sábado, janeiro 14, 2006
Tentativa de acabar com o número 2 da Al-Qaeda: 17 mortos
Por outro lado, muitos inocentes morreram, informa a Fox . Um dos sobreviventes declara que toda a sua famíla foi assassinada e não sabe quem é o culpado. Finaliza "Eu só busco a justiça Divina".
É claro que protestos contra o "terrorismo" americano espocaram por todo o Paquistão, colocando o presidente Musharraf numa situação delicada - ele é um dos apoiadores de primeria hora da Guerra contra o Terror de Bush.
São ações como essa - erros como esse - que devem ser evitados. A perda de vidas humanas inocentes é irreparável e quando acontece só aumenta a pressão anti-americana no mundo.
Vamos aguardar os acontecimentos.
Submarino : anti-americano até debaixo d'agua!
Bemvindo ao clube. Comigo aconteceu o mesmo - mas com o site Internet Movie Database (IMDB): Tentei várias vezes enviar um comentário desvendando a verdade sobre o 'documentário' do Jorge Furtado , "Ilha das Flores" ao site e nunca foi publicado também. Para variar somente opiniões favoráveis ao filme aparecem por lá. Comentei isso no meu blog em inglês, o swimming against the red tide.
Parece que o submarino está adotando a mesma política externa do presidente Lula: Prefere rasgar dinheiro, perdendo eventuais clientes do que manter uma postura transparente com o seu público. O mesmo se pode dizer do IMDB. Em ambos os casos a resposta deve ser só uma: ignorar solenemente tais bodegas virtuais.
terça-feira, janeiro 10, 2006
Serviço de utilidade pública: A lista dos jornalistas petitas de Mainardi
Olho neles!!
A lista de Mainardi: "Diogo Mainardi classificou os seguintes jornalistas como 'lulistas' ou ideologicamente ligados a algum partido ou movimento de esquerda e que ajudaram na ascensão do Governo Lula.
* Tereza Cruvinel, do jornal O Globo
* Kennedy Alencar
* Franklin Martins
* Eliane Cantanhêde
* Luiz Garcia
* Vinicius Mota
* Alberto Dines
* Alon Feuerwerker
* Paulo Markun, da TV Cultura
* Paulo Henrique Amorim
* Ricardo Noblat
* Leonardo Attuch
* Mino Carta
* Fernado Morais
* Gilberto Dimenstein
* Marcelo Beraba
* Juca Kfouri
* Nelson de Sá
* Mario Rosa
* André Singer
* Ricardo Kotscho
* Eugenio Bucci"
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Uma das ameaças à democracia brasileira: o "politicamente correto"
"Ano novo, vida nova" , é um dito popular de passagem de ano, mas pode se transformar numa realidade palpável no panorama político de 2006 – um ano eleitoral, além de tudo.
Muita análise foi feita sobre os possíveis desdobramentos dos acontecimentos políticos do ano – a saber : a implosão - "de dentro para fora" - daquilo que se chamou das "bandeiras históricas" do partido dos trabalhadores e do resultado surpreendente do referendo sobre a proibição do comércio de armas no Brasil. Boa parte delas concluía o resultado do referendo das armas como uma espécie de plebiscito do governo, revelando uma reprovação ao desmoronamento do discurso do partido vencedor em 2002. Ou seja, uma reprovação tópica de forte cunho político-partidário.
Esta é uma visão parcial dos acontecimentos. Na verdade a derrota do "sim" no referendo é o que se pode chamar de primeiro indício de que uma corrente muito maior – maior até do que as escolhas político-partidárias – foi derrotada. Esta corrente é o pensamento 'politicamente correto'.
O "politicamente correto" pode ser definido como uma espécie de 'wishful-thinking' que se auto-realiza pela repetição mântrica de palavras de ordem. As palavras são cuidadosamente escolhidas para adjetivar de modo diferenciado a realidade tendo assim o poder de, modificando a maneira de pensar sobre ela, por fim modificar a própria realidade. A premissa fundamental é de que a 'realidade' é subjetiva, sendo portanto um bem exclusivamente pessoal. Modificando-se esta visão pessoal da realidade pelo condicionamento pavloviano de repetição, se modificará por fim a própria realidade – que afinal não passa de um conjunto de realidades pessoais.
Inicialmente recebida como uma esquisitice pseudo-intelectualizada , ela foi – pela disseminação cuidadosa a partir de um núcleo denominado como 'elite cultural' – contaminando os ambientes por onde circulava. Sua chegada aos discursos de campanha e às redações das principais jornais do país marca sua proeminência no mercado das idéias políticas 'que vendem'. De onde nunca mais saiu. A partir deste ponto – definido temporalmente na década de noventa – não havia mais matéria jornalística, política ou não ou discurso político que não incorporasse componentes 'politicamente correto'. Ou não fosse incorporado por ele.
A percepção errada sobre sua verdadeira natureza levou a classe política em peso a adotá-la, não importando siglas, programas de partido, visão política e história. O resultado é que chegamos a um ponto onde todos queriam parecer e soar 'pc' (politicamente corretos). Neste processo todas as opções político-eleitorais perderam completamente a sua identidade. Partidos ditos conservadores, liberais, sociais-democratas ou socialistas passaram a ter perante o eleitorado o mesmo cheiro, cor e sabor.
A falta de "persona" político eleitoral teve o seu auge na eleição presidencial de 2002, onde todas as opções pareciam ser absolutamente iguais, restando ao eleitorado escolher critérios de desempate entre gravatas, ternos e penteados. A aparente convergência de pensamento era tão evidente que foi uma conseqüência previsível o fato de que todos os 'adversários' de 2002 acabaram formando a base de apoio do novo governo em 2003. Esta falta de identidade política causada pelo sucesso avassalador do politicamente correto é uma ameaça à democracia brasileira. A falta de um espectro amplo de opções político-partidárias é um erro que deve ser corrigido. Quando falo em opções político-partidárias, não me refiro ao número de partidos – que considero um absurdo no Brasil – mas às suas colorações políticas.
A conclusão é de que, por força do discurso politicamente correto, os partidos se transformaram em uma massa anódina de chavões e palavras de ordem, alienando-se em boa parte ao mundo real dos eleitores. O resultado do referendo foi então um aviso à classe política, para evitar os excessos do 'pc' e darem mais atenção ao mundo real.
Apesar de um aparente apoio popular ao politicamente correto, a fórmula parece esgotada. O discurso floreado cheio de boas intenções revelou afinal a sua maior vítima: a classe política. O feitiço em boa parte se voltou contra o feiticeiro. O público percebeu que por trás das boas intenções do discurso, a intenção real poderia ser bem diversa, numa re-edição à brasileira do 'duplipensar' Orwelliano. A vitória consagradora do 'não' no referendo das armas é a expressão deste esgotamento. Nunca apelos emocionais tiveram tão pouca receptividade. E nunca se falou tanto em valores como 'liberdade' e 'direitos individuais' neste país.
Que seja o símbolo de uma nova etapa da democracia brasileira. Aguardo ansiosamente pelos próximos capítulos.
Feliz Ano Novo.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Abaixo a lógica II - a volta
Uma bela ocasião para acertar as contas com esta velha conhecida. Afinal juntado aos seis anos de preparação, somam-se 25 anos de convívio com os esquemas lógico-racionais da engenharia. Sempre uma convivência bi-polar.
Como aqui revelei minha área de atuação profissional - a engenharia - não tenho como não deixar de falar sobre os arquétipos mais conhecidos do engenheiro:
Estão sempre no mundo da lua, aliás no mundo dos cálculos e especulações matemáticas.
Têm um pensamento 'cartesiano' por excelência.
Pouco ou nenhum interesse pelas ditas 'ciências humanas' tais como línguas, (a não ser um inglês macarrônico nível técnico 1 yázigi – especializado em leitura de manuais) história ou filosofia.
Mas a maior contribuição da engenharia para mim – fora a beleza inata de uma equação de Navier-Stokes (a mecânica dos fluídos foi a coisa mais genial que aprendi na universidade) – uma vez que ela me proporcionou o ingresso à universidade, foi a descoberta da porta da biblioteca.
Não me entendam mal mas o curso me obrigava a passar horas e mais horas enfurnando na biblioteca a buscar bibliografia para solucionar equações. Para relaxar um pouco do cálculo, eu me aventurava pelas outras estantes.
Foi ali que eu pude reencontrar minha própria história intelectual – depois de um hiato de 10 anos perdidos em leituras de coisas como "Mad" e "Homem-Aranha" - quando buscava na biblioteca da escola por obras do Monteiro Lobato e Júlio Verne. Mas agora meu apetite era outro: História das idéias, Bauhaus, Le Corbusier, Jack Kerouac, Kafka, Orwell, Albert Camus e os meus favoritos Dostoievski, Hesse, Wells e Wilde. E também um panorama dos movimentos de arte vanguardistas do princípio do século vinte como dadaísmo, futurismo, pontilhismo, cubismo, fauvismo, surrealismo, todos detonados com a ascenção irresistível do impressionismo no século anterior.
Mas todo este movimento de fluxo e refluxo de influências, entre o dever da matemática e o prazer sensorial intelectual da literatura e da pintura, acabou por esculpir-me um perfil híbrido, uma construção arquitetônica atípíca onde o onde equilíbrio é fundamental.
Mas para isto devo muito à minha metade 'engenheiro' e sua visão utilitarista da lógica. Esta mesma influência da lógica pode ter efeitos muito benéficos no tempo. Uma delas – a mais notável – é que o ensino da engenharia ainda está livre da influência marxista. Ainda não foi criada uma "engenharia social" pelo menos não nestes termos, apesar de toda prática do socialismo dito científico ser rotulado como 'engenharia social' sua similitude com a prática de engenharia termina por aí.
Outro fato importante é que – por mais que tentem dizer o contrário – o número de engenheiros formados em cada país é considerado um indicador confiável da tendência de crescimento econômico deste país. Ironicamente, apesar de muitos notórios esquerdistas serem engenheiros, no final os engenheiros são, pela própria natureza de sua 'praxis', um sólido alicerce à sociedade industrializada que é, por sua vez, é o sustentáculo maior do capitalismo. Capitalismo sem indústria não existe. E para uma indústria existir...
Talvez esteja aí um dos fatores que me levaram a ficar longe das teorias mais coletivistas. Sinto que a lógica teve papel central nesta conseqüência. Mas ela somente não faz milagres. Sem uma boa base de valores e sem a preocupação com equilíbrio das partes ela sucumbiria ao mundo sensível, ficando subjugada a ele. A lógica por si só não estabelece as premissas, e se deixarmos ela chegar à tanto, só vai estabeler premissas que possam ser perfeitamente medidas e avaliadas , o que resultaria num reducionismo pueril.
Um episódio ilustra a influência da engenharia em desfazer a hipnose coletivista. Tive a grata surpresa de encontrar meus antigos colegas e professores dos tempos da faculdade recentemente. Um de meus professores - coincidentemente o que era responsável pela disciplina de mecânica dos fluídos com seu Navier-Stokes – era conhecido ao tempo da faculdade como "comunista". Havia sido detido pelos serviços de inteligência do regime militar. Ao aproximar-me dele veio a pergunta fatal: "Continuas comunista?" e a grata resposta: "Não! Não sou comunista desde 1983. A esquerda perdeu totalmente o rumo . Aprendi que não é pela política que se muda a sociedade e sim o indivíduo, sua família e a manutenção de valores positivos é que podem mudar a sociedade. O sentido do movimento é inverso. Não é do social para o indivíduo; É do indivíduo para o social." Continuou: "Hoje o ensino no país está arruinado Dou graças a Deus em poder lecionar um assunto técnico, sem influência do esquerdismo. Tenho pena dos que hoje tem de cursar alguma faculdade na área de ciências humanas e ter de agüentar ideologia vendida como educação. As pessoas desaprenderam a pensar".
O que eu posso concluir é que meu antigo mestre trilhou o caminho do bem, mas só seria possível numa faculdade como a de engenharia. Qual seria o impacto de tal transformação se o mestre lecionasse história , por exemplo? Provavelmente enfrentaria grandes conflitos, pois é uma disciplina que tem seu tour-de-force em Marx e Hegel.
Apesar de tudo, a lógica ainda é um caminho de saída do vícios mentais, mas na exata medida em que ela mesma não se transforme em outro vício. Talvez a grande descoberta ainda oculta sobre a natureza do universo não seja a da infalibilidade da matemática newtoniana ou mesmo pós-newtoniana, mas a percepção de que o arranjo universal das coisas segue sobretudo uma 'lógica' artística.
Talvez por isso mesmo que eu goste muito mais de um M. Escher ou William Turner com suas obras que despertam a mesmo tempo a curiosidade e o prazer sensorial intensos do que um projeto de desenho mecânico no AUTOCAD 2006 for windows XP.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Abaixo a Lógica!!
quarta-feira, dezembro 14, 2005
terça-feira, dezembro 13, 2005
Liberais da Argentina dizem não ao protocolo Kyoto
Tal como a Russia, que já havia considerado impraticável o 'Kyoto' (não antes de trombetear aos quatro cantos a "recusa" americana") os Argentinos chegaram ao óbvio:
Controlar emissões poluentes em países em desenvolvimento só trará mais pobreza. Os custos de energia ficarão mais altos, dificultando o desenvolvimento.
Como todos sabem, não é com políticas coletivistas que se combate a pobreza. É com desenvolvimento.
E é com desenvolvimento também que se chega a forma mais limpas de energia.
Ou seja. A melhor equação para proteger o meio ambiente é ..Desenvolvimento industrial.
Trecho do comunicado --Brilhante:
"El desarrollo económico en países como Argentina llevará a la adopción de formas más limpias de energía. Los países ricos también son los más sanos y limpios. Las naciones pobres necesitan hacer la transición de la pobreza a la prosperidad con el fin de mejorar el bienestar humano y proteger el ambiente".
Leiam a transcrição original do comunicado da Atlas Foundation Argentina:
Comunicado de Prensa
Montreal, 9 de diciembre del 2005
No canten por mí, dicen los argentinos
Control de emisiones empobrecería aún más a la Argentina
Montreal/Buenos Aires—Algunos gobiernos y grupos ambientalistas sostienen que las economías en desarrollo—como argentina—deben participar en los esfuerzos de control climático mediante la imposición de restricciones a las emisiones de gases de efecto invernadero. Un centro de estudios políticos argentino afirma que esto tendría consecuencias nefastas sobre los países en desarrollo.
Durante la Conferencia sobre Cambio Climático (COP-11), la Unión Europea y otros gobiernos han propuesto un sistema obligatorio de control de emisiones que entraría en vigencia a partir del 2012, año en que el Protocolo de Kyoto expira. Este sistema incluiría a las grandes economías en desarrollo como Argentina, México, China, India y Brasil, y obligaría a estos países a reducir su consumo de combustibles y electricidad.
Martín Simonetta, Director Ejecutivo de la Fundación Atlas 1853 en Buenos Aires, señaló que dicho control de emisiones haría más daño que bien para una Argentina ya de por sí golpeada. Explicó que "Argentina ya cuenta con innumerables problemas internos como para que las ONG's argentinas e incluso nuestro mismo gobierno vengan a decirnos que tenemos que participar en un régimen de control del clima que encarecerá los costos de la energía que consumimos".
Simonetta añadió que "Hoy en día el costo de la vida continúa aumentando para los argentinos. Esta propuesta de control climático es una estafa: perjudicaría al argentino al disminuir el crecimiento económico y su ingreso, lo que extenderá la pobreza en nuestro país".
Juan Carlos Hidalgo, vocero de la Sustainable Development Network, considera que la idea del control climático es inherentemente contradictoria: "Durante estas dos semanas hemos escuchado que los países pobres son los más vulnerables a los efectos del cambio climático. Sin embargo, la solución propuesta no es la de eliminar la pobreza, sino la de imponer más obstáculos al crecimiento económico de los países pobres, en particular al aumentarles el costo de la energía".
De acuerdo con Hidalgo, el control climático afectará nuestra habilidad de proteger el ambiente. Indicó que "El desarrollo económico en países como Argentina llevará a la adopción de formas más limpias de energía. Los países ricos también son los más sanos y limpios. Las naciones pobres necesitan hacer la transición de la pobreza a la prosperidad con el fin de mejorar el bienestar humano y proteger el ambiente".
Para mayor información contacte a la Fundación Atlas 1853 (Argentina): Lic. Martín Simonetta, msimonetta@atlas.org.ar, 011.15.5119.6640 (celular). Juan Carlos Hidalgo (Montreal), jchidalgo@sdnetwork.net, 001.212.495.9597 (celular)
Sobre la Fundación Atlas 1853:
La Fundación Atlas1853 es una organización apartidaria sin fines de lucro suya misión es liderar el cambio hacia una sociedad abierta basada en la defensa de la libertad individual, la existencia de límites institucionales a la acción del gobierno, la economía de mercado, la propiedad privada, la libre empresa, y el estado de derecho. Sitio en Internet: www.atlas.org.ar
Sobre la Sustainable Development Network:
La Sustainable Development Network es una coalisión de individuos y organizaciones no gubernamentales que sostienen que el desarrollo sustentable consiste en darle mayor poder a las personas, promover el progreso, eliminar la pobreza y alcanzar la protección ambiental a través de las instituciones de una sociedad libre. Sitio en Internet: www.sdnetwork.n
terça-feira, dezembro 06, 2005
Votem: meu blog "swimming" está na lista dos melhores blogs latinos
http://weblogawards.org/2005/12/best_latino_caribbean_or_south.php
segunda-feira, dezembro 05, 2005
A revolução Gramsciana no Brasil está em declínio?
Será que quarenta anos de hegemonia cultural vão acabar por auto-combustão espontânea?
Acho que não é tão espontânea assim. A mudança da opinião pública não foi assim automática. Existe influência sim. De todos os que se mobilizaram para denunciar a farsa democrática brasileira, principalmente pós-2002.
Mas a batalha não está ganha. Não é só com o vislumbre de Gandalf montando Scadufax contra o horizonte que vai dar a vitória quase impossível aos bravos resistentes no Abismo de Helm. Não, ainda falta muito. Mordor continua governando todo o resto.
Mas é uma esperança. Uma nova esperança.
Ah! O final do texto é ótimo:
"Aquele velhinho maluco com a bengala, em Brasília, não era o Yves Hublet. Era eu. Não saí da Virginia, mas, juro, era eu. Esse prazer ninguém me tira. E acho que alguns milhões de brasileiros sentem o mesmo."
Muitos brasileiros sentem o mesmo, caro Olavo, muitíssimos mesmo.
Feliz 2006 (adiantado)
Trecho:
"Ao contrário do que aconteceu nos EUA, onde a revolução cultural entrou em refluxo sob os golpes de uma intelectualidade cristã e conservadora diligente e criativa, no Brasil quarenta anos de maquiavelismo gramscista estão sendo abortados simplesmente desde dentro, pela mágica inexplicável da burrice. O problema é que, quando a força hegemônica se extingue a si mesma, sem um único adversário para sequer remover o seu cadáver, o mau cheiro da sua decomposição pode se impregnar por muito tempo no campo de batalha vazio."
DANDO (FINALMENTE) NOME AOS BOIS
Divirtam-se.
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OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
Diogo Mainardi (Veja)
Os lulistas reclamam da imprensa. Não entendo o motivo. Lula já teria sido
deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por
seus partidários.
Eu acompanho todo o noticiário político. Minha maior diversão é tentar
adivinhar a que corrente do lulismo pertence cada jornalista. Não sou um
grande especialista no assunto. Não freqüento o ambiente jornalístico. Tenho
apenas quatro ou cinco amigos no ramo. E nunca fui de esquerda. Não sei
direito quem é quem dentro do PT. Esses pelegos me parecem todos iguais. Mas
tenho um bom olho para reconhecer o jargão lulista. Não preciso de mais de
uma frase, perdida no meio de um artigo, para identificar um governista
infiltrado.
O Globo tem Tereza Cruvinel. É lulista do PC do B. Repete todos os dias que
o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria
ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira que os
lulistas aparelharam os órgãos públicos. Quando ela tira férias, seu
cunhado, Ilimar Franco, assume sua coluna.
Kennedy Alencar foi assessor de imprensa do PT. Ele continua sendo assessor
de imprensa do PT, só que agora de maneira não declarada, em suas matérias
para a Folha de S.Paulo. Ele é o taquígrafo oficial de André Singer,
secretário de Imprensa de Lula. Singer dita e Kennedy Alencar publica.
Franklin Martins é José Dirceu até a morte. Eliane Cantanhêde é da turma de
Aloizio Mercadante. Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não
consigo identificar sua corrente. Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy.
Quem mais? Alberto Dines é seguidor de Dirceu, e só se cerca de seguidores
de Dirceu. Alon Feuerwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apóia
quem o partidão mandar. Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por
qualquer um que seja minimamente de esquerda. Paulo Henrique Amorim é
lulista de linha bolivariana. Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu,
mas pulou fora no momento oportuno.
Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas. Quando
Dantas está satisfeito com o governo, Attuch é governista. Quando Dantas
está insatisfeito com o governo, Attuch vira oposicionista. Mino Carta, por
outro lado, é subordinado a Carlos Jereissati. Tem a missão de atacar
Dantas. E de defender a ala lulista representada por Luiz Gushiken.
Os jornalistas que não pertencem à área de Dirceu, Gushiken, Mercadante,
Suplicy ou Rebelo em geral pertencem à área de Antonio Palocci. Nunca houve
um político tão protegido pela imprensa quanto ele. Palocci tem defensores
influentes em todos os veículos, sobretudo em O Estado de S. Paulo e Valor.
Nem mesmo VEJA escapa do tribunal macartista mainardiano. Os lulistas
costumam definir a revista como tucana, mas eu desconfio que ela esteja
cheia de lulistas. Não posso revelar seus nomes por puro corporativismo. E
porque não quero perder aqueles quatro ou cinco amigos na profissão.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Forum de São Paulo rides again: Lula apóia Evo Morales. Alguma surpresa?
Para os idiotas úteis, que aind acham que o Foro de São Paulo é só 'um grupo de debates' o discurso do presidente é -mais uma vez - revelador. Leiam os trechos das notícias:
Na folha on line de hoje
"Olha o que significou a eleição do (Hugo) Chávez na Venezuela. Imagine o que significa se o Evo Morales ganhar as eleições na Bolívia. São mudanças tão extraordinárias que nem mesmo os melhores cientistas políticos dos nossos países poderiam ter escrito."
"Lula apóia candidatura de Morales na Bolívia
PUERTO IGUAZÚ, Argentina. A menos de três semanas das eleições presidenciais na Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou ontem, publicamente, sua preferência pelo deputado e líder cocaleiro Evo Morales. Num improvisado discurso, na cerimônia de encerramento da reunião entre os presidentes do Brasil e da Argentina, Néstor Kirchner, para comemorar os 20 anos do nascimento do Mercosul, Lula assegurou que a eventual eleição de Morales no próximo dia 18 de dezembro significaria uma mudança extraordinária na região".
Final : Para os crentes na versão clube de canastra, oops, 'grupo de debates' do FSP, faço uma aposta: me mostrem uma declaração , apoio, ou intenção de nosso presidente que seja contrária a qualquer diretiva ou outro integrante do FSP. Se houver isso, me rendo às evidências. E vou jogar meu baralhinho também.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Rock The Casbah! - A intifada francesa e o punk-rock
Black people gotta lot a problems / But they don’t mind throwing a brick
White people go to school / Where they teach you how to be thick” (“White Riot” - The Clash)
Já vou logo avisando que uma das coisas que mais gosto de fazer é encontrar relações entre eventos aparentemente desconexos, criar pontes imaginárias ligando estes pontos distantes.
Pois aqui estou fazendo uma crônica sobre o movimento da intifada francesa. Mas com um enfoque diferenciado.
Muito se tem falado da cobertura errônea da imprensa local e mundial sobre a natureza dos eventos na França. A maioria da imprensa – comprometida com o socialismo rosa-choque da social democracia e o welfare state – acha que os acontecimentos foram uma clara demonstração de falta de compaixão e cuidado da sociedade francesa e o estado francês para com os imigrantes, especialmente da África e Oriente Médio. Na visão desta parte da imprensa a solução para este problema seria AUMENTAR ainda mais o crasso assistencialismo das políticas sociais francesas. Isto mesmo, querem aumentar ainda mais as políticas assistenciais. Se Bush também ameaça fazer o mesmo em Nova Orleans- a cidade na qual a obesidade mórbida de assistencialismo transformou seus cidadãos em passivos espectadores da própria tragédia – uma versão acidental de “Esperando Godot” - , imagine na França.
A decisão do governo francês em aumentar ainda mais as políticas assistencialistas terá o mesmo efeito dar pílulas e preservativos à uma adolescente grávida.
Por outro lado, a parte lúcida da mídia revela a que o movimento é na verdade uma “intifada”. Uma proto “jihad” em solo europeu, muitos séculos após a 'reconquista'.
Depois de décadas de políticas coniventes com imigrantes islâmicos que querem gozar do “dolce farniente” do welfare europeu mas não se iintegrar ao novo continente, a Europa percebeu que perdeu o cerne da sua cultura tentando se “defender” do “radicalismo” religioso dos imigrantes (símbolos religiosos – até mesmo os que sforjaraam a própria identidade francesa – foram banidos das escolas) em vão: hoje a cultura européia só existem em seus museus e os descendentes dos imigrantes dizem ao que vieram. Trouxeram a “jihad” ao âmago da Europa. Mas de um jeito legitimamente ocidental, na forma de uma “revolta juvenil” que todos os jornalistas adoram.
Todos os jornalistas engajados gostam de uma “revolta”. Ela faz parte do ideário da esquerda, desde especificamente maio de 68. É a essa ligação que eu quero me aprofundar.
No final dos anos 50, um grupo de poetas criou um movimento – claramente inspirado na visão filosófica existencial – chamado de “angry young man”. Era a revolta do jovem na Europa com o mundo do pós-guerra ainda despedaçado à sua volta. Mesmo nos Estados Unidos, com os beatniks e o cool jazz havia esta mesma tensão, revolta no ar. Era a época do “homem revoltado” de Camus ao lado do “Rebelde Sem Causa” americano, que roubavam carros em gangues tendo dois carros na garagem de casa.
Outra e mais definitiva semelhança da revolta francesa vem do outro lado do Canal: A explosão, ou revolta Punk Rock na Inglaterra dos anos 70. Explico:
Durante os anos 70 a Inglaterra vivia uma grande recessão, impulsionada pela crise do petróleo e pelo welfare state. É . Depois de décadas de política assistencialista-sindical patrocinada pelo partido trabalhista, a Inglaterra convivia com a decadência do partido. E uma decadência que parecia, aos olhos da juventude, a decadência do próprio país. Greves espoucavam em quase todos os setores dos serviços públicos (diziam que os mortos teriam que ser jogados no Tâmisa por causa da greve dos coveiros), o desemprego entre os jovens batia na casa dos dois dígitos.. E aí?
Joe Strummer dava a senha para o movimento “revolta branca – eu quero uma revolta, uma revolta do meu jeito/ Os negros têm muitos problemas mas eles não ligam em atirar tijolos equanto os brancos vão para a escola / Onde lhes ensinam a ser estúpidos”
Este era o sentimento: o de se sentirem-se estúpidos que necessitam de cuidados especiais.
Exatamente o que o âmago do welfare-state acaba provocando: a apatia e a total dependência do indivíduo ao Estado. Contra este estado de coisas, os punks revitalizaram o velho bordão libertário de “faça você mesmo”. Mas no caso deles, a revolta se voltou mesmo à cultura – o punk se transformou numa iinfluência arrasadora em tudo o que foi feito na cultura pop das três últimas décadas – ou melhor dizendo , ao rock´n'roll (ou o que eles achavam que isso era). Então nossos punks se dedicaram aos coqueteés molotovs sonoros de pouco mais de três acordes que vitimaram milhares de tímpanos e qualquer senso de estética musical.
Uma espécie de resposta às causas da revolta punk foi emblemática: em 1979 foi eleita Margareth Thatcher e a Inglaterra começa sua rota de volta ao desenvolvimento e à relevância mundial.
E na França? Se nos anos 60 Mick Jagger cantava “O que um jovem pobre pode fazer senão montar uma banda de rock?”, nos anos 2000 na França, o que jovens islâmicos revoltosos poderiam fazer? Criar a “sua revolta”. Se os negros a tiveram nos anos 60, os hippies nos anos 60, os brancos nos anos 70. então agora era a sua vez.. E lá foram eles, sob os ensinamentos da Jihad, querendo criar um “Iraque na França”, mas com um feeling de “revolta” muito ocidental e pós-moderna na medida exata para diexar os jornalistas de ocasião extasiados..A diferença é emblemática: Como eles não sabem tocar guitarra, optaram por incendiar o carro mais próximo.
Ah, se eles pelo menos escutassem mais rock'n'roll, ou tivéssem um empresário com tino comercial como o de Malcon Mclaren (empresário dos Sex Pistols e inventor do movimento), poderíamos agora, ao invés de fogo e revolta, termos uma versão novo-milênio para “Rock the Casbah”!
quinta-feira, novembro 17, 2005
"Je Suis Pour La Paix"
Depois do fracasso local da campanha "Sou da Paz", nossos bravos 'companheiros' - percebendo que talvez a luta local pelo desarmamento seja mais dura do que imaginavam - levantaram acampamento e levaram cuia, caixas de champagne (e os seguranças particulares) para onde talvez sejam mais inúteis: França.
O movimento "Sou da Paz" agora transformado em "Oui! Je Suis Pour La Paix" já marca sua presença na capital francesa: LFV (Louis Fernando Vouitton) acaba de entornar a segunda champange enquanto conta como está a cobertura preliminar sobre a revolta na França e a inauguração do comitê "Je Suis Pour La Paix" na cidade: "A campanha é um sucesso imediato", afirma LVF. "Não vi nenhum carro incendiado aqui em Champs Elyseés" afirma o dublê de escritor.
Mas o foco não era em Clichy-sus-Bois? "Não sou louco de ir para um moquifo daqueles"..
Para isso, argumenta LVF, são necessários reforços. Segundo nossa reportagens, os "reforços" não tardam : Fernanda Montenegro e Chico preparam sua chegada à capital.
E o que o pessoal irá fazer? "Vamos dar uma geral em todos os pontos culturais da cidade". E Clichy-sus-Bois? "Mandaremos distribuir um material que trouxemos do Brasil por lá".
E o que é? "....."
Num esforço extra de reportagem obtivemos o material que será distrubuido por lá....
Na saída uma última pergunta de LVF: "Como se diz 'La Paix' em árabe" ??
"I PAGGLIOCCI" - ATO 2
Agora sim!
Tudo resolvido. E eu preocupado com aquelas reportagens falsas da Veja, com o depoimento etílico do Poleto, com Roberto Jefferson..
É por isso que o Brasil está num momento econômico tão grandioso: nunca se vendeu e se comprou tantos deputados no congresso, mas isto se deve ao KAPITALISMO!! À "mão invisível do mercado".
Um depoimento realmente emocionante.
Não vejo a hora de sair de DVD, CD e CD-ruim.
(Não dá, caros leitores comentar esta pantomima sem recorrer à blague, à ironia: Palocci acha que todos os brasileiros são os seus "pagliaços". Não passou de mais uma bravata, como já revelou nosso presidente. Espantoso é que vai se revelando a verdadeira pele de uma parte da oposição - PSDB - que por baixo dos panos faz tudo para Lula continuar exatamente onde está. Qual seria o motivo? Minha resposta é que PT e PSDB sofrem daquela síndrome dos irmãos separados no nascimento, vão negar, vão espernear, brigar mas são parentes próximos).
Que venha o próximo "ato" . Aliás "Ato" vem bem a calhar, pois todo o episódio , além da teatralidade tem muito a ver com "Pegos no Ato".
sexta-feira, novembro 11, 2005
O "Segundo Caderno" de ZH: anti-americanismo infantilóide
Faz tempo que ler o "segundo caderno" em Zero Hora está cada vez mais difícil: O tom anti-americano de passeata impregna quase a totalidade dos textos, especialmente os escritos pelo jornalista Roger Lerina. Na edição de 11/11/05 ele se esmera ao máximo. Para comentar os títulos de dois filmes em cartaz na mostra de cinema em SP, o jornal saca uma chamada escandalosa: "Segundo Caderno: A agressividade americana em cartaz" Isto mesmo. Após semanas de "intifada" francesa, de tumultos e mortes no país de Molière, a chamada prefere dirigir suas "análise crítica" à uma pretensa "agressividade americana". O que diria o jornalista sobre a agressividade muçulmana ou francesa? Mas o melhor está no texto da matéria. Leiam o trecho: "Cinema : |
Meu ódio será sua herança |
Estréia hoje "Marcas da violência", novo filme do diretor David Cronenberg |
ROGER LERINA |
Não é o máximo? Isto aqui é considerado "Jornalismo cultural", ou seja, uma cruzamento acéfalo de Michael Moore & MTV.
quinta-feira, novembro 10, 2005
Acabo de me juntar ao movimento dos sem "Terra"
É noticiado o depoimento de Vladimir Poleto à CPI dos bingos. A manchete do portal Terra era:
"Ex-assessor de Palocci contesta Veja e diz que estava bêbado: "O economista Vladimir Poleto, que foi assessor de Palocci, afirmou que foi coagido pelo autor da reportagem e que estaria alcoolizado no momento da gravação da entrevista"
Já o detalhe da notícia é informado que:
"Durante a sessão, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO) afirmou que a Veja havia disponibilizado em seu site a gravação feita pelo repórter Policarpo Júnior. A gravação foi ouvida pelos senadores, que contestaram a versão de que Poleto estivesse embriagado.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que a gravação deixa claro que não houve nenhuma coação e que Poleto não parecia alcoolizado. O senador afirmou estar claro que o depoente mentiu e pediu o imediato indiciamento de Poleto."
Ainda é colocado uma legenda na foto de Poleto informando "Vladimir Poleto é acusado de mentir em CPI".
Ou seja a "Veja" da manchete, acusada de mau jornalismo, é a mesma que no detalhe prova que o Poleto mentiu.
Quanto ao "Terra", mais uma confirmação de sua completa má-fé como empresa jornalística. Este casos e mais ou outros aqui relatados provam que o portal se assemelha cada vez mais a uma versão cibernética do antigo "Notícias Populares" com suas manchetes mentirosas.
Quanto a mim, acabo de me juntar ao movimento dos Sem Terra.com.br. Chega de imprensa idiota.
PS.: Será que dá para processar por propaganda enganosa estes caras?
domingo, novembro 06, 2005
O que Maradona, Evo Morales queriam realmente dizer...
Ao ver a foto de Maradona e "cocalero" Evo Morales mosntrando uma camiseta anti-bush, tive a certeza que a camiseta estava errada: As caras faceiras de ambos não podem estar somente relacionadas ao Bush. Depois de alguma pesquisa descobri que a foto foi montada!!
Eis a verdadeira foto...
"Viestes do pó e ao pó voltarás"...
sábado, novembro 05, 2005
Pesquisa da Isto é confirma o "nadando"..
Vão fazer o quê agora? Acusar a "Isto é" de "ofender" também?
Como eu disse, o discurso socialista só pega num ambiente completamente egoísta, como uma forma de livrar do complexo de culpa por não pensar nos outros. Uma forma de "terceirizar o altruísmo".
Leiam o trecho..
ISTO é Online
O umbigo nacional – pensando no coletivo. Agindo no individual. Os brasileiros hoje. O título, sintomático, batiza uma abrangente pesquisa nacional realizada pela agência de publicidade Ogilvy Brasil, que traz um diagnóstico não muito positivo sobre o caráter e a personalidade do brasileiro. Entre 31 de agosto e 6 de setembro, a agência ouviu 450 homens e 450 mulheres das principais capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre), de todas as classes sociais (A/B, C e D/E) e faixas etárias (acima de 18 anos) da população. Suas conclusões apontam que o brasileiro é no mínimo contraditório. Solidários em seu discurso e egoístas em suas ações, 60% condenam pequenas transgressões, como bater o cartão de ponto para um colega, comprar um CD pirata ou falar no celular no trânsito, mas 66%, por exemplo, admitem que não se incomodam em comprar produtos piratas. Não é à toa que 95% concordam que o individualismo e o egoísmo cresceram no País, nos últimos anos. O que justifica essa afirmação pode ser a crença de 72% dos entrevistados de que quem faz a coisa certa nem sempre é recompensado. As considerações da pesquisa mostram que “criou-se uma espécie de egoísmo produtivo” em que, para o cidadão prosperar, não é preciso acontecer o mesmo com o País.
sexta-feira, novembro 04, 2005
Brazil: a Disneylândia do PT .. e do Bush
Quanto mais e mais provas da corrupção endêmica deste governo se empilham. Quanto mais indícios fortíssimos de que a escala é continental, com tentáculos de Cuba se materializando. Com a óbvia influência do Foro de São Paulo a ungir e dar sentido a toda esta movimentação, quando fica clara para a população o tamanho desta trama, quando tudo poderia ser desmantelado, eis que todos são enfeitiçados novamente.
Custo a acreditar que jornalistas e "intelectuais" como Alberto Dines ou Fernando Morais tenham tamanha desfaçatez de vir à público repudiar as claras, límpidas e detalhadas descrições de como o dinheiro cubano foi parar no comitê eleitoral de Lula da Silva em 2002 feito pela revista Veja desta semana. Pois estes dois agentes (teria como classificá-los de modo diferente?) rotularam toda a reportagem como totalmente fantasiosa.
Alberto Dines (do observatório (??) de imprensa) declarou: "A denúncia pressupõe um gigantesco, incomensurável, grau de estupidez nas duas pontas da operação: o governo cubano e a direção do PT. Difícil acreditar que políticos experientes aqui e no Caribe tenham embarcado numa aventura tão primária".
E este elemento se diz fazer "media watch".. Avisem que o máximo que pode se arrogar é de ser um "watchdog" do PT. O outro caso é patético: Fernando Morais, que já havia mentido sobre Olga Benário em seu famosésimo livreco ataca de novo. "O Autor do livro A Ilha e amigo de Fidel Castro, o escritor Fernando Morais classificou a reportagem da revista Veja sobre a suposta ajuda financeira cubana à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 de " delírio sem pé nem cabeça".
Que estes dois declarem o que quiserem, não há problema. O problema é a opinião pública entrar na onda influenciada por uma imprensa que age como um cão de guarda de Lula e do PT.
Tenho vergonha de dizer que existe imprensa livre no Brasil.
A piada é por demais grosseira para ser ao menos engraçada.
A denúncia de Veja foi divulgada de um modo tão , mas tão envergonhado que quase passa desapercebido do público. Mas dois dias depois, a negativa de Cuba mereceu capa em quase todos os jornais.
Será que o mais elementar estagiário de jornalismo não entende que "negativas" de Cuba e um monte de excrementos valem a mesma coisa? Fidel já se declarou "não comunista" perante a ONU!!
O povo brasileiro mostrou realmente a sua credulidade perante uma tropa de manipuladores nada profissionais. É mesmo senhor Dines. Pegar dinheiro em Cuba é tão primário e infantil que em qualquer país decente seria considerado um suicídio político - avaliando "de dentro" como o senhor faz; - ou uma alta traição - analisando pelo código eleitoral e penal. Mas aqui no bananão estas questões são laterais, pois está provado que mesmo fazendo isto tudo e muito, muito mais, mesmo assim a "ficha" não cai.
Se bobear a revista Veja acabará sendo a grande "culpada", ficando ao lado do Jefferson nesta categoria.
Ao resto, a toda a alcatéia de lobos tão primários quanto faceiros em sua patifaria continental, sobrará o tempo e os recursos para abocanhar com calma e paciência todo o rebanho de ovelhas à sua disposição.
O Brasil virou a grande disneylândia do PT. Eles riem em nossa cara e ninguém, mas ninguém parece se importar com isso.
O Brasil é um caso de decadência sem ter sido nunca uma "civilização".
Justamente duas semanas após a retumbante derrota deste mesmo governo no referendo do desarmamento.
O pior é que a influência é avassaladora: nossos Gramscis caboclos conseguem enganar até Mr. Bush, que se derrete em elogios ao presidente...
O que sobra? As posições coerentes de um Reinaldo Azevedo e de Olavo de Carvalho, as exceções de sempre.
Já não era hora da cortina baixar? Não agüento mais este triste espetáculo...