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24 de dezembro de 2016

Projeto Casa no Quilombo

Ultimamente tenho trabalho em alguns projetos "não convencionais" digamos assim... Nesse caminho conheci pessoas que estão nessa mesma "onda". 
Não convencional, porque é um pouco diferente, não somos uma ONG, nem uma fundação, nem uma empresa, não temos nenhum tipo de apoio do governo e todo trabalho realizado até agora foi com recursos próprios. Temos investido muito tempo e energia aprendendo sobre Bioconstrução e Permacultura. Agora queremos colocar tudo que aprendemos em prática,  o nosso primeiro projeto é construir uma casa para uma família quilombola. Sim, uma casa, uma família. Três crianças que merecem um presente melhor para garantir um futuro melhor. Agora é o que podemos fazer por alguém, uma família hoje, uma comunidade amanhã. A ideia é não parar por aqui.
Mas sozinhos já não conseguimos seguir adiante, sendo assim precisamos de ajuda para divulgar o projeto de financiamento coletivo (compartilha com os amigos, com a família) e toda a colaboração possível para que essa casinha saia do papel.

Segue o link para dar uma olhada, entender melhor o projeto e poder colaborar também!  www.benfeitoria.com/casanoquilombo

Um pouco sobre o projeto "Casa no Quilombo" 

O projeto visa a construção de uma casa para uma família quilombola, usando técnicas ancestrais e técnicas de permacultura.
A casa será construída no quilombo São José da Serra, localizado em Santa Isabel do Rio Preto, distrito de Valença, RJ.

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A família que vai viver nessa casa é formada por 5 pessoas: o casal, Dom Nelson e Luzia, e as crianças Diguinho, Abayomi e Dhandara.
As terras do quilombo estavam com uma briga judicial que perdurou por décadas. Finalmente, em 2015, a terra foi regularizada e agora pertence oficialmente às mais de 40 famílias de lá. Então agora algumas famílias estão construindo suas novas casas.
Além da obra, o projeto também visa promover a troca de conhecimentos. No quilombo eles já constroem com terra, madeira, bambu, sapé...



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A ideia é preservar os saberes ancestrais, mesclando com tecnologias da permacultura e bioconstrução.
E que os conceitos utilizados neste projeto também possam ser reproduzidos em outras casas do quilombo.
Para acontecer essa troca de conhecimentos, durante a obra vamos realizar cursos e vivências. Teremos pessoal especializado em cada área como facilitadores. Alguns dos temas:

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24 de março de 2014

Experiência de vida: Trabalho voluntário no Equador


Uma comunidade isolada, sem água encanada, com luz elétrica a muito pouco tempo, sem banheiro com a facilidade de puxar a descarga, sem chuveiros de água quentinha (e nem de água gelada haha), porém com uma das praias mais bonitas que já conheci fazendo as vezes de quintal de casa, com crianças que brincam o tempo todo sem nenhum brinquedo ultra-mega-tecnológico. Felicidade na mais pura e simples forma. 
Conhecer esse lugar era um dos meus sonhos, aí existe uma escola, e por uma foto dessa escola em um livro de arquitetura resolvi mudar toda a minha vida, parece loucura mas nem tanto. Quando decidi ir ao Equador, era pra conhecer esse lugar, e por coisas de um destino "muy loco" caí no lugar certo para poder conhecer a comunidade de Puerto Cabuyal, na costa do Equador.

A escola em questão se chama "Nueva Esperanza", foi a primeira a ser construída, projeto do escritório AlBorde, por pedido do professor e realizado com ajuda de voluntários, agora já existe outra parte construída "Esperanza II" e o que fomos ajudar a construir é "Última Esperanza"(ou alguma coisa assim ate hoje não tenho certeza), esse último projeto realizado pela a própria gente da comunidade, que numa iniciativa muito legal dos arquitetos de AlBorde, criaram uma espécie de escola de arquitetura e para a surpresa de todos, apesar de a maioria não saber ler, eles têm noções de arquitetura e uma sensibilidade para a coisa fantásticas! 

O projeto é incrivel e a paixão com que nos contam sobre ele é impressionante, fomos em um grupo pequeno de voluntários para ajudar na construção, apesar de alguns serem arquitetos não podíamos "nos meter" em questões de projeto, estávamos ali como mão-de-obra desqualificada e barata. Na reunião com os alunos dessa escola de arquitetura inusitada (e com o campus mais lindo entre todas as escolas de arquiteturas do mundo) fomos apresentados à uma maquete fantástica e com essa paixão um por um foi nos contando sobre o projeto e qual/como seria nosso trabalho aí. 

Cada tarefa realizada era uma vitória para os sedentários voluntários, fomos para passar apenas quatro dias de construção, pouco tempo, mas o suficiente para conhecer essa gente bonita e se conhecer um pouco mais. Foram milhares de risadas e muito aprendizado. Só posso dizer que sair da zona de conforto e arriscar fazer o que se gosta não é nada fácil, mas é absurdamente satisfatório  e lindo.





Trabalhar com esse visual não é nada mau!
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