Do site http://www.psicobesidade.com.br/
Quem, depois de um acesso de raiva, nunca comeu uma barra gigante de chocolate de uma só vez? Ou estava se sentindo triste e sozinha e caprichou num lanchinho fora de hora? Fazer isso esporadicamente não compromete a silhueta. No entanto, se você vive compensando emoções negativas na mesa vai acabar tendo problemas com a balança. A terapia ensina a diferenciar a fome do vazio sentimental.
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Uma das dicas, nesse momento, é caminhar. Ajuda a dar consciência corporal, incentiva a prática de exercícios, melhora a auto-estima e aumenta a oxigenação cerebral, acelerando os insights, as associações livres que ajudam a entender as emoções. Outros terapeutas estão trabalhando em conjunto com endocrinologistas, nutricionistas, professoras de educação física, etc.
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A culpada é a mãe?
São vários os motivos que podem levá-la a comer quando tem um problema. A comida está muito relacionada ao afeto. Se recebemos alguém em nossa casa, sempre oferecemos café, bolo, biscoitinhos. É uma forma de dizer que apreciamos sua presença. Quando o bebê chora, a primeira coisa que a mãe oferece é a mamadeira. Assim, ele vai aprendendo a associar comida com conforto, mesmo que naquele momento não esteja com fome. Isso com certeza aconteceu com você. Mas muitos adultos continuam relacionando as duas coisas. O objetivo da terapia é desvincular conforto de comida. Outra situação comum é a de crianças que sofrem com o abandono (físico ou emocional) e que, quando crescem, desenvolvem a necessidade de sentir o estômago cheio.
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Sensualidade sob a gordura
O receio da própria sensualidade ou sexualidade é outro motivo que, sem que se perceba, leva muitas mulheres a brigar com a balança. A gordura serve como uma parede que afastam paqueras e namorados. A capa de gordura faz com que você esconda suas emoções, e acaba cancelando compromissos, usa roupas largas, não sai no final de semana, mas tudo com um motivo: estar gorda.
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A terapia pode ajudar a
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......descobrir que você tem outros prazeres na vida, além de comer
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....dominar o impulso de comer e a demonstrar que a compulsão provoca um prazer imediato, que não compensa a satisfação a longo prazo de ficar magra
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....aumentar a adesão à dieta. Pode ajudá-la a ser perseverante, já que 66% das pessoas desistem no meio do caminho
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....ensinar a diferença entre fome e vontade de comer. Algumas mulheres confundem tristeza, solidão, angústia, raiva, ansiedade, saudade ou euforia com fome. Precisam aprender que atacar doces só irá trazer culpa
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....deixar claro que a responsabilidade de emagrecer é de quem está acima do peso. Não adianta o médico mandar fazer dieta ou o namorado querer que você emagreça
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....incentivar a fazer exercícios físicos, que aumentam o gasto calórico, facilitando o emagrecimento
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....restabelecer a auto-estima, que geralmente fica abalada quando estamos fora do peso. Algumas vezes é necessário até a aprender a ser magra, quando se acostuma a ser gorda
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....eliminar mitos arraigados, como o de deixar restos no prato é feio, comida no lixo é pecado ou de que é preciso comer para deixar a mamãe feliz. Muitos adultos não conseguem se livrar dessas idéias, por mais absurdas que pareçam
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....alterar comportamentos que contribuem para o aumento de peso, como, por exemplo, comer depressa demais, sem perceber o quanto, beliscar nos intervalos ou exagerar no couvert do restaurante.
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Não existe fórmula mágica para se livrar de uma dependência. Mas também não faltam tratamentos - uns novos, outros milenares - para sair do fundo desse poço escuro.