sexta-feira, novembro 03, 2006

Feira do Livro 2006

Ontem voltei à Feira do Livro de Porto Alegre.
Na edição de 2005 encontrei algumas coisas interessantes. Acabei levando "The Fountainhead" da Ayn Rand (acreditem que nunca li nada dela??!!) e a trilogia de memórias de Charles De Gaulle.
Ontem estava à procura de :
- "A Tela Demoníaca" de Lottie Eisner (o meu exemplar ficou perdido em alguma quebrada dos 80!) - uma detalhada descrição e análise da cena e dos filmes supremos do expressionismo alemão do início do século 20.
- René Guenon: Qualquer coisa do tradicionalista francês.
Não consegui nem uma coisa nem outra, mas pude notar outra coisa: a tenda mais lotada era de uma editora de livros espíritas!! Sinal dos tempos...
Ao final, consegui dois volumes em edição pulp - em espanhol - de "Política" de Aristóteles..
Já a minha filha Luísa, conseguiu o que queria!! E começou a degustar na feira mesmo!!
Até mais.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Affair Olavo X ZH - algumas e poucas opiniões

Algumas repercussões sobre o artigo censurado e posterior demissão de Olavo da ZH.
O jornalista Vítor Vieira, dono do site videVERSUS  publica na íntegra o artigo e a troca de e-mails entre o jornal e Olavo além de observar:

"A Zero Hora que invoca "valores éticos" para "demitir" Olavo de Carvalho é a mesma que "empregou" como colunista o Senhor Lula da Silva, quando o País inteiro sabe que ele é totalmente avesso à leitura, a qualquer leitura, e ainda mais avesso a escrever, quanto mais duas palavras, uma atrás da outra. Portanto, seria impossível que escrevesse os artigos que publicou por tanto tempo em Zero Hora, sob sua assinatura. Zero Hora abrigou uma fraude durante tanto tempo e não achou que isso ferisse os seus "valores éticos". Todo mundo sabe que os artigos de Luis Inácio Lula da Silva eram escritos pelo seu "ghostwriter", o neotrotskista Marco Aurélio Garcia."

O jornalista Gilberto Simões Pires, na sua coluna eletrônica Ponto Crítico de 30/10 publica integralmente o artigo e a troca de e-mails.

É só.
Onde estão Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi quanto mais se precisa deles??
Deve ser por que não querem associar seu nome (e seus patrocínios)  ao Olavo de Carvalho.

O interessante foi notar que apenas dois dias após Olavo frisar sobre os planos de controle da mídia pelo PT, acontece o caso de intimadação aos jornalistas da Veja...


Abusos, ameaças e constrangimentos a jornalistas

Na resposta de Olavo ao editor-abafa de Zero Hora, Marcelo Rech, dizia  que se ele e os diretores de Zero Hora "se fazem de bobos, é por uma razão muito séria: eles são realmente bobos. Infelizmente, acabarão entendendo isso demasiado tarde, quando perceberem o que Lula quer dizer com 'democratização dos meios de comunicação'".

Pois já começou. Por onde?  É claro, pela revista que mais bateu no Lula nestes últimos tempos: a "Veja".
ZH pode ficar tranquila, pois agora sem Olavo talvez seja a última da fila do 'constrangimento'. Devem estar aliviados...
Esta é a ética de livrar o próprio 'rabo'.

Leia o que aconteceu aos jornalistas de Veja - aquela revista que ainda faz jornalismo.

Abusos, ameaças e constrangimentos
a jornalistas de VEJA
31 de Outubro de 2006   


A pretexto de obter informações para uma investigação interna da corregedoria sobre delitos funcionais de seus agentes e delegados, a Polícia Federal intimou cinco jornalistas de VEJA a prestar depoimentos. Eles foram os profissionais responsáveis pela apuração de reportagens que relataram o envolvimento de policiais em atos descritos pela revista como "uma operação abafa" destinada a afastar Freud Godoy, assessor da presidência da Republica, da tentativa de compra do dossiê falso que seria usado para incriminar políticos adversários do governo. Três dos cinco jornalistas intimados – Júlia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – foram ouvidos na tarde de terça-feira pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira.

Para surpresa dos repórteres sua inquirição se deu não na qualidade de testemunhas, mas de suspeitos. As perguntas giraram em torno da própria revista que, por sua vez, pareceu aos repórteres ser ela, sim, o objeto da investigação policial. Não houve violência física. O relato dos repórteres e da advogada que os acompanhou deixa claro, no entanto, que foram cometidos abusos, constrangimentos e ameaças em um claro e inaceitável ataque à liberdade de expressão garantida na Constituição.

  1. Ao tomar o depoimento da repórter Julia Duailibi, o delegado Moysés Eduardo Ferreira indagou os motivos pelos quais ela escrevera "essa falácia". A repórter da VEJA, então, perguntou ao delegado Moysés qual era o sentido de seu depoimento, uma vez que ele já chegara à conclusão antecipada de que as informações publicadas pela revista eram "falácias". Ao ditar esse trecho do depoimento para o escrivão, o delegado atribuiu a palavra à repórter, no que foi logo advertido pela representante do Ministério Público Federal, a procuradora Elizabeth Kobayashi. A procuradora pediu ao delegado que retirasse tal palavra do depoimento porque tratava-se de um juízo de valor dele próprio e que a repórter nunca admitira que escrevera falácias.
  2. Embora a jornalista de VEJA estivesse depondo na condição de testemunha num inquérito sem nenhuma relação com a divulgação das fotos do dinheiro do dossiê, o delegado Moysés Eduardo Ferreira a questionou sobre reportagem anterior, assinada por ela, que tratava do tema. O delegado exigiu, então, da repórter que revelasse quem lhe dera um CD com as fotos. A repórter se recusou a revelar sua fonte.
  3. Durante todo o depoimento da repórter Julia Duailibi, o delegado Moysés Eduardo Ferreira a questionou sobre o que ele dizia ser uma operação de VEJA para "fabricar" notícias contra a Polícia Federal. Disse que matéria fora preconcebida pelos editores da revista e quis saber quem fora o editor responsável pela expressão "Operação Abafa".
  4. O delegado disse que as acusações contra o diretor-executivo da Superintendência da PF, Severino Alexandre, eram muito graves. E perguntou "Foi você quem as fez? Como vieram parar aqui?". Referindo-se à duração do depoimento, o delegado Moysés Eduardo Ferreira disse: "Se você ficou duas horas, seu chefe vai ficar quatro"
  5. Indagada sobre sua participação na matéria, a repórter Camila Pereira disse ter-se limitado a redigir uma arte explicativa, a partir de entrevistas com advogados, sobre como a revelação da origem do dinheiro poderia ameaçar a candidatura e/ou um eventual segundo mandato do presidente Lula. O delegado perguntou quais advogados foram ouvidos. A repórter respondeu que seus nomes haviam sido publicados no próprio quadro. O delegado, então, perguntou se VEJA pagara pela colaboração dos advogados. Diante da resposta negativa, o delegado ditou para o escrevente que a repórter respondera que "normalmente a revista não paga por esse tipo de colaboração". A repórter, então, o corrigiu, dizendo que a revista nunca paga para suas fontes
  6. Embora os repórteres de VEJA tenham sido convocados como testemunhas, o delegado Moysés Eduardo Ferreira impediu que eles se consultassem com a advogada que os acompanhava, Ana Dutra. Todo e qualquer aparte de Ana Dutra era considerado pelo delegado Ferreira como uma intervenção indevida. Em determinado momento, Ferreira ameaçou transformar a advogada em depoente. Ele também negou aos jornalistas de VEJA o direito a cópias de suas próprias declarações, alegando que tais depoimentos eram sigilosos. A repórter Júlia Duailibi foi impedida de conversar com o repórter Marcelo Carneiro.

A estranheza dos fatos é potencializada pela crescente hostilidade ideológica aos meios de comunicação independentes, pelas agressões de militantes pagos pelo governo contra jornalistas em exercício de suas funções e, em especial, pela leniência com que esses fatos foram tratados pelas autoridades. Quando a imprensa torna-se alvo de uma força política no exercício do poder deve-se acender o sinal de alerta de modo que a faísca seja apagada antes que se torne um incêndio. Nunca é demais lembrar: "Pior do que estar submetido à ditadura de uma minoria é estar submetido a uma ditadura da maioria."
http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&textCode=121030&date=currentDate
  __._,_.___

sábado, outubro 28, 2006

Voto consciente - Olavo de Carvalho

Mensagem de Olavo, transcrita na íntegra aqui:


"Prezados amigos,
 
O meu artigo para a Zero Hora foi simplesmente censurado, de modo que vocês podem repassá-lo desde já,  nesta versão e com o seguinte aviso:
 
Artigo de Olavo de Carvalho censurado na Zero Hora
 
O artigo abaixo reproduzido, "Voto consciente", foi censurado pela direção do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, sob a alegação de que feria o seu código de ética. Não tenho a menor idéia do que a palavra ética possa significar nesse contexto, se não a obrigação de ocultar fatos que indiquem a verdadeira gravidade da situação brasileira. Esses fatos têm estado ausentes das páginas noticiosas do jornal gaúcho desde há muitos anos, não havendo portanto razão para que não sejam retirados também da minha coluna. A explicação suplementar fornecida pelo editor da página, Nílson Souza, explicava menos ainda. O motivo para suprimir o artigo, disse ele, era que as informações que o compunham vinham de um blog sem credibilidade suficiente. A premissa do argumento é que o jornal que oculta notícias não só adquire credibilidade por isso, mas a adquire em quantidade bastante para julgar a dos que as publicam. Ademais, mencionei esse blog a esmo, já que fontes suplementares existem em abundância e eu mesmo já as citei tanto que cheguei a ser chamado de obsessivo por isso. Mas, se os diretores de Zero Hora se fazem de bobos, é por uma razão muito séria: eles são realmente bobos. Infelizmente, acabarão entendendo isso demasiado tarde, quando perceberem o que Lula quer dizer com "democratização dos meios de comunicação".
 
Olavo de Carvalho
 

Voto consciente

 

Olavo de Carvalho

 

         Dados colhidos do blog http://ex-petista1.blogspot.com/2006/08/notas.html:

Maurício  Hernandez Norambuena, o agente do MIR chileno que liderou o seqüestro de Washington Olivetto, tem como advogado Iberê Bandeira de Mello, que foi defensor de Lula e hoje é o de Silvio Pereira (PT) e Klinger Luiz de Oliveira Sousa (PT). Enquanto Norambuena ia para cadeia e a elite petista fazia tudo para tirá-lo de lá, Lula e seu guru ortográfico Luiz Dulci se reuniam com representantes do MIR no XXII Encontro do Foro de São Paulo, em julho de 2005, na Fundação Perseu Abramo, em São Paulo, para planejar estratégias comuns entre a quadrilha chilena, o PT e outras organizações esquerdistas, entre as quais MST, MSLT, FARC, MIR, CUT, PCB, PC do B, ELN, Partido Comunista Chileno, MAS e Partido Comunista Cubano. Norambuena ficou preso em Presidente Bernardes com a cúpula do PCC, cujo líder máximo, Marcos William Herbas Camacho, é irmão de Gabriel Herbas Camacho, deputado federal do MAS (Movimiento al Socialismo), partido de Evo Morales e participante ativo do Foro de São Paulo.

Com dez por cento dessas boas relações, Lula e sua gangue já deveriam ter sido expelidos da política decente há um bom tempo. A história está bem documentada nas atas do Foro de São Paulo e no próprio site da Fundação Perseu Abramo. Pode-se acrescentar a isso um detalhe especialmente encantador: a Polícia Civil de Santo André informa que Jilmar Tatto, Arselino Tatto e Enio Tatto, todos do PT-SP, são ligados à facção criminosa paulista PCC. Jilmar Tatto foi secretário de Transportes da gestão Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo.

Como nada disso foi abordado nos debates eleitorais, o povo brasileiro vai hoje às urnas seguro de que está praticando o tal do "voto consciente".

 

***

 

         A ONG Rede 13, de Santa Catarina, foi fundada em abril de 2003, coletou vinte milhões do governo, deu-os à filha de Lula e, cumprida essa sua nobre finalidade, fechou em agosto do mesmo ano. A operação foi coordenada pelo churrasqueiro presidencial Jorge Lorenzetti (v.  http://news.tce.sc.gov.br/aplic/clipping.nsf/$defaultview/6CDFE26CA1BF526683257209003BBA7B?OpenDocument). 

 

***

 

         A semi-estatal Brasil-Telecom já possui o software "Narus Insight Discover Suite", que tem capacidade para ler nossos e-mails, vasculhar nossas contas bancárias e ouvir nossas conversas no Skype. Quer dizer: adeus, privacidade. Para a dinastia Lula, porém, isso pode ser uma boa notícia. Era essa a empresa que, segundo a Veja, o bem-aventurado Fábio Lulinha estava tentando comprar, só não o fazendo graças a entraves legais. Mas estes são, é claro, removíveis. Se tudo der certo, o futuro selo do Brasil ostentará a orelha do Lulinha, aquele que tudo ouve.

 

***

        

Uma estudante, Mirian Macedo, enviou a Louise Caroline, vice-presidente da UNE, uma carta contra o programa abortista do PT. Recebeu a seguinte resposta, que transcrevo na ortografia originária: "pois vai perder tudo, querida... até seus livros e a limpeza nojenta dos seus filhinhos. toma cuidado... nossa aliança com o Chávez e o Fidel vai chegar qualquer dia desses na sua casa feliz. e vai ser uma delícia." Louise Caroline, cujo nível de instrução é mais ou menos o da mãe do Lula ao nascer, compensa esse handicap com sobra de truculência. É a universitária ideal criada pela educação petista.

Não quero me "alvorar" (falando presidencialmente) em profeta, mas acho que Louise, Lulinha e Lurian são o futuro deste país. Ou melhor: dêfte paíf.

 

***

 

Em tempo: O MIR chileno é um dos signatários do manifesto emitido pelo "Congreso Bolivariano de los Pueblos", no dia 3 de outubro, em favor da candidatura Lula. A gratidão é a mãe de todas as virtudes."

 


quinta-feira, outubro 26, 2006

Acordo entre PT e PSDB decide a vitória contra o Brasil



Nesta campanha eleitoral, o católico Geraldo Alckmin (que uns juram ser membro da prelazia papal Opus Dei) foi proibido pela cúpula tucana de tocar na questão do aborto, na questão mineral, na descriminalização das drogas, na união civil e religiosa de homossexuais, desarmamento da população e não tocar no tema Forças Armadas brasileira (em 153º lugar em termos de orçamento em relação ao PIB, se comparadas aos demais exércitos do resto do mundo. O silêncio de Alckmin nos debates sobre todos estes temas essenciais comprova tal acordo entre PT e PSDB. No debate da Rede Globo, marcado para amanhã à noite, o mesmo teatrinho eleitoral vai se repetir.
 

Edição de Quinta-feira do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com/

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Edição em áudio a partir de Meio-dia.

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Por Jorge Serrão

A eleição presidencial brasileira não será decidida pelos 125 milhões 913 mil 479 eleitores aptos a comparecer às urnas no domingo. O resultado do pleito já foi resolvido, em acordos secretos, nos bastidores dos centros de poder mundial, por grupos que governam o mundo de verdade. O Centro Tricontinental (sediado na Bélgica), que representa a nobreza econômica européia, investe na reeleição de Lula, no Brasil, e aposta em candidatos ligados ao Foro de São Paulo, para governar os países da América Latina.

Em nome da divisão dos negócios globalizados, este pouco conhecido grupo fechou um acordo com o Diálogo Interamericano (do qual o tucano FHC é membro, e onde Lula da Silva é aceito) para que o governo do PT tenha continuidade - e não seja "derrubado" ou "impedido" por sua pretensa oposição tucana. Outro grupo de poder ligado aos europeus, o CFR (Council on Foreign Relations dos EUA), faz a interface com o Foro de São Paulo (organismo fundado pelo PT, em 1990, que congrega as esquerdas do continente e mais 153 organizações narcoguerrilheiras na América Latina).

Quem cometer a ingenuidade de pensar que tal acordo seria uma "teoria da conspiração" deveria dar uma olhada em provas objetivas dos fatos. No distante 1º de junho deste ano, o Alerta Total denunciou a armação dos tucanos e petistas para a sucessão presidencial. No dia 18 de maio, em Nova York, depois de um prato de talharim e um cafezinho, os tucanos digeriram um acordo político-econômico de não-agressão entre o PSDB e o PT, caso se confirmasse a vitória reeleitoral do presidente Lula. Na estratégia tucana, Geraldo Alckmin entrou na disputa para perder. Sua chegada ao segundo turno foi um acidente eleitoral.

Os controladores do poder mundial apostam, agora, na continuidade do governo petista. Basta que Lula siga seu programa, dando seqüência ao subfaturamento na exportação de minérios, à concessão para a gestão de florestas (principalmente a pobre Amazônia) e à adoção de uma política de controle da natalidade (via privatização do futuro negócio do aborto descriminalizado, para a venda de placenta para a indústria das células tronco). Nesta campanha eleitoral, o católico Geraldo Alckmin (que uns juram ser membro da prelazia papal Opus Dei) foi proibido pela cúpula tucana de tocar na questão do aborto, na questão mineral, na descriminalização das drogas, na união civil e religiosa de homossexuais, desarmamento da população e não tocar no tema Forças Armadas brasileira (em 153º lugar em termos de orçamento em relação ao PIB, se comparadas aos demais exércitos do resto do mundo. O silêncio de Alckmin nos debates sobre todos estes temas essenciais comprova tal acordo entre PT e PSDB. No debate da Rede Globo, marcado para amanhã à noite, o mesmo teatrinho eleitoral vai se repetir.

Também faz parte do pacote dos controladores para a continuidade de Lula o processo de sucateamento das Forças Armadas e a criação de uma Guarda Nacional, uma Guarda Costeira e uma Guarda Aeroportuária para substituir, gradativamente, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica – que estariam operando com valores de soberania que não interessam ao modelo da globalização. Militares atuais poderão optar pela transferência para as novas forças, ganhando salários quase duas vezes maior. Pelo projeto dos controladores, teríamos milicos de segunda classe, porém bem remunerados como funcionários públicos fardados.

Em 2010, o candidato dos controladores é Aécio Neves. O governador mineiro reeleito (e que já saiu publicamente em defesa da "governabilidade" no próximo governo Lula), foi lançado à presidência, em Londres, no dia 17 de junho de 2004, durante um jantar com a nobreza econômica européia, do Centro Tricontinental e do Clube dos Bildelberg, no castelo dos banqueiros Rothschild. Em seu projeto de manter o PT no poder por mais tempo, em seu segundo mandato, Lula tem tudo para sofrer nas mãos dos controladores, agora "aliados", mas que lhe farão oposição, a partir do segundo ano do próximo governo, mesmo que faça todo o dever de casa direitinho.

Por trás do pacto não-escrito, firmado entre petistas e tucanos, o próximo governo petista se comprometeria a não alterar as atuais bases econômicas que interessam ao sistema financeiro internacional – e ao nacional. Dirigentes do Banco Itaú presenciaram o encontro secreto entre o tucano e o petista na "Big Apple" - a mais cosmopolita cidade do planeta. Existem fotos do encontro deles para comprovar tal fato. Tal pacto político-empresarial de intenções foi selado entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloízio Mercadante, nos Estados Unidos. O tratado político informal foi sacramentado pelo senador Tasso Jereissati e pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o acordo foi desenhado pelo Centro Tricontinental e pelo Diálogo Interamericano. Os políticos brasileiros apenas obedecem aos "parceiros" dos quais são dependentes.

A contrapartida ao esquema de não-agressão dos tucanos no segundo governo Lula viria com o apoio do governo federal a um mega-projeto de concessões e parcerias público-privadas em rodovias, que movimentaria R$ 30 bilhões. Tal negócio foi montado pelo publicitário Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, que fechou uma parceria com um poderoso grupo de empreiteiros canadenses. Em troca das "privatizações" nas estradas, os tucanos apoiariam a reforma da previdência que será tocada por Luiz Gushiken, e que vem sendo elaborada desde o primeiro governo FHC. Em 2002, a empresa do petista (na época, Gushiken Associados, e, agora, sem o japonês de Lula na sociedade, se chama Global Previ) elaborou, para o Ministério da Previdência de FHC, o livro "Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar? Uma Visão Prática e Teórica".

Os dois partidos, na questão previdenciária, defendem um modelo que favorece o grande capital. O modelo previsto utilizaria os bilhões da máquina arrecadadora da Previdência Social e os outros bilhões dos Fundos de Pensão de Estatais. Tudo montado por sindicalistas ligados à "Articulação Bancária" e que atualmente ocupam alto escalão do governo Lula, como Gushiken e Sérgio Rosa (presidente do Previ, Fundo de Pensão dos funcionários do Banco do Brasil). Todos têm o aval tecnocrático dos petistas e da equipe que serviu aos oito anos de FHC no governo.

Patrocinados pelos banqueiros, que querem cuidar do lucrativo caixa da Previdência, eles fabricam manobras técnicas que criam a impressão de que a previdência é "deficitária", quando não é. Os gestores tucanos e os petistas que o sucederam trabalham para provar que o governo não tem competência para gerenciar a Previdência, cujos gastos globais representam 8% do Produto Interno Bruto. Os dois lados patrocinam e defendem a "incompetência do Estado", por eles induzida e fabricada artificialmente, como falsa evidência de que o governo não consegue inibir os sonegadores e nem cobrar o que devem os maiores devedores da Previdência. O Tribunal de Contas da União calcula que a sonegação anualmente atinge 30% da presumível arrecadação previdenciária. Bate na casa de R$ 30 bilhões que deixam de ser arrecadados.

Para resolver tal problema, tucanos e petistas têm a fórmula mágica. Entregar o sistema para a gestão dos bancos, "mais competentes", e que também vão cuidar da nova modelagem dos Fundos de Pensão de Estatais que o governo atual não pode promover, em função da falta de condições políticas geradas pelos escândalos do mensalão. Petistas e tucanos defendem uma continuidade do regime de repartição (em que o trabalhador ativo paga a aposentadoria do inativo), que prevalece hoje.

Mas os grandes bancos estão de olho no sistema de capitalização (em que cada assalariado paga por sua própria aposentadoria no futuro). Apenas a transição do sistema atual para o novo modelo movimentaria o equivalente a três PIBs: R$ 3 trilhões e 300 bilhões de reais – segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas do Ministério do Planejamento). O ministério da Previdência estima uma movimentação um pouco menor, porém expressiva: R$ 2 trilhões e 750 bilhões de reais.Os banqueiros querem gerenciar o processo e lucrar cada vez mais. Mas quem vai pagar a conta é o cidadão que é vítima da atual derrama tributária, que nos obriga a trabalhar 145 dias do ano só para pagar impostos.

Especialistas temem que a transição do modelo de "Repartição" para o de "Capitalização" inviabilize as contas públicas do País, com a emissão gigantesca de novos títulos e a expansão da dívida pública decorrente deste processo. Os bancos – e seus ex-funcionários sindicalistas – vão sair ganhando na operação. E isso é o que importa para eles. E PT saudações, no segundo mandato, com o apoio de alguns tucanos de rapina, na sociedade para fazer mais fortuna e poder aparente.

Bastidores do acordo tucano-petista

O triunvirato tucano e o senador petista Mercadante (que concorreu, para perder, ao governo de São Paulo) estiveram em Nova York, no dia 18, para participar da homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ao presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agneli.

O acordo de negócios políticos foi sacramentado no luxuosíssimo Hotel Waldorf Astoria, onde ocorreu a mega-festa.

O candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra - que também estava nos Estados Unidos (só que em tratamento médico) - não participou dessa negociação com Mercadante, seu adversário (combinado para perder) na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. No entanto, certamente, Serra tomou conhecimento de tudo.

O mesmo aconteceu com o ex-ministro da Educação de FHC, Paulo Renato, outro que estava em Nova York.

Versões para estar em na Big Apple

Todos os envolvidos na estória têm explicações oficiais para sua estada em Nova York.FHC e Tasso estavam lá para a homenagem a Agneli, da Vale.

O governador mineiro estava lá para assinar contratos para empréstimos de US$ 330 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial.

O senador Mercadante porque participou de em evento do Banco Itaú, ao qual esteve presente também FHC.

Ambos podem ser vistos em uma foto oficial na qual aparecem ao lado de Roberto Nishikawa, Alfredo Setúbal, Olavo Setúbal, Roberto Setúbal, Alexandre Tombini e Candido Bracher.

Lema dos controladores

A família dos banqueiros Rothschild, que cumprem o papel de controladores dos negócios da nobreza econômica européia (e que tem um projeto de exercer a hegemonia sobre os Estados Unidos) tem um lema que define bem sua atuação junto aos governos dos países do Terceiro Mundo:

"Let me issue and control a nation's money, and I care not who writes its laws".

("Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação, e eu não me importarei com quem escreve suas leis").

Contando com a invasão no C...

Confiante na reeleição de Lula, o MST rompeu ontem a trégua eleitoral.

Os radicais invadiram três fazendas no Pontal do Paranapanema (SP).

A previsão, que o líder do MST José Rainha anunciara, ainda no período eleitoral, era de que a trégua acabaria no domingo.

Mas como seu aliado Lula já ganhou a eleição previamente, o MST avaliou que poderia invadir as terras antes, que não prejudicaria o candidato.

Jogo de cena tucano-petista

Com discursos agressivos, os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) fizeram ontem os últimos comícios de campanha, ambos em São Paulo.

Mas foi tudo jogo de cena, para inglês ver, literalmente.

No Vale do Anhangabaú, ao lado de seu "aliado" (entre aspas) José Serra, Alckmin chamou o adversário de mentiroso, por se dizer contrário às oligarquias, mas ter apoio de velhos coronéis da política, como José Sarney:

"Vamos varrer a corrupção e a praga da roubalheira. O PT e o governo viraram um Código Penal ambulante".

Sobre a desvantagem nas pesquisas, o tucano garantiu ter levantamentos mostrando que ela não passa de um dígito e que vai tirá-la até domingo.

Humildade falsificada

Em um reduto petista, no largo do socorro, na Zona Sul de São Paulo, Lula criticou o PSDB, lembrando que "no tempo deles" o FMI mandava no país e que agora não dá mais palpite – como se isso fosse verdade, pois Lula obedece ao banqueiro controlador inglês, tanto que antecipou o pagamento da dívida externa.

Ao lado da primeira-dama Marisa Letícia, Lula até se fingiu de humilde candidato:

"Humildemente, reconheço que erramos. Mas o país melhorou. Fizemos muito mais do que nos oito anos deles ".

Farra de gastos eleitoreiros

Os dois candidatos à Presidência apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido de revisão da previsão de gastos da campanha.

O total foi estimado em R$ 210 milhões, 110% a mais que a quantia consumida em 2002, em valores já corrigidos pela inflação.

Na prestação de contas referente a 2002, o total declarado por Lula e Serra ficou em R$ 73 milhões, praticamente um terço do teto de R$ 210 milhões estimado pelo PT e PSDB para este ano.

Quanto pretendem gastar?

O presidente Lula vai gastar até R$ 115 milhões; Geraldo Alckmin, R$ 95 milhões.

O presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello, admitiu que "há um descompasso a ser esclarecido" porque esperava-se redução de gastos.

Caso os dois candidatos utilizem todo esse dinheiro, este será o embate presidencial mais caro de que se tem notícia no País.

O curioso é que os mais ingênuos esperavam um gasto eleitoral bem menor, principalmente depois das supostas medidas para reduzir a influência do poder econômico nas eleições, como a proibição de outdoors dos candidatos, de showmícios e da distribuição de brindes a eleitores.

Teve gente até que acreditou em Papai Noel, supondo que o caixa dois eleitoral iria diminuir...

Efeito privatização

A associação do PSDB e do candidato Geraldo Alckmin às privatizações, feita pelos petistas, explica em parte o crescimento da candidatura do presidente Lula na campanha do segundo turno.

Uma pesquisa Ipesp/Valor mostrou que a venda de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras é repudiada por 70% dos eleitores.

Só 18% aprovaram a venda dessas estatais, percentual que se repete mesmo entre os eleitores de Alckmin.

FHC reprovadíssimo

A avaliação das privatizações realizadas no passado, concentradas no governo Fernando Henrique, é ruim: 45% dizem que foram mais negativas e 33%, mais positivas para o Brasil.

Os eleitores de Alckmin também não se colocam de forma clara em defesa das privatizações já feitas: 37% as classificam como negativas e 36% como positivas.

O uso extensivo do dossiê pela campanha de Alckmin teve pouco efeito.

Os eleitores não diferenciam os dois candidatos no quesito honestidade: cada um consegue 36% de identificação com essa qualidade.

O Alerta Total alerta

O Editor-Chefe deste blog está de saco cheio de receber críticas de petistas alegando que somos um "blog tucano", que defende o PSDB.

E estamos também de saco cheio de receber críticas dos tucanos sugerindo que somos um blog que age em favor da extrema direita.

O Alerta Total será crítico de quem não defende a Soberania do Brasil, nossa Autodeterminação como Nação e a Paz Social - que são nossos objetivos nacionais permanentes.

Nosso lema é " Brasil, Acima de Tudo".

Nossa linha editorial é patriótica.

Quem estiver contra o Brasil – em vez de nos mandar e-mails anônimos, com ameaças idiotas, palavrões e críticas sem fundamento objetivo – deveria repensar sua postura como brasileiro.

Quem estiver contra a defesa do Brasil está a favor do governo do crime organizado, que é a associação, para fins delitivos, entre criminosos de toda espécie, a classe política e o poder de estado, para assaltar as riquezas da nossa Nação.

A linha editorial de nosso blog defende a Democracia, cujo conceito é:

Democracia é a Segurança do Direito.

Todo o resto a nosso respeito é conversa fiada. E PT saudações (sem trocadilho infame).

Mão alternativa

Sugestão de um famoso apresentador de tevê, leitor do Alerta Total, criticando a decisão do TSE de impedir qualquer propaganda da mãozinha de quatro dedos, com o sinal de proibido, contra o presidente Lula:

"É proibido atacar a deficiência física do presidente. Então, vamos atacar a deficiência mental, moral e ética".

O PSDB, em conluio com o PT, não poderá cumprir tal papel... Azar do Alckmin, que foi feito de otário na disputa presidencial.

O retorno de Collor

A Casa Civil da Presidência será obrigada, por lei, a oferecer ao ex-presidente Fernando Collor de Mello dois automóveis com combustível pago pelos contribuintes e oito funcionários com salários próximos a R$ 5 mil.

O senador recém-eleito por Alagoas requisitou os benefícios em ofício encaminhado à Presidência da República.

Collor, que é milionário, não se dá por satisfeito com o mandato ao Senado, que lhe garante apartamento funcional, servidores, carro e dinheiro farto para tocar suas atividades.

Culpa da Justiça

Collor está exigindo seus direitos com base em uma decisão judicial.

A Justiça Federal do Distrito Federal reconheceu, ainda antes das eleições, que Collor tem os mesmos direitos de ex-presidente, apesar de ter sido derrubado pelo Congresso por meio de um processo de impeachment.

Em 1993, a Consultoria-Geral da República admitiu que Collor tinha os mesmos direitos que os demais ex-presidentes.

No entanto, uma ação popular movida por uma pessoa física suspendeu a concessão dos benefícios.

Agora, a Justiça Federal considerou a ação improcedente.

 
Leia mais informações no Blog Alerta Total




quarta-feira, outubro 25, 2006

Carta Aberta a Otavio Frias Filho sobre o Foro de São Paulo

Carta Aberta a Otavio Frias Filho

sobre o Foro de São Paulo

 

 

Prezado Otávio Frias Filho,

 

Peço que você leia atentamente o artigo abaixo reproduzido. Não há nenhuma razão decente para o seu jornal continuar ocultando sistematicamente os fatos que ali apresento, os quais se tornaram ainda mais indesmentíveis depois do discurso pronunciado por Lula no Foro de São Paulo em 2 de julho de 2005.  E não adianta alegar que o jornal publicou alguns dos meus artigos a respeito. Você sabe perfeitamente que artigos na seção de opinião não têm força nenhuma, quando os fatos em que se baseiam estão ausentes das páginas de noticiário. Nestas, o Foro de São Paulo e seus crimes foram meticulosamente omitidos ao longo de muitos anos, e continuam a sê-lo num momento em que essa omissão arrisca ludibriar novamente os eleitores, induzindo-os a confirmar na presidência da República um homem cuja verdadeira história ignoram por completo. Você, como outros empresários de mídia, está apostando seu jornal, sua carreira, sua reputação e sua fortuna contra uma verdade muito bem confirmada. Algum dia ela será fatalmente revelada aos olhos de todos, provando a covardia e a desonestidade daqueles que se furtaram à obrigação de mostrá-la em tempo. Isso é absolutamente inevitável, e se acontecer quando você tiver setenta ou oitenta anos não será nem um pouco menos doloroso do que se acontecer no mês que vem. Você tem dinheiro e influência; mas a verdade tem do lado dela uma arma invencível: o tempo. A única esperança dos que apostam contra ela é morrer antes de que ela apareça. O único consolo que lhes restará, nesse caso, será o alívio barato de haver conseguido fugir ao desprezo em vida, escondendo-se por trás do seu próprio cadáver. Pelo respeito mútuo e boas relações que sempre tive com você, espero, sinceramente, que esse não seja o seu destino.

 

Atenciosamente,

 

Olavo de Carvalho

 

 

PS - Estou divulgando esta carta por todos os meios ao meu alcance.

PS 2 – Como você sabe, tentei publicar os fatos sobre o Foro de São Paulo na própria Folha, como matéria paga. Informado de que pela lei eleitoral o anúncio não poderia ultrapassar um oitavo de página, desisti da idéia, para não ser acusado de gastar dinheiro de amigos num empreendimento inócuo.

 

 

Um negócio quase honesto

Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil, 13 de abril de 2006

Ao mesmo tempo que o Exército Brasileiro comunicava a prisão de agentes das Farc na Amazônia, a IstoÉ de 12 de abril informava: documentos apreendidos com Fernandinho Beira-mar "comprovam a antiga suspeita de que o bandido fornecia armamentos e munições às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em troca das toneladas de cocaína com que abastecia pontos-de-venda de droga no Brasil". Uma agenda, preenchida pelo traficante com o registro de suas operações no ano 2000, "é a prova cabal da aliança entre Beira-Mar e as Farc", assegura a revista.

Beira-Mar não decerto é o principal amigo brasileiro dos delinqüentes colombianos. A Resolução número 9 do X Foro de São Paulo, de 7 de dezembro de 2001, condenou a repressão à narcoguerrilha como "terrorismo de Estado" e como "verdadero plán de guerra contra el pueblo". Entre as assinaturas estava a do sr. Luís Inácio Lula da Silva, então ainda presidente do Foro.

No mesmo ano, líderes das Farc foram recebidos como hóspedes oficiais pelo governo petista do Rio Grande do Sul.

Mas seria injusto dizer que a colaboração do PT com as Farc se limitou à troca de gentilezas. As duas organizações publicam juntas uma revista, "America Libre", dirigida pelo sublime dr. Emir Sader, na qual defendem seus interesses comuns contra o governo da Colombia e dos EUA, o Exército brasileiro e outras entidades malignas. Pelo menos até 2004, o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, estava no Conselho Editorial da publicação ao lado do comandante das Farc, Manuel Marulanda Vélez, o famigerado "Tiro Fijo". Lá estava também o impoluto deputado Greenhalgh -- aquele mesmo que propunha controlar a criminalidade mediante o desarmamento geral das vítimas.

Quando o porta-voz das Farc, Olivério Medina, contou que a organização tinha dado dinheiro para a campanha eleitoral do PT, houve uma correria geral para persuadir o público de que tudo não passava de bravata. Mas, logo depois, a elite petista organizava um movimento de protesto para libertar da prisão o homem acusado de manchar a reputação do partido com fanfarronadas irresponsáveis. Em vez de enxergar algo de suspeito em tamanha incongruência, a nação preferiu acreditar que o PT era um partido cristianíssimo, que retribuia o mal com o bem.

Em 2002, três dos quatro concorrentes à presidência eram membros de partidos aliados às Farc no Foro de São Paulo, e o quarto, José Serra, informado de tudo, preferiu perder a eleição de bico fechado, provando fidelidade estóica às suas raízes esquerdistas. Enquanto a mídia local celebrava a lisura do pleito, o vencedor confessava ao "Le Monde" que a eleição tinha sido "apenas uma farsa, necessária à tomada do poder", sendo confirmado nisso pelo sr. Marco Aurélio Garcia em declaração ao jornal argentino "La Nación" de 5 de outubro de 2002. Em julho de 2005, o então já tarimbado presidente admitia ter tomado decisões de governo em reuniões secretas do Foro de São Paulo, longe do Congresso e da opinião pública.

A troca de cocaína pelas armas que Fernandinho Beira-Mar trazia do Líbano era feita na Tríplice-Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai). Semanas atrás, o promotor do Distrito de Manhattan, Robert Morgenthau, conseguiu fechar um canal de dinheiro pelo qual três bilhões de dólares de drogas, seqüestros, contrabando e outros crimes tinham fluído dessa região para organizações terroristas muçulmanas, por meio de um banco de Nova York. Quando a existência desse canal foi denunciada pela primeira vez, a esquerda brasileira protestou com veemência, dizendo que era tudo uma sórdida mentira imperialista.

Aos poucos, a verdade está aparecendo. Mas ela é ainda grande e feia demais para os olhos sensíveis de uma nação que se deixou enfraquecer por uma longa dieta de mentiras cor-de-rosa. O Brasil talvez precise de mais alguns anos para entender que, comparado à trama do Foro de São Paulo, o Mensalão é quase um negócio honesto.


terça-feira, outubro 24, 2006

Entrevista com Heitor de Paola!!!

No comentário conservador tem uma entrevista com o Heitor. Eu participo desta entrevista... Ouça no link...

Entrevista com o psicanalista Heitor de Paola
October 20th, 2006

Entrevista com o psicanalista Heitor de Paola. Na presente entrevista, o intelectual aborda assuntos envolvendo as esferas da política nacional e internacional, da economia e, como não poderia deixar de ser, da psicanálise. 





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TSE proibiu o adesivo anti-lula

Mais uma do nosso bravo TSE: O governo pode comprar dossiê à vontade; Pode comprar apoio em troca de verbas explicitamente; Pode inaugurar obras inexistentes; Pode quebrar sigilo de pessoas físicas; Pode fazer o mensalão; Pode ser associar com narco-traficantes e terroristas...
Mas ao indíviduo é negado o mais comezinho protesto....
É por isso que este país acabou...
Ao lado o tão falado adesivo...
Alguém tem algum aí???
Agora é uma questão de desobediência civil...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Os resultados nefastos do Liberalismo

Os 16 melhores IDH (índice de desenvolvimento humano) do mundo:

1 Noruega 0.963 #
2 Islândia 0.956 X
3 Austrália 0.955 X #
4 Luxemburgo 0.949 X #
5 Canadá 0.949 X #
6 Suécia 0.949 X #
7 Suiça 0.947 X
8 Irlanda 0.946 X
9 Bélgica 0.945 #
10 Estados Unidos 0.944 X
11 Japão 0.943 #
12 Países Baixos 0.943 #
13 Finlândia 0.941 X
14 Dinamarca 0.941 #
15 Reino Unido 0.939 X #
16 França 0.938


Os 16 paises mais liberais do mundo:
1. Hong Kong [1.35]
2. Singapura [1.60]
3. Luxemburgo [1.63] X #
4. Estônia [1.65]
5. Irlanda [1.70] X
6. Nova Zelândia [1.70] #
7. Reino Unido [1.75] X #
8. Dinamarca [1.76] X #
9. Islândia [1.76] X
10. Austrália [1.79] X #
11. Chile [1.81]
12. Suíça [1.85] X
13. Estados Unidos [1.85] X
14. Suécia [1.89] X #
15. Finlândia [1.90 ] X
16. Canadá [1.91] X #
X = países que estão em ambas as listas.
# = Monarquias


Lula e o Foro de São Paulo

Pronto! Agora o Foro de São Paulo decidiu que se deve censurar qualquer informação sobre ele, principalmente as ligações de Lula e o PT com terroristas conhecidos.
Leiam o último item (em vermelho).
Isto é uma vergonha!!!
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Now the Sao Paulo Forum has decided to censor any massage from Peña Esclusa denouncing the the "foro" , Lula and its liasons with terrorist groups in Latin America.

Please, spread the word...
 
 
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Subject: Tips Revolucionarios Nº 112 (23 de octubre de 2006)

FUERZA Solidaria
 
TIPS REVOLUCIONARIOS Nº 112
 
(23 de octubre de 2006)

 

1. Guerrilla colombiana hace estragos en Venezuela

Caracas, 20 de octubre.- Grupos de 15 hombres con armas largas y cortas, ropa de camuflaje, sombreros y pañuelos que les cubrían la parte inferior del rostro, entraron en las poblaciones fronterizas venezolanas de Santa Inés el 11 de este mes y en Caño Gaitán la noche del miércoles pasado. Su misión: desalojar de sus viviendas a los venezolanos residentes de esas zonas en un lapso de 24 horas. Su método: asesinar a un miembro de la comunidad frente a los lugareños o eliminar a un civil que supuestamente funge como colaborador de un grupo irregular contrario.
    Las denuncias sobre la presencia en el país de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (conocidos por los habitantes de la frontera como "guerrillos"), o de los miembros del Ejército de Liberación Nacional (llamados "elenos") datan de tiempo atrás.
    La población fronteriza de Santa Inés, de 32 familias integradas por 100 personas, se vio obligada a abandonar casas y cultivos para salvar la vida. Los guerrilleros le dieron 24 horas a los habitantes para salir del lugar, luego de matar a uno de los vecinos en plena plaza pública, frente al resto del pueblo, como medida de presión. A petición de los lugareños el plazo se extendió hasta el primero de noviembre.
 
 
Nota del editor: Tanto las FARC como el ELN son fundadores del Foro de Sao Paulo, organización a la cual también pertenecen Hugo Chávez, Evo Morales y Lula da Silva, sin embargo, a pesar de los desmanes que cometen en Venezuela, Chávez no se deslinda de ellos; al contrario, los protege, como denunció Uribe.

2. Uribe dice que guerrilleros se esconden en Venezuela
 
Bogotá, 20 de octubre.- El presidente Alvaro Uribe aseguró el viernes que jefes guerrilleros se refugian en Ecuador y Venezuela, sin el beneplácito de sus respectivos gobiernos, a los que pidió solidaridad para combatir el terrorismo.
    En un discurso que pronunció en el complejo militar en el que jueves estalló un carro bomba que adjudicó a las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y dejó 23 heridos, Uribe afirmó que el vocero y miembro del secretariado de esa organización rebelde Raúl Reyes "cobardemente se esconde en la selva ecuatoriana, contra el consentimiento del Ecuador".
    "Desde allí se lucra del negocio de la coca, cínicamente desconoce su condición de terrorista para posar de vedette internacional, de fantoche", agregó. En varias oportunidades Colombia denunció antes que tras lanzar ataques, las FARC usan como retaguardia zonas fronterizas del Ecuador.
    Luego denunció que Iván Márquez, otro miembro de la cúpula de las FARC, "cobardemente se esconde en la selva fronteriza de Venezuela, en contra del consentimiento de Venezuela, y posa de escritor con editoriales en la página de internet de las FARC".
 

3. Chávez dona helicópteros a Fuerza Aérea de Bolivia
 
La Paz, octubre 21 (DPA).- Venezuela donará a Bolivia dos helicópteros que se destinarán a tareas de rescate y búsqueda, informó el comandante de la Fuerza Aérea Boliviana (FAB), general Luis Trigo.
    Las naves, cuyas características no fueron precisadas de inmediato, llegarán al país en los próximos días, previó el oficial, quien destacó la cooperación venezolana.
    Anteriormente, la administración del presidente Hugo Chávez envió a Bolivia, en calidad de préstamo, dos helicópteros Súper Puma que son utilizados para apoyar programas de asistencia humanitaria, de salud y educación, así como los traslados del mandatario Evo Morales.
    La agencia estatal ABI indica que esa ayuda forma parte de los convenios de cooperación de la Alternativa Bolivariana para los Pueblos (Alba) y el Tratado de Comercio de los Pueblos (TCP), que firmaron los presidentes Chávez, Fidel Castro, de Cuba, y Morales.
 

4. Evo Morales reparte tierras expropiadas

La Paz, 20 de Octubre. (AFP).- El presidente izquierdista Evo Morales repartió 16.000 hectáreas a 600 familias campesinas sin tierra en el rico oriente boliviano, en el marco de la revolución agraria que instrumenta contra viento y marea en Bolivia. El gobernante dotó de posesiones a la mitad de las familias de indios guaraníes y yuracares que se habían asentado hace poco en la novísima localidad de Pueblos Unidos, a más de 1.000 km al este de La Paz.
      Morales distribuyó las posesiones que hace menos de dos meses confiscó a  dos terratenientes bolivianos.

(link: http://www.emol.com/noticias/internacional/detalle/detallenoticias.asp?idnoticia=233525 )


5. China comunista invertirá millones en la Venezuela de Chávez
 
Caracas, 22 de octubre.- El ministro de Relaciones Exteriores, Nicolás Maduro, informó que la República Popular China aportará 4 mil millones de dólares para la conformación de un fondo de financiamiento, el cual será destinado a la construcción de la red ferroviaria en el país.
    En la plaza Bolívar de Caracas, durante un homenaje realizado al presidente del Banco de Desarrollo Chino, Chen Yuan, Maduro indicó que en la visita del representante del país asiático que se extenderá hasta el martes, se concretará dicho fondo en el cual Venezuela aportará 2 mil millones de dólares.
    "Este fondo permitirá el inicio de la construcción de la red ferroviaria nacional, porque el país a mediados de esta década será un país moderno y avanzado en ferrocarriles de toda América Latina", añadió el canciller, según ABN.
    Asimismo, durante la visita de Chen Yuan se concretará el financiamiento para 100 mil viviendas además de las 20 mil que ya se han firmado, así como un financiamiento de todo el plan de telecomunicaciones.
 

6. Foro de Sao Paulo intenta contrarrestar escritos de Peña Esclusa
 
Caracas, 21 de octubre (Tips Revolucionarios).- El Foro de Sao Paulo está circulando una "carta abierta al pueblo brasileño", firmada entre otros por la dirigente comunista Marta Harnecker, de formato idéntico -pero de signo contrario- a las cartas dirigidas al pueblo brasileño, escritas por Alejandro Peña Esclusa, editor de este servicio informativo.
    Las cartas originales de Peña Esclusa -que circulan masivamente en idioma portugués en la redes de internet brasileñas- advierten el peligro que significa votar por Lula, denunciando sus vínculos con el Foro de Sao Paulo, Chávez y las FARC. La carta del Foro de Sao Paulo, plantea exactamente lo mismo, pero con respecto a Alckmin, relacionándolo al capital internacional.
    Evidentemente, los escritos de Peña Esclusa han golpeado duramente a la campaña de Lula, que pensaba ganar en primera vuelta. Recientemente, el comando de campaña de Lula se quejó en su página web de escritos que circulan por internet, vinculando a Lula con el Foro de Sao Paulo (ver Tips Revolucionarios Nº 108)
    Marta Harnecker es chilena de orígen, fundadora del Foro de Sao Paulo, esposa del fallecido Comandante Manuel Piñeiro "Barbarroja", quien fue por muchos años jefe de la inteligencia cubana .
 
 

Tips Revolucionarios es una breve publicación electrónica escrita desde Venezuela cuyo objetivo es mostrar día a día el preocupante avance del castro-comunismo en la región, así como la resistencia que algunos sectores le ofrecen



Pacto da mediocridade... e algo mais

César Maia, o defensor de políticas da "terceira-via", devezemquando acerta uma:
O debate sobre privatização no Brasil atingiu não só a mediocridade, mas além disso, o absurdo.
Não há como não fazer um julgamento moral definitivo: Para maioria da população "roubar" é um pecado menor frente à "privatizar".

A esquerda "neo-andertal" pregou a flecha do "privatismo radical" da pretensa "direita" representada pelo PSDB e este a nega até a morte!!!

É o que o Olavo de Carvalho nos fala da direita auto-castrada, mesmo quando nem é de direita de verdade, simplesmente uma esquerda em tons de rosa, comparado aos radicais do PT e assemelhados.

Pois bem, isto significa que o debate está sendo dirigido e manipulado por um grupo responsável pelo maior escândalo de corrupção - em quantidade de envolvidos (a cúpula de um partido inteira dedicada à cooptar e anular o congresso nacional) - e volume de dinheiro. A estes caras ainda é dada a liderança moral de definir o debate!!

`A população, mesmerizada ao nível do "Cesare" (o sonâmbulo assassino controlado à distância pelo Doutor Caligari - no filme do mesmo nome) , resta a obediência cega aos comandos da torre de controle.

Num debate racional, teria de ser explicado que quanto maior a privatização, menos meios de corrupção existem, pois o estado não terá mais "ativos" para usar politicamente.

Mas a população, hipnotizada pelo discurso esquerdista, acredita que "privatizar" é "roubar do povo", pois acredita que pertencendo ao Estado é de todos. Não percebeu o quanto o Estado - tendo todo o poder - pode se voltar contra o indivíduo, que é o mesmo povo. Vide o episódio do caseiro Francenildo, onde o Estado - controlado por uma máfia criminosa e corruptora - não hesitou em quebrar o sigilo de um simples cidadão, para se proteger.

O povo acha que defende um patrimônio público enquanto está eternizando seus próprios algozes como seus "donos" de fato.

Mediocridade??? Muito além disso.

A covardia de quem tem os meios de "quebrar o encanto" ainda me impressiona...

Aqui abaixo o comentários de César(e)? Maia e do Finantial Times...

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PACTO DE MEDIOCRIDADE !

Duas matérias no Financial Times online
de domingo demonstram que uma "ampla vitória" de Lula significa um
pacto com a mediocridade, com o crescimento baixo, com a ausência de
reformas e a transformação da expressão "privatização" em um autêntico
palavrão. Pior: os jornalistas J. Wheatley e R.Lapper perceberam
corretamente que não só Lula está abandonando a modernidade, mas o
próprio candidato Alckmin está sendo forçado a negar e renegar idéias
de reformas e de privatização para não perder votos. O nome para tudo
isso: uma tragédia brasileira. Os eleitores não se incomodam com a
corrupção, mas não querem saber de privatização.

FT.com / Americas / Latin America Agenda - October 22: Privatisation is a dirty word
When Mr Alckmin forced the second round against all odds, he seemed to have secured a real chance of winning the presidency. That chance has evaporated quickly and Mr Lula da Silva now has a lead of at least 20 points in opinion polls. How has he done it? By painting the PSDB as a far right party intent on privatising everything in sight.

sábado, outubro 21, 2006

Relançamento: "Colligated Blogs"

Novidade na web.
A versão em inglês dos "Blog Coligados", da qual pertenço, está de "alma" nova.

A partir de hoje, o Colligated Blogs deixam de ser simplesmente a versão dos coligados, com os mesmos editores.
O "colligated Blogs" agora é um "blogfest": um blog que, ao invés de artigos postados nele exclusivamente, busca informações de diversos blogs de forma automática, publicando os "headlines" dos posts mais atualizados destes blogs com um pequeno resumo do texto.

Foram agregados blogs e sites de diversos países da América Latina e do Norte que tem a maior característica a defesa da democracia e da liberdade.

Estão lá o blog do bisneto do primeiro presidente de Cuba, Tomás-Estrada Palma, com sua visão sobre o processo de sucessão na ilha, também o surpreendente blog de "Perilous Times" o Once Upon a Time in the West, explicando as últimas ações do mundo ex(?)-comunista e como elas encaixam à perfeição nas descrições que Anatolyi Golitsyn (desertor russo) nos deu em seus polêmicos e impressionantes livros "New Lies for Old" e "Perestroika Deception".

Não dá para não citar também:
- Aleksander Boyd e seu blog sobre a crise venezuelana em Vcrisis
- Publius Pundit com diversos editores trazendo matérias originais sobre liberdade na América Latina.

Os cubanos-americanos se fazem presentes com os excelentes:

- Babalu blog
- Castrianism
- Down with Castro
- Kill Castro
- Devil's Excrement
- Cubanology.com

Aproveitem!!

quarta-feira, outubro 18, 2006

sexta-feira, outubro 13, 2006

O medo da Solução - por Fábio Lins

Este texto é muito bom. Reflete não só 'status quo' do debate das idéias no Brasil mas também o grau de responsabilidade de quem atingiu esta ciência para com o futuro do país (para aqueles que acham que a saída não pode ser somente o aeroporto mais próximo - enquanto há tempo)...
Excelente, Fábio.
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O Medo da Solução - por Fabio Lins

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2006

O brasileiro, no campo político, assemelha-se a um homem encurralado por uma inundação mas que se recusa a subir para as montanhas porque, supersticiosamente, crê que são habitadas por demônios, enquanto ao mesmo tempo, ama vazamentos em represas. A inundação, naturalmente, é a massiva ideologia de dependência do estado, e portanto dos políticos enquanto a montanha é a reforma verdadeiramente liberal-federalista que se faz inevitável para o resgate cívico e moral da cidadania brasileira.

Temos concentrado nossos esforços em compreender o que a esquerda fez para atingir a hegemonia titânica que presentemente possui no campo cultural e político. Sabemos que vêm utilizando articulações nacionais e internacionais escusas, que rouba, mente e calunia. Sabemos que se orienta segundo artífices do engodo como Gramsci e sabemos também que se travestem com ideais de bondade e auxílio ao próximo apenas para obter maior domínio sobre a mesma pessoa que diz ajudar - exemplo maior sendo o sistema de cotas e o voto de cabresto do Bolsa-Família. Aplicam na realidade a fala do demoníaco rei dos duendes interpretado por David Bowie no filme "Labirinto" para seduzir a jovem Sarah: "Olhe Sarah, o que eu te ofereço! Seus sonhos! Apenas me ame, me tema, faça o que eu disser... e eu serei seu escravo!", isto é, prometem atender os desejos imediatos das pessoas em troca da submissão delas à participação em seu projeto de poder. Todo esse conhecimento é importante pois quem não conhece o inimigo não sabe contra quem está lutando. Mas é fundamental compreender também porque o povo brasileiro é vulnerável a esse tipo de ataque e, ao mesmo tempo, porque estamos incapazes de reagir. É fácil culpar a "ignorância" do povo, ou talvez a nossa reconhecida falta de recursos (embora sejamos rotulados como defensores dos "ricos" para fins de aumentar o número de "demônios" na "montanha"). Mas simplesmente constatar isso sem reagir e nem mesmo esboçar uma tentativa é conformar-se com o afogamento. É covardia.

De nossa parte, temos sido covardes. Digo isso, não me referindo aos poucos que têm se exposto na mídia e na internet e pago um caro preço em termos de status e até mesmo de perda de empregos. Mas refiro-me aos milhões de pessoas que concordam com eles e se contentam em ler, constatarem que é correto e apenas murmurar: "É... fulano de tal está certo, mas eu não vou me meter nisso" e, com ar blasé continuam em seu lugar calmamente. É culpa sua, meu caro, minha cara, por omissão, que a coisa tenha chegado a esse ponto. Se não existe um partido verdadeiramente honesto, progressista no sentido verdadeiro do termo, liberal, conservador e federalista oficialmente é porque os milhões de pessoas que acreditam nestes valores no Brasil - e sabemos que existem - se entregam ao canto sedutor: "Me ame, me tema!" e aceitam ficarem parados vendo as coisas acontecerem.

Honestamente, a esquerda deseja seus objetivos muito mais apaixonadamente do que nós e traduz essa paixão em atos. Se professores ensinam o que não gostam ou concordam nas escolas, eles vão processar, lutar para acabar com a carreira da pessoa. Nós nem sequer tiramos nossos filhos da instituição que ensine informações que sabemos erradas ou  valores que repudiamos. Eles montam ONGs e empresas para atingir seus fins, fazem contatos internacionais, buscam financiamentos. Nós nem sequer nos privamos de pequenos prazeres em prol de nossos ideais. Devíamos boicoitar programas de TV, jornais, teatro, música, filmes nacionais ou internacionais e shows de artistas que defendem idéias esquerdistas e coletivistas avisando às emissoras, distribuidoras e responsáveis a causa de nosso repúdio, seja por ligação ou divulgação na internet ou jornais. Jamais comprar produtos anunciados por eles e avisar as empresas ou instituições o motivo de nosso boicoite. Nunca comprar produtos cubanos, chineses ou da Coréia do Norte. Não comprar livros, revistas ou qualquer produção de esquerdistas. Jamais apoiar ONGs, por mais nobre que seja a fachada, que sabemos utilizar o belo ideal para financiar valores esdrúxulos. Ao mesmo tempo, indentificar os profissionais e produtos que se identificam com valores liberais, conservadores e federalistas e apóia-los ainda que a qualidade seja ligeiramente menor (até porque deve ser menor por falta de dinheiro e apoio para melhorar). Não precisamos, como eles, recorrer a meios ilegais, ou sermos indiferentes à fonte do dinheiro para que, caso seja ilícita, possamos alegar que não sabíamos. Mas nos tornamos fracos, preguiçosos e inertes. Nossos defeitos sufocam nossas virtudes enquanto as poucas virtudes deles - determinação, amor ao que fazem - potencializam seus defeitos. É no dia-a-dia, no trabalho, em casa, no bairro, no condomínio, defendendo formas de organização verdadeiramente liberais, federalistas e conservadoras que iremos virar a mesa. Sem essa preparação, não haverá ambiente sócio-político que dê embasamento para um candidato que defenda esses valores. Precisamos combater, também, nosso vício de achar que doar dinheiro para uma causa é ser enganado. A esquerda fala mal do capitalismo, mas aceita as doações dos capitalistas de muito bom grado. Nós falamos bem, mas não botamos a mão no bolso. Institutos liberais vivem na pindaíba, organizações religiosas realmente conservadoras também, iniciativas de mídia como o Primeira Leitura falem, outros como o Mídia Sem Másca vivem de sacríficios pessoais, o Partido Federalista em gestação continua em gestação. Simplesmente ninguém apóia ninguém. O nosso orgulho e cabeça-durismo em não nos articular nem entre nós só é comparável em intensidade à capacidade da esquerda de se articular até mesmo com seus inimigos. Verdade seja dita: a hegemonia deles tem menos a ver com a "ignorância" do povo e muito mais com uma grande competência de organização da parte deles (que utilizem essa competência para organizar inclusive coisas iníqüas é de segunda ordem) enquanto nós somos incompententes que se recusam a aprender as lições das derrotas. Só haverá um movimento de reação quando formos um movimento mesmo, o que implica alianças *reais*, *concretas*, *ações articuladas* e não apenas convergências de intenções. Nós somos como um bebê chorão que quer muito uma coisa mas não faz nada; eles são adultos perversos que mobilizam os recursos necessários para atingir seus objetivos.

Sejamos honestos conosco mesmos. No momento, prefirimos sermos esmagados sozinhos do que fazermos concessões para outros grupos para enfrentar o inimigo comum. Apenas reconhecendo isso e mudando a atitude poderemos esboçar reação. Podemos morrer esmagados pela esquerda, imersos na vaidade de sermos mártires da pureza ideológica e da "coêrencia" (entre aspas porque não é verdadeira coerência abdicar de alcançar um determinado resultado em nome de ser fiel ao desejo de obtê-lo) ou sermos um pouco mais humildes e menos utópicos e buscar alianças concretas entre nós ainda que isso signifique fazer concessões.

Quanto ao povo brasileiro, do qual fazemos parte e não podemos abstrair isso, temos que buscar entender porque a conversa mole da esquerda o convence. Alegar sua "ignorância" é ofensivo, inverídico e improdutivo. Muitos dos que militam em nosso campo gostam de falar de "escolhas racionais", a ação humana buscando fazer o melhor a partir do menos, da tendência conservadora do povo em geral, mas simplesmente jogamos tudo isso para o alto e tratamos o fenômeno do sucesso da esquerda como se ele não se enquadrasse nesses termos. *Neste* ponto somos verdadeiramente incoerentes. Se o brasileiro tem feito uma escolha pela esquerda é porque isso lhe parece a opção racional no mercado de posições políticas e a opção que vai lhe trazer maiores benefícios. Eu e você sabemos que uma bolsa de poucos reais não ajuda em nada, mas os valores são subjetivos e quem a recebe, simplesmente, acha que sim. Então para essa pessoa vale apoiar quem diz ser o campeão dessa esmola estatal e vende calmamente seu voto por isso. O voto tem preço? Sim, sempre, mesmo que não monetário, esse é o princípio. Agora, cabe a nós, não apenas deixar claro, mas convencer que entre 80 reais e a possibilidade de se auto-sustentar, não vale receber o primeiro às custas do segundo.

Temos também que partir de um dado da realidade: o povo brasileiro tem os políticos como safados, mas confia plenamente no Estado. Honestamente, acho que é inclusive improdutivo tentar mudar essa perspectiva de tão intricada na alma brasileira que ela está. Sendo assim, todo discurso que valorize o Estado e que aponte o Estado como favorecedor do povo irá *infalivelmente* contar com a simpatia e apoio da maioria do povo. O povo pode conceber "reformas" do Estado, mudanças, moralização, mas nada disso passa por algo que atinja o Estado em si. A formulação tipicamente liberal de "Estado mínimo" soa como uma afronta à alma brasileira, um ataque a uma entidade que se não é boa, foi feita para sê-lo e deve ser "curada" mas nunca "mutilada". Bater nessa tecla é dar soco em cabeça de prego. Esse discurso nunca funcionou e jamais funcionará. Temos que mostrar outro ângulo da coisa. Quanto à percepção da desonestidade crônica dos políticos, à primeira vista, poderia levar a uma indignação que exigisse a diminuição do poder deles. Mas como são espertos, eles sempre colocam essa diminuição do poder pessoal deles como um ataque ao Estado em si mesmo. E entre um político desonesto e um inimigo do sacrossanto Estado, o povo brasileiro não hesita em escolher o primeiro, porque, segundo nossa visão, é uma questão apenas de trocar os pessoas para que o Estado, inerentemente bom, funcione.

A "tradição" do Brasil é o mercantilismo, que nada mais é que o máximo que o projeto socialista já chegou na realidade. É sim cheio de injustiças, privilégios, abusos de poder. Mas é conhecido e por isso confortável. A solução, que é o máximo de separação do poder político e do poder econômico através da não sobreposição do estado no mercado, características das democracias liberais capitalistas, é temida, pois o arquétipo é que "ruim com o Estado, pior sem ele". E é *nesse ponto* que a esquerda faz seu ganho. O povo não quer ser de esquerda. Ele quer seguir essa tradição do Brasil, quer ver o Estado agindo; por isso toda proposta de que o Estado aja menos soa como anátema: se com todas as ações do Estado a coisa já é ruim, crêem, sem elas só poderá piorá. O que a esquerda "pescou" foi atribuir a si mesma o objetivo de "aperfeiçoar" essa relação conjugal estado-mercado tão cara ao sentido brasileiro de identidade nacional e de eficiência do Estado. Se a "direita" mostrar que vai "aperfeiçoar" a relação do Estado com o mercado, e mostrar os resultados positivos de suas reformas, o povo votará nela. O que ele jamais admitirá é qualquer coisa que soe como um ataque ao Estado e "tirar coisas do Estado" como a proposta de "diminuir o Estado" parece, tem, para a mente associativa, o tom de um ataque, uma tentativa de mutilação, de ferimento, de fazer menos e não mais.

Temos que desistir de competir nesses termos e atender aos anseios da população *da forma como eles existem*. Talvez até abdicando dos nomes "estado mínimo", "limitação do estado" se estes possuem percepção negativa. Queremos salvar palavras ou um povo? Queremos que o Brasil se torne emancipado ou a acadêmia liberal? Queremos que o povo perceba que a melhor forma do Estado cumprir suas obrigações é deixando-o o mais impermeável possível ao abuso de poder dos políticos. Que o poder de cometer abusos está diretamente ligado à concetração e centralização deste poder nas mãos de umas poucas instituições e que a melhor forma de o povo poder fiscalizar o político é que as decisões mais importantes para cada comunidade sejam tomadas o mais perto dela possível.

Temos também que parar de achar que as pessoas que se engajam em movimentos e mobilizações da esquerda são "idiotas" úteis. Não. São pessoas que, no mais das vezes, realmente se importam com a sociedade e realmente querem fazer o bem. Só que *realmente*, por uma opção racional, vêem na esquerda a forma mais eficiente de atingir seus objetivos. É responsabilidade *nossa* provar que não. Onde estão as ações liberais na favela para a formação de uma ética empresarial liberal? Enquanto nós falamos para nós mesmos que o valor social do empresário está justamente em gerar lucros, milhares de ONGs estão influenciando milhões de brasileiros a achar o contrário. Eles formam artistas e atletas que se afastam do tráfico por causa dessas atividades e, embora essas atividades convenientemente os mantenham na mesma classe social e ainda dependentes do governo, não deixam de ser uma certa melhoria de vida para aquelas pessoas. E elas serão gratas e adotarão sem mais pensar os valores dos seus beneficiantes. O próprio Cristianismo cresceu em Roma quase que exclusivamente pelo poder de um sistemático, articulado e bem organizado sistema de assistência social. Esse é o caminho. Entrar em massa com programas de seleção e formação de empreendedores. Não apenas serão exemplos de ascenção social, como tirarão seus colegas da situação de pobreza, em uma ideologia de abandono da favela ao invés de cultivo dela. Essas organizações conscientizarão as comunidades, aos poucos, dos muitos entraves que os políticos colocam ao seu próprio crescimento, muitas vezes sob o disfarce de ajuda, e poderão, um dia, articular reações, abaixo-assinados. movimentos sociais, populares e semelhantes. Não apenas a formação de uma cultura empreendedora, mas em paralelo de cultivo da verdadeira inteligência, estudando os clássicos ao invés do compositor popular do dia. Estes serão os indivíduos que em 5 ou 10 anos entrarão nas universidades e substituirão os formadores de opinião esquerdistas que lá se encontram. Em suma, não adianta ficarmos falando que o caminho que temos é melhor. Temos que começar nós mesmos a trilhá-lho e nossos melhores resultados, porque o serão, irão reverter essa percepção do público, pois, de fato, no momento, eles têm que escolher entre os resultados pífios da esquerda e o mero discurso liberal. Entre resultados ruins e pura conversa a escolha racional é naturalmente para os primeiros. Para mudar isso, temos que mostrar *aqui* no meio do nosso público os nossos resultados. Não adianta mostrar que funcionou para "n" países. Nosso povo quer ter certeza que funciona para eles também. E ao mesmo tempo não querem correr o risco de abandonar o "ruim, mas certo" que já possuem para arriscar algo que não compreendem. Temos que nós mesmos assumir os riscos, os sacrifícios e depois divulgar os resultados aos quatro ventos. Em suma, temos que não apenas falar que somos o melhor caminho, mas demonstrá-lo para àqueles que afinal não são nossos inimigos mas precisamente o povo que queremos ajudar.

No filme Labirinto, que mencionei acima, a personagem principal, Sarah, escapa à influência maligna de David Bowie quando finalmente se lembra da resposta correta à frase sedutora: "Por perigos indescritíveis e inumeráveis obstáculos, lutei para chegar até aqui no castelo além da Cidade dos Duendes para levar de volta a criança que você roubou, pois minha vontade é tão forte quanto a sua e meu reino é tão grande quanto o seu. Você não tem poder sobre mim." Essa é a consciência que falta, que não precisamos de nenhum rei, porque podemos superar "perigos indescritíveis e inumeráveis obstáculos" por nós mesmos, nos elevarmos acima da mediocridade de uma "Cidade de Duendes" até um castelo e recuperar a "criança" que o "rei" roubou de nós: nossa liberdade, nossa responsabilidade por nossa própria vida. É vivendo essa realidade, fazendo como Gandhi disse e sendo nós mesmos a mudança que queremos ver no mundo, que um dia assistiremos não apenas nossos companheiros, mas todo o povo brasileiro dizer em uníssono para as idéias esquerdistas, centralistas e coletivistas : "Você não tem poder sobre mim".