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quarta-feira, novembro 06, 2024

E esta? Afinal correu tudo bem...


Como devem calcular não estou a falar das eleições nos EUA (é um problema sobretudo dos norte-americanos, das maiorias - mulheres - e das minorias - latinos e pretos - que votaram no "homem cor de laranja". Além disso sei que ele não vai fazer todas aquelas coisas estúpidas que prometeu fazer na campanha...).

Estou a falar, sim, de Ruben Amorim, que já é o melhor treinador português da actualidade. E será, com toda a certeza, dentro de dois ou três anos, o nosso melhor de sempre.

Sei que só alguém muito, muito especial, serias capaz de dar a "volta por cima", perante um cenário desportivo, que tinha tudo para correr mal (ser "obrigado a ficar" e dirigir a equipa em três jogos, depois de assinar por outro clube...).

Mesmo não sendo "lagarto", estou grato a Ruben Amorim, por ser diferente, para melhor, da maior parte dos treinadores, e mesmo assim ganhar. 

Basta pensar que é o único treinador português do lote dos nossos cinco melhores, que nunca se desculpa ou fala de arbitragens, quando perde jogos, ao contrário de José Mourinho, Jorge Jesus, Abel Ferreira ou Sérgio Conceição.

Embora seja difícil, tenho a esperança de que um dia o Ruben volte ao Benfica...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, outubro 30, 2024

Quando "o Feitiço se vira contra o Feiticeiro"...


Por estes dias, o Manchester United está a fazer ao Sporting, o mesmo que este fez ao S. Braga, há mais de quatro anos: "compra" Ruben Amorim, pagando a respectiva cláusula de rescisão. E ponto final.

É apenas mais um bom exemplo de que adoramos fazer aos outros, coisas que não gostamos que nos façam a nós...

E como nos diz, muito bem, a sabedoria popular: "o feitiço virou-se (mais uma vez) contra o feiticeiro". 

Todos aqueles que dizem que este caso não é comparável, falam com o coração e não com a razão, o que até é perfeitamente legitimo num adepto de futebol.

Já o mesmo não se pode dizer dos gestores profissionais do clube. É por isso que não percebo toda a carga dramática que os dirigentes do Sporting estão a colocar no balneário, no treinador e nos jogadores, quando se percebe que a cabeça do técnico já está em Inglaterra. 

Em vez de se desenvencilharem do "problema", o mais rapidamente possível, estão a fazer os possíveis para que ele deixe cada vez mais marcas na equipa, colocando em causa, tudo, até o primeiro lugar que ocupam no campeonato...

(Fotografia de Luís Eme - Beira Baixa)


segunda-feira, agosto 12, 2024

O ouro inesperado de dois grandes campeões


A primeira imagem que me ficou gravada, depois da vitória inesquecível de Iúri Ribeiro e Rui Oliveira, na competição de ciclismo de pista, foi a alegria genuína dos dois jovens, para quem o sonho do ouro olímpico, era isso mesmo, apenas um sonho.

Mas felizmente há sonhos que se tornam realidade.

Claro que só se tornam realidade, quando se consegue lutar até à exaustão por eles, com espírito de sacrifício, inteligência e com a sorte dos campeões.

E foi isso que o Iúri e o Rui fizeram. 

E depois foi um espectáculo, dentro de outro espectáculo, protagonizado por quem ainda não acreditava no que tinha acontecido. 

Vou ainda mais longe, nunca tinha visto ninguém a cantar o hino de forma tão emotiva e feliz, depois de terem recebido as medalhas.

(fotografia de autor desconhecido retirada do site do "Record")


quinta-feira, junho 27, 2024

As habituais contradições do dia seguinte...


Não tinha pensado escrever sobre a Selecção e sobre o Europeu, por sentir (como de costume...), que as espectativas estavam demasiado altas.

E continuo a pensar, que não há nada melhor que uma derrota, para colocar toda a gente com os pés no chão. Claro que não é preciso viajar do 80 ao 8, nem os "bestiais" passarem a "bestas", em apenas noventa minutos... Muito menos que o senhor Martinez passe a ser apenas o "espanhol" (sim, com letra minúscula).

Continuo a pensar que não somos a melhor Selecção da Europa. Mas também acredito que tudo é possível, basta que a sorte fique no nosso lado (o que não aconteceu ontem, além das ofertas que fizemos, o árbitro também era do clube dos que "não gostam do Ronaldo" (é a única explicação para não marcar o penalty das puxadelas da camisa...).

Só espero é que os jogadores pensem como eu. Faz muito mal a qualquer equipa, achar que são "os melhores da europa", antes de jogarem. 

É muito importante respeitar os adversários.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, novembro 30, 2023

Prémios enfiados dentro de "nuvens cinzentas"...


De longe a longe apanho uma ou outra notícia (antigas e raras...) de gente que recusou prémios, normalmente literários, por não os considerar justos... ou apenas por aparecerem tarde demais... 

Antes de Abril não se dava qualquer destaque a estes acontecimentos (bendita "censura", que até protegia os júris dos "prémios literários"), assim como a outros que fossem passíveis de provocar polémica na nossa "santa terrinha".

Lembrei-me disto e doutras coisas, quando cheguei a casa, depois de ter passado pela pista de atletismo municipal e perceber que agora tinha um patrono, que estava longe de ser a grande figura da modalidade no concelho de Almada (vou escrever sobre isso no "Casario").

O mais curioso é que durante a tarde tinha-me deparado com uma entrevista (já com uns anitos) de Rodrigo Guedes de Carvalho, em que ele diz: «O meio literário é uma nuvem cinzenta, sem rosto, cheia de sussurros, uma casta que manobra, que atribui prémios ou que se insinua junto de agentes para traduções e que vai de alguma forma impondo uma ideia do que é bom e do que é mau, sem que ninguém lhe tenha perguntado nada.»

Apeteceu-me sorrir quando recordei um escritor amigo, que já não está entre nós, que me contou da sua felicidade quando recusou um prémio literário, com alguma importância, por sentir que este já chegava tarde demais. Disse-lhes que não precisava nem queria aquele prémio para nada. Mas eles fingiram que não se tinha passado nada e deram o prémio a outro autor, que deve ter ficado feliz da vida...

Sei que isto diz muito de nós, pois nem na atribuição de prémios, ou de outras honrarias, conseguimos ser dignos e justos. Privilegiamos mais a amizade e o compadrio, que a qualidade...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


terça-feira, setembro 19, 2023

O outro lado do futebol (com pessoas como nós)...


Felizmente o futebol às vezes consegue escapar ao negócio e a toda a clubite doentia, que o suja e empobrece.

Hoje deixou-nos um treinador brasileiro, que tive a felicidade de conhecer e de ouvir excelentes histórias de um futebol que já não existe, o grande (em tamanho e em qualidade humana) Marinho Peres. 

E depois acabei por me lembrar de outro excelente treinador (que também foi um grande jogador, internacional, como o Marinho...), o Jaime Graça, que também me contou vários episódios inesquecíveis, dos seus tempos de atleta e também de técnico. Estupidamente o Jaime nunca pode demonstrar o seu real valor como treinador. Foi como se o seu nome tivesse sido "vetado" na primeira divisão dos nossos campeonatos... 

Fingiu que não se sentiu incomodado ou injustiçado, por saber que havia coisas mais importantes que o sucesso (sucesso que conheceu muito bem como jogador, pois fez parte da selecção dos "Magriços", que obteve o excelente 3.º lugar no Mundial da Inglaterra e foi um dos grandes jogadores do Benfica dos anos sessenta...). E depois fez um trabalho notável no futebol juvenil do Benfica..

E por falar em "sucesso", fiquei muito feliz por o João Félix estar a brilhar no Barcelona (hoje marcou mais dois golos...) e demonstrar que os vários problemas que enfrentou no Atlético Madrid, tinham pouco a ver com o seu valor como futebolista...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, setembro 10, 2023

A ignorância "atrevida" e "burra" televisiva (cada vez mais normal)...


Logo que ouvi pela primeira vez a notícia, pareceu-me estranha, até pela marca obtida ser demasiado vulgar. Refiro-me ao recorde dos 10.000 metros tão badalado hoje nas televisões, porque finalmente Samuel Barata tinha batido o recorde nacional desta distância (com 27.45,00")  de Fernando Mamede.

Como fiz atletismo e gostava de estatística, tinha algum conhecimento sobre as melhores marcas nacionais de praticamente todas as disciplinas. Com o passar dos anos, fui-me afastando da modalidade, mas não ao ponto de perceber que estava a ouvir uma "burrice" nos vários canais televisivos que anunciavam o dito recorde.

Consultei a lista dos recordes nacionais e das melhores marcas e verifiquei que estava certo. Ou seja, estava a dar-se relevo a algo que nunca teve grande importância, que são os tempos obtidos em provas de estrada (se excluirmos a maratona...). E isso acontece porque há diferenças substanciais entre os vários percursos, que podem ser mais - ou menos - favoráveis a que se obtenham grandes marcas. Isso acontece por exemplo nas maratonas. Há duas ou três maratonas espalhadas pelo Mundo que são as onde se conseguem melhores resultados, e por essa razão são as mais procuradas pelos atletas...

Ou seja, o verdadeiro recorde de Portugal dos 10.000 metros, nem sequer pertence a Fernando Mamede. É de António Pinto e foi obtido em 1999, com 27.12,47". A segunda e terceira melhor marcas pertencem a Fernando Mamede e a Carlos Lopes, obtidos na mesma prova realizada a 2 Julho de 1984, que toda a gente que gosta de atletismo se deve recordar. Carlos Lopes estava isolado, quando Fernando Mamede faz uma parte final de prova incrível e além de passar Lopes, bateu o recorde Nacional e o recorde do Mundo (que nessa prova também foi batido por Carlos Lopes...). Mamede conseguiu a excelente marca de 27.13,81" e Lopes, 27.17,48". E ainda existem duas outras marcas com tempos inferiores ao de Samuel Barata, em pista, as de Domingos Castro (27.34,53", obtida em 1993) e de Dionísio Castro (27.42,84" em 1988).

Sem pretender desvalorizar o valor de Samuel Barata, sei que está longe da qualidade atlética destes cinco fundistas portugueses citados (na sua época eram dos melhores do Mundo)...

Se queriam noticiar este feito, não deviam falar em recorde, mas sim em melhor marca. E sem se esquecerem de dizer que tinha sido obtido numa prova de estrada, que continua a estar longe de ter a credibilidade dos tempos realizados numa pista de atletismo.

Estranho não ouvir ninguém da FPA (Federação Portuguesa de Atletismo) a manifestar-se sobre esta notícia. 

(Fotografia de Luís Eme - Óbidos)


sábado, junho 03, 2023

"O Planeta Ronaldo" continua a dominar a Selecção


Quando as pessoas ocupam um novo cargo, devemos-lhe alguma condescendência, quanto mais não seja por estas ainda estarem a "conhecer os cantos à casa".

Só que por vezes, logo nos seus primeiros discursos, descobre-se ao que vêem. Isso percebeu-se com alguma nitidez quando só faltou ao novo seleccionador de futebol dizer-nos: "não se preocupem, que eu não vou mudar os 'cantos à casa', a equipa que joga continua a ser Ronaldo e mais dez".

Se o faz por uma questão de sobrevivência, é no mínimo triste. Se o faz por ter problemas de carácter, a história ainda é pior.

Pensava que com a chegada de um novo seleccionador, entrava-se num tempo novo, colocando todos os jogadores no mesmo patamar, acabando com as histórias de existirem "donos da selecção", ou que esta não passava do "clube dos amigos do ronaldo".

Infelizmente o seu começo diz-nos o contrário. Mudou-se o nome do homem, mas continua tudo igual.

Não sei se o João Mário conseguiu colocar o "dedo na ferida". Mas o exemplo que deu, para justificar o seu abandono, é contundente. Quando se está na melhor forma de sempre e só se entra no último minuto de um jogo "quase a feijões" (estamos a falar de um jogador com mais de 50 internacionalizações e não de um estreante...), percebe-se que aquele não é o nosso lugar, que aquela não é a nossa selecção. E embora seja benfiquista, também continuo a não perceber como é um jogador como o Pedro Gonçalves, continua a não ser escolhido para os 25 ou 26...

Tudo isto para dizer que gosto pouco do discurso de pessoas como o senhor Martinez, que tentam agradar a gregos e a troianos.  E tem sempre uma "resposta para tudo" na manga, "politicamente correcta" (como convém...), para justificar as suas opções.

A sorte dele, é ter alguns dos melhores jogadores do mundo. E como já se percebeu, ele não é de "inventar muito", pelo que o difícil é não ter sucesso.

Mas é triste que a selecção continue a não ser "de todos nós"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, dezembro 29, 2022

O Adeus ao Verdadeiro Rei...


Pelé deixou-nos hoje.

Ao contrário de Maradona, Ronaldo Nazário, Messi ou Cristiano Ronaldo, Pelé foi considerado o "melhor futebolista de todos os tempos", enquanto andou a espalhar magia pelos estádios de futebol do mundo inteiro.

E isso não aconteceu por falta de concorrência. Foi contemporâneo de Eusébio, a nossa "pantera negra", e também de Johan Cruyff, que chegou a ser apelidado do "pelé branco", que também foram extraordinários futebolistas e fazem parte da história do "Desporto-Rei".

Não sei se a elegância, a beleza e a espectacularidade dos gestos técnicos de Pelé se ficaram a dever ao facto de o futebol do seu tempo ser mais lento, sei que nunca existiu um futebolista tão completo como ele. Usou os dois pés e a cabeça como mais ninguém, na arte de marcar golos.

É provável que se o futebol fosse uma disciplina do circo, Maradona e Messi, o suplantassem, mas só mesmo na "arte circense", com dribles para todos os gostos e outros truques que arrebatam plateias.

Mas não é.

E é por isso que não tenho qualquer dúvida que Pelé foi, e é, o verdadeiro Rei do "Desporto-Rei".

(Fotografia de autor desconhecido)


terça-feira, dezembro 06, 2022

Coisas Normais num Mundo quase Estranho...


Num mundo ligeiramente mais perfeito falava-se de muitas outras coisas, para além de Cristiano Ronaldo, que todos sabem que já não é um rapaz de 20 anos.

E seria uma coisa perfeitamente normal, um jogador já com 37 anos, começar o jogo no banco dos suplentes, resguardando-se para aquela que pode ser a fase decisiva da partida, que até pode ter prolongamento, como aconteceu no Espanha-Marrocos.

Não sei o que é que se passa com o nosso seleccionador, mas é uma coisa estranhíssima (segundo o seu historial...), dar a titularidade a Gonçalo Ramos, mesmo que ele tenha sido o nosso melhor avançado durante esta campanha (Rafael Leão e André Silva pareceram "corpos estranhos", na selecção, nos momentos em que jogaram...).

Acredito que com esta equipa iremos vencer o jogo.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sexta-feira, outubro 21, 2022

Quase no final de 2022 percebe-se que Cristiano Ronaldo, afinal, sempre é Humano...


Cristiano Ronaldo desde o começo da época que tomou opções, que tinham tudo para acabar mal, como parece que irá acontecer (é quase impossível reverter a sua situação em Manchester...) num futuro próximo.

A única solução que iria conseguir "apagar" a sua ausência na pré-época, seriam os golos. Só que eles não têm aparecido. Só eles é que teriam conseguido derrotar a "arrogância" do novo técnico holandês.

E é aqui que se percebe que, afinal, Cristiano Ronaldo sempre é humano. Não tem nada de "extra-terrestre", como se chegou a insinuar. Também tem fragilidades, comete erros, não é perfeito. 

Mas tem um passado, que fala por ele (ou pelo menos devia falar...).

Infelizmente o treinador do M. United não tem qualquer respeito pelo passado e presente de Cristiano Ronaldo. Até se fica com a sensação que só aceitou ficar com Ronaldo no clube, para lhe "dar uma lição", para lhe explicar que é ele que manda na equipa e que só joga quem ele quer.

Ao contrário de muitos, tenho a convicção de que Cristiano Ronaldo não está "acabado" para o futebol, mas terá de ser mais inteligente a gerir este final de carreira. Caso contrário, arrisca-se a ter de ir para as Arábias ou Américas e acabar a carreira de futebolista (sem qualquer dúvida, um dos cinco melhores do mundo de sempre) na sombra...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


segunda-feira, setembro 05, 2022

Cristiano Ronaldo e a Tentativa do seu "Assassinato Futebolístico"


Quando qualquer pessoa famosa ou poderosa, tem um momento infeliz na sua vida ou começa a cair em desgraça, por qualquer motivo, percebe que o "ódio" fica mesmo na porta ao lado do "amor".

Cristiano Ronaldo já tinha experimentado mais do que uma vez, essa vertigem tão comum no futebol, de se passar de besta a bestial, em apenas um minuto, mas não deve ter imaginado que era tão invejado e odiado, especialmente pelo "mundo" que se alimenta cada vez mais de especulações e menos de notícias.

Sem lhe perguntarem para onde queria ir jogar, colocaram-no em quase todos os continentes. E também em clubes, mais e menos importantes. Alguns tiveram o cuidado de dizer, "Cristiano Ronaldo, não obrigado", como aconteceu na Alemanha, por exemplo. Outros devem ter ficado tão surpreendidos com as notícias como Cristiano. No último dia de mercado, quase em desespero, por perceberem que ele ia ficar mesmo em Manchester, ainda o "empurraram" para a Turquia, mas quase em jeito de piada. O Sporting não escapou a esta polémica, nem o seu treinador, Ruben Amorim, que até foram capazes de escrever e dizer que se o Ronaldo viesse, ele se demitia... Inteligente e frontal como Ruben é, não teve qualquer problema em dizer que tudo aquilo era mentira, que o jogador nunca fora sequer discutido como hipótese para o clube de Alvalade (o que qualquer pessoa inteligente percebe, pelos valores envolvidos...).

Nunca se foi tão longe na divulgação de mentiras, como neste mercado futebolístico. É evidente que Cristiano nunca iria jogar para o Atlético de Madrid, depois de jogar no Real, tal como não fora na época passada para o Manchester City, nem nunca iria para o Benfica...

Nesta tentativa de "assassinato futebolístico" de Ronaldo, estranhei o "silêncio ensurdecedor" do seu empresário, que não deu um único passo em sua defesa. E também não fazia ideia que havia tantos comentadores desportivos ingleses que não o suportavam.

Apesar de ter de lutar contra "tudo e todos", espero que o Cristiano volte rapidamente aos golos e dê a resposta certa dentro dos relvados a todos aqueles que o detestam e querem ser eles a decidir o fim da sua carreira do melhor jogador português de todos os tempos.

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


quarta-feira, agosto 10, 2022

Fernando Chalana (1959-2022)


Fernando Chalana deixou-nos hoje. 

Foi o maior génio do futebol que a minha geração teve o prazer de ver nos estádios. A baixa estatura nunca foi um problema para ele. Além de ser um dos futebolistas mais rápidos e inteligentes com a bola nos pés, tinha uma coisa fundamental para um jogador, corria sempre em frente, na direcção da baliza. Embora fosse dos melhores tecnicamente, não perdia tempo com rodriguinhos. Era senhor para "sentar" os adversários na relva, mas sem perder de vista a baliza e os seus companheiros melhor posicionados para fazerem golo, a razão da festa do futebol.

Cresceu ainda no tempo que o "futebol era a brincar", em que o profissionalismo deixava muito a desejar. A sua genialidade fazia com que fosse um dos "alvos" preferidos dos defesas adversários. E como tal acabou por ser fustigado por muitas lesões, algumas graves, que acabaram por comprometer a sua carreira, que poderia ter (e bem merecia) um final bem mais feliz.

O exemplo de Fernando Chalana (tal como aconteceu com Eusébio), diz-nos, mais uma vez,  que a genialidade e a simplicidade podem coabitar com sucesso, tanto na vida como no desporto. E ainda bem.

(Fotografia de Autor Desconhecido)


sábado, junho 04, 2022

Quando uma Pessoa Justa Comete Injustiças...


Como sei como fomos Campeões da Europa (com muita sorte e  muitas orações à "senhora de fátima"...), nunca endeusei Fernando Santos, que embora reconheça que é um excelente líder e ser humano, também sei que tem algumas limitações a nível técnico, táctico e na leitura de um jogo de futebol. 

Não é por acaso que a sua Selecção  nunca conseguiu jogar um futebol atractivo, próximo do nível da qualidade dos futebolistas, que são dos melhores do mundo. Penso que não se trata apenas de um problema de Santos ser um "resultadista", mas sim, de não conseguir (vá-se lá saber porquê...) colocar os jogadores nas posições onde se sentem mais confortáveis e obtêm maior rendimento.

Mas não é disso que quero falar. Quero falar sim, do facto de ele ser um homem bem formado e justo e mesmo assim ter cometido uma grande injustiça a um dos melhores guarda-redes do mundo: o nosso Rui Patrício.

Nunca percebi (nem irei perceber...) porque razão tirou o Rui da equipa para colocar Diogo Costa como titular na baliza (não sei se houve pressões do FC Porto, por o jogo onde ele se estreou como titular ter sido o Estádio do Dragão, mas acho que já passámos essa fase, em que alguns dirigentes escolhiam os jogadores que iam à selecção...). 

Embora o Diogo seja um belíssimo jogador, está longe de ter a experiência e a maturidade de Patrício. E como isso se notou em mais um jogo que merecíamos ter perdido (ainda bem que não há justiça no futebol...), com a selecção espanhola.

É possível que ainda haja quem faça muitas orações à "senhora de fátima" e acenda velinhas, no seio da Selecção...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, junho 01, 2022

A Empatia e as "Primeiras Impressões" em Relação ao Outro...


Ontem quando estava a ver o o jogo de ténis do apuramento para as meias-finais do Roland Garros (uma final antecipada...), entre Rafael Nadal e Novak Djokovic, que durou mais de quatro horas, pensei porque razão, estava eu ali, em frente do ecrã, a querer tanto que Nadal vencesse Djokovic. O que acabou por acontecer.

Não é pela proximidade geográfica. Provavelmente, será sim, por conhecer o passado de ambos e perceber que Nadal, por razões de saúde, terá mesmo de abandonar os grandes palcos deste espectáculo fascinante, que é ténis, ao mais alto nível, brevemente. Isso fez com sentisse que seria notável se o espanhol se despedisse de Paris com uma vitória (onde é o recordista de vitórias no torneio, "treze"...).

Outro exemplo é o que acontece na fórmula um, onde não consigo gostar de Max Verstappen. Começa logo pelo seu rosto, que me inspira tudo menos confiança. E depois passa também pelas suas atitudes nas pistas. Prefiro de longe a postura de Leclerc ou de Hamilton.

O mais curioso, é que esta maior ou menos simpatia, rege-se sobretudo pelo conhecimento exterior, pelo que olhamos na televisão, pelas notícias que lemos. Max não tem a culpa de ter nascido com aquele ar estranho e até pode ser boa pessoa fora do circuito da fórmula um...

Mas as coisas são o que são. E muitas vezes deixamo-nos levar pelas "primeiras impressões", que podem ser "falsas como judas"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, março 31, 2022

O Exemplo de Cristiano Ronaldo que Fica...


Penso que o Cristiano Ronaldo é o primeiro grande "astro" do futebol que conseguiu ser um exemplo para os jovens, em todos os campos. Além de ser um superdotado, tecnicamente, fez questão de se afirmar como atleta extraordinário, procurando sempre a superação (nunca ninguém bateu tantos recordes no mundo do futebol como ele, nem mesmo Messi...). 

Antes de Ronaldo, o normal era os melhores jogadores não gostarem muito de treinar, dando maus exemplos de profissionalismo, dentro e fora dos estádios (não prescindiam das noitadas com álcool e companhias femininas...). Eram quase sempre tolerados pelos treinadores por serem "fora de série", com a capacidade de decidir os jogos, com um ou outro lance de génio.

O futebol do nosso tempo tornou-se de tal forma exigente, que quase que já não há espaço para estes jogadores. É também por isso que os jovens seguem sobretudo o exemplo de Cristiano, e não o de Neymar (talvez o último grande jogador, que conseguiu ser um dos melhores, apesar de gostar mais de "samba" que de treinar...). Sabem que a exigência do futebol actual não se compadece com a gente que "brinca apenas com a bola"...

Ao Neymar poderei juntar também os exemplos de Hazard e de Bale, no Real Madrid. São grandes jogadores, mas poderiam ter sido muito melhores, se fossem bons profissionais. São um bom exemplo de que quem treina mal, acaba por sofrer mais lesões, "perdendo o comboio", onde Ronaldo e Messi se passeiam há mais de uma década.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


terça-feira, março 22, 2022

Lidar com "Primas Donas" no Futebol


Embora saiba que o futebol está longe de ser o tema mais apreciado pelos amigos do "Largo", ando há já algum tempo para escrever sobre os efeitos da presença diária de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi nas suas equipas (dentro e fora dos relvados).

Já se percebeu, que nem todos os técnicos têm estrutura mental para conseguirem lidar diariamente com jogadores considerados os "melhores do mundo". Não é por acaso que há vários treinadores que se recusam a tê-los como seus jogadores nesta fase final das suas carreiras (segundo alguma imprensa, Allegri regressou à Juventus na condição de Cristiano sair...). Isso não acontece por eles serem "maus rapazes", mas sim para não terem de lidar com tudo os que rodeia, com a pressão diária da comunicação social, que passa o tempo a "inventar" casos. Uma simples careta de Messi ou de Cristiano (que pode ser provocada por mau estar físico ou por terem acordado ao contrário) pode ser motivo para as maiores especulações.

Penso que quem treina jogadores deste nível (e em final de carreira...), não deve ler jornais nem ver programas de radio ou televisão. Deve conseguir "escapar" de todo o género de influências negativas (há comentadores que são capazes de anunciar a "morte" tanto de um como de outro jogador, vinte vezes por época, sem que alguém os coloque em causa...).

Por estarem em "curva descendente", os treinadores além de extremamente inteligentes, têm de pensar em primeiro lugar no que é melhor para as suas equipas. Ou seja, além de lhes darem a importância que eles realmente têm (não podem ser tratados como outro jogador qualquer...), devem conseguir extrair o melhor das suas qualidades, em favor das suas equipas. E para isso acontecer, tanto o Cristiano como o Messi, devem jogar nas posições onde se sentem mais confortáveis e podem obter mais rendimento.

Claro que um treinador como Mourinho, por exemplo, que se acha sempre a figura mais importante do clube que treina, nunca conseguirá lidar da melhor maneira com estes "deuses terrestres". Vai sentir-se sempre ameaçado por não ser a "estrela da companhia". 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sexta-feira, dezembro 03, 2021

Cristiano Ronaldo e José Mourinho, entre a Inveja e a Memória Curta


Sei que entre nós ainda há a tendência a achar que "o que é de fora é que é bom", é por isso que ainda há pessoas que se fingem pouco convencidas com a qualidade futebolística de Cristiano Ronaldo e de José Mourinho, que fazem que sejam dos melhores do mundo na sua profissão.

Não sei o que é que Cristiano Ronaldo ou José Mourinho precisam de fazer mais, para convencer toda esta gente invejosa e de memória curta, que adora "pintar-lhes a manta" de cores pouco garridas.

Bastava-lhes os críticos de Espanha, Itália ou Inglaterra, que passaram (e passam...) o tempo a questionar as suas qualidades e à procura de polémicas (o que lhes custa ver um português no topo do mundo...). 

Cristiano Ronaldo, por se encontrar mais próximo dos holofotes, obriga, domingo sim domingo não, os seus "coveiros" ingleses (antes foram os espanhóis e os italianos...) a engolirem as suas palavras e a terem de ficar de braços cruzados, desesperados, à espera que ele deixe de marcar golos e de bater recordes...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)

Adenda: Depois da derrota com o Sporting, apetece-me colocar o Jorge Jesus também aqui, porque é um grande treinador e talvez tenha mesmo de voltar para o Brasil, para se voltar a sentir "bem amado"...


domingo, novembro 14, 2021

Uma Triste Evidência


Sei que o nosso não apuramento directo da nossa Selecção para o Mundial, não vai alterar nada no seio da Federação, mas pelo menos posso desabar no meu "Largo".

É uma evidência que a Selecção Nacional nunca jogou um futebol, bonito e agradável com Fernando Santos. Nem mesmo quando foi Campeã da Europa. Mas nesta qualificação para o Mundial, apesar de ter melhores jogadores, conseguiu jogar ainda pior. 

Tal como aconteceu na maior parte dos jogos, senti que havia vários jogadores "perdidos" dentro de campo. E a culpa só pode ser do treinador ou dos ditos jogadores.

Por muitas desculpas que sejam dadas, com a sorte e o azar, os factos dizem-nos que nunca tivemos jogadores tão bons (muitos...) e uma selecção tão mediana. Há aqui qualquer coisa que não bate certo. 

É caso para perguntar: como é que é possível alguém conseguir desperdiçar tanto talento?

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


quarta-feira, outubro 06, 2021

O Sucesso Também se Explica...


Ontem ao fim da tarde estive a ver o "Futebol Total" (do canal 11, da FPF), que tinha sido transmitido no começo da madrugada.

Sei que uma boa parte das pessoas que visitam o "Largo" passam ao lado dos futebóis, mesmo dos de salão. Mas eu só me estou a referir a este programa futebolístico (não, não é desportivo...), porque o convidado da primeira parte foi o seleccionador nacional de futsal, Jorge Braz, que além de se ter sagrado Campeão do Mundo, há quatro anos que é considerado o melhor treinador do Mundo de futsal.

Quem assistisse a este programa, ficava a perceber que nada disto aconteceu por acaso. Jorge Braz além de revelar um conhecimento profundo sobre a modalidade, conhece como poucos a natureza humana. E é através deste conhecimento que consegue tirar o máximo rendimento dos seus jogadores, aproveitando sempre que lhe é possível o seu talento e a sua criatividade. Tem plena consciência que são eles dentro do campo que podem e devem fazer a diferença.

Estava a ouvi-lo a pensar o quanto Fernando Santos tinha a aprender com ele, sobretudo a nível táctico, já que apenas concede liberdade ao seu "mais que tudo", não aproveitando o talento e a criatividade de um João Félix (tal como Simeone...), de um Bernardo Silva ou de um Bruno Fernandes.

(Fotografia de Luís Eme - Corroios)