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sexta-feira, março 28, 2025

O associativismo e as tertúlias, que resistem a um tempo, que é, no mínimo adverso...


Estava à conversa com um amigo e ele perguntou-me se ainda tinha os almoços "tertulianos". Disse que sim.

Quis saber do bom do Chico. Disse-lhe que se recomendava, ainda na última segunda-feira, quando regressávamos a casa, na companhia do Tomás, ele comentou com o seu humor especial, que começava a não ter paciência para os "velhos", que passavam o tempo a repetir-se, a dizer as mesmas coisas... 

Claro, foi gargalhada geral...

E depois recordei que ficámos amigos depois de termos feito parte da direcção da Incrível Almadense. Uma das coisas que me irritava (mais que "solenemente"...), era a forma parva como o presidente o tratava nas reuniões, abusando do facto de ser um ser humano de excepção, daqueles que não gritam para se fazerem ouvir.

Mas infelizmente, este é o tipo de liderança que está a vingar por esse mundo fora. A tal gente que se percebe à légua, que é é "forte com os fracos e fraco com os fortes"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


segunda-feira, janeiro 27, 2025

Quando o que é normal parece ser entendido como "aberrante"...


Não é de agora, que o para nós parece normal e razoável, para os outros é uma coisa estranha e diferente.

O curioso, é ainda estranharmos estes comportamentos.

Estou a falar das palavras de Pedro Nuno Santos ao "Expresso", que fez com alguns dos seus opositores internos saíssem da "toca" para criticarem a sua opinião sobre a imigração.

O que ele disse é o que quase todos pensamos (se excluirmos os extremistas dos dos lados da política...). De uma forma simplista, ele disse que quem chega a um país, tem de respeitar as suas leis e a forma como se vive em sociedade. Ou seja, devem integrar-se e não viver em "guetos". E devemos ser rigorosos nestes aspectos. Quem não gostar ou não quiser cumprir as nossas normas, só tem de fazer as malinhas e ir para outras bandas.

O exemplo dos portugueses é exemplar, pois foi isto que sempre fizemos, em séculos de emigração pelos vários cantos do mundo. Sempre nos tentámos integrar nos países para onde fomos viver. E esse é que deve ser o comportamento normal de quem chega, vindo da China ou da Dinamarca.

Sei que o PS parece muitas vezes um "saco de gatos". E embora muito boa gente entenda isso como democracia, haver sempre várias vias de "socialismo", e claro, oposições internas, acho que não é lá muito democrático, alguém estar à espera de um qualquer "deslize", para sair da sombra e mostrar as "garras". Faz lembrar um pouco aqueles cães que estão escondidos e aparecem do nada a ladrarem atrás de nós, a fingirem que têm vontade de nos morder os calcanhares.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, outubro 06, 2024

«Quem tem público é o Benfica, o Porto e o Sporting.»


A conversa estava a ser bastante cultural, quase daquelas antigas, em que parecia que o tempo não escapava e nos dizia que era hora de irmos embora.

Quando chegámos aos "públicos", aliás, à falta dele, na maior parte das actividades culturais, se excluirmos os festivais de música, é que as coisas se tornaram mais complicadas...

O Pedro, por ser alguém mais dado à intelectualidade, começou por dizer que nunca nos preocupámos em criar, e educar, públicos, a ensinar as pessoas a perceberem e a sentirem o porquê das coisas. Coisas essas que nem sempre se explicam com facilidade...

Devia ter alguma razão. Pelo menos alguma.

A Carla disse que era mais profundo que isso. Era sobretudo uma mania portuguesa. Todos tínhamos a mania que cantar, tocar, actuar, pintar, escrever, estavam ao alcance de todos. Havia demasiada mediocridade nas culturas. Deu o exemplo das televisões que apadrinhavam aos fins de semana à tarde, muita desta gente, que cantava e tocava, sem ter o mínimo de qualidade exigível para se apresentarem em público. 

Pois, parece que o problema não é apenas das pessoas que não têm jeito. Há também quem alimente o "circo".

O Rui para salientar que era um problema de educação, deu como exemplo o futebol, que tinha o seu público, criado ainda antes de Abril.

Como gosto de "estragar prazeres", disse-lhe que estava enganado. A maior parte dos estádios e campos de futebol, de Norte a Sul, estão quase sempre vazios. E acrescentei: «Quem tem público é o Benfica, o Porto e o Sporting.»

Baralhei um bocado o jogo, mas claro, que começa tudo na educação. 

Claro que não descobrimos, qual é a melhor forma de "educar" as pessoas para se tornarem espectadores de teatro ou de outra arte ainda mais difícil... 

Todos estávamos de acordo que devia começar na escola. Mas quando e como?

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas. desta vez com legenda: "A cultura anda nua")


quinta-feira, setembro 26, 2024

«Há maneiras diferentes das pessoas serem medíocres»


O tempo vai andando e se há uma coisa que nos vai levando, são as certezas.

E ainda bem que isso acontece. Pelo menos para mim. Gosto de ter dúvidas.

À medida que o "lençol"  se ia esticando, a língua dos presentes também se ia soltando. O que até parecia uma diversão, "versar" sobre a mediocridade e os medíocres, começou a tornar-se um drama. 

De repente parece que "acordámos" e descobrimos que eles não só estavam em todo o lado, como normalmente chefiavam qualquer coisa... 

Pois é, muitos deles mandam em nós (mal ou bem, pouco lhes interessa, gostam é de mandar), querem é que as coisas sejam parecidas com as suas vontades. 

Foi quando alguém "inventou" uma escala de medíocres. E estava certo. 

«Há maneiras diferentes das pessoas serem medíocres», acrescentou a Ana, oferecendo dois ou três exemplos.

Ninguém a contrariou, mesmo sabendo que o mundo seria uma coisa melhor sem a prevalência de tantos medíocres, um pouco por todo o lado, quase sempre com ar de "sabichões"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)