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16 de janeiro de 2025

Bolo de bolacha.

Hoje trago aquele que já foi em tempos o docinho preferido do Pedro, entretanto destronado pelas minhas bolachas de amendoim e chocolate! 


Bolo de bolacha com creme de manteiga e café

Ingredientes:

* 125g de manteiga sem sal à temperatura ambiente;
* 125g de açúcar amarelo;
* Um café;
* Uma colher de chá de essência de baunilha caseira;
* 200g de bolacha maria;
* 100ml de café morno (para as bolachas).

Confecção:

* Juntar a manteiga, o açúcar amarelo, o café e a essência de baunilha e bater com a batedeira até ficar em creme;

* Reservar 50g de bolacha maria;

* Mergulhar rapidamente quatro das restantes no café e colocar num prato;

* Barrar com o molho de manteiga e café e cobrir com uma nova camada de bolachas;

* Repetir até terminarem as bolachas;

* Cobrir o bolo com o creme restante e decorar com as restantes bolachas picadas.

9 de abril de 2024

Affogato!

Não partilho receitas de gelados, mas partilho ideias para fazer com gelados :D Iniciámos a época dos gelados de 2024 com a combinação de cada um escolher um sabor de gelado à vez. A primeira contemplada foi a Gabriela, que quis gelado de bolacha Maria, para tristeza dos outros elementos da família porque cheirou-nos logo que ia ser um sabor vagamente desinteressante. O gelado em si estava bom, a bolacha Maria é que pronto, não é assim tão boa sejamos honestos. Mas comeu-se na mesma, entenda-se :D 

No dia seguinte olhei para o gelado e achei que ia ficar bom em versão affogato, ou seja, com um café tirado por cima. Não estava enganada, e o sabor ficou tão parecido com bolo de bolacha que quando foi a minha vez de escolher fiz gelado de bolo de bolacha :D 

Fica a ideia :)



11 de março de 2019

Um bolo de tiramisú que correu muito mal.

Algo de estranho anda a acontecer cá em casa. Quem já anda por aqui há uns tempos sabe que isto começou por ser um blog de receitas (há uns mil anos atrás), mas com o início da especialidade, a gravidez (e consequente baixa) e a maternidade no geral deixei de ter vontade de fazer cozinhados mais elaborados todos os dias. Agora quando chego a casa há um miúdo aos saltos a dizer 'mamãããã' com quem brincar às escondidas e às hienas, e depois de o deitarmos só me apetece falecer no sofá, em oposição a ocupar duas horas a fazer éclairs e a sujar mil peças de louça.

Mas desde o início do ano algo de estranho aconteceu, e já testei mais receitas novas do que no ano passado inteiro: bolo de tiramisú, barrinhas de frutos secos, uma cookie XXL, bolo de ananás invertido, tarte de abóbora e maçã, pavlova de chocolate com chantilly, frutos vermelhos, ananás e bolachas de gengibre, coquinhos de limão, pães de Deus com leite condensado, bolo de banana invertido, brownies com nozes pecan, lemon bars e queques de laranja e chocolate com cobertura de brigadeiro, fora as receitas que fiz e não fotografei.

O estágio onde estou agora ajuda: a malta é super fixe, adora comer e temos imensas reuniões, o que dá sempre vontade de petiscar qualquer coisa. O facto do Matias gostar de meter as mãos na massa também, e muitas destas receitas tiveram a colaboração dele (para fazer e para comer).

Decidi então voltar a publicar as minhas receitas. Não prometo que seja algo frequente, mas vou tentar.

Este bolo de tiramisú surgiu para levar para o trabalho no meu aniversário. Pareceu-me óbvio que o meu bolo teria de envolver tiramisú (a minha sobremesa preferida), e como não encontrei nenhuma receita que me convencesse inventei a minha.

Tudo correu mal aqui. O primeiro bolo ficou mal cozido e com bocadões de farinha inteira (tentei misturar a massa o menos possível para que não abatesse, mas claramente foi um exagero). O primeiro recheio que fiz ficou muito estranho porque a receita original tem um erro na quantidade de manteiga. Como tive de repetir tudo a cobertura de mascarpone foi para o frigorífico e deslaçou. Foi mesmo um drama de proporções épicas, com direito a choradeira e a pratos pelo ar. Mas no fim tudo correu bem, o bolo ficou com bom ar, toda a gente adorou, estava super saboroso e fresquinho e valeu a pena o trabalhão :D

Aqui vai a receita :D

3 de julho de 2017

O melhor Tiramisù.

(Quem é que tinha saudades de uma bela receitinha?) :D

Desde Janeiro que tenho uma nova colega interna da especialidade, a Giulia. Há uns meses decidi fazer um jantar de boas-vindas ao Serviço, e como a Giulia é italiana ocorreu-me logo fazer uma receita de tiramisù para ver se ela aprovava (eu gosto de desafios, pronto!) :D

A Giulia votou em fazermos um jantar tipicamente português, por isso optámos por ter uma data de petiscos:

* Caldo verde (receita aqui);
* Chouriço assado;
* Ovos mexidos com farinheira;
* Folhadinhos de alheira (receita aqui);
* Queijo da serra com pão.

Foi uma noite bem deliciosa, e no fim tanto os petiscos como o tiramisù foram super aprovados! :D


Tiramisù (receita adaptada do blog 'Smitten Kitchen')

Ingredientes (para quatro copos):

* Três ovos;
* 65g de açúcar;
* Uma embalagem de queijo mascarpone;
* 80ml de vinho marsala;
* 250ml de café morno;
* Uma colher de sopa de açúcar;
* Dezasseis palitos la reine;
* Cacau em pó q.b.

Confecção:

* Bater as claras em castelo e reservar;

* Noutra tigela, bater as três gemas com os 65g de açúcar durante quatro minutos;

* Juntar o queijo mascarpone e bater durante quatro minutos;

* Acrescentar o vinho marsala, continuando a bater;

* Envolver as claras em castelo suavemente na mistura;

* Juntar a colher de sopa de açúcar no café e envolver bem;

* Partir todos os palitos la reine ao meio e mergulhar duas metades no café;

* Colocar as duas metades no fundo do copo;

* Cobrir com duas colheres de sopa de creme e polvilhar com cacau em pó;

* Cobrir com três metades de bolacha e colocar novamente duas colheres de sopa de creme e cacau em pó;

* Cobrir com três metades de bolacha e colocar novamente duas colheres de sopa de creme;

* Repetir o procedimento para os copos restantes;

* Reservar no frigorífico durante a noite e polvilhar com cacau em pó antes de servir.

Nota 1:

Resumo da montagem: 

Primeira camada: duas metades + duas colheres de sopa de creme + cacau em pó;
Segunda camada: três metades + duas colheres de sopa de creme + cacau em pó;
Terceira camada: três metades + duas colheres de sopa de creme. 

Nota 2: 

Se não tiverem vinho marsala a Giulia sugere experimentarem substituir por vinho do Porto. Eu já experimentei com rum e com gin e adorei as duas versões. Entretanto já repeti esta receita umas quantas vezes e há quem ache que 80ml de álcool é ligeiramente excessivo e que fica com um sabor demasiado forte, por isso sugiro que vão acrescentando aos pouquinhos e provando :) Eu gosto assim, mas vocês podem não gostar :)








Experimentem! :D

3 de julho de 2015

Bolo de suspiros e mousse de chocolate com café para uma miúda espontânea :)

You think you're right, but you were wrong.
You tried to take me, but I knew all along.
You can't take me for a ride,
Well I'm not a fool now, so you better run and hide.
Trouble, yeah trouble now.
I'm trouble, I disturb my town.

Pink


29 de junho de 2015

Iogurtes de tiramisu para uma profissão igual às outras.

No, you can't always get what you want,
No, you can't always get what you want,
No, you can't always get what you want,
But if you try sometimes, you just might find,
You get what you need.

The Rolling Stones


26 de maio de 2015

Bolo de bolacha com creme de manteiga e café para o Pedro :D

Don't ask me what you know is true.
Don't have to tell you, I love your precious heart.
I was standing, you were there.
Two worlds collided, and they could never tear us apart.

We could live for a thousand years,
But if I hurt you I'd make wine from your tears.
I told you that we could fly,
'Cause we all have wings
But some of us don't know why.

INXS


4 de janeiro de 2015

Twelve Days of Christmas - 11 - Éclairs de chocolate e caramelo!

On the eleventh day of Christmas my true love sent to me,
eleven pipers piping, ten lords-a-leaping,
nine ladies dancing, eight maids-a-milking, seven swans-a-swimming, six geese-a-laying,
five gold rings, four calling birds, three french hens, two turtle doves and a partridge in a pear tree.


Lembro-me de ter escrito algumas vezes no blog a seguinte frase 'eu posso ter muitos defeitos, mas - inserir aqui um defeito qualquer - não é um deles'. E da última vez que o fiz (na receita de frango com Ervas de Provence da Julia Child) dei por mim a questionar-me:

Será que quem me lê sabe ao certo quais são os meus defeitos?


O que vos mostro é apenas uma pequena parte da minha vida. Aqui não há manhãs carrancudas, não há pessoas idiotas, não há choraminguices dramáticas nem há procrastinações desorganizadas. Aqui não há a realidade dura e crua do dia-a-dia, mas sim uma parte de mim - que corresponde claramente à verdade, mas que não deixa de ser apenas uma porção da minha alma.

Aqui, assumidamente, eu não falo assim tanto dos meus defeitos. E chegou a altura de isso mudar. Por isso aqui vai o pior. O mais vergonhoso, o mais escondido, o mais triste lado da minha personalidade:

Eu sou idiota no trânsito.


Sabem aquelas pessoas que buzinam à grande quando vocês cometem um erro? Sou eu. (Vá, a partir das oito da noite faço sinais de luzes - afinal, continuo a ser uma pessoa um bocadinho civilizada.)

Sabem aquelas pessoas que vos mandam para sítios horríveis quando vocês fazem uma azelhice das grandes? Sou eu. Sabem aquelas pessoas que vão na fila do meio só pela preguiça de não passarem para a direita e terem de ultrapassar carros? Sou eu. Sabem aquelas pessoas que reclamam quando demoram demasiado tempo a atravessar a estrada? Sou eu.


Os meus pais educaram-me muito bem. Sou simpática e educada, respeito os outros, não deito lixo para o chão e cedo sempre o meu lugar aos velhinhos e às grávidas. Mas metam-me um volante nas mãos, e transformo-me de um Bruce Banner querido e fofinho com pijamas de renas num The Hulk de buzinas e gritos.


Este é sem sombra de dúvida o meu defeito que eu mais detesto, mas confesso que todas as minhas tentativas para o mudar têm sido infrutíferas - creio que devido a uma combinação letal de impaciência e aumento da minha ansiedade enquanto conduzo. Assim sendo, presumo que não me reste mais do que assumir os meus erros, pedir desculpa a quem já levou com uma buzinadela ou um palavrão e rezar para nunca levar um banano de um condutor mais zangado.


Numa tentativa de melhorar a minha paciência, experimentei fazer estes éclairs no dia de Natal. Revelaram-se particularmente trabalhosos porque decidi fazer oito éclairs diferentes (com duas coberturas e quatro recheios), e confesso que tal como no trânsito também aqui acabei a barafustar e a reclamar. Mas no fim tudo correu bem, e é isso que realmente importa.


Por isso da próxima vez que alguém vos buzinar, tentem compreender. Do outro lado daquela buzina irritante nem sempre está um cabrão idiota sem consideração nenhuma: por vezes pode estar apenas uma miúda fofinha e simpática que tem um defeito tenebroso e uma paciência pouco treinada, mas que faz éclairs deliciosos porque quer realmente mudar :)


Éclairs de chocolate e caramelo

Ingredientes (para dez mini-éclairs):

Para a massa choux:
* 72g de água;
* 72g de leite;
* Uma pitada de sal;
* 4g de açúcar em pó;
* 50g de manteiga sem sal;
* 72g de farinha de trigo;
* 125g de ovos (dois ovos grandes);

Para o creme:
* 20g de açúcar;
* Dois ovos;
* 20g de amido de milho (farinha maizena);
* 250g de leite;
* 10g de cacau em pó;
* 55g de chocolate negro;
* 55g de natas para bater;

Para os diferentes recheios:
* Três colheres de chá de café;
* Duas colheres de chá de molho de caramelo;
* Raspa de uma laranja;
* Duas colheres de chá de compota de frutos vermelhos.

Para a cobertura de chocolate:
* 125g de açúcar;
* 125g de natas para bater;
* 125g de chocolate negro;

Para a cobertura de caramelo:
* 225g de açúcar branco;
* 65ml de água;
* 85ml de natas para bater;
* Uma colher de chá de essência de baunilha;
* 70g de manteiga sem sal.

Confecção:

* Para a massa choux juntar a água, o leite, o sal e o açúcar e deixar ferver;

* Acrescentar a manteiga e deixar derreter;

* Incorporar a farinha com uma espátula (forma-se uma bola de massa) e deixar cozinhar durante dois minutos;

* Retirar do lume, juntar os ovos batidos e mexer bem até a massa ficar homogénea;

* Alisar a massa numa superfície e deixar arrefecer;

* Colocar a massa num saco de pasteleiro e formar éclairs sobre um tabuleiro coberto com papel vegetal;

*  Levar ao forno pré-aquecido a 250º, baixar imediatamente a temperatura para os 160º e deixar cozinhar durante 25 a 30 minutos;

* Deixar arrefecer;

* Para o recheio bater o açúcar com as gemas e juntar a maizena, misturando sempre;

* Aquecer o leite e verter um pouquinho na mistura, mexendo bem;

* Juntar o cacau com o leite quente restante e incorporar na mistura anterior;

* Aquecer a mistura em lume brando até engrossar, mexendo sempre;

* Derreter o chocolate juntamente com as natas em banho-maria ou no micro-ondas e juntar 100g desta mistura ao recheio, batendo energicamente;

* Cobrir com papel aderente e reservar no frio;

* Dividir o recheio em quatro partes e misturar em cada uma o café, o caramelo, a raspa de laranja ou a compota de frutos vermelhos;

* Para rechear os éclairs, fazer um furo numa das extremidades com o auxílio de um bico de pasteleiro e pressionar o recheio;

* Para a cobertura de chocolate aquecer o açúcar em lume brando até que derreta e fique escurecido;

* Incorporar as natas aquecidas;

* Retirar do lume e juntar o chocolate;

* Para a cobertura de caramelo juntar o açúcar e a água numa panela e levar a aquecer em lume brando;

* Mexer com uma espátula até o açúcar dissolver;

* Aumentar o lume para o máximo e deixar ferver sem mexer até a mistura ficar da cor do caramelo;

* Retirar do lume, juntar as natas, a manteiga e a essência de baunilha e levar novamente ao lume, mexendo bem com a espátula até ficar uma mistura homogénea;

* Mergulhar os éclairs individualmente na cobertura desejada e deixar secar.



Até amanhã! :D

1 de janeiro de 2015

Twelve Days of Christmas - 8 - Affogato de caramelo

On the eighth day of Christmas my true love sent to me,
eight maids-a-milking, seven swans-a-swimming, six geese-a-laying,
five gold rings, four calling birds, three french hens, two turtle doves and a partridge in a pear tree.


Nunca achei grande graça à passagem de ano. Nunca vi o fim do ano como uma altura para fazer balanços, não sou adepta de fazer resoluções (à excepção desta, que ainda cumpro) e não fico toda sentimentalona como se estivesse perante o início de uma nova etapa - normalmente faço este tipo de introspecção no meu aniversário, mas não na passagem de ano.

Sou oficialmente o Grinch do Ano Novo.


De facto, fiz esta introspecção quando fiz 24 anos e também quando fiz 25. Recordei os momentos felizes, reprimi os tristes, senti-me abençoada por ter tantas coisas boas na minha vida e agradeci por ter as melhores pessoas do mundo à minha volta para as partilhar. 

No Ano Novo? Bem, simplesmente juntei-me com os meus amigos para comer e beber durante toda a noite. Afinal, também tenho direito a desligar a minha mente hiperactiva de vez em quando.


Há cinco anos atrás, fui passar a passagem de ano a casa dos meus pais. Jantámos todos juntos, ficámos algum tempo na conversa, vimos o fogo-de-artifício e recolhemo-nos aos nossos aposentos para descansar depois de tal noite tão intensa. E eu fiz o que me parecia lógico: comecei a adiantar o nosso trabalho de grupo de farmacologia sobre a difenidramina, cujo prazo de entrega era o dia 20 de Janeiro. 

E foi assim que as outras três pessoas do grupo receberam um extensivo mail sobre o assunto às 4 da manhã. Na noite da passagem do ano.


Na altura, as outras pessoas do grupo não me conheciam bem e certamente desconfiaram que eu não jogava com o baralho todo, que não fechava bem a tampa ou que não batia bem da bola. E quando efectivamente me conheceram melhor, tiveram a certeza que isso correspondia à realidade.

Independentemente disso, foi um trabalho de sucesso. Já a passagem de ano, foi assumidamente uma grande porcaria.


Desde então as minhas passagens de ano melhoraram um bocadinho. Comecei a passá-las com os meus amigos ou com os amigos do Pedro, sempre de uma forma descontraída e sem grandes planeamentos complicados. Afinal, não é preciso muito para nos divertirmos: basta boa comida, boa bebida, boa música e boa companhia e fazemos a festa :D

Por isso lamento, mas este não vai ser um texto bonito sobre a mudança do ano e a mudança que isso imprime dentro de nós. Nenhum de nós está diferente do que era ontem - à excepção das células hepáticas em sofrimento, claro! :)  


Daqui a uns dias será o meu 26º aniversário, e vou fazer toda a introspecção a que tenho direito. Vou recordar os momentos felizes, reprimir os tristes, sentir-me abençoada por ter tantas coisas boas na minha vida e agradecer por ter as melhores pessoas do mundo à minha volta para as partilhar. 

Não vou fazer resoluções, porque não mudaria rigorosamente nada na minha vida. Mas vou fazer balanços e vou ficar toda sentimentalona com o início de mais nova etapa: os meus 26 anos. 


Tenho muitos sonhos para concretizar durante os meus 26 anos. Por conseguinte, terei também muitos sonhos para concretizar em 2015. 

Espero que desse lado tenham também muitos projectos, objectivos, desafios e ambições. Espero que 2015 vos trate muito bem, a todos. Espero que o ano vos faça concretizar sonhos e concluir resoluções.

Eu continuarei por aqui, sempre o eterno Grinch do Ano Novo.


Affogato de caramelo

Ingredientes (para uma pessoa):

* Uma bola de gelado de caramelo;
* Um café expresso cheio;
* Raspas de chocolate ou pepitas de chocolate para cobrir.

Confecção: 

* Colocar uma bola de gelado de caramelo num copo e cobrir com o café bem quente;

* Decorar com o chocolate e servir de imediato.



Tenham umas óptimas entradas :D

29 de dezembro de 2014

Twelve Days of Christmas - 5 - Pavlova de cacau com chantilly, molho de caramelo e café e framboesas!

On the fifth day of Christmas my true love sent to me,
five gold rings, four calling birds, three french hens, two turtle doves and a partridge in a pear tree.


Passei os últimos meses a debater-me com as minhas dúvidas em relação a qual seria a especialidade certa para mim.

Não sabia qual era o meu caminho: tinha várias opções, cada uma com as suas vantagens e chatices. Hoje acordava com a certeza que deveria seguir pela direita, amanhã o caminho da esquerda parecia-me mais sorridente. Estava perdida no meio de uma rotunda com várias saídas, sem saber qual seria a correcta.


Quando descobri qual era a minha direcção, as dúvidas continuaram: já sabia qual era o meu caminho, mas será que conseguia lá chegar? Será que a minha vaga iria estar à minha espera?

As vagas saíram. Os meus colegas começaram a escolher, e de repente algo muito curioso aconteceu: cada vez que alguém ia pelo caminho que eu tinha escolhido eu ficava aborrecida, mas cada vez que alguém ia por outro caminho eu ficava destroçada.


Fiquei confusa. Tinha passado os últimos meses indecisa entre a psiquiatria e a medicina geral e familiar, mas de repente uma epifania invadiu o meu coração e uma certeza conquistou a minha alma: a pedopsiquiatria era o meu caminho.


Seguiram-se os dias mais difíceis da minha vida. Pouco comia, mal dormia e passava praticamente todos os minutos do meu dia agarrada ao computador a ter a certeza que as vagas continuavam à minha espera.

E quando a minha vez chegou, não tive qualquer dúvida sobre qual era o caminho que queria escolher. E entrei em pedopsiquatria.

Just keep following the heartlines on your hand.
Just keep following the heartlines on your hand.
Keep it up, I know you can!
Just keep following the heartlines on your hand,
'Cause I am.

Florence And The Machine


Vou ser pedopsiquiatra. Vou ser psiquiatra de crianças e adolescentes. Vou dar o primeiro passo dessa grande maratona que será cumprir o meu propósito.

A partir do dia 2 de Janeiro, não sei o que o caminho que escolhi me reserva. Não sei que cruzamentos me deixarão confusa, que obstáculos me atrasarão e que desvios tornarão o meu percurso imprevisível, mas certamente mais divertido.

A partir do dia 2 de Janeiro, a verdadeira aventura começa. E por isso pareceu-me justo festejá-la no blog da melhor forma que conheço: com uma pavlova.


Esta é sem sombra de dúvida a pavlova mais decadente que já cozinhei. Tem cacau, tem chantilly, tem caramelo, tem café e tem framboesas, numa combinação apetitosa e pecaminosa que vos vai fazer ir ao céu e voltar.

Espero muito sinceramente que gostem. E espero que fiquem por aí a descobrir comigo o que o caminho que escolhi me reserva. Porque podem ter pelo menos uma certeza: estará seguramente cheio de deliciosas pavlovas :D


Pavlova de cacau com chantilly, molho de caramelo e café e framboesas

Ingredientes:

Para a pavlova:
* Seis claras;
* 320g de açúcar;
* Três colheres de chá de amido de milho (farinha maizena);
* Três colheres de chá de vinagre;
* Três colheres de sopa de cacau em pó magro;

Para o chantilly:
* 200ml de natas;
* Duas colheres de sopa de açúcar;

Para o molho de caramelo e café:
* 225g de açúcar branco;
* 65ml de água;
* 85ml de natas para bater;
* Uma colher de chá de essência de baunilha;
* 70g de manteiga sem sal;
* Um café curto.

Para a cobertura:
* 200g de framboesas.

Confecção:

* Pré-aquecer o forno nos 150º;

* Bater as claras em castelo;

* Acrescentar o açúcar aos poucos, continuando a bater;

* Continuar a bater até as claras ficarem completamente duras e muito brilhantes;

* Acrescentar o amido de milho, o cacau em pó e o vinagre e envolver bem com uma vara de arames;

* Forrar um tabuleiro com papel vegetal e desenhar um círculo com aproximadamente 20cm de diâmetro;

* Colocar as claras dentro do círculo e moldar com uma espátula até ficarem com a forma de um bolo;

* Levar a pavlova ao forno e reduzir a temperatura para os 120º;

* Deixar cozinhar durante 1.20h, sem abrir a porta do forno;

* Desligar o forno e deixar a pavlova arrefecer completamente antes de a retirar (de preferência durante a noite);

* Para o caramelo juntar o açúcar e a água numa panela e levar a aquecer em lume brando;

* Mexer com uma espátula até o açúcar dissolver;

* Aumentar o lume para o máximo e deixar ferver sem mexer até a mistura ficar da cor do caramelo;

* Retirar do lume e juntar com cuidado as natas, a manteiga e a essência de baunilha;

* Levar novamente ao lume, mexendo bem com a espátula até ficar uma mistura homogénea;

* Deixar arrefecer e juntar o café;

* Para o chantilly bater as natas com o açúcar até ficarem bem firmes;

* Colocar o chantilly no centro da pavlova e cobrir com o molho de caramelo e café e com as framboesas.

 

Até amanhã! :D

16 de maio de 2014

Mousse de chocolate e café para escapar do trabalho :)

Nobody said it was easy,
It's such a shame for us to part.
Nobody said it was easy,
No one ever said it would be this hard.
Oh, take me back to the start.

Coldplay


Estava de banco há doze horas quando os bombeiros trouxeram uma adolescente de quinze anos que tinha engolido uma data de comprimidos.

Talvez isto soe mórbido, mas inicialmente fiquei contente. Nunca tinha visto a abordagem de uma intoxicação medicamentosa voluntária na urgência e tinha a oportunidade de assistir a algo que realmente me interessa - não é que criancinhas com otites não sejam giras, mas eu quero ir para psiquiatria e lá não há muitas crianças doentes :)


A miúda vinha com a mãe, que estava obviamente muito aflita. Tirámos a mãe da sala e começámos o procedimento com a lavagem do estômago e a lavagem com carvão activado (uma papa preta). A miúda esperneava, gritava e chorava. Do lado de fora ouvíamos a mãe a chorar.

Aquilo foi sem sombra de dúvida uma das coisas mais horríveis a que tive de assistir. E - acreditem em mim - eu já vi muitas coisas horríveis.


Quando a miúda estabilizou fui falar com ela para saber o que realmente tinha acontecido. Falámos as duas sozinhas, depois estive só com os pais dela e depois estivemos a conversar os quatro.

No total estive mais de uma hora com eles. E quando saí daquela sala pensei que não ia conseguir aguentar ser psiquiatra e viver todos os dias rodeada de histórias tão deprimentes como aquela.

Até que eventualmente percebi que o segredo não é aprender a lidar com histórias deprimentes, mas saber como as deixar para trás quando saímos pela porta do hospital directamente de volta para a nossa própria vida feliz.


E por isso saí pela porta e fiz uma sobremesa para a Erica e o Zé: uma mousse simples que acabou por dar imenso trabalho porque a batedeira avariou-se e acabámos todos a bater as claras em castelo à mão.

Porque a vida é assim mesmo: as escolhas simples tornam-se complicadas e as escolhas complicadas revelam-se simples. O que importa é que nunca nos esqueçamos do caminho de saída e de volta para a nossa própria vida.


Mousse de chocolate e café

Ingredientes (para cinco copinhos individuais):

* Seis ovos separados;
* 75g de açúcar;
* 200g de chocolate;
* 50g de manteiga;
* Um café expresso.

Confecção:

* Bater as gemas com o açúcar até formar um creme claro e espumoso;

* Derreter o chocolate juntamente com a manteiga no microondas ou em banho-maria, mexendo de trinta em trinta segundos;

* Juntar o chocolate com o creme de gemas e açúcar e bater bem;

* Bater as claras em castelo e incorporar cuidadosamente na mistura, com movimentos suaves de cima para baixo;

* Juntar o café e envolver lentamente;

* Refrigerar até servir.



Tenham um óptimo fim-de-semana :D