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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

POLÍTICA/MEMÓRIA: 24 ANOS SEM UYLISSES GUIMARÃES


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ULYSSES GUIMARÃES NA BAHIA (GOOGLE)


ULYSSES – 100 ANOS DE UMA LENDA

A trajetória do homem que trazia a política na alma e cumpriu
a sua jornada como um servidor público da democracia
e do povo brasileiro. Políticos atuais deveriam seguir pelo menos
três de seus legados: moral, ética e vergonha na cara

Por ANTONIO CARLOS PRADO
Isto É Online – 07.10.16 - 18h00

Na última quarta-feira, dia 5, a Constituição Brasileira completou 28 anos de vigência – e lá se vai no tempo, portanto, esse dia histórico de outubro de 1988 quando o deputado federal Ulysses Guimarães, presidindo os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, emocionou-se e emocionou toda a Nação ao proclamar que estava “promulgada a Constituição do Brasil”. Sua voz firme e anasalada, mais anasalada ainda naquele instante porque inevitavelmente embargada, fazia de Ulysses a mais fiel tradução do próprio Ulysses: um homem que concebia a política como a “arte de viver e não mera busca do poder” (que é “até afrodisíaco se servir ao povo”), um homem que sempre se colocou na política como servidor público, um homem que sempre serviu a um Brasil que lhe conferiu 11 mandatos parlamentares consecutivos. Naquele 5 de outubro, tanta festa pela consolidação constitucional do Estado de Direito, que à exceção de sua esposa, dona Mora, ninguém lembrou que no dia seguinte era o seu aniversário de 72 anos.

“O silêncio e o olhar de Ulysses pesavam mais do que a pata de
um elefante, tal era a liderança e o respeito de que gozava”
(Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil)

O que é uma data íntima, particular, diante de uma data republicana e democrática para um País que acabara de sair da noite da ditadura militar? Para Ulysses Guimarães, o aniversário era fato menor. Maior, bem maior, é, no entanto, lembrarmos agora que na quinta-feira 6 fez-se o centenário de seu nascimento. E, também é bom lembrarmos, até porque não há hoje no Brasil homens públicos que se coloquem ao lado do povo como ele se colocou, não como estratégia pré-eleitoral, mas porque sua alma assim o cobrava. É impensável um Ulysses Silveira Guimarães, nascido na cidade paulista de Rio Claro e desde jovem enfronhado nas questões nacionais, em meio à maioria dos parlamentares da atualidade. Não julguem, entretanto, que ele iria desistir. Ia é peitar um a um: ou todos mudavam de conduta ou ficaria só ele legislando com sua moral e sua ética. Correr, jamais. A coragem e a luta também tecem o temperamento de quem nasce em libra. Idem a língua afiada. Em 1992, quando o ex-presidente Fernando Collor o chamou de “desequilibrado e senil”, Ulysses o fez engolir letra por letra: “Sou velho mas não sou velhaco”. Em plena ditadura, quando a polícia o encurralou em Salvador, palavras viraram canhão: “Respeitem o líder da oposição! Soldados da minha pátria, baioneta não é voto e cachorro não é urna”. Os fuzis foram virados para o chão, cada militar ordenou que o pastor alemão trazido na coleira parasse de latir e deitasse.

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OGLOBO.GLOBO.COM

 
Vocação para o diálogo

Se o arrojo físico de Ulysses foi uma das marcas de seu temperamento, o dom do diálogo e da conciliação o temperou e lhe deu a dimensão de estadista – não é por acaso que ISTOÉ o expõe nessas fotos (http://istoe.com.br/ulysses-guimraes-100-anos-de-uma-lenda/), em diversas situações e com políticos de diferentes ideologias. Ele acreditava na interlocução, mesmo nos momentos mais duros, como, por exemplo, quando comandava o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que criou e que se opunha a Arena no bipartidarismo do regime de exceção: “Não queremos a ruptura, não optamos pela luta armada. Acreditamos no diálogo para servir ao povo do Brasil” – o “il” de Brasil de Ulysses era sempre marcante, com a ponta da língua meio que encostando no céu da boa. Ulysses tinha o tempo certo de tudo, tempo de brigar, tempo de dialogar. Não se inflava com aplausos nem murchava com vaias. Tinha o tempo que o senador Pinheiro Machado, citado por Érico Veríssimo no monumental “Solo de clarineta”, nos legou em 1915: “Nunca vá tão depressa que possam pensar que você tem medo, nem vá tão devagar que possa parecer provocação”. Eis o jogo e cintura de Ulysses.

Líder absoluto na luta pela anistia política (em 1979) e consagrado pelo povo no comando das Diretas Já (que lhe valeu em 1983 o título de “O senhor Diretas”), ele lançou pelo PMDB a sua candidatura à Presidência do Brasil em 1989. Perdeu, ficou em sétimo lugar. Nenhum abalo, partiu então para a sua última legislatura. Em 12 de outubro de 1992, voando em meio à neblina, o helicóptero que o transportava (juntamente com dona Mora, o empresário Severo Gomes e sua mulher, Anna Maria Henriqueta) caiu no mar. Seu corpo nunca foi encontrado, e legistas acham que um fêmur, nada além de um fêmur daquele que foi um dos maiores parlamentares brasileiros, o mar devolveu à areia. Mas a trajetória do homem que virou lenda, essa permanece em terra firme, e bom seria ser evocada por políticos atuais. Ulysses nasceu há um século em outubro, a Constituição é de outubro, Ulysses morreu em outubro. A partir desse outubro de 2016, portanto, muitos políticos deveriam segui-lo em pelo menos três de seus legados: moral, ética e muita vergonha na cara.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

MEMÓRIA

www.paraiba.com.br

O PAI


Nas noites frias, antes de dormir, entrava em nosso quarto, para se certificar de que nós – minha irmã e eu – estávamos protegidos. Levantava nossos pés e colocava as cobertas por baixo, nos beijava e dizia durmam com Deus. Então, a gente dormia gostoso, sem medo. Acho que a gente dormia com Deus. (OS)

***

BONS TEMPOS

Na infância, quase sempre, a gente não tem motivos pra sentir saudade. (OS)

quinta-feira, 26 de março de 2015

ZÉ BONITINHO MORREU. O MUNDO FICOU MAIS FEINHO



www.sbt.com.br
O ator Jorge Loredo – o Zé Bonitinho –, de 89 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (26), por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, desde o dia 3 de fevereiro.

"Zé Bonitinho, o perigote das mulheres", como o personagem de Loredo se apresentava nos esquetes de humorísticos, fez parte do enredo "Beleza pura?" da escola de samba União da Ilha, que celebrou a beleza em suas várias interpretações. Zé Bonitinho se achava um galã irresistível, sempre ajeitando a cabeleira com um pente enorme, tão grande quanto seus óculos escuros.


www.folhavitoria.com.br

O personagem Zé Bonitinho foi criado por Loredo, inspirado num colega que se achava um grande galã. O ator costumava imitá-lo nas festas, arrancando gargalhadas. Zé Bonitinho estreou na televisão em 1960 no programa “Noites Cariocas”, exibido pela extinta TV Rio, com os primeiros textos roteirizados por Chico Anysio.

O irresistível personagem tinha bordões inesquecíveis, que Loredo repetia com a voz impostada de um conquistador: "Câmera, close; microfone, please", ou "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!".


www.diario24horas.com.br

No final dos anos 50, Loredo já era famoso com o mendigo filósofo que interpretava na TV Rio no programa “Rio cinco para as cinco’ e depois em “A praça é nossa”, com Manoel de Nóbrega, a quem o mendigo se apresentava com o bordão "Como vai, meu nobre colega?".

O personagem usava fraque e cartola, bem esfarrapados, monóculo e luvas. O figurino, segundo contava Loredo, foi tirado de um filme em Charles Laugthon fazia o papel de um mendigo aristocrata.

O personagem surgiu por ideia de sua mãe, que na infância conhecera um mendigo elegante que ia à sua casa pedir comida, mas queria uma mesa montada na garagem com toalha de renda e tudo.

saviooivas.blogspot.com


O mendigo filósofo fez tanto sucesso que Loredo teve como padrinho de casamento o ex-presidente Juscelino Kubistcheck. O que lhe valeu um bordão famoso. Ele terminava o quadro do mendigo dizendo: “Agora vou encontrar com aquele menino, o Juscelino...”.

Criou outros tipos: um italiano que não podia ver televisão porque queria quebrá-la; o profeta Saravabatana, que andava com uma cobra que dava consultas a mulheres; e o professor de português que tinha a voz do Ary Barroso. (Fonte: g1.globo.com)



www.ofuxico.com.br




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

IMAGENS: PALHAÇOS (PIOLIN)






Abelardo Pinto (1897 – 1973), palhaço brasileiro, destacava-se pela grande criatividade cômica, além da habilidade como ginasta e equilibrista.

Nasceu num circo armado na rua Barão do Amazonas, em Ribeirão Preto. Iniciou sua carreira no Circo Americano ainda criança, envolvendo-se em diferentes atividades. Filho de artistas circenses, ele conquistou o reconhecimento dos intelectuais da Semana da Arte Moderna, movimento artístico e literário realizado no Brasil em fevereiro de 1922, como exemplo de artista genuinamente brasileiro e popular. Seu apelido, que se refere a um tipo de barbante, é devido à sua estrutura física: magro e de pernas compridas.

Foi considerado "o maior palhaço do mundo". O dia de seu nascimento, 27 de março, foi escolhido para ser a data comemorativa do Dia do Circo no Brasil.

(Fonte: Wikipédia)











sábado, 29 de novembro de 2014

IMAGENS: PALHAÇOS (ARRELIA)






Waldemar Seyssel (31/12/1905 – 23/5/2005) – o Arrelia
foi palhaço de circo, cantor e compositor.

Nasceu numa família circence.
Seu avô era francês de origem nobre
e se apaixonou por uma equilibrista.
Seu pai mudou para o Brasil
 e consagrou-se como o palhaço Pinga Pulha.

Chegou a cursar Direito
 na Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. 

Começou no circo por acaso.
Durante as férias escolares, foi maquiado e empurrado 
para os palcos e acabou se esborrachando no chão. 
Para delírio da platéia. 
Iniciou assim uma das mais vitoriosas carreiras
 de palhaço de circo do Brasil.

Faleceu no Rio de Janeiro, de pneumonia,
 aos 99 anos de idade.

(Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira)









No RODA VIVA, da TV CULTURA



Com Pimentinha, sobrinho e parceiro




Para saber mais sobre ARRELIA.
clique no link abaixo:


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CHAVES, GIGANTE

memorianoar.com.br

Um de seus personagens, Chapolim Colorado, dizia:

-- Vocês não contavam com minha “astúcia”.

Não sei por que a mãe de nossos meninos, Sabiá, tocada por Guimarães Rosa, talvez, transformou “astúcia” em “coisa túcia”, sinônimo de tudo que há de bom. 

Coisa de quase trinta anos atrás.

Neologismo é coisa para poucos, quase ninguém.

Todo mundo, em casa, aderiu à moda: "Coisa túcia" virou bordão.  

Até hoje, mãe e pai e filhos usam o termo – “coisa túcia” – para expressar seu amor por tudo que é lindo, querido, bom demais de ter por perto.

Chaves: você foi “túcio” demais.


Obrigado.




quarta-feira, 26 de novembro de 2014

MEMÓRIA: GRANDE OTELO

EM MACUNAÍMA


HÁ 21 ANOS MORRIA GRANDE OTELO

Grande Otelo (Uberlândia, 18 de outubro de 1915 — Paris, 26 de novembro de 1993) foi ator, comediante, cantor, escritor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista. Participou de diversos filmes brasileiros (cerca de 50) de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. (Fonte: Wikipédia)

Principais prêmios e indicações:

Air France
Recebeu o Prêmio Air France em 1969, na categoria de melhor ator, por Macunaíma.

Festival de Brasília
Recebeu o Troféu Candango em 1969, na categoria de melhor ator, por Macunaíma.

Instituto Nacional de Cinema
Recebeu o Coruja de Ouro em 1969, na categoria de melhor ator, por Macunaíma.

Festival de Gramado
Recebeu o Troféu Oscarito em 1990. (Fonte: Wikipédia)





segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MEMÓRIA:ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES



OBRIGADO, ANTÔNIO

Obrigado, Antônio Ermírio de Moraes.
Pelos feitos, pelos sonhos.
Pela coragem de fazer o que todo mundo fala da boca pra fora.