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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Puro envolvimento – capítulo 2

Yasmin Thayná

(continuação)

Em Abril de 2010, fui a todos os dias do Iguacine. Fiquei o dia inteiro admirando aqueles cineastas que entendiam muito do assunto. E pensei: "será que eu posso chegar a ser um deles no próximo Iguacine? Será que eu posso ser uma cineasta?"

Eu fiz eletrotécnica na FAETEC de Nova Iguaçu e não tinha nada a ver com cinema. Fui convidada pelo Grêmio da escola a participar como Diretora de Políticas Educacionais. Aceitei e acabei iniciando um posto na área de cultura. Criei a primeira Feira Brasil na rede FAETEC. Levei o projeto de feira para a Ivone Landim, atual presidente do conselho de cultura , e criamos uma amizade que eu nunca imaginei que pudesse acontecer. No dia da feira, ela convidou dois repórteres da cidade, Marcelle Abreu e Jefferson Loyola, para realizarem a cobertura do evento. Eles me entrevistaram, ligaram pro coordenador da redação e ele me convidou para escrever.

Eu fui. Virei repórter da Cidade de Nova Iguaçu. Em Junho de 2010, fui contratada pela Secretaria de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu. Trabalhei e ainda trabalho reconhecendo os moradores, a região e exercendo um olhar mais amplo e diferente sobre a Baixada Fluminense.

Criei o "Cineclube João Luiz do Nascimento," junto com o Lorran Dias. Passávamos filmes do youtube e curtas que ganhava dos amigos que fiz durante esse início no cinema e o envolvimento com a cultura. Realizamos em cerca de 15 sessões, fizemos intervenção artística com o escritor e roteirista do filme "400 contra 1" Julio Ludemir. Isso tudo com o apoio da professora Ivone Landim.

Em Julho entrei para a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu. Fiz parte da turma de roteiro com o Raul Fernando. Lá, eu fiz amigos, fiz redes e deixei um pedaço do meu coração na biblioteca Cacá Diegues que se instala dentro da Escola de Cinema. O nosso desafio era produzir um vídeo de 3 minutos, no mês de dezembro, sobre o livro Guia Afetivo da Periferia, do escritor Marcus Vinicius Faustini - Fundador da Escola Livre de Cinema, Escola livre de Teatro, Escola Livre da Palavra, ex Secretário de Cultura de Nova Iguaçu.

Nas férias, fiz um média-metragem com a avó. Ela me deu de presente um tripé legalzinho até, de quase 1,80m. O pai tinha uma câmera digital. Peguei e fui filmar. Ela me contou a sua história e eu explorei os detalhes do dia dela. Chama-se "lembranças de minha avó." O curta foi exibido no Centro Cultural Donana em Belford Roxo. Tive o privilégio de ter sido a primeira a exibir filme na Sessão Realizadores do Centro Cultural que tenho muito carinho. (Aqui o texto que inspirou o filme).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Puro envolvimento – capítulo 1

Yasmin Thayná


Eu tenho 18 anos e resido na cidade de Nova Iguaçu desde que nasci, ou seja, 3 de novembro de 1992. Meu envolvimento com a arte teve início depois que fiz uma viagem no carnaval para Bahia, Porto Seguro, em 2008 onde me interessei por malabares. Quando voltei para o Rio de Janeiro, comecei a fazer parte das oficinas de malabares do Espaço Sylvio Monteiro, no centro de Nova Iguaçu. Participei do grupo MACA, Movimento Alternativo de Cultura e Arte. Virei malabarista.

Em agosto de 2009, vi em frente a prefeitura da Cidade um outdoor enorme sobre o festival de cinema em Nova Iguaçu que já estava acontecendo. Pensei logo que era numa televisão de 29 polegadas. "Cinema? Festival de cinema de verdade nessa cidade? Tá zuando, né?" Liguei pro pai e ele permitiu que eu fosse. Foi mágico. Quando terminou o festival, tudo começou "novo de novo." Conheci o primeiro cineclube da minha vida: o Buraco do Getúlio coordenado por Diego Bion, na "Sessão Premiados." Após o Buraco, conheci o Cineclube Digital que realizava sessões toda segunda terça feira do mês no Sesc de Nova Iguaçu.

O ano virou. Em Janeiro de 2010, fiz uma oficina de curtas no SESC com Miguel Nagle, um grande professor de cinema que eu sempre digo que serei como ele assim que crescer. As minhas referencias artísticas são essas: os artistas de guerrilha. Para mim, é muito mais importante ver um cidadão do nordeste fazendo filme, um iguaçuano, carioca, paulista... Eu me emociono muito mais vendo um "Central do Brasil" da vida do que ver um "Acossado" do Godard. É muito mais legal ver que brasileiros estão produzindo. A satisfação é bem maior. Eu gosto muito de uma galera de São Paulo que tem um site o "cinema de rua." Fui para São Paulo esses dias e escrevi dois argumentos de curta. Mas não consegui encontrá-los, infelizmente. Eles são grande referência pra mim.

A oficina com o Miguel Nagle, durou 2 dias. Fiz o meu primeiro curta: "no ciclo eterno das mudáveis coisas". Fiquei na parte artística do filme, já que eu gostava de pintar telas a óleo em casa, li livros de arte, fui destaque em conseguir reproduzir uma pintura a guache, na aula de artes do ensino médio, a partir de uma música do Caetano Veloso "Trem das cores." E outras coisas a lápis de cor que também fiz. Mas nada muito sério. Sempre gostei das tintas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Mapa da Expressão


O MAPA DA EXPRESSÃO -

artigo de Beatriz Azeredo e Angela Nogueira para
download > http://twixar.com/5QWIZt


















foto por Mila Petrillo - Cia Ética no espetáculo de Dança da 3a Mostra Brasil


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bruno Pastore responde; "é Grafitti ou Artes Plasticas?"

Entrevista com Bruno Pastore, por Israel Neto
Fotos: Camila Peixoto

Conheci Buno Pastore (Educador Social, Grafiteiro, Poeta e Pai) alguns anos e sempre discutimos questões muito relevantes, então vou compartilhar algumas com vocês...

Israel - Como e quando começou no grafitti?
Bruno - Comecei desde que nasci, pois desde moleque sou chamado a atenção por rabiscar paredes. Isso é lembrado até hoje nos almoços de família, minha avó diz: "é, está vendo, aquela arte toda no que deu" - eu só dou risada e penso. Mas meu primeiro contato com o graffiti que conhecemos foi através da pixação em 1998, depois a partir de 2000, comecei a frequentar oficinas e ter contato com o graffiti.


É Graffiti ou artes plásticas?
Graffiti é uma expressão que se difere das manifestações plásticas – das artes plásticas, coisa que não deveria, pois a essência de uma obra de arte, ou qualquer manifestação humana converge no mesmo lugar, a questão é que esta essência/origem, está por um triz tanto no graffiti como nas artes plástica, e isso me intriga mais do que esta simples diferença de nomenclatura e rótulo.
Respondendo a pergunta, apesar do graffiti estar na galeria e isso legitimá-lo como artes plásticas, não gostaria de ver o graffiti como tal, não encaro ele desta forma, pois tudo que é deslocado de sua origem/essência tende a perder o real sentido, e isto é uma transição delicada para qualquer manifestação humana, resumindo à uma simples experiência estética, entrando no plano do gosto, sendo absorvido e suprimido do seu real objetivo, que é a manifestação incondicional do espirito, do homem para ele mesmo.

É possível viver da arte na periferia?
Creio piamente que sim, exemplo disso são as doceiras, costureiras, os mecânicos e muitos outros artesãos que fazem do fruto de seu ofício, seu próprio sustento. Creio que com organização, trabalho e coragem, tudo é possível neste mundo vasto, pois a geografia foi inventada e é superável, o erro é nos restringirmos a ela e não querer reinventá-la .

O que é “Juventude Transformando com arte” pra você?
Bela pergunta, e de difícil resposta.
Só consigo contorná-la, partindo de uma experiência real quando em uma oficina de criação poética, fui interpelado pelo profundo fracasso e, com ele aprendi que não se ensina ninguém a ser poeta, poeta é poeta por si próprio e só, mesmo que nunca tenha feito um poema.
Aprendi com os jovens da oficina que, levar a poesia para o seu estado original – do acontecimento na integra- é a melhor forma de criar poesia. Aprendi com eles que criar poemas tem pouca importância, vi que o lugar de ouvir o outro, de olhar no olho do outro, ouvir e falar, trocar e criar experiências reais tem maior valor do que criar poemas. Talvez juventude transformando com arte seja uma juventude que não fique restrita as artes, e sim uma juventude que resgate de fato, através da arte ou de qualquer outra forma, as relações humanas.

Bruno Pastore
www.flickr.com/photos/pastore4life
http://www.literalmentepastore.blogspot.com/

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Entrevista com Igor Tadeu

Igor Tadeu, 24 anos, é ator e está em cartaz com o espetáculo Noel - O feitiço da Vila, na Casa da Gávea (novembro 2010)

JuventudeArte - Quando e por que você decidiu fazer teatro?

Igor - Embora tenha o sonho de ser ator desde que me entendo por gente, foi apenas em Janeiro de 2008 que comecei a fazer teatro. Era algo que pulsava dentro de mim e foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Realizar meu sonho!

JuventudeArte - De que maneira você acredita poder transformar o meio em que vive através da arte?

Igor - O artista é sensível e tem um olhar diferente sobre o mundo e as coisas ao seu redor, simplesmente ao conviver com os outros, ele acaba transformando as pessoas por onde passa os fazendo enxergar o mundo com outros olhos, quebrando tabus e preconceitos pré estabelecidos pela sociedade porque a arte é isso! Ela agrega, transforma e une as pessoas.

JuventudeArte - Conte um pouco sobre o seu trabalho como ator.

Igor - Minha primeira professora/diretora foi Cyda Morenixy montamos 3 peças em 1 ano durante o tempo que estudei na Spectaculu- Escola Fábrica de Espetáculos dirigido por Gringo Cardia e Marisa Orth. Depois tive o prazer de trabalhar com mais alguns diretores (Vilma Melo, Dado Amaral, Marcia Rosado Nunes, Marcio Januário, Mario Cadorna, Aziz Alkimim, Alvaro Oliveira, Sylvia Aziz, Rafaela Motta entre outros) em algumas aulas e montagens, diretores esses que foram fundamentais para meu amadurecimento como ator. No inicio desse ano entrei para escola de teatro Martins Penna onde tenho aprendido a cada dia mais sobre o ofício com mestres incríveis numa escola centenária! A primeira da America Latina. Também neste inicio de ano entrei para o Curso de Teatro Musical Brasileiro na Casa da Gávea onde tenho aprendido muito com os mestres Èdio Nunes e Jorge Luis Cardos. No primeiro semestre montamos o musical Noel O feitiço da Vila que reestréia dia 9 de Novembro na Casa da Gávea ás 21h. Para esse semestre estamos preparando um musical sobre a vida de Chico Buarque que estréia na segunda semana de dezembro. Há um ano desenvolvo um trabalho em visitas aos hospitais do Inca vestido de palhaço com o grupo Médicos do Barulho sob a supervisão de Amaury.

JuventudeArte - Que outros jovens como você estão fazendo trabalhos artísticos que você admira e gostaria de indicar?

Igor - Durante a pesquisa que fizemos com o CEPP mapeando os projetos sociais que trabalham com jovens e passamos a conhecer vários trabalhos magníficos que são pouco divulgados. Agora, nem tanto, pois muitos estão a disposição de todos através no site www.juventudearte.org.br

Mas, gostaria de indicar alguns trabalhos que conheço um pouco mais de perto e acho fantásticos: Spectaculu no Cais do porto; Tear na Tijuca; Completa Mente Souta, na Gávea; Cia Corpoafro; Centro Coreográfico, na Tijuca. Também trabalho com produção e divulgação de espetáculos no meu blog: Dicas Culturais

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Entrevista com Glaucia Fernanda Oliveira

Glaucia Fernanda, 22 anos, é dançarina da Cia Eclipse Cultura e Arte e coreógrafa. (Campinas - SP)

JuventudeArte - Quando e porque você decidiu fazer dança?

Glaucia - Tive meu primeiro contato com a dança aos 4 anos de idade. Minha mãe me colocou no balé numa escolinha perto de casa e comecei a gostar da dança. Não parava de me mexer. Alguns anos depois, entrei nas aulas de jazz, com as quais me identifiquei mais, pois é uma dança mais agitada e contagiante. Aos 15 anos conheci a Ana Cristina, hoje coordenadora da Cia. Eclipse Cultura e Arte, que me convidou para assistir aos ensaios. Logo que vi me apaixonei pela dança de rua! Desde então é essa cultura que faço e estudo. Decidi seguir a dança, pois, além de ser a melhor coisa que posso fazer, é a que, com toda certeza, me deixa mais feliz. Nada pode pagar o amor que sinto ao dançar, é o meu momento, onde todos os meus sonhos se realizam e, graças a Deus, conheço e convivo com muitas pessoas maravilhosas ao meu lado, que trabalham e fazem da arte a sua vida.

JuventudeArte - Você acredita ser possível transformar o meio em que vive através da arte? De que maneira?

Glaucia - Sim, acredito. Sem dúvida nenhuma e é com grande alegria que posso dizer que com a arte da dança, mudamos os caminhos de muitas pessoas que hoje trabalham ou passaram por nós. A Cia. Eclipse, em particular, realiza projetos sociais na cidade de Campinas oferecendo gratuitamente oficinas de dança para todas as idades e grupos específicos a ponto de dar uma opção de atividade física, lazer e formar dançarinos e também professores da área, sem contar a ideia de tirar os jovens das ruas, da violência e das drogas. Hoje temos mais de 50 jovens que fazem parte destes projetos e fazem apresentações e participam de competições. Além destes projetos a Cia. Eclipse realiza o maior evento de Breaking – um dos estilos da dança de rua – da América Latina, aqui em Campinas, a Battle of the Year Brazil. Reunimos grupos do Brasil inteiro numa disputa onde o melhor representa o Brasil no mundial fora do país. Muitos dançarinos que participaram deste evento, pelo ótimo trabalho que fazem e pela oportunidade que o evento traz, hoje estão fora do país participando de muitos campeonatos, fazendo trabalhos em todo o mundo levando o nome do Brasil em todo lugar.


JuventudeArte - Como foi a sua experiência na 3a Mostra Brasil?

Glaucia - A Mostra Brasil foi uma experiência inédita e maravilhosa pra mim e para todos da Cia. Um evento muito bem organizado, com artistas de todos os estilos e de todos os lugares, foi maravilhoso poder vivenciar a dança, música, teatro, o circo... tudo junto no mesmo espaço e com o mesmo objetivo, algo do qual nunca havíamos participado antes. Conhecemos pessoas de todos os lugares, e conhecemos lugares maravilhosos, como o AfroReggae, e fizemos amizades com outros artistas afim de realizar trabalhos futuros.

JuventudeArte – Que outros jovens, como você, estão fazendo trabalhos artísticos que você admira e gostaria de indicar?

Glaucia(Aí vão os links para os sites):

Companhia de Teatro Sia Santa - http://www.siasanta.art.br/

Centro de Dança Leonardo.Bilia - http://www.leonardobilia.com.br/

AIMEC (música) - http://www.aimec.com.br/

Banda Magnitude - http://www.magnituderock.com/

Packer Cia de Dança - http://www.balletcristianapacker.com.br/

Amazon B.Boy (dança) - http://www.amazonbboy.com.br/


Para conhecer melhor a Cia Eclipse CA:

www.eclipse.art.br
www.battlebrazil.com.br
http://twitter.com/CiaEclipseCA
http://www.grupos.com.br/blog/eclipseculturaearte/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mistura Brasil


Musica, dança, circo e poesia se juntaram num espetáculo lindo, com pernas de pau, palhaços, fogo saindo da boca de animais grandes, artistas escalando as paredes do Carlos Gomes, orquestra, dança de rua. Resumo o espetáculo alem de fantástico, defino como perfeito! Desde a estética até a interação do publico! Só ficou no ar alem da sensação do maravilhoso, o quero mais que teremos que esperar 2 anos para promover novamente o encontro de todos esses artistas. Parabéns aos artistas e ao CEPP! Até 2012...




Texto: Israel Neto
Fotos: Walter Mesquita e Israel Neto

sábado, 21 de agosto de 2010

"Ôoo abre alas que a 3ª Mostra Brasil jáa Vai começaaaar"

Hoje se inicia a “3ª Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte”, que reunirá nos próximo 5 dias jovens artistas de todo o país para realizar oficinas, espetáculos, debates e conhecer projetos socioculturais na cidade do Rio de Janeiro. E nós, Israel, Luciano e Marcio, cobriremos essas ações e postaremos neste blog o que de melhor aconteceu.

Mas antes disso acontecer, com a palavra os comunicadores:
Israel, Marcio e Luciano.

“Embarquei na Estação Tiete, ansioso por tudo que estaria por vir; Shows, oficinas, atividades externas, conversas, trocas e aprendizado e isso por meio da arte e melhor ainda com a Juventude sendo a protagonista! Depois de 6 horas de viagem desembarco no terra do redentor e contemplo toda essa beleza, e concluo a mostra pra mim havia começado ali!”
Israel Neto

“Para mim foi uma surpresa ser escolhido para prestigiar a 3° Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte no Rio de Janeiro, o encontro que reunira jovem artistas que protagonizam experiências culturais voltada para a diversidade cultural. Estar neste encontro é vivenciar uma conquista dos grupos juvenis”
Marcio Moreno

“Recebi o convite com muita alegria e ansiedade, por conhecer novas pessoas, reencontrar parceiros e me maravilhar com jovens demonstrando que a arte muda, transforma, revoluciona e encanta. Para chegar até aqui passei por 9 horas de resfriamento artificial, no entanto sei que por aqui, o que não faltará é calor, desta cidade maravilhosa e destas pessoas pra lá de originais!”
Luciano Frontelle

Logo mais, nossas impressões sobre o que está rolando por aqui, enquanto isso, o que você entende por arte e cultura?