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segunda-feira, julho 15, 2024

O extraordinário Fernão Mendes (cada vez menos "Minto"...) Pinto


Um dos livros que levei para ler nas férias foi "Na Senda de Fernão Mendes Pinto", de Joaquim Magalhães de Castro.

O autor não só desmonta muitas das falsidades que se foram escrevendo sobre este grande aventureiro, que felizmente se tornou escritor de viagens, quando estes ainda não existiam, como prova a passagem desta figura histórica pela China, Japão e muitos outros orientes. É importante recordar que Fernão viveu os últimos anos da sua vida no Pragal, em Almada, onde escreveu a "Peregrinação".

Neste caso particular, o tempo tem sido amigo do escritor português, pois, ano após ano, o seu registo histórico vai-se valorizando, pela quantidade de informação - cada vez mais respeitada e enaltecida - que nos ofereceu e também pela forma como conta as suas peculiares epopeias, positivas e negativas. Ou seja, afinal não é o "mentiroso" que muitos pensavam e difundiam.

Publico esta fotografia especial, de um amigo que já não está por cá, porque neste ano de 2024, se comemora o centenário do seu nascimento: o também almadense Fernando Barão. Fotografia tirada numa tertúlia histórica de Almada ("As Tertúlias do Dragão", organizadas pela SCALA no Café Dragão Vermelho...), com o Fernando a encarnar com graça e história, o extraordinário Fernão Mendes Pinto.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, maio 10, 2024

Voltar à arte e às montagens...


Enquanto activista cultural ajudei a montar centenas de exposições. Cada montagem era uma desafio, pelas diferenças temáticas e também pelas dimensões das obras.

Acho que tinha (ainda devo ter, isto não se perde de um dia para o outro) um certo jeito para complementar estas composições, oferecendo-lhes boas combinações, a partir das cores, sem descurar as respectivas medidas.

Foi por isso que aceitei o desafio de três amigos (que inauguram amanhã a exposição "Três Amigos, Três Estilos"), e lá apareci na galeria. 

Acabei por  "usar e abusar" do meu gosto pessoal, sem deixar de ouvir as duas pintoras e o pintor. No final fiquei com a sensação de ter feito um bom trabalho... 

E no final ainda apanhei uma das artistas sentada no pequeno escadote, distraída, a sorrir. E lá "roubei" mais uma fotografia. 

Sim, ela além de gostar de pintar, também gosta de sorrir...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


terça-feira, fevereiro 27, 2024

Ter a mesma "ideologia cultural"...


Estou a preparar uma intervenção, de homenagem a um amigo. Quero fazer algo diferente, quero conseguir transmitir a imagem de alguém para quem a cultura era o motor de quase tudo na vida. E por conhecer as nossas muitas limitações, foi sempre um "farol cultural".

Ele acreditava no que Vergílio Ferreira escrevera um dia (e antes dele outros...), que "A Cultura só se aprecia, depois de se ser culto". Foi por isso que deu muitas "aulas" de cultura, nas muitas colectividades que passou durante a sua longa vida, com pequenos ensinamentos e exemplos retirados no nosso dia-a-dia, oferecendo pequenas pistas de livros que se deviam ler. 

Tinha uma grande bagagem cultural porque gostava de tudo, de literatura (de ler, escrever e contar...), de teatro (de ver, de escrever e de fazer...), de cinema (aqui era mais ver...), de música (mesmo sem ser um afinadinho gostava de cantar - fez parte de um grupo de canto coral - e de tocar a sua harmónica), e de fotografia (chegou a ser premiado em salões de fotografia...).

E tinha uma coisa muito importante, fugia da "cultura chata", aquela que podia dar sono ou fazer com que as pessoas estivessem nos sítios sem lá estar. Tinha a percepção de que que o começo de tudo devia ser agradável, desde os livros até ao teatro ou cinema. Não se podia começar pelas obras mais difíceis de entender, que mais nos obrigavam a pensar. Essas ficavam para depois de se gostar...

Acho que fomos grandes amigos por partilharmos a mesma "ideologia" cultural e gostarmos de espalhar e partilhar as coisas boas de que gostávamos...

(Fotografia de Elsa Carvalho - Cacilhas)


quarta-feira, novembro 16, 2022

Homenagem a Saramago no Dia dos Seus Anos...


Nada melhor para festejar o Centenário do nascimento de José Saramago, que republicar um texto felix que escrevemos (é mais longo que o costume...), quando o escritor foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura, para o boletim "O Scala" (n.º 8, Verão de 1998):

«Foi com com grande alegria que vimos José Saramago deixar o hall de entrada da sala, destinada aos eternos perdedores do Prémio Nobel da Literatura, com a serenidade que o caracteriza, depois de ser “Levantado do Chão” pela Real Academia Sueca da Língua.

O país voltou a sorrir de satisfação – e com a Expo 98 ainda tão perto na nossa memória... -, ao ponto de transformar a vitória de Saramago, num êxito de todos os portugueses. Foram erguidas bandeiras de Norte a Sul, levando bem alto “Todos os Nomes” deste escritor, digno herdeiro de Camões, Eça, Camilo, Pessoa, Aquilino e Torga.

A Escandinávia dobrara pela primeira vez a coluna à língua portuguesa. Depois de um longo “Ensaio Sobre a Cegueira”, acabou por reparar uma  injustiça quase do tamanho deste século.

Embora Saramago seja um caso à parte, se fizermos uma “Viagem a Portugal”, encontramos uma mão cheia de poetas e ficcionistas que também poderiam ter sido inscritos nos “Apontamentos” da Academia Sueca.

Quando dizemos que ele é um caso à parte, estamos a basear-nos  num estranho casamento das Letras com Números que nos prova que Saramago é o escritor português vivo, mais conhecido e lido no mundo inteiro.

A sua obra literária é um manancial de estórias sobre a nossa História, “Deste Mundo e do Outro”, não sendo por isso de estranhar que alimente algumas polémicas. E quando se fala de coerência – uma palavra usada para dignificar Saramago e todos os seus camaradas que se mantém fiéis ao comunismo --, devemos fazer uma vénia ao Município de Mafra que continua a defender que “O Memorial do Convento” ofende o bom nome dos seus habitantes; e ao Papa, que  ao folhear “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, continua a perguntar a Deus com um olhar triste e angélico, “Que farei Com este Livro?”, por manterem vivas as suas opiniões divergentes em relação ao escritor.

Mesmo sabendo que este não é o melhor momento para  falarmos da nossa taxa de analfabetismo, não devemos esconder a nossa triste realidade usando o Nobel da Literatura como peneira.

Saramago sentiria, “Provavelmente Alegria”, se usássemos o seu Prémio para sensibilizar os portugueses a visitarem o campo aberto das letras, mostrando-lhes o poder da luz “Poética dos Cinco Sentidos” que nos ilumina nas nossas viagens deliciosas pelo interior dos livros.

E se nos fosse permitido sonhar, gostaríamos que o Nobel produzisse o mesmo êxito na Literatura que as medalhas milagrosas de Carlos Lopes e Rosa Mota obtiveram no Atletismo, fomentando de uma forma avassaladora a leitura nas escolas e nos lares portugueses, arrebatando toda “A Bagagem do Viajante” de Lanzarote e de outros grandes escritores.» 

(Foto de Luís Eme - Lisboa)


sábado, fevereiro 26, 2022

O Meu Regresso à "Festa das Artes"...


Voltei a participar na "Festa das Artes da SCALA", com três fotografias (essas mesmo que estão dentro da fotografia...), por várias razões, mas a principal, terá sido a tentativa de regressar ao um "tempo normal" (mesmo que Putin não o deixe...).

Foi bem ver amigos que não via há mais de dois anos, sentir no seu olhar e no toque (houve dois ou três abraços, quase espontâneos, que souberam muito bem...), que nada mudou entre nós, para além de termos ficado mais distantes e mais velhos...

A exposição em si, é isso mesmo, uma "festa" com artes, sem selecções, e por isso existem coisas muito boas e também outras que não são "arte". Mas a escolha e a sensibilidade são uma opção dos autores e não da SCALA...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, março 02, 2019

Cenas da Tarde de Sábado e o Filme "Melhor é Impossível", com um Actor Diferente...


A tarde de sábado começou com o café "belíssimo", no espaço do costume. Depois seguimos para lugares diferentes. A minha companheira foi ao cabeleireiro e eu fui até à Oficina de Cultura de Almada assistir à inauguração da Festa das Artes da SCALA.

Gostei de reencontrar vários amigos e amigas, conversar um pouco, e claro, de ver os seus trabalhos artísticos.

Depois fui ver o que o meu filho tinha feito à nespereira da avó, que já estava a ocupar demasiado espaço no quintal. Descobri que tinha feito um bom trabalho, já era possível andar normalmente por ali.

Depois fomos para casa. E quando liguei a televisão, descobri o Jack Nicholson dentro do filme, "Melhor é Impossível", onde ele faz mais um excelente papel, interpretando, para variar, uma personagem à sua medida, estranha e diferente.

Fiquei a pensar que não há nenhum actor capaz de vestir a pele de uma pessoa complicada, de forma tão convincente, como o Jack (não é por acaso que ganhou três óscares e foi 12 vezes nomeado...).

E depois percebi que há já algum tempo que ele não aparece em nenhum filme. Com a ajuda do "google" fiquei a saber que alguém espalhara o boato que ele andava com problemas de memória e já não conseguia fixar as falas das personagens. Mas que não passava de um falso rumor (mais um...).

Fiquei a saber também que últimos anos tem recusado vários papeis e que o seu afastamento tem sido uma opção pessoal, por que isto de se ser "vedeta de Hollywood", está longe de ser a melhor coisa do mundo, pelo menos para quem goste de um pouco de sossego...

Mas ele um dias destes vai aparecer por aí, segundo consta dentro do papel de um idoso brincalhão...

(Fotografia de Luís Eme - uma desconhecida a olhar para as minhas fotografias expostas - Almada)

sexta-feira, junho 29, 2018

Ginjal, um Fascínio Especial...


O Ginjal é o local que mais tenho fotografado nos últimos anos.

Isso deve-se ao facto de ser o lugar de Almada por onde mais passeio a pé, normalmente ao fim da tarde.

Normalmente ando com uma pequena máquina fotográfica e aqui e ali, vou substituindo o meu olhar pelo visor, retratando as pessoas que passam (de lado ou detrás... para puderem ser qualquer pessoa), o rio com e sem barcas, e claro, as paredes, que mudam de "pinturas de guerra" com alguma regularidade.

No meio de tantos "bonecos" há sempre alguns que parecem mais especiais que outros, como aconteceu com estas três fotografias, com que participo na exposição, "Almada em Festa", que está patente na sede da SCALA...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, maio 11, 2018

Palavras Soltas à Volta de uma Exposição...


Estava a acabar de montar uma exposição sobre banda desenhada e como a porta da galeria estava aberta, acabou por entrar o primeiro visitante.

Cumprimentámos-nos e ele, curioso, começou a olhar as capas históricas expostas, disse-lhe que a inauguração era só amanhã. Ele fechou logo o olhar, desculpando-se que sim,  via tudo amanhã... 

Claro que estava a brincar. Tive todo o gosto que ele fosse a primeira pessoa a ver a exposição.

Por sermos de gerações diferentes, ele recordava-se de o "Cavaleiro Andante", "O Faísca", o "Mosquito", eu era mais do tempo do "Falcão", do "Mundo de Aventuras ou do "Jornal do Cuto".

Mas a banda desenhada fazia parte, não só do nosso imaginário. mas também na aprendizagem da leitura, através das histórias de aventuras aos quadradinhos. 

Isso acontecia porque o livro era um "objecto de luxo", só depois da Revolução de Abril é que se caminhou para a sua democratização...

Antes de partir este companheiro ainda comentou a realidade actual, com a saída  de dezenas de livros diariamente, o que complica bastante a nossa escolha. Eu respondi que tinjamos de nos fixar nos autores que gostamos...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, fevereiro 12, 2018

"Arte com História e com Gente"


É uma coisa rara, mas desta vez vou repetir-me e falar no "Largo" no mesmo assunto que falei há minutos no "Casario". 

Como se trata de uma exposição de fotografia cá de casa, em que algumas imagens já ilustraram um ou outro texto dos dois blogues, faz sentido a "repetição".

Como perceberam pelo cartaz, vou expôr fotografias com "gente de bronze e de pedra", embora por vezes também surjam alguns figurantes de carne e osso.  Já há algum tempo que tinha vontade de o fazer, por ter várias fotografias com pequenos pormenores que ia destacando nas imagens que retratava, com o objectivo fotográfico - e artístico - de tentar fazer uma "coisa" diferente"...

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Uma Exposição Especial...

Hoje quando estava a montar a exposição de desenho, "Arte com Humor", da autoria de Mário Nery, revivi alguns episódios - e algumas pessoas - memoráveis. Isso aconteceu porque muitas das caricaturas expostas retratam temáticas da "Tertúlia do Dragão", que se realizou entre 2002 e 2013, organizada pela SCALA no café almadense, "Dragão Vermelho"...

A exposição será inaugurada amanhã às 16 horas, na sede / galeria da SCALA (rua Conde Ferreira - Almada) e merece ser visitada por todos os que gostam de Arte...

domingo, novembro 05, 2017

O Dia Seguinte...


Por muitos lançamentos de livros que façamos, cada um tem a sua história.

A apresentação  do meu "Passeio Mágico com Romeu Correia" acabou por ter um significado ainda mais especial, por neste dia se realizar em Almada, praticamente em simultâneo, e organizado pela SCALA, associação da qual sou dirigente, a "Festa do Associativismo Almadense" (espectáculo de música, poesia e dança).

Isso fez com que ainda acabasse por ser mais marcante ter a Sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Correia, cheia de amigos.

Outro aspecto não menos agradável é sentir que este livro a partir de ontem deixou de ser apenas meu (felizmente).

Agora só é preciso que ele cumpra o seu principal objectivo: apresentar o Romeu Correia, na primeira pessoa, especialmente a todos aqueles que não tiveram a possibilidade de conhecer pessoalmente o grande contador de histórias de Almada...

(Fotografia de Fernando Lemos)

sábado, junho 10, 2017

A Arte com Imagens e Palavras...

Participei  hoje à tarde numa sessão cultural que me deu a sensação de ter sido extremamente enriquecedora e agradável para todos aqueles que apareceram na sede-galeria da SCALA.

Não se tratava apenas da inauguração de uma exposição de artes plásticas, havia também o atractivo da projecção de seis pequenos filmes sobre a vida e obra do autor,  Mártio, um artista plástico almadense, que depois seria seguida de uma conversa informal sobre, e com, o pintor e ceramista possuidor de uma obra bastante vasta e diversificada.

E foi esta conversa que se revelou de grande interesse para todos, graças à disponibilidade do Mártio para falar abertamente do seu percurso artístico, dos seus dois principais interlocutores, que o ladearam, mas sobretudo pela interacção que se proporcionou com todos aqueles que quiseram saber mais qualquer coisa sobre a arte, ou ainda, de oferecerem o testemunho da sua experiência pessoal no mundo das artes.

(Óleo de Mártio - as "Banhistas" de Mártio, glosando as "Banhistas" de Cezanne...)

terça-feira, abril 04, 2017

Flores para a Isabel...


Esta fotografia faz parte da minha exposição, "Passeio dos Tristes", que será inaugurada logo à tarde, às 17 horas, na Galeria-Sede da SCALA, em Almada.

O título que escolhi para ela foi, "Primavera no Ginjal" e é a fotografia mais recente desta mostra.

As flores são para a Isabel, porque lembro-me dela ter dado pela falta das flores na bicicleta, num dos seus comentários aqui no "Largo". A malta do "Ponto Final" aceitou o repto e escolheu malmequeres...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, março 30, 2017

A Teimosia, Essa Minha Força Motriz...


Ainda ontem falei nisso com amigos. Se não fosse ser teimoso e gostar de contrariar alguns pessimistas, não teria feito mais de metade das coisas que fiz nos últimos anos.

Alguns "fantoches" que passaram por mim ao longo dos últimos vinte anos, bem arrependidos devem estar por de certa forma terem sido a "força motriz" de toda esta minha vontade de fazer coisas...

O mais curioso é saber exactamente como tudo começou, quando alimentei a ideia de se fazer uma exposição de homenagem a um grande pintor almadense, que falecera um ano antes e era fundador da SCALA, uma associação que continua a ser minha - juntamente com a Incrível. 

Um dos elementos que devia fazer a ideia avançar, pelas suas funções directivas, decidiu começar a colocar obstáculos, quase sempre coisas pequeninas de gente miudinha. Enquanto ele pedia ajuda aos "profetas da desgraça" eu quase que corria, por outras ruas, porque era preciso andar para a frente e fazer coisas. E as coisas que que eu fiz, desde ir a galerias de arte lisboetas buscar quadros emprestados a fazer um folheto, uma gravura, um boletim especial...

Claro que tive muitas ajudas, mas esta foi a minha primeira vitória no mundo do associativismo, contra os "velhos de Almada"...

(Aguarela de Arménio Reis - o tal grande Pintor Almadense que mereceu todas as batalhas vencidas...)

sábado, março 25, 2017

A Magia de Cinco Efabuladoras...

Hoje assisti a uma iniciativa cultural extraordinária, intitulada, "Partilhar um Monte de Histórias", com cinco professoras que estão apostadas no regresso à tradição oral e contaram cada uma delas uma história, do género das que os nossos avós nos contavam à lareira (fui um sortudo, pois o meu avô materno era um excelente contador de histórias...).

Parabéns a todas elas, especialmente à Joaninha Duarte, a dinamizadora do projecto.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, fevereiro 17, 2017

A Festa das Artes da SCALA


Participo mais uma vez na "Festa das Artes da SCALA", a 23.ª Exposição artística Anual desta Associação Almadense a que pertenço, que apresenta obras de  Artes Decorativas, Escultura, Fotografia, Ilustração e Pintura e vai ser inaugurada amanhã, às 16 horas, na Oficina de Cultura de Almada.

As minhas três fotografias são sobre a Procissão da Senhora do Bom Sucesso de Cacilhas.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, dezembro 08, 2016

O Prazer de Almoçar à Beira do Tejo...


Podia ser este o título da fotografia que aqui deixo, mas não. 

Escolhi quase um sinónimo: "O Almoço Está à Nossa Espera Rente ao Tejo".

É uma das 50 imagens que vão estar expostas na sede-galeria da SCALA a partir de amanhã, em Almada.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, maio 07, 2016

O Companheirismo Quase que faz Milagres

Eu sei que há "reboliços" bons. Vozes que mesmo quando falam ao mesmo tempo, em vez de nos irritarem, fazem-nos sorrir.

Enquanto conversam e se mexem de um lado para o outro, eles com chaves de fendas ou de bocas na mão, elas com panos que limpam quase tudo, naquilo que podia parecer uma "opereta", mas com acção de verdade. Sim, falo do trabalho com que "erguem edifícios", de um dia para o outro. 

Chegam ao fim do dia com suor impregnado nas roupas, algumas dores aqui e ali - que falam da desabituação de alguns gestos de operários de quem se foi refinando com o bom que a vida proporcionou -, mas sobretudo com uma alegria imensa estampada nos rostos, de quem foi capaz de fazer muito mais do que poderia pensar. E tudo isto pelo amor que sentem à causa colectiva.

Obrigado Companheiros!

(Óleo de Gail Roberts)

quarta-feira, maio 04, 2016

Agitação versus Criação

No meu caso pessoal, a agitação sempre foi inimiga da criação. Quanto mais a cabeça está liberta, mais me surgem ideias do arco da velha (e da nova) e vontade de criar.

Embora continue a escrever pequenas coisas em papeis, sei que dificilmente terão continuidade amanhã. 

Claro que nada disto acontece por acaso. E vai ser assim até ao final deste mês de Maio (embora tenha uma palestra e uma exposição para organizar, pelo meio...).

Estou numa fase de grande involvência física e psicológica, porque a Associação Cultural a que pertenço (SCALA) tem finalmente um espaço próprio. Depois da realização de pequenas obras, estamos a iniciar a fase de instalação (com tudo o que isso tem de complicado, desde ideias diferentes sobre as pequenas e grandes coisas, até aos imprevistos que surgem sempre...).

Espero que toda esta agitação acalme (pelo menos na segunda quinzena deste mês...), para que volte a ter tempo para mim.

(Fotografia de Lyon de Castro)

sábado, fevereiro 27, 2016

«A si ainda posso pedir para falar mais baixo, agora ir para a rua mandar calar os carros, não dá muito jeito.»

As sessões de poesia têm algumas parecenças com as casas de fado, pedem ambas silêncio. Claro que nem sempre é possível.

Provavelmente a escolha do local para a "Poesia Vadia" não foi a melhor. De vez enquanto passavam carros e até o metro e autocarros na rua. Mas mesmo assim não eram tão incómodos como as duas vozes humanas que colocavam a escrita em dia à entrada da Oficina.

Quando me levantei e pedi para falarem mais baixinho, não estava à espera que o sujeito de cabeça barbeada, me questionasse sobre o barulho dos carros...

Ainda lhe respondi baixinho, antes de virar costas: «A si ainda posso pedir para falar mais baixo, agora ir para a rua mandar calar os carros, não dá muito jeito.»

Claro que não voltei a mandar calar mais ninguém, até por saber há muita gente que não morre de amores pela poesia...

(Fotografia de Luís Eme)