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sábado, março 08, 2025

As mulheres, a política e o voto "contra elas próprias"...


Continua a fazer-me bastante confusão a forma bastante peculiar, e desigual, com que se olha para a mulher, no nosso país e no mundo.

Por hoje se festejar o "Dia Internacional da Mulher", ainda é mais pertinente escrever algumas linhas sobre algumas das diferenças, que já se deviam ter esbatido, até por muitas delas estarem legisladas. 

Só falta mesmo colocá-las em prática...

Lançando um olhar ainda mais abrangente, não consigo entender os exemplos do Brasil (quando elegeu Bolsonaro) e dos EUA (que agora reelegeu Trump), sem ficar estupefacto. 

Se pensarmos que as mulheres normalmente estão em igualdade (e às vezes até em maioria...), em relação ao número de votantes, não compreendo como é que são possíveis estes resultados eleitorais. Fico sempre com a sensação de que as mulheres votam "contra elas próprias" (tal como algumas minorias...).

Ou seja, sinto que há mudanças que dependem mais delas, que da própria sociedade. Pelo menos no dia das eleições...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sábado, agosto 24, 2024

Sei que é perigoso, mas...


Sei que é ligeiramente perigoso dizer isto, mas confesso que já estava com saudades de um céu carregado de nuvens...

Pensei nisto na noite de quinta para sexta, quando elas passavam a grande velocidade pela Lua.

E ontem o céu quase que perdeu o azul, logo de manhã.

Claro que hoje é outro dia, isto agora são tudo coisas passageiras. 

Aquilo que chamamos "tempo", está apostado em nos ir enlouquecendo, ao perceber que continuamos a fazer as mesmas coisas que fazíamos antes, apesar de ele dar mostras de estar cada vez mais irritado connosco...

(Fotografia de Luís Eme - Céu)

segunda-feira, junho 10, 2024

Camões do Tamanho de Portugal


Luís de Camões é, sem qualquer dúvida, o nosso grande poeta da história. 

Sei que há Fernando Pessoa, mas não nos devemos esquecer que Camões é do século XVI...

Por hoje ser aquele dia que é muitas coisas, até Dia de Portugal, a melhor combinação continua a ser o Dia de Camões.

E nada melhor que esta fotografia tirada na Feira do Livro, para homenagear o nosso Poeta, que além de excepcional vate, via melhor com um só olho que muito boa gente com dois...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, abril 28, 2024

O que encontro de mais parecido com este tempo erróneo...


Este tempo anda de tal forma baralhado e enigmático, que farta-se de "trocar as voltas" aos meteorologistas.

Aquilo que encontro de mais parecido, por aqui, na Terra, são os políticos (de todos os continentes e quadrantes...). O que mais nos oferecem é instabilidade, errando com demasiada facilidade nas suas previsões e esquecendo as promessas feitas antes dos votos.

É um mal geral, não é apenas dos nossos: do "saloio", do "lento", do "mentiroso", do "chico-esperto" ou do "fala-barato"...

É caso para dizer que até a Chuva e o Sol, nos andam a tramar...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


terça-feira, abril 23, 2024

Cada vez ligo menos aos dias disto e daquilo...


Não devia dizer isto (é de livros que se trata), mas cada vez ligo menos aos dias disto e daquilo.

Não foi por isso, mas, consegui, sem esforço, não ler nenhuma página de um livro, e melhor ainda, não comprei também nenhum livro. Mas evitei passar em frente da "Bertrand", podia estar alguém por ali e chamar-me...

A única coisa que fiz de "condenável", foi pegar em vários livros, para os mudar de lugar (estava distraído e...).

O maia curioso, foi a meio da tarde, ter-me cruzado com uma jovem com a pele morena de África, de óculos e com uma máscara pandémica a esconder-lhe parte do rosto, a caminhar e a ler.

Quando nos cruzámos, olhou para mim, talvez espantada, por perceber que olhava para ela e para o livro. Parecia uma jovem presa ao telemóvel, sem sequer olhar para o passeio. Felizmente era um livro que tinha nas mãos (devia ser dos bons...). Não a fotografei, porque dava demasiado nas vistas.

Pensei que não devia ligar aquele pormenor, até porque me cruzo com mais leitoras nos outros dias, que não têm livro como apelido. 

E não devia mesmo, porque para mim todos os dias são dias do livro, menos o dia de hoje...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


sexta-feira, março 08, 2024

Um oito de Março que continua a ser necessário...


Nunca pensei que o 8 de Março durasse tanto tempo, e que continuasse a ser tão necessário. 

De uma forma, ingénua (eu sei), pensei que seria possível em pouco mais de uma década, chegarmos à igualdade plena, de direitos e deveres, entre as mulheres e os homens.

Infelizmente a forma como a nossa sociedade aceita estas "desigualdades" (com muitas mulheres a serem as maiores inimigas das outras mulheres...), às vezes quase de mãos nos bolsos, faz com que se perceba que talvez se tenha de fazer mesmo, uma revolução (não se vai lá, com toda a certeza, com a oferta de flores ao dia oito do costume...).

Poderia falar de vários sintomas desta desigualdade, mas vou-me focar em apenas dois, que na minha opinião, são dos mais graves.

Começo pela diferença de ordenados para as mesmas funções, que continua a ser uma realidade no nosso complexo mundo laboral. Será muito difícil de eliminar (pelo menos no sector privado), enquanto o capitalismo reinar, de uma forma cada vez mais "selvagem", com a conivência dos governos, que se fingem democráticos e igualitários.

Mas o maior dos flagelos continua a ser a violência, que é exercida no próprio lar, por todos aqueles que se acham "donos" das mulheres que um dia desposaram. É uma vergonha para todos os homens, o número de mulheres que continuam a ser vitimas de violência doméstica no nosso país (muitas perdem a vida...). 

Isso explica muita coisa. Até o crescimento da extrema-direita...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


segunda-feira, dezembro 11, 2023

Os Diários de Torga e a Blogosfera (sem esquecer o Mar da Nazaré)...


De longe a longe pego num dos diários do Miguel Torga, e é sempre uma delícia ler as palavras deste grande escritor, um dos melhores século XX.

Há poucos livros que nos possam oferecer um retrato tão fidedigno do nosso país, como estes diários que percorrem os anos do salazarismo e marcelismo e estão escritos sem ter qualquer parcimónia, com os ditadores e esse tempo com tantas tonalidades de cinzento.

Quem como eu escreve diariamente nos blogues, no fundo alimenta um "diário digital", onde também quase tudo nos é permitido (tal como acontecia com Torga, embora as suas palavras sejam mais espaçadas, pois cada diário percorre  no mínimo cinco, seis anos). Felizmente não temos censores nem polícias de estado em volta (os "polícias do gosto" de agora valem e incomodam muito pouco...).

E Torga é muito assertivo nas suas palavras. Muito antes do norte-americano Mcnamara ter descoberto as ondas gigantes da Nazaré, já ele escrevia no Sítio (em Agosto de 1969): «Quando quero ver o mar, venho aqui. Não é grandeza que se olhe do rés-de-chão.»

(Fotografia de Luís Eme - Costa de Caparica)


sábado, novembro 25, 2023

25 de Novembro: o corte com os excessos da esquerda e da direita (que acabou por ditar também o regresso a "velhos hábitos"...)


Só as pessoas que não têm conhecimento da nossa história recente (ou que têm outros interesses, mais obscuros, como parece ser o caso do "alcaide" de Lisboa), é que podem querer comparar o 25 de Abril de 1974 com o 25 de Novembro de 1975.

O 25 de Abril é único. É o dia da revolução que devolveu a liberdade ao povo português, após quase 48 anos de ditadura. O 25 de Novembro é um movimento militar que procurou redireccionar o rumo da revolução, acabando com os excessos da extrema-esquerda (começaram a confundir liberdade com libertinagem) e da extrema direita (tentava dividir o país em dois, com acções violentas, especialmente na Região Norte).

O 25 de Novembro nunca foi festejado porque as pessoas que comandaram este movimento tinham consciência que a única vitória que conseguiram foi travar os excessos que se faziam sentir de Norte a Sul, ao mesmo tempo que colocaram o país de novo no rumo da democracia. Foi por que Vasco Lourenço,  Ramalho Eanes ou Melo Antunes, quiseram a ser apenas "Capitães de Abril" e nunca "Capitães de Novembro".

Infelizmente este novo caminho acabou também por ser aproveitado pelos meios mais conservadores (com a complacência do PS e do PSD...), com as grandes empresas e a banca a voltar, a pouco e pouco, para o controle das mesmas famílias que dominavam o país no Estado Novo, sem que Portugal obtivesse qualquer benefício com esta mudança. Sim, estas "famílias monopolistas", nunca se preocuparam com o crescimento e a modernização do país. A sua grande preocupação foi sempre o aumento do seu património e das suas contas bancárias...

São eles os principais responsáveis - a par dos muitos políticos medíocres do bloco central -, da nossa continuidade na cauda da Europa.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sexta-feira, outubro 20, 2023

Sem medo do mau tempo que se fazia sentir para cá e para lá do canal...


Ontem não era o dia mais recomendável para um daqueles encontros de amigos, que se encontram de longe a longe, para almoçar e confraternizar. Provavelmente foi por isso que aparecemos quase três dezenas, pouco temerosos com a Aline, mesmo sabendo que ela foi deixando marcas da sua passagem, de Norte a Sul.

O mais curioso destes convívios é nunca haver espaço para conversas tóxicas. Por alguns momentos esquecemos o pior da realidade e falamos apenas de nós, do que são e do que foram as nossas vidas, dando um relevo especial aos bons momentos que passámos juntos. 

São sempre agradáveis estas viagens no tempo, porque um lembra-se de um episódio, outro de outro, e daí a nada estamos todos a sorrir...

Sabemos que o passado não volta, mas mesmo assim, sabe-nos bem recordar os bons momentos que passámos juntos, e sentir que continua viva essa coisa boa a que normalmente chamamos, amizade.

(Fotografia de Luís Eme - Costa de Caparica)


sábado, setembro 02, 2023

Ainda bem que os livros transportam vários "demónios" dentro do seu mar de palavras


Hoje tive um dia calmo, leve. Ontem foi bem mais pesado. Hoje quase que não pensei. Ontem, pelo contrário, pensei bastante.

Pois foi, hoje não li uma linha do romance de Roth, que está quase no fim. Está aqui a resposta. Faz de conta que o tio Valentim tinha razão, quando dizia que os livros tinham demónios lá dentro., que não era das melhores coisas ler.

Comecei a sorrir sozinho, a dizer a mim próprio que gosto mais dos dias com livros. 

Ainda bem que os livros transportam vários "demónios" dentro do seu mar de palavras.

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


quinta-feira, agosto 31, 2023

Escreve-se sobre o tempo, porque vivemos dentro dele...


O Agosto vai-se embora e não me deixa muitas saudades.

Foi sempre um mês demasiado quente, tal como já tinha sido Julho. 

Quem como eu, é adepto dos climas temperados, com as temperaturas de Verão abaixo de 30 graus, bem pode mudar-se para as nossas Ilhas (emigrar para a Islândia é capaz de ser um exagero...). Já nem mesmo o microclima do Oeste - que aborrece tantos, devido aos nevoeiros matinais, que roubam dias de férias - é o mesmo dos outros anos...

Diz-se que fala e escreve do tempo, quem não tem mais nada para dizer, mas é mentira. Escreve-se sobre o tempo, porque vivemos dentro dele...

Nota: ao contrário do que se costuma dizer, o Sol quando nasce não é para todos. Nunca foi. É só para quem tem tempo e vontade de olhar para ele... Foi a legenda que me ocorreu para este nascer do Sol, fotografado da minha varanda desta Margem do Sul...

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


segunda-feira, agosto 14, 2023

A Ponte é uma Passagem para as Férias


Percebe-se nas ruas da cidade que há menos movimento.

Não é apenas este Sol, pois ele anda abrasador há pelo menos um mês, mais dia menos dia.

Conversa que se vai ouvindo daqui e dali e percebe-se que é coisa do calendário, de um 15 de Agosto que calha a uma terça e da malta que antecipa as férias em um dia e começa a fazer contas a partir de sexta à tarde, ganhando mais uns dias de descanso (se contarmos com o tal fim de semana...). 

Claro que são uns contas que podem não bater certo, mas isso é o menos importante. Sabe tão bem pensar que se vai trabalhar mais tarde e que se "deu meia-volta ao patrão"...

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


sábado, abril 29, 2023

«Eles sabem como nos atacar, nós fingimos não saber como nos defender.»


Desde quinta-feira que recebo mensagens do grupo que quase conseguiu transformar o "Dia do Trabalhador" no "dia do consumidor", com os famosos descontos de cinquenta por cento, que fizeram as delícias de todos aqueles que aproveitam todas as oportunidades de fazerem "excelentes negócios" (uns por necessidade outros por vício...).

Na época, lembro-me do Orlando nos dizer uma coisa que se tornou, ano após ano, ainda mais óbvia: «Eles sabem como nos atacar, nós fingimos não saber como nos defender.»

E como nos esquecemos que só "unidos é que venceremos", agora todas as grandes superfícies comerciais fazem o mesmo, enfiando o "Primeiro de Maio" em qualquer caixote que esteja à mão. 

Aliás, esta gente detesta a palavra trabalhador, gostar de lidar é com "colaboradores" (seja lá o que isso for). E parecem estar certos, porque estes colaboram mais e reivindicam menos...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, abril 23, 2023

Um Livro Especial, num Dia Especial...


Aproveito a comemoração do Dia Mundial do Livro, para falar de um livro especial, pela forma viva como o seu autor nos relata as suas memórias da infância, adolescência e começo da idade adulta, vividas numa África que parece muito mais multicultural, do que era de facto.

Falo da  "Crónica de África" de Manuel S. (de Santos...) Fonseca, cuja escrita é tão intensa que nos faz "estar (quase) lá", nas ruas de areia vermelha, a assistir de camarote às aventuras daquela juventude inquieta e colorida.

Estas bonitas memórias estão cheias de gente boa e de lugares inesquecíveis (para o Manuel...), que por vezes se misturam com os "filmes das nossas vidas", com a mestria do senhor Fonseca, que respira cinema por demasiados poros (e ainda bem...), sem nunca perder o sentido e o humor nesta sua escrita brilhante.

Como leitor, é sempre uma maravilha ler um livro que é aberto sempre com redobrado prazer e por muito que queiramos, não conseguimos "eternizar" a sua leitura.

Esta obra tem ainda outra virtude, como se alimenta de memórias, também mexe e remexe com as nossas, levando-nos a registar um ou outro episódio, que estavam esquecidos, num canto qualquer dentro de nós...


domingo, abril 09, 2023

Aquilo que Faz parte do Conjunto da "Missa dos Domingos"...


Não precisei de ver fotografias de infância para me recordar de como a mãe gostava de nos vestir na infância, com roupas iguais (tanto no Verão como no Inverno...), como se eu e o meu irmão fossemos gémeos, apesar da diferença de dois anos e alguns meses.

Não devem existir retratos de casamento em que não estejamos completamente "maninhos"...

Lembrei-me disto com um sorriso. Deve ter sido logo no começo da adolescência que conseguimos acabar com este hábito, de uma forma pacífica. O 25 de Abril também deve ter dado algum contributo (eu tinha onze anos e o meu irmão treze...), e ainda bem.

Às vezes penso que há quase cinquenta anos que não tenho "fato de domingo". Embora isso seja terrivelmente libertador, também me faz pensar que esta coisa de tornarmos os dias todos quase iguais, faz com que muitas vezes sinta que não aproveito os domingos da melhor maneira.

Claro que me causa no mínimo "enfado", ver as pessoas das múltiplas religiões, todas bonitinhas no sétimo dia da semana, preparadas para essa coisa boa nas suas vidas, que chamamos a "missa dos domingos"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, abril 01, 2023

Um Dia Quase Banalizado


Há muitos, muitos anos, havia sempre curiosidade em volta dos jornais - e até da televisão - para se descobrir qual era a "brincadeira do dia primeiro de Abril" escolhida e ensaiada. O giro da questão, é que havia mesmo quem conseguisse surpreender os leitores.

Infelizmente, tem-se banalizado tanto a "mentira", que é cada vez mais difícil surpreender os leitores e os espectadores.

Pois é, talvez este seja um daqueles dias que foi perdendo sentido, graças a muitos especialistas da criação de factos. Curiosamente, um dos maiores criativos dos últimos 40 anos, no panorama político, hoje é Presidente da República...

(Fotografia de Luís Eme - Niza)


terça-feira, março 28, 2023

Chegar "Ligeiramente" Atrasado ao Teatro...


Este título é quase mentiroso, porque as coisas não aconteceram assim. Não foi ao "teatro" que cheguei atrasado, mas sim ao "Dia Mundial do Teatro", que se festejou ontem.

É por estes pequenos pormenores que nos apercebemos que ainda não acertámos todos os passos, há coisas que ainda ficam para trás, esquecidas.

Curiosamente, na madrugada de 27 acordei bastante cedo e ainda na cama comecei a escrever o que poderiam ser duas peças de teatro (vieram duas ideias quase em simultâneo...), no caderno da "teatrices". É provável que não avancem muito (tem acontecido muito com este género literário, penso muitas vezes que era muito mais fácil ter uma ligação qualquer a uma companhia, mesmo amadora, e escrever um pouco de acordo com o que eles querem experimentar no palco...).

Mas não são coisas que me chateiem muito. Escrevo porque me apetece, porque algumas ideias vêm ter comigo. Se "morrem" quase à nascença, é porque não vieram com força suficiente, para se aguentarem "no mundo"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


terça-feira, março 21, 2023

"Éramos uma Invenção tão Boa"


Éramos uma Invenção tão Boa
 
 
Eles amputaram
As tuas coxas das minhas ancas.
Tanto quanto sei
São todos cirurgiões. Todos eles.
 
Eles desmantelaram-nos
Um ao outro
Tanto quanto sei
São todos engenheiros. Todos eles.
 
Que pena. Éramos uma invenção
Tão boa e tão amável.
Um aeroplano feito de um homem e de uma mulher.
Com asas e tudo.
Pairávamos ligeiramente por cima da terra.
 
Até voávamos um pouco.
 
 
Yehuda Amichai

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


segunda-feira, março 20, 2023

A "Prima Vera" Acabou de Chegar...


Durante anos e anos, o dia 21 de Março festejava o começo da Primavera, e também os dias da Árvore e da Poesia por esse Mundo fora.

Até que a ciência disse que afinal a Primavera chegava ligeiramente mais cedo, ainda a 20 de Março...

Felizmente a Primavera não floresce apenas os campos, que ficam mais bonitos e cheirosos. As ruas também ficam mais coloridas porque com o aumento da temperatura, as mulheres começam a tirar os vestidos dos armários e saem de casa, mais leves e floridas...

(Fotografia de Luís Eme - Constância)


quinta-feira, março 09, 2023

No dia nove volta tudo ao normal...


Já devo ter escrito alguma coisa parecida, porque este meu sentimento não é de agora, é de sempre.

Sempre me fez confusão que a Mulher aceitasse esta coisa esquisita de só ter um dia por ano, para "festejar e ser festejada".

E tanta hipocrisia que se liberta por esse mundo fora, em discursos, sorrisos, abraços, beijos, prendas (as floristas e as chocolateiras agradecem...) e promessas, tantas promessas. 

Pois é, fazem-se sempre muitas promessas, daquelas de um só dia...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)