diz para que se lave e seja purificado!” Assim14 ele desceu ao Jordão e mergulhou sete vezes conforme a ordem do homem de Deus; ele foi purificado e sua pele tornou-se como a de uma criança.

Então15 Naamã e toda a sua comitiva voltaram à casa do homem de Deus. Ao chegar diante do profeta, Naamã lhe disse: “Agora sei que não há Deus em nenhum outro lugar, senão em Israel. Por favor, aceita um presente de teu servo”.

O16 profeta respondeu: “Juro pelo nome do SENHOR, a quem sirvo, que nada aceitarei”. Embora Naamã insistisse, ele recusou.

E17 disse Naamã: “Já que não aceitas o presente, ao menos permite que eu leve duas mulas carregadas de terra IV, pois teu servo nunca mais fará holocaustos e sacrifícios a nenhum outro deus senão ao SENHOR”.

 

v     Para entender a história

Eliseu herda os poderes espirituais do seu mestre e continua a missão de Elias para restabelecer a aliança de Deus com Israel. A cura miraculosa de Naamã mostra que o zelo de Deus estende-se a outras nações. Enquanto Israel abandona Deus para adorar divindades estrangeiras, um estrangeiro renuncia aos seus deuses e cultua o Senhor.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Rei da Síria” – A Síria (também chamada de Arã) era um conjunto de pequenas cidades-estados do qual Damasco era o poder dominante. Naamã serviu no exército de Ben-Hadade II (860 – 843 a.C.), o rei de Damasco. Síria e Israel viviam em guerra, mas, nessa época, faziam parte de uma aliança formada para se opor à ameaça da expansão da Assíria.

                                   II.      “O curaria da lepra” – A lepra é uma infecção bacteriana crônica que ataca os nervos, principalmente no rosto e nos membros, danificando a pele. Nos tempos bíblicos, as pessoas não sabiam distinguir essa doença de uma variedade de enfermidades menos graves, como o eczema. Por isso, várias doenças de pele são descritas como lepra.

                                III.     “Os rios Abana e Farfar, em Damasco” – O rio Abana (atualmente chamado de Barada) cortava o centro de Damasco, e o rio Farfar passava ao sul da cidade. Esses rios gêmeos tornaram Damasco e seus arredores uma área fértil e exuberante.

                                IV.     “Duas mulas carregadas de terra” – No antigo Oriente Médio, acreditava-se que os deuses somente podiam ser cultuados nas terras que regiam. Naamã ordenou que fosse trazido solo israelita para consagrar um lugar, na Síria, onde ele pudesse cultuar Deus.

 

- Eliseu: Como sucessor ungido de Elias, Eliseu continuou a manifestar o poder e a presença de Deus, em uma época crítica da história religiosa de Israel. O sacerdócio de Eliseu durou cerca de cinquenta anos (cerca de 855 – 798 a.C.) e pegou o reinado de cinco reis: Acabe, Acazias, Jorão, Joás e Jeoacaz. Eliseu era mais sociável do que Elias e preferiu morar na cidade.

- Os milagres de Eliseu: Eliseu realizou duas vezes mais milagres que Elias, e eles atingiram todos os níveis sociais. Ele atuava como conselheiro da corte e suas ações e conselhos levaram Israel de volta a Deus. Muitos dos milagres de Eliseu demonstram a preocupação de Deus com o homem comum.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Continuemos



Atos 18:9-11

Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você”.

 

O apóstolo Paulo estava enfrentando alguns perrengues em Corinto – aliás, não só naquela cidade, como em praticamente todas as em que ia anunciar o Evangelho.

Podemos imaginar que havia momentos de desânimo e vontade de descontinuar, dadas as situações adversas. Porém, ele era sempre encorajado a continuar, como nesta passagem. Noutros momentos, fortalecido que estava no Senhor, ele podia dizer, como nesta carta aos irmãos da própria igreja em Corinto: De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos (2º Coríntios 4:8-9).

Segundo as palavras de Jesus, faladas diretamente aos Seus discípulos e, indiretamente, a todos nós, todos aqueles que professam fé n’Ele sofrerão, nalgum momento, perseguições: Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus 5:11-12). Sabemos, assim, que o mesmo nos toca, pois todos nós passaremos por isso, especialmente na nossa época, mesmo que agora a gente esteja vivendo um período de tolerância, especialmente por essas bandas do planeta.

Mas não será sempre assim. Chegará um momento em que o bicho vai pegar. Não sabemos em que intensidade, mas o tempo virá.

Hoje podemos professar livremente a fé cristã nos mais variados meios de comunicação, como este aqui agora, e também pessoalmente, reunindo-nos livremente em nome do Senhor. Mas haverá um momento em que nem esses encontros serão tranquilos. Sabemos disso porque Jesus indicou que assim seria, basta que leiamos os evangelhos para saber disso: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa (Mateus 24:9). Não quero alarmar ninguém com estas palavras, mas, sabemos, o que deve ser dito deve ser dito.

De todas as formas – e em quaisquer situações e épocas – o Senhor sempre nos lembra que não devemos desanimar, que sempre podemos contar com Ele ao nosso lado, mesmo que não O vejamos com nossos olhos naturais: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Felizes o que não viram e creram (João 20:29).

Talvez nunca o Senhor nos fale em visões, como fez com o apóstolo Paulo naqueles dias, mas podemos contar com a Sua presença e apoio – sempre!

E o incentivo da parte d’Ele continua, apontando-nos a meta das metas, a meta suprema, o nosso destino final e absoluto: Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 10:22).

Por isso, renovemos nossa escolha por Cristo todos os dias!

Renovemos nossa decisão por permanecermos n’Ele, em Seus ensinamentos, ensinando e compartilhando-os com quem conosco convive, seja presencial ou virtualmente.

E não desistamos nunca!

Continuemos.

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 16 de fevereiro de 2025

164 – Elias é Levado Para o Céu (2º Reis 2)


 

Quando1(versículo de 2º Reis 2) o SENHOR levou Elias aos céus num redemoinho aconteceu o seguinte: Elias e Eliseu saíram de Gilgal, e2 no caminho disse-lhe Elias: “Fique aqui, pois o SENHOR me enviou a Betel”.

Eliseu, porém, disse: “Juro pelo nome do SENHOR e por tua vida, que não te deixarei I ir só”. Então foram a Betel.

Em3 Betel os discípulos dos profetas II foram falar com Eliseu e perguntaram: “Você sabe que hoje o SENHOR vai levar para os céus o seu mestre, separando-o de você?”

Respondeu Eliseu: “Sim, eu sei, mas não falem nisso”.

Então4 Elias lhe disse: “Fique aqui, Eliseu, pois o SENHOR me enviou a Jericó”.

Ele respondeu: “Juro pelo nome do SENHOR e por tua vida, que não te deixarei I ir só”. Desceram então a Jericó.

Em5 Jericó os discípulos dos profetas foram falar com Eliseu e lhe perguntaram: “Você sabe que hoje o SENHOR vai levar para os céus o seu mestre, separando-o de você?”

Respondeu Eliseu: “Sim, eu sei, mas não falem nisso”.

Em6 seguida Elias lhe disse: “Fique aqui, pois o SENHOR me enviou ao rio Jordão”.

Ele respondeu: “Juro pelo nome do SENHOR e por tua vida, que não te deixarei I ir só!” Então partiram juntos.

Cinquenta7 discípulos dos profetas os acompanharam e ficaram olhando à distância, quando Elias e Eliseu pararam à margem do Jordão. Então8 Elias tirou o manto, enrolou-o e com ele bateu nas águas. As águas se dividiram III, e os dois atravessaram a seco.

Depois9 de atravessar, Elias disse a Eliseu: “O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?”

Respondeu Eliseu: “Faze de mim o principal herdeiro IV de teu espírito profético”.

Disse10 Elias: “Você fez um pedido difícil; mas, se você me vir quando eu for separado de você, terá o que pediu; do contrário, não será atendido”.

De11 repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceu um carro de fogo, puxado por cavalos de fogo, que os separou, e Elias foi levado aos céus num redemoinho. Quando12 viu isso, Eliseu gritou: “Meu pai! Meu pai! V Tu eras como os carros de guerra e os cavaleiros de Israel! VI” E quando já não podia mais vê-lo, Eliseu pegou as próprias vestes e as rasgou ao meio.

 

v     Para entender a história

O sacerdócio de Elias chegou ao fim. Eliseu assume a responsabilidade de renovar a fé do povo em Deus, como o fez Josué ao final da vida de Moisés. Elias e Eliseu viajaram para lugares associados à entrada dos israelitas em Canaã. Sua viagem simboliza a promessa de um novo começo.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Não te deixarei” – As palavras de Eliseu dirigidas a Elias assemelham-se às do discípulo Pedro dirigidas a Jesus, antes de Ele ser levado para o céu (João 21:15-17). Três vezes Pedro declara o seu amor por Jesus, da mesma forma que Eliseu declara três vezes que não abandonará o seu mestre. Eliseu continuará o trabalho de Elias.

                                   II.      “Os discípulos dos profetas” – Nessa época, muitos israelitas permaneciam fieis a Deus (1⁰ Reis 19:18). Entre eles, os profetas que viviam em comunidades religiosas em algumas cidades ou aldeias. Eles exigiam arrependimento, orientavam o povo e pregavam a mensagem de Deus. Apenas alguns poucos profetas transmitiam diretamente a palavra de Deus.

                                III.     “As águas se dividiram” – Este acontecimento lembra a divisão do Mar Vermelho (Êxodo 14:21).

                                IV.     “O principal herdeiro” – Há traduções em que esta fala aparece como “deixa-me herdar uma porção dupla”. Na antiga lei do Oriente Médio, o filho mais velho herdava duas vezes mais do que qualquer outro membro da família. Ao solicitar a parte tradicional do primogênito, Eliseu estava fazendo um pedido formal para ser o herdeiro espiritual de Elias. Não pedia o dobro do poder espiritual de Elias, mas, sim, que fosse seu principal herdeiro.

                                   V.     “Meu pai! Meu pai!” – As palavras de Eliseu ao seu mestre confirmam o seu novo papel como o sucessor de Elias. Não era uma “paternidade” física, mas espiritual.

                                VI.     “Os carros de guerra e os cavaleiros de Israel!” – Eliseu compara o seu mestre ao exército de Israel. Suas palavras descrevem Elias como protetor e defensor da fé israelita. Elias é levado para os céus em um redemoinho de vento – ou tornado –, um símbolo da força e do poder de Deus.

 

- Eliseu: Foi discípulo e sucessor de Elias. Seu nome em hebraico significa “Deus é a salvação”. Lembra o nome de Josué, que também agiu como servo de Deus e líder do povo, após a morte do seu mestre Moisés (Josué 1:1-6).


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Todos os Dias


 

Atos 5:42

Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.

 

O livro dos Atos dos Apóstolos é o quinto livro do Novo Testamento, imediatamente após os quatro Evangelhos. E, como o nome já diz, fala das coisas que os apóstolos enviados por Jesus Cristo fizeram. Mas não somente eles, como também fala de muitas coisas que os primeiros cristãos fizeram. Narra, entre outras, o início da Igreja de Cristo.

Esta passagem, no quadragésimo segundo versículo do quinto capítulo me saltou aos olhos, e me deu uma despertada. Explico.

Ela inicia falando de algo que os irmãos em Cristo faziam “todos os dias”. Não no sábado ou no domingo, ou duas vezes por semana. Não mesmo. Faziam todos os dias.

Eles ensinavam que Jesus é o Cristo, não só no Templo, mas também de casa em casa. E todos os dias!

Eles falavam da sua fé, falavam daquilo que lhes era, por fé, concedido, daquilo que eles podiam experimentar e viver por ficarem unidos entre eles e a Cristo. Anunciavam o Evangelho. E todos os dias! Não menos que todos os dias!

Isso me saltou aos olhos – e me despertou!

Isso me fez olhar em volta para ver como anda o comportamento cristão – daqueles que assim se chamam – e qual o impacto que este comportamento causa à sua volta.

Isso me fez olhar também – e especialmente – para mim mesmo. Qual é o meu comportamento em relação a isso? E qual impacto que esse comportamento causa?

Eu sei que as mensagens com base no Evangelho que eu compartilho via Facebook, via Instagram, via X, via WhatsApp, via YouTube e aqui, via o nosso Blog, têm o potencial de alcançar muita gente, conforme o Senhor dá a alcançar.

E também sei que, com alguma frequência, me reúno com irmãos e irmãs em Cristo para compartilhar a Palavra.

Sei que faço coisas concernentes à fé, de forma prática, pontual e objetiva, “quase” todos os dias... Quase! Mas quase é só quase... Não é sempre... Não é todos os dias.

Preciso fazer todos os dias... É o que aprendo hoje.

Preciso me dar conta – e me dar conta todos os dias – que o “hoje” é só o que temos na verdade. O ontem já passou, e imutável está. O amanhã ainda não veio, e intocável está. Somente o hoje é mutável e tocável. Somente o hoje está, de fato, presente. E devo recebê-lo como um presente, como uma dádiva, como um dom da vida.

E o “todos os dias” é feito de “hojes”, de “todos os hojes”!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 2 de fevereiro de 2025

163 – A Vinha de Nabote (1º Reis 21)


 

Algum1(versículo de 1º Reis 21) tempo depois houve um incidente envolvendo uma vinha que pertencia a Nabote, de Jezreel. A vinha ficava em Jezreel I, ao lado do palácio de Acabe, rei de Samaria II. Acabe2 tinha dito a Nabote: “Dê-me a sua vinha para eu usar como horta, já que fica ao lado do meu palácio. Em troca eu lhe darei uma vinha melhor ou, se preferir, eu lhe pagarei, seja qual for o seu valor”.

Nabote3, contudo, respondeu: “O SENHOR me livre III de dar a ti a herança dos meus pais!”

Então4 Acabe foi para casa, aborrecido e indignado porque Nabote, de Jezreel, lhe dissera: “Não te darei a herança dos meus pais”. Deitou-se na cama, virou o rosto para a parede e recusou-se a comer.

Disse-lhe7 Jezabel, sua mulher: “É assim que você age como rei de Israel? Levante-se e coma! Anime-se. Conseguirei para você a vinha de Nabote, de Jezreel”.

Então8 ela escreveu cartas em nome de Acabe, pôs nelas o selo do rei, e as enviou às autoridades e aos nobres da cidade de Nabote.

As11 autoridades e os nobres da cidade de Nabote fizeram conforme Jezabel os orientara nas cartas que lhes tinha escrito. Decretaram12 jejum IV e fizeram Nabote sentar-se num local destacado no meio do povo. Então13 dois homens vadios vieram e se sentaram em frente dele e o acusaram diante do povo V, dizendo: “Nabote amaldiçoou tanto a Deus quanto ao rei”. Por isso o levaram para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Então17 a palavra do SENHOR veio ao tesbita Elias: “Vá18 encontrar-se com Acabe, o rei de Israel, que reina em Samaria. Agora ele está na vinha de Nabote para tomar posse dela. Diga-lhe19: Assim diz o SENHOR: ‘Você assassinou um homem e ainda se apossou de sua propriedade?’ E acrescentou: Assim diz o SENHOR: ‘No local onde os cães lamberam o sangue de Nabote, lamberão também o seu sangue; isso mesmo, o seu sangue!’”

Acabe20 disse a Elias: “Então você me encontrou, meu inimigo!”

“Eu o encontrei”, ele respondeu, “porque você se vendeu para fazer o que o SENHOR reprova. E21 ele diz: ‘Vou trazer desgraça sobre você. Devorarei os seus descendentes e eliminarei da sua família todos os do sexo masculino em Israel, sejam escravos ou livres. Farei22 à sua família o que fiz à de Jeroboão, filho de Nebate, e à de Baasa, filho de Aías, pois você provocou a minha ira e fez Israel pecar’. E23, acerca de Jezabel, o SENHOR diz: ‘Os cães devorarão Jezabel VI junto ao muro de Jezreel’”.

Quando27 Acabe ouviu essas palavras, rasgou as suas vestes, vestiu-se de pano de saco e jejuou. Passou a dormir sobre panos de saco e agia com mansidão.

Então28 a palavra do SENHOR veio ao tesbita Elias: “Você29 notou como Acabe se humilhou diante de mim? Visto que se humilhou, não trarei essa desgraça durante o seu reinado, mas durante o reinado de seu filho”.

 

v     Para entender a história

Permitindo que Jezabel aja de forma ilegal, o rei Acabe é igualmente responsável pelo assassinato de Nabote. Acabe, entretanto, mostra algum remorso pelo seu pecado e, por isso, Deus age com mais indulgência com ele do que com Jezabel. A dinastia de Acabe chagará ao fim, mas somente uma geração depois, quando o seu filho for rei.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “A vinha ficava em Jezreel” – Jezreel era uma cidade localizada cerca de 38 quilômetros ao norte de Samaria. O rei Acabe tinha ali uma residência, além do palácio oficial em Samaria.

                                   II.      Rei de Samaria” – Samaria era a nova capital do reino do norte de Israel. Onri, o pai de Acabe, mudou-se de Tirza para Samaria por volta de 880 a.C. (1⁰ Reis 16:24). Samaria foi construída sobre uma colina, dando vista para a principal rota norte-sul que atravessava a Palestina. Seu nome significa “mirante”.

                                III.     “O SENHOR me livre” – Esta terra fora cedida aos ancestrais de Nabote, após a conquista de Canaã. A Lei de Moisés proibia aos israelitas a venda de qualquer terra ancestral (Levítico 25:23-28).

                                IV.     “Decretaram jejum” – Os israelitas costumavam jejuar quando um crime sério era cometido, esperando, com isso, evitar que Deus castigasse toda a nação. Jezabel ordenou um dia de jejum, sabendo que as pessoas achariam que alguém havia infringido a Lei. Os israelitas ficariam com medo das consequências e resolveriam eles mesmos se livrar do culpado.

                                   V.     “E o acusaram diante do povo” – De acordo com e Lei de Moisés, uma pessoa não podia ser condenada à morte com base nas evidências de apenas uma testemunha (Números 35:30). Jezabel cuidou para que o seu plano fosse bem-sucedido, instruindo dois homens para testemunharem contra Nabote.

                                VI.     “Cães devorarão Jezabel” – Essa previsão foi concretizada dez anos após a morte de Acabe, quando Jeú, um comandante militar, tomou o poder de Jezabel. Por ordem de Jeú, ela foi jogada de uma janela do palácio, e o seu corpo foi feito em pedaços por cães (2⁰ Reis 9:30-35).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Aumenta a Nossa Fé!


 

Lucas 17:5

Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”

 

Jesus, certa feita, passou a noite inteirinha orando a Deus. Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos (Lucas 6:12-13).

Ao designá-los “apóstolos”, Ele os enviava como “mensageiros” d’Ele e dos Seus ensinamentos.

Estes apóstolos – os originais e únicos dentro de todo o contexto cristão – tinham algumas características que os distinguiam dos demais – posteriores – irmãos cristãos.

A primeira característica é que Eles tinham visto Jesus pessoalmente e tinham sido Suas testemunhas oculares e presenciais. Foi assim, dentro deste princípio, que Matias foi escolhido para ocupar o lugar de Judas, segundo as palavras do apóstolo Pedro: “Porque”, prosseguiu Pedro, “está escrito no Livro de Salmos: ‘Fique deserto o seu lugar, e não haja ninguém que nele habite’; e ainda: ‘Que outro ocupe o seu lugar’. Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição (Atos 1:21-22). Mesmo Paulo, que não era um daqueles a quem Jesus escolhera em Seu tempo humano, mas foi escolhido pelo próprio Jesus a posteriori, ele mesmo – Paulo – teve um encontro pessoal com Jesus ressuscitado na Sua aparição no caminho para Damasco: Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue. Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que você deve fazer” (Atos 9:3-6). E Paulo recebeu um encargo apostólico especial, para ser o “mensageiro” aos gentios, isto é, àqueles que não eram judeus: “Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15).

A segunda característica é que os apóstolos originais – e únicos – carregavam em si algumas marcas: As marcas de um apóstolo – sinais, maravilhas e milagres – foram demonstradas entre vocês, com grande perseverança (2º Coríntios 12:12).

Por fim, a Bíblia se refere diretamente aos apóstolos de Jesus em sua quantidade específica: O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Apocalipse 21:14). Assim, se hoje aparecer alguém ostentando o “título”, “cargo” ou “ministério” de apóstolo, saiba que é um engano. Eu sei, as pessoas podem estar sinceramente acreditando neste “apóstolo” – e, às vezes, o próprio acredita que é um, pois sua denominação eclesiástica assim o ensina –, mas isso não anula o fato de ser um engano, um equívoco.

É preciso dizer que existe o dom apostólico (significando aquele que leva a mensagem), assim como outros dons existem, como de profeta, evangelista, pastor e mestre, mas não o título/cargo/ministério de apóstolo, que foi único e intransferível. E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo (Efésios 4:11-13).

 Bem, fiz este preâmbulo todo falando da autenticidade de um apóstolo, mas não é este o assunto principal deste texto.

O assunto principal deste texto é outro: o aumento da nossa fé!

Percebemos, pela Palavra que uso como mote aqui, que foram os apóstolos que Jesus escolheu pessoalmente que fizeram a Ele um pedido especialíssimo: Aumenta a nossa fé!”

E que pedido maravilhoso, profundo e significativo eles fizeram!

São esses caras, que tiveram tamanha experiência presencial com Jesus, que fizeram um pedido destes! E vale dizer que eles fizeram muitíssimo bem em fazer este pedido!

Então, se esses caras fizeram um pedido destes, pedindo que sua fé fosse aumentada, que diremos nós?

Que direi eu diante disso?

Como está a minha fé?

De que “tamanho” ela é, para necessitar também ser aumentada?

Será que também estou incluído nesta observação de Jesus? “Homens de pequena fé” (Mateus 8:26). Sim, também estou incluído, pois sou de pequena fé.

Será que minha fé está pelo menos do tamanho de um grão de mostarda, este que é um grãozinho tão pequeno? Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível (Mateus 17:20). Sim, se a minha fé estiver do tamanho de um grão de mostarda já será enorme!

Mas posso – e devo – fazer o mesmo pedido dos apóstolos!

Pois, quantas vezes nos apanhamos achando que temos uma fé sólida, inquebrável, firme como uma rocha? Será mesmo que ela está assim? É bom pensar nisso...

Sim, posso e devo fazer o mesmo pedido, todos os dias, e todos os dias de novo, até o fim: “Senhor, aumenta a minha fé!”

Só Ele pode!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert