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29 julho, 2014

RASCUNHOS

PALAVRA,
me abraça!
Me pega no colo e faz meu coração sossegar.

PALAVRA,
me nina!
Adormece meus pensamentos e silencia minha dor.

PALAVRA,
me salva!
Faz um texto bonito pra eu me entender!


fotos: Alessandra Duarte Fotografia

Para comprar meus livros:


28 julho, 2014

DO FUNDO DO BAÚ

DÚVIDAS

Alguém por aí comeu meu verbo. Engoliu a sílaba. Me deixou muda. Sem palavra na boca. Volta, poesia! Não quero a ausência. Silêncio não tem gosto de nada. Mas, e a palavra? Palavra tem gosto de quê?




 Me pergunto: DIZER é mais perigoso que SENTIR? Decifra-me e devoro-te?


(Tantas perguntas e tantos silêncios...)

fotos: Alessandra Duarte Fotografia

07 julho, 2014

FRASES & FOTOS


Deixe as coisas acontecerem sem ficar nessa aflição de que é preciso ter controle sobre tudo. 
BABY, ENTENDA. Na vida, a gente SÓ tem controle sobre nós mesmos. 
E, muitas vezes, nem isso.


#porumasemanamaisleve






11 julho, 2013

......


SOU BOAZINHA, MAS CUTUCA PRA VER!

“Declare guerra a quem finge te amar, declare guerra
A vida anda ruim na aldeia, chega de passar
A mão na cabeça de quem te sacaneia...”
(Barão Vermelho)

Decepção.  Não consigo sair da mesma palavra. Olho no dicionário. Está lá. [Do latim deceptione].  Desilusão, desengano, desapontamento. O Aurélio não mente. Definições não têm fim. Olho o verbo. Me conjugo. Quero dizer verdades que não me saem da garganta. Engasgo. Assino a sentença: confiar pode machucar e acabar com sonhos bonitos.
Porque agora eu sei: quando se trata de confiança, o que confia é sempre o culpado. Esse é meu crime: eu confiei. Recebo, com merecimento, o castigo prometido: uma caixa bonita com uma grande decepção dentro. Me rendo. Me agarro ao último traço de delicadeza que tenho. Me condeno. Sentir é minha prisão. (Será também minha salvação?). Penso: seria eu uma pessoa melhor se não sentisse tanto, se não importasse tanto, se não acreditasse? Não sei. Mas te peço: não sinta pena de mim. Sei ser dramática quando me sinto traída. Ainda mais quando me lembro do óbvio: fui eu quem me traí. Por confiar em você. Não é esta a verdade? Minhas escolhas me fazem.  Assim como nossos erros nos tornam quem somos. Vamos pensar positivo: por trás de grandes mulheres, existem sempre grandes erros. E você foi um grande erro. MY BIG MYSTAKE.  Confiar em você foi minha escolha, não foi?
Assumo a culpa. Engulo minha decepção. Revejo minha percepção. Mas é chegada a hora de pagar a fiança.  Peço a você – com todo respeito -  que cale sua boca. Não preciso me lembrar a todo instante o quanto sou ótima em fazer escolhas ruins.

Mas vou melhorar. Vocês vão ver. Aprendi a ser muito boa quando fico má.

foto Alessandra Duarte

27 junho, 2013

....


Vá!

Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.

Investigue a vida alheia. Faça calúnias.

Invente histórias em que você não está.

Vá!

Mas vá logo!

O que você espera?

Flores, perdão...

Ou um sentimento barato pra se enfeitar?

Vá!

Fale mal de mim enquanto eu faço versos.

Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.

Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.

Meu coração tão leve - daqui - te sente:

Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?

Queria  dizer, me desculpa a audácia:

Do mundo, a gente pouco leva:

O que viu ali.

O que sentiu.

O que leu...

O que fez por alguém e por si mesmo.

O que foi, quase por engano.

Da vida, meu amigo, a gente só leva o coração.

E o meu é poesia. Música. E uma leve descrença no ser humano que eu não posso evitar.

E o seu?

(...)

Vá!

CUIDE-SE.
Mas cuide DE SUA VIDA.
Sempre é tempo de mudar e se fazer feliz."

(Da série: “Mil maneiras educadas de mandar alguém à merda”)


Foto: Marinho Antunes

20 junho, 2013

...


Hoje vou postar um texto do fundo do baú MESMO. Eu estava no 1º período do primário do Marista Dom Silvério e escrevi minha primeira redação, que foi premiada e entrou para o livrinho do colégio. O tema é muito atual: BRASIL, MOSTRE SUA CARA. Queria dividir com vocês, porque fiquei emocionada ao pensar em como nós, brasileiros, já entendemos como o país funciona desde crianças. E sonhamos com mudanças sempre.




13 junho, 2013

...

" De que me adianta fugir ?
Melhor seguir até encontrar
As coisas todas que eu tô afim
Eu danço bem e não vou parar
De arriscar o melhor de mim..."
(Marina Lima)


Minha vida é assim. Brinco de esconde-esconde. Conto até cem, abro os olhos, cadê? Procuro, procuro e não acho. Não me acho. Às vezes dou sorte e encontro um pedaço meu perdido, uma frase atrás do muro. Mas a verdade inteira, quem sou, com todas as letras, palavras e sentidos, parece estar sempre a frente. A um palmo do meu nariz. E eu me atrevo. Corro, tropeço, me aventuro e vou. Conto até cem (posso ir?), quero me descobrir por aí. Quem é aquela embaixo da cama, sou eu? Quem é aquela, atrás do armário, com um pedaço revelado para poder ser encontrada? Sou eu? Sim. Sou eu. Às vezes dou de cara comigo, levo susto, chego a não acreditar. Às vezes - como por encanto - me encanto. E existem horas que só vejo sombras, vazios, interrogações. São meus mergulhos fora de foco. Miopia emocional? Traga-me os óculos, por favor. Eu não quero perder nenhum pedaço meu. Eu não quero deixar de me encontrar por medo. Eu quero descobrir o que há de melhor e pior em mim, minhas verdades, meus silêncios e me amar e me aceitar por inteiro. Quero me encontrar para me perder. Brincadeira que nunca acaba.


Foto: Alessandra Duarte -  http://www.alessandraduartefotografia.blogspot.com.br/

Esse texto é de 2005. E eu dedico à minha coacher Keli Soares, que tem me ajudado (muito!), desde o ano passado, nessa coisa de me descobrir.

06 junho, 2013

...


Depois de te conhecer fiquei assim: letras. Coração. Borboletas voando em barrigas...
E um sorriso que não sai da cara.
Você aí, me responde: COMO PODE?





23 maio, 2013

...



Aqui, papo sério: não dá mais! Toma uma atitude logo. Se vira!
Pega sua mochila, joga dentro aquelas coisas que você nunca usa, desbloqueia um cartão de crédito, pega uma carona na estrada e vem.
Vem!
Mas vem logo.
Vem me ver.
Vem me falar um monte de besteira.
Vem me beijar demorado.
Vem brincar de jogo dos pontos com as pintinhas da minha barriga.
Vem!
Vem virar minha casa do avesso,vem me virar de cabeça pra baixo, vem me fazer ouvir aquele monte de CD que eu não gosto, deixar no repeat a mesma música eternamente.
Vem?
Esquece o rádio, esquece o trabalho, esquece a passagem fora da promoção. Deixa pra lá essa mania de querer tanto e achar que não dá porque não tem nem um tostão.

(Voltaremos sempre ao mesmo refrão?)


Então, vem...
Esquece a rima, esquece a prosa, você me beija e eu quero mesmo é escrever uma puta história.
Vem?
Vamos ter aquelas conversas intermináveis, sem início nem fim, onde a gente começa a falar sobre melodia e termina falando sobre futebol no começo do outro dia.

(...)

CARA, VOCÊ É LOUCO.

Mas eu sou louca por você.

Então, vem.


16 maio, 2013




Me  diga um “oi” e eu escrevo um livro.
E vou morar dentro dele com seu sorriso.



Aguardem! Em breve, nosso livro/blog virtual com frases minhas e fotos da Alê.

Estamos produzindo, vai ficar demais!


09 maio, 2013

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Eu não estou a fim de me enganar e dizer que amanhã algum cara vai me olhar de um jeito diferente (e vice-versa) e eu vou dizer SIM com os olhos cheios de planos e desejos. NÃO, NÃO E NÃO. Me mandem pra terapia, me enviem florais de Bach em garrafas pet de 2 litros, me façam reiki, regressão, me mandem o Brad Pitt divorciado.. NÃO ADIANTA. Eu NUNCA mais vou me apaixonar e não há quem possa me fazer mudar de ideia. Posso até amar. AMAR, OK. Mas apaixonar? Sinceramente, NÃO. Não mesmo. 
Eu até gostaria por um segundo (eu escrevo com mais facilidade quando estou apaixonada), mas não consigo mais. NÃO DÁ. Acabou a cota de paixões por essa vida, ninguém se apaixona depois dos 35. E não pensem que é por causa de alguém em especial, esse blablablá do tipo "você tem medo de sofrer"... Definitivamente, não é por aí.  Eu simplesmente aprendi a não criar expectativas em relação às pessoas. E - vamos combinar! - paixão não existe sem uma caixa de expectativas dentro. Estou certa? 
Mas - se por um curioso incidente divino - eu me apaixonar de novo e pensar: "fodeu, paguei minha língua", fiquem felizes por mim. Na verdade, soltem fogos, ergam bandeiras e saibam que eu estarei feliz demais (por pura conspiração química) e triste demais ao mesmo tempo. Porque não existe paixão sem DEMAIS. Não existe paixão sem PAZ. (Mas, peraí, eu não vivo dizendo que o que eu mais quero é paz?). 
Bom, é isso. Definitivamente, paixão não é pra mim.Será que eu posso pular essa parte das idealizações desnecessárias e amar de verdade, sem frio na barriga?


 


18 abril, 2013

Do fundo do báu




A única coisa que eu quero - HOJE - é que as pessoas peguem suas dúvidas e incertezas e se mandem pra bem longe. Porque - na real! - eu acho um desperdício essa gente que não sabe o que quer da vida.
Sem essa de jogar os problemas nas costas do TEMPO  e esperar que ele dê conta do recado.  ENTENDAM UMA COISA: tempo não cura. Tempo FODE. Anota aí pra você se lembrar disso quando aparecer (de novo) na porta da minha casa.

ps: texto de maio de 2005.



11 abril, 2013

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Um minuto aí, prestem atenção. Façam silêncio. SOU EU? 
Ali, naquela letra, naquela música, naquele cd, sou eu? 
Gente, sou eu! 
Eu, rodando no som...
Eu que amo Almodóvar e quero escrever imagens, ali, girando... 
Eu no meu som que não toca. 
Olha eu falando: ME AMA! Pedindo: ME AMA? 
Olha eu correndo, voltando, querendo, escancarando meu coração para todo mundo ouvir...
Eu que não tenho vergonha na cara, não tenho métrica, não tenho orgulho, não sei parar, OLHA EU ALI! Digam o que quiserem, me chamem de exagerada, alucinada... Essa ali sou eu. 
Amei demais, sofri demais, então, me deem licença para eu escrever demais? 

Estou à beira de um ataque de letras!


E tudo isso porque te descobri naquela manhã, naquela esquina, me olhando, sorrindo. LINDO! 
Ex-pai dos meus filhos, eterno amor de mil vidas, menino de cheiro bom, queria tanto um abraço seu....
Um abraço e um beijo...
Um abraço, um beijo e 500 mil reais para eu me mandar daqui. 
Me mandar desses olhos, sumir do seu mundo, construir uma vida BEM longe de você. 
Longe de você e da sua voz. Longe de você e da minha poesia. Longe de você e de mim. 
Eu quero um lugar para NUNCA mais ter que me lembrar de você. 
Eu quero um lugar para DESINVENTAR você. 
Eu quero um lugar onde você não tenha LUGAR, eu quero um amor novo para RECOMEÇAR, eu quero acordar e ME VER. 
Mas o quê eu faço se quando olho pra dentro de mim é VOCÊ que eu vejo?


BURRA!!
Não entendo como uma pessoa inteligente possa ficar momentaneamente BURRA!

ps: esse texto é muito, muito antigo, mas me divirto com ele...

04 abril, 2013



A COR DA CORAGEM

Eu não gosto de me definir. Eu não gosto de definições. Mesmo porque nunca consegui. Entrego-me, então, ao mundo sem compreender. Não sei se sou mais perturbada ou perturbadora, como você disse. Talvez seja uma coisa e outra. Nem uma coisa nem outra. Ou viva intercalando ser e não ser, conforme o dia. Isso importa? Você pensa que me apanha numa simples definição? Definições são limitadas. Asfixiantes. Eu prefiro a liberdade de não saber. De poder mudar. Experimentar o novo. Provar o gosto... (Sentiu?)

Hoje, por exemplo, resolvi ficar o dia inteiro sem fazer nada. Quero o telefone fora do gancho. O celular desligado. Folhas rabiscadas. E algum chocolate. Nós, mulheres, temos direito a mais neuroses e doces por motivos biológicos. Temos autorização universal para sermos complicadíssimas e continuarmos interessantes até para nós mesmas. (Sabia?).

Mas o que eu quero mesmo que você saiba é que minha vida é muito maior que meu dia. E isso me traz uma angústia enorme. Sinto que as horas passam depressa demais sem que nada de especial seja feito. Talvez – eu disse talvez – eu precise aceitar que essas simples horas me trazem o que necessito para um não-sei-o-quê que me move. Um não-sei-o-quê que eu intuitivamente sei o que é, mas que me nego a dizer com medo de deixar de ser, como por encanto.

Eu não tenho muitos medos. São poucos, acredite. Às vezes me sinto forte, às vezes me sinto frágil. Mas tenho dentro de mim a coragem de acreditar. Não é bom sentir isso? Li uma vez que a palavra CORAGEM vem da mesma COR que forma CORAÇÃO. Não é bonito isso? Agora sim! Temos a cor dentro da gente. A COR da CORAGEM. A COR do CORAÇÃO. Não pense – com isso – que eu ando atrás só de “belas coisas”. Eu quero qualquer coisa desconexa, contraditória, insegura, ambígua, não tem importância. Desde que seja sua. As definições exatas e perfeitas não me satisfazem. Já disse. Eu não sou assim.

Se, depois de ler tudo isso, você não disser nada, não tem importância. Se você não diz é porque há muita coisa dentro de você. Mas isso eu já sei. Peço então que me estenda a mão.

Pode ser?


Ps: Amanhã tem Consultório Psicopoético! Para participar, só mandar email para contato@fernandacmello.com

28 março, 2013


"Para todas os obcecados e os rejeitados,
E para todos os amores perdidos". 
(Neil Gaiman)



Vamos encarar a realidade? Vamos colocar os pingos nos is? Se você não está feliz, o problema é SEU. Sinto dizer, meu amigo. O problema é seu. (Única-e-exclusivamente seu). O problema não é meu. O problema não é dele. O problema não é do destino. Do mundo astral. Nem da novela das oito. A pior coisa no mundo (e mais covarde também) é distribuir culpas e se tornar vítima do próprio sofrimento. Mas não te culpo. Nós crescemos assim. Jogamos a responsabilidade de ser feliz nas mãos dos outros. Vai dizer que não? Vai dizer que você nunca disse a eterna frase dos acorrentados: A CULPA NÃO É MINHA!
Ah, sei... Se a VIDA é SUA, a culpa de você estar aí, decepcionado, inquieto, cheio de raiva no coração é das pessoas que inexplicavelmente se voltaram contra você? Sinto te informar que não. A culpa é sua, sim. Aceite. Aceite sua culpa como sua máxima verdade. Tome-a nos braços. Você é culpado pela sua infelicidade. Pela sua felicidade. Por tudo o que você faz e recebe da vida. Decorou? Então tome nota. O que você plantou, estará na sua mesa. Não é fácil, eu sei. E eu digo isso porque preciso acordar. 

Eu não posso dizer que ELE me decepcionou. Eu não tenho o direito de achar que meu coração tem duzentos e cinquenta e cinco cicatrizes porque o amor é uma faca afiada que corta. Vamos jogar aberto. A culpa é minha. Eu dei meu coração. Eu inventei um amor. Eu criei expectativas. Então, com sua licença. A culpa é minha. Minha culpa. Minha feia culpa que é minha e de mais ninguém. Minha culpa de sete pontas. Minha culpa que me faz olhar a vida e me sentir personagem principal de uma página triste. E não é só triste. É uma culpa (que pode ser) também boa. Porque me faz exercitar um sentimento maior (e mais brilhante que o mundo): o perdão. 

Se eu pudesse escolher um verbo hoje, eu escolheria PERDOAR. Assim, conjugado na primeira pessoa, com objeto direto e ponto final: EU ME PERDOO. Não, eu não te perdoo porque não tenho porque TE perdoar (você é limitado e isso é outra história). Eu tenho que perdoar A MIM. A mim, que me ferrei. Me iludi. Me fodi. Me refiz. Me encantei. A culpa é minha. Minhas e das minhas expectativas.  Minha e da minha imaginação pra lá de maluca. Então, com sua licença, deixe EU e MINHA CULPA em paz. Eu e meu delicioso perdão por mim mesma.

Mas, olha, eu só te peço uma coisa: PARE de culpar a vida! Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe. PELO AMOR DE DEUS, SE PERDOE!


Quem quiser patrocinar essa coluna (que só posta textos beeeem antigos) ou anunciar no blog, só enviar um email para contato@fernandacmello.com. Obrigada e tenham todos uma ótima Páscoa!


21 março, 2013



Quando eu era criança eu perguntei para a minha mãe:

- Mãe, quando inventaram a cor?

Minha mãe ficou muda. Com olhar de interrogação. Adulto não entende dúvida de criança.

Mostrei, então, pra ela, um porta-retrato com uma foto antiga em preto-e-branco dos meus avós ainda pequenos. Disse com ar de sabe-tudo:

- Ainda bem que a gente vive num mundo moderno! O mundo preto-e-branco que a vó Yone vivia era muito sem-graça...

ps: Lembrei disso hoje - não sei porquê - e me senti como naquele dia. Acho que redescobri a cor...