Já passou algum tempo desde que me propus a fazer algumas alterações aqui, neste meu espaço. Uma delas foi o título. Sem dúvida, uma escolha que reflecte melhor estes tempos vindouros! Gosto de me ler aqui, à sombra de uma liberdade que tinha optado por deixar no papel.
Hoje, não consigo pensar no meu dia sem passar por aqui. Mesmo que não possa vir escrever ou ler, não me esqueço deste espaço e do que ele representa para mim.
Surpreendi-me com a nova lufada de comentadores e com aqueles que já vinham aqui e continuam a apoiar-me, seja qual for o tipo de registo.
Agora estou a ouvir James Blunt "Carry you home". Bem sei que há muito quem não goste, mas soa-me bem. Um dos comentadores de outrora dizia que escrever com música era "um poema ajudado". Ele tinha razão. No entanto, tal como ele, muitos outros deixaram de vir aqui ou de marcar a sua presença.
São poucos os blogueiros (agora já gosto mais desta palavra, o jantar ajudou) que se mantêm desde os primórdios. São escassos os meus amigos pessoais que vêm aqui. Muito menos aqueles que deixam o seu rasto. Eu mostrei-lhes a sua importância, mas talvez nem gostem muito do que escrevo.
São meus amigos na mesma. Afinal, no dia de publicar os poucos textos no tal livro, lá estavam eles todos para irmos todos ao Porto... mais dois que foram lá ter. O O. disse que ia, mas não conseguiu! Ainda hoje lamento a sua ausência. Em Lisboa também tive alguns. (Deixem-me abrir aqui este parêntesis: quando entrei na livraria Barata em plena Lisboa e vejo uma pirâmide de livros logo à entrada, senti algo indescritível! Continuando...) Eu sei que posso contar com eles. Porém, hoje destaco aqueles que marcam a sua passagem propositadamente partilhando sentires e desejos.
Este blogue torna-se cada vez mais rico e dinâmico devido à vossa presença. Agradeço-vos muito e é por isso que respondo a cada um para vos mostrar que não passe em vão, embora por vezes não traduza exactamente em palavras aquilo que sinto quando vos leio.
E, sim, é um motivo para voltar a escrever.
Estamos todos em viagem, por isso, a partida é constante. Não é partida no verdadeiro sentido?! Pois, realmente... deve ser uma chegada. Eu chego aos corações e não os abandono. Assim, torno-me cada vez mais completa. "Nós tornamo-nos responsáveis por quem cativamos" (Saint-Exupéry).
Eli
:)