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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Domingo (17/11) 2ª edição do Caldeirão do Negão (com Michel Yakini e Raquel Almeida)

CALDEIRÃO DO NEGÃO II

SEGUNDA EDIÇÃO DO EVENTO REUNIRÁ MULTIPLICIDADE DE LINGUAGENS ARTÍSTICAS RELACIONADAS AO UNIVERSO AFROBRASILEIRO


DA REDAÇÃO
NOVEMBRO/ 2013


O Caldeirão do Negão está de volta. Após 1.200 pessoas lotarem o evento em 2010, a segunda edição chega para ferver novamente a panela da Casa das Caldeiras, no dia 17 de novembro de 2013, das 15h às 20h, dentro das comemorações da Semana da Consciência Negra.

Organizado por livre iniciativa de empreendedores negros da cidade de São Paulo, esta nova edição do evento reúne diversas linguagens artísticas que se manifestam por intermédio de elementos como poesia, música, circo e dança, proporcionando ao público um verdadeiro mosaico de espetáculos que ressaltam a vitalidade e versatilidade do corpo negro no campo das artes.

“A ideia central desta atividade é desmistificar o conceito de apresentação artística que tem o palco como plataforma única de performances, e também expandir a atual concentração de manifestações artísticas relacionadas ao corpo negro para outras áreas. Adotamos uma dinâmica de intervenções que dialogam com o conceito de cabaré, dessa maneira, o evento contará com diversas e pequenas esquetes que ocorrerão em diversos pontos da Casa das Caldeiras. Além disso, serão contemplados segmentos como o circo, sapateado, entre outras manifestações pouco relacionadas a cultura negra mas que, igualmente a música e a dança, por exemplo, também são áreas de atuação com destacada presença afro-brasileira”, afirmam os organizadores do Caldeirão.

A primeira atração do evento é a mesa de discussão e reflexãoParâmetros de Legitimação da Moda Afro-brasileira, que reuniráo estilista Jaergeton Corrêa (Ateliê Hagadime), o músico e blogueiro Jun Alcântara (ubora.wordpress.com) e um representante de uma agência de modelos negros da capital. Entre outros assuntos, serão abordados temas como a roupa afro para além das passarelas, a performance no cotidiano urbano, intervenção em ambientes corporativos, sua representação na mídia televisiva, além de alguns assuntos polêmicos levantados durante o I Seminário – Moda, Estética Negra e Economia Criativa, realizado no último mês de outubro, em Belo Horizonte. A mediação da conversa será do jornalista Nabor Jr.

O Caldeirão do Negão terá a apresentação da jornalista Chris Gomes e, para além das performances artísticas, reunirá exposição e venda de produtos ligados à cultura negra, como obras de arte, acessórios e confecções. As especiarias gastronômicas ficarão por conta do chef Pakuera, presidente da Comunidade Samba da Vela.



PROGRAMAÇÃO ESPAÇO PRINCIPAL

15H: INÍCIO
15H - 20H: DISCOTECAGEM DJ VIVIAN MARQUES
15H30 - 16H30:PARÂMETROS DE LEGITIMAÇÃO DA MODA AFROBRASILEIRA
16H45 – 17H: ESQUETE DANÇA AFRO DÉBORA MARÇAL
17H10 - 17H30: ESQUETE POESIA MÁRCIO BARBOSA E FÁBIO BOCA
17H40 – 18H10: ESQUETE MUSICAL DENA HILL E ZUMBLACK
18H20 – 18H40: ESQUETE CIRCENSE TRUPE LIUDS
18H50 - 19H: ESQUETES DANÇA DE SALÃO ROGERINHO E THAIS BLACK
19H10 – 19H20: ESQUETE BREAK AFROBREAK
19H30 – 19H40: ESQUETE SAPATEADO
19H50 – 20H: ESQUETE POESIA RAQUEL ALMEIDA E MICHEL YAKINI
20H10: SHOW SAMBA DELAS

PROGRAMAÇÃO CASA DAS MÁQUINAS

15H – 19H: DISCOTECAGEM FESTA SEX BLACK
19H – 19H30: POCKET SHOW AVANTE O COLETIVO

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amanhã estarei na Fábrica de Cultura do Jaçanã (depois Cachoeirinha, Capão e Jd. São Luis)

JAÇANÃ

Biblioteca

Novembro – Dia 05 – Terça – 10h e 14h – Biblioteca

Oficina: “Com cheiros de palavras”


Com Michel Yakin
20 vagas

Na trança entre as palavras e os elementos naturais (água, folhas, pedras, sons, etc.) visitaremos a imaginação, a criatividade e a memória. A leitura de alguns mitos africanos e poemas afro-brasileiros durante o encontro serão um convite à criação poética e a reflexão sobre o tema.

Michel Yakin é escritor, poeta e arte-educador. Autor de "Acorde um verso" (poesia, 2012) e idealizador do Coletivo Sarau Elo da Corrente, do bairro de Pirituba em SP.

Próximas atividades:

Novembro – Dia 06 – Quarta – 10h e 14h – Biblioteca
Vila Nova Cachoeirinha
Novembro – Dia 07 – Quinta – 10h e 14h – Biblioteca
Capão Redondo
Novembro – Dia 08 – Sexta – 10h e 14h – Biblioteca
Jardim São Luis

Mais informações em:

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eduardo de Oliveira (Fonte: Quilombhoje Literatura)




“Sou alguém que jamais deixou
de acreditar no poder criador dos poemas"

(in CN29)


Na última quinta-feira, dia 12/7/12, aos 85 anos, faleceu mais um guerreiro, um poeta, um batalhador cuja biografia não sairá nos grandes jornais, mas que têm muita importância para este país.

EDUARDO DE OLIVEIRA, poeta e jornalista, defensor dos direitos humanos e observador das relações raciais no Brasil, foi Vereador em São Paulo. Autor de nove livros publicados, deixou em seus primeiros poemas o sabor amargo de não ter conhecido o senhor Sebastião Ferreira e dona Henriqueta de Oliveira, seus queridos pais, mas também deixou nesses poemas uma mensagem de profunda ternura, ao reconhecer a acolhida fraterna que seu pai adotivo, senhor Francisco Salles Prudente Corrêa, sobrinho-neto do Primeiro Presidente Civil do Brasil, Prudente de Moraes, sempre lhe dispensou. A generosidade de Eduardo de Oliveira e sua ação política foram carinhosamente estimuladas pelo grande líder norte-americano Martin Luther King, em carta ao poeta paulista. Eduardo é autor do Hino à Negritude.

Eduardo aderiu ao projeto dos Cadernos Negros participando dos números iniciais e depois também de outros. Que possamos guardá-lo sempre em nossa memória.

Um poema de Eduardo de Oliveira:

FILHO ENJEITADO

Meu legado, que é rico e tão valioso,
deu vida à nossa nacionalidade,
valorizando a própria identidade
do Brasil, que se diz ser generoso!

Pelo esplendor desta africanidade
doada a este país, belo e formoso,
quem a doou, o fez, por ser bondoso,
trabalhando no campo e na cidade!

Não é justo, portanto, quem persegue
aquele que nos deu este legado,
já que viver decente não consegue!

Nossa raça quer ser reconhecida
como um filho – mas não como enjeitado –
por ter dado ao Brasil a própria vida!

(in Cadernos Negros 29)


terça-feira, 22 de maio de 2012

IV Abolindo a Escra-visão no Brasil - Sarau Elo da Corrente

IV ABOLINDO A ESCRA-VISÃO NO BRASIL
estética, identidade e empreendedorismo

MAIO - 2012
SARAU ELO DA CORRENTE


BAR DO SANTISTA

RUA JURUBIM, 788-
às 20:30

PIRITUBA-SP

Ciclo de palestras durante  o mês de maio no Sarau Elo da Corrente no qual artistas, educadores, pesquisadores e militantes da cultura negra apresentam e discutem suas produções com os participantes do sarau, para desmitificar questões como a democracia racial, historicismo oficial e estratégias de emancipação politica, cultural e social.

Para  2012 as palestras acontecerão dias 10, 17 e 24 de maio, no horário do sarau, com a apresentação do tema pelo palestrante e um bate-papo com o público. O temas que nortearão as palestras são: Estética Negra, Identidade e Empreendedorismo.

24/05/12
Manifesto Crespo

O coletivo tem como foco central a discussão

 sobre como o cabelo crespo pode e deve ser

 encarado de uma forma criativa, fazendo

 com que se desmistifique a idéia de que existe

 cabelo ruim. O negro com seu cabelo e sua

 cultura é fonte de infinitas criatividades e de

 beleza.







quarta-feira, 4 de abril de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Sarau Elo da Corrente recebe Capulanas Cia de Arte Negra

 SARAU ELO DA CORRENTE

BAR DO SANTISTA 

QUINTA - FEIRA

22.03.12

20:30

PIRITUBA







com:
CAPULANAS
CIA DE ARTE NEGRA

Lançando o livro e DVD:

(EM) GOMA 
dos pés a cabeça, os quintais que sou 
Livro que é resultado do Projeto Pé no Quintal que realizou apresentações do espetáculo " Solano Trindade e suas Negras Poesias" nas periferias de São Paulo em 2010 e 2011 e processos de formação sobre teatro negro culturas negras. Vem com o documentário "Pe no chão" feito em parceria com o coletivo NCA.

 
Capulanas Cia de Arte Negra é composta por jovens negras (os) de movimentos artístico políticos de São Paulo. A cia nasce da vontade de dialogar com a sociedade sobre as descobertas, anseios e percepções da mulher negra. A proposta é de fortificar a imagem da mulher negra, para isso nos apropriamos do pensamento da cultura popular, onde todas as artes se fundem: a música, a dança, poesia, artes plásticas, teatro e outros. A herança da cultura da oralidade para a Diáspora africana, que no Brasil é presente na cultura popular, em evidencia do norte e nordeste do país, é de grande importância na integração do mundo natural, a presença do sagrado e a valorização da memória. Mulheres africanas e afro descendentes, mantém em comum o laço de soberania espiritual sobre seus povos, estabelecendo um elo imaginário de ascendência e descendência.

terça-feira, 13 de março de 2012

SARAU ELO DA CORRENTE com PoéticaÓtica e Israel Neto (Quinta - 15.03.12)


Arte Cartaz: Flávio Gondim de Castro
Foto: GUMA


Da união entre integrantes dos coletivos: Barulho.Org e Poesia Maloqueirista, nasce a PoéticaÓtica, onde a relação com a grand metrópole, seu caos inerente e arquitetura, dialogam com a influência cultural da miscigenação, o urbano e o popular, texturas, sonoridades, imagens, palavras, corpo. Eletrônico e orgânico na mesma frequência, em harmonia com a intervenção e a performance. 

Criação Coletiva de: Alessandra Vilhena, Aline Binns, Arthur Boniconte, Berimba de Jesus, Caco Pontes, Flávio Gondim de Castro, Gabriel Santos, Geórgia Martins e Piero Pucci Falgetano.

*Projeto contemplado pelo Edital Primeiras Obras

 Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso


15/03 - 20h30
Entrada franca e livre
Duração: 40 Minutos






Amor Banto em terras Brasileiras, conta a história de Uana e Mukongo, sequestrados como escravos em Angolas e no Brasil viverão um grande amor, cheio de Aventuras em busca da liberdade e da construção do Quilombo dos Palmares. Desvende um pouco do Universo da Cultura Banto e da Língua Kimbundu, misturando História, religião, oralidade, resistência e amor.
O livro ainda tem uma proposta pedagógica em consonância com a Lei 10.639/03 (11.645/08) que traz a obrigatoriedade do estudo das culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas do Brasil.



Israel Neto, 24 anos, educador Social, poeta e músico. Coordenador das atividades do coletivo Literatura Suburbana, idealizador do curso Escola da África para adolescentes de escolas publicas da Brasilândia, projeto que está no 4º ano de execução. Amante do Rap e da poesia Periférica escreve suas músicas e poesias retratando sua realidade que é comum a vários moradores das comunidades, crianças e adultos. Dedica parte de sua produção artística para o desenvolvimento de uma identidade africana e afro-brasileira. Lançou em 2009 o Livreto “Fechô no Gueto” com Carolzinha Teixeira e lançou os discos “A Resistência” em 2009 e Mix-Tape “InterPRETAção” em 2010.

www.israelneto.blogspot.com 
www.literaturasuburbana.blogspot.com
www.revivarap.com.br
(11) 94466214      
 (11) 34275363    

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

SARAU ELO DA CORRENTE (Fotos do ultimo encontro)

Há noites em que a poesia extrapola os corações e os sorrisos e fica ecoando nas curvas da quebrada, feito tambor quando toca, quando grita, quando afaga. Nós somos privilegiados de viver momentos assim, e na curtição desse sonho, sinto que a ultima quinta-feira ainda ferve nas veias da intenção.
O Ballet Afro Koteban acordou nossa atenção, em apresentação dedicada a nossa amiga Elizandra, em memória ao seu pai, chamou o bairro pra rua, instigou a curiosidade de quem passava e conquistou a atenção como quem rouba beijo de paquera, pediu licença e foi trilha sonora de cada porteira por aqui, ritmando identidade em movimentos que moram na gente, mas carecem acordar. Ouvir os comentários é comum, pela beleza e força desse grupo, mas sentir que até ontem (sábado) tinha gente me parando na rua pra saber mais, quem era, como era, parabenizar. Isso vale demais. Agradece: Paula, Ana, Daniel e Nego Jô. Era como se as pessoas dissessem: Porque acabou???
E no fervoerótismo de Akins Kinte, como se não bastasse, a poesia queria mais, queria beijar a ponta de cada ouvido, abraçar cada olhar desnudo, fazer carinho na imaginação e prazeriar múltiplas letras. InCorPoros – Nuances de Libido, seu novo filho, fruto do amor que Akins e Nina compartilharam com a palavra.
O mano Artigo retornou a casa com seus versos firmes, cheios de poesia, fez dupla com seu produtor Diego, pra rimar nos acordes, trazendo composições do seu próximo EP “Libertação” e ainda fez um improviso, pra alimentar nossa saudade de sua presença.
Depois os poetas e poetisas foram generosos, cederam seu tempo de récita, pra degustar uma bela fava com carne seca, que o Santista preparou, e ninguém negou. Esse foi um pedacinho do Cariri pernambucano, que trouxemos dos abraços de Moreilândia-PE, terra natal da família Silva, do mano Divino.
Assim o ano já acabaria bem, mas a gente ficou sedento  e dia 08 (quinta) tem nosso ultimo sarau no bar do Santista, com a presença de Miriam Alves, lançando seu novo livro “Mulher Mat(r)iz” e exposição fotográfica de Sonia Bischain "E por falar em poesia...", e dia 13 (terça) tem sarau na Biblioteca Brito Broca pra esbaldar 2011 de vez.    

Axé sempre!!!! 












terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sarau Elo da Corrente a saideira (c/Koteban e Curta Saraus)

No próximo dia 09/12 encerraremos nossas atividades de 2010, por isso nosso sarau será uma confraternização e contará com duas apresentações especiais. Todo mundo convidado pra celebrar mais um ciclo vitorioso do Sarau Elo da Corrente. E o mehor com nossa casa, Bar do Santista, de portas abertas.

Então marque aí:

09/12 (Quinta-Feira)
20:30 horas
Bar do Santista
Pirituba
Periferia -SP


Nossos convidados são:


O Ballet Afro Koteban é formado por músicos e dançarinas, brasileiros e africanos, que pesquisam a música e a dança do povo Mandingue do Oeste Africano. Foi criado em 2004 após a vinda do Mestre Mamady "Kargus" Keita ao Brasil, por Ogãs Alabes que estudavam percussão popular na ULM e lá tomaram contato com a música mandingue. O nome Koteban, dado por Billy Konaté, grande músico Guineano e filho do Mestre Famoudou Konaté, significa: O bom trabalho, projeto ou objetivo verdadeiro "jamais acabará”.

Tel: 6137 6489



Ballet Afro Koteban



E na sequencia...


Depois de ganhar o primeiro premio de melhor filme no Festival de Filmes competitivos de interior, o filme Curta Saraus será exibido no Festival de ITU e em Pirituba.

Leia abaixo crítica do filme.

Por Renan Pereira

Documentário mostra ao longo dos seus 15 minutos o poder da arte e das manifestações culturais nas periferias de São Paulo.

“Cuidado com os poetas. Esses caras são uns subversivos; propagam indignação e desordem. Se acham no direito de mudar o mundo. Cuidado! Eles estão por toda parte: são bruxos e bruxas cujo ritual mais sagrado se chama Sarau”. É assim que a voz de um poeta anuncia o que está por vir ao longo dos 15 minutos deste maravilhoso vídeo-documentário.

“Curta Saraus” faz um panorama da proliferação dos Saraus nas periferias de São Paulo - movimentos comandados por ímpeto da cultura marginal e desenvolvidos por artistas locais que têm o poder de transformar, por meio da arte, o cotidiano sofrível de quem vive em meio ao desemprego e ao fogo cruzado. Sem dúvida, um dos vídeos-documentários mais lindos que já assisti sobre movimentos de resistência.

Dirigido por David Alves da Silva, o curta tem tom de protesto e é marcado pelas frases de efeito dos artistas entrevistados. “Na periferia não tem teatro, não tem museu, não tem biblioteca e nem cinema. O único espaço público que o Estado nos deu foi o bar. Você imaginar que a gente ia se acabar bebendo cachaça... e a gente acabou transformando os bares em centro-cultural... Então não tem mais como controlar a gente: o que não falta é bar na periferia”, exclama em uma das cenas o poeta Sergio Vaz.

Se você é uma pessoa ligada à cultura independente ou simplesmente tem o dom de enxergar as injustiças sociais com ao menos um pingo de indignação, não deixe de assistir esse curta e entender como funciona a organização da cultura alternativa nestes pequenos becos. Afinal, "o ônibus está lotado... de vidas vazias”. Do it yourself!




15 min, SP, 2010

Direção: David Alves da Silva

Produção: Alisson da Paz, Daniela Embón, Gil Marçal, Penha Silva

Fotografia: Peu Pereira, J.C Sena

Som: Gunnar Vargas

Fotografia Still: Léo Guma

Designer Gráfica: Silvana Martins

domingo, 14 de novembro de 2010

Allan da Rosa, Michel Yakini, Luciane Ramos, Luana Antunes e Carlos Subuhana entrevistam escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa (15/11 - 10 horas - Casa das Àfricas - SP)

Essa entrevista marca o inicio de um projeto editorial em revista coordenado pelo poeta e educador Allan da Rosa que será divulgada e lançada em breve. Além disso, o próprio Allan da Rosa vai gravar um quadro do programa Entrelinhas (Tv Cultura) com Ungulani neste mesmo dia..
Amanhã estarei lá pra somar neste trabalho. 


Ungulani Ba Ka Khosa (nome Tsonga de Francisco Esau Cossa) nasceu ás 0:45 do dia 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala (Moçambique), filho de mãe sena e pai changana. Da infância pouco se recorda, andarilho que foi,pelas terras do interior, acompanhando a mãe, enfermeira. 0 pai, enfermeiro de profissão, cedo deixou o filho que ainda gatinhava e abalou para as terras do Sul, á procura de outras profissões mais rendosas. Ficou com a mãe, com as fotografias do pai, e com alguma solidão interior.

Frequenta o primário, trava amizades que se perderam com o tempo e em 1968, fim do primário, deixa a mãe para viver com o pai nas terras do Sul. Os avós, o pai, mãe (separada do pai) e todos os espíritos ancestrais reúnem-se em volta da frondosa árvore que se erguia a meio do terreiro defronte á casa dos avós e chamam-lhe Ungulani Ba Ka Khosa. 0 ritual estava cumprido...

A adolescência passa-a na provincia da Zambézia onde completa o secundário e inicia o nível médio. A mãe, em Sofala, morre três anos antes da independência. Em 1977 uma directriz presidencial encerra o pré-universitário e uma viagem grátis leva-o a Maputo. Frequenta um curso intensivo para professores do primeiro nível do secundário e é colocado no Niassa como professor, em 1978. Campos de reeducação, solidão, dias longos e tristes, frio, montanhas, aguardente de cana (fabrico caseiro), terras virgens e despovoadas. É o novo cenário. Pensa em ser escritor.

Lê para escrever. Dá aulas. Viaja pelo interior da província. E em 1980 regressa a Maputo e frequenta a Faculdade de Educação na área de História e Geografia para o ensino pré-universitário. Começa a escrever. Em 1982 publica o primeiro conto: Dirce, Minha Deusa, Nossa Deusa.


Autor de seis livros, Ulalapi (1987), Orgia dos Loucos (1990), Histórias de Amor e Espanto (1993), No Reino dos Abutres (2001), Os Sobreviventes da Noite (2005) e Choriro (2009), Ungulani também exerceu a função de diretor adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique, participando na elaboração de roteiros de guiões e jornais cinematográficos. Ao longo dos anos 1990 colaborou com crônicas para vários jornais africanos e co-fundou a revista literária Charrua.

Membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, Ungulani é considerado um dos cem melhores autores africanos do século XX e recebeu prêmios como os Gazeta de Ficção Narrativa (1988), Nacional de Literatura (1991) e José Craveirinha (2007), além da Homenagem da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (2003).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Curso Gratuito de Culltura Yorubá com Certificado

A Civilização Yorubá a partir de seus Mitos e Orikis
Curso Gratuito de Cultura Africana Yorubá
Ministrante : Ivan da Silva Poli




Local : Biblioteca Pública Monteiro Lobato
Endereço : Av. Marechal Rondon, 260 - Centro - Osasco - SP

3 aulas aos sábados - 02/10, 09/10, 16/10 - das 14h às 16:45h

A proposta do curso é expor um panorama de como se estruturava a sociedade Yorubá partir da análise de Orikis (um dos gêneros literários de sua oralidade) e de como seus mitos (os nossos conhecidos Orixás) formaram e delinearam esta sociedade:

a) a estrutura social

b) o sistema econômico
c) o sistema de comunicação
d) o sistema de racionalidade
e) o sistema tecnológico
f) o sistema moral
g) o sistema de crenças
h) o sistema estético .

Também faremos uma breve incursão na diáspora Yorubá no Brasil e iniciaremos o debate de como estes mitos podem nos ter influenciado em nossa formação.
O curso é inteiramente gratuito e fornece certificado de horas de AACC ou estudos complementares para quem necessite.

Informações e Inscrições pelo e-mail:
 mahxandre@gmail.com (Marili)