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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

caboclo de lança

caboclo voa
na rua - lança
cantar de loa




Os caboclos de lança são brincantes do maracatu de baque solto (ou rural). São pessoas simples que sobrevivem do corte da cana, na zona da mata pernambucana. Eles se preparam o ano inteiro para as apresentações no carnaval. Só pra vocês terem uma idéia, a gola que eles vestem, bordada com vidrilhos e lantejoulas leva seis meses para ser confeccionada. E são os próprios caboclos que fazem o bordado. O maracatu rural é bem diferente do maracatu nação (ou de baque virado, de origem nagô). Tem uma orquestra formada por instrumentos de percussão e sopro, a música é a marcha e quando o Mestre "puxa" a loa (toada), a orquestra silencia e quando a loa termina a orquestra recomeça e os caboclos correm de um lado para o outro fazendo malabarismos com suas lanças. É lindo demais de se ouvir e ver. O colorido é belíssimo. Puxa, não dá nem pra descrever, moçada!
Foto: Fundação Joaquim Nabuco

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PS: Mudando de assunto, não se esqueça do Boal... não entendeu? É o seguinte: Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido está sendo indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Quem quiser enviar uma carta apoiando sua candidatura, (só até amanhâ, 31/01) desça algumas postagens abaixo e anote o endereço. Recado dado. Beijos.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

...enquanto isso no interior de Pernambuco...

Caboclo de lança do Maracatu Rural (ou de baque solto), em Nazaré da Mata.

Os maracatus rurais também se apresentam em Recife e Olinda. É um dos espetáculos mais belos de se ver no Carnaval. O colorido é exuberante. As evoluções, com saltos e malabarismos. As toadas (ou loas), emocionantes. E são os próprios caboclos que bordam as golas que vestem, com vidrilhos e lantejoulas (passam aproximadamente seis meses bordando). A orquestra que acompanha é formada por instrumentos de percussão e sopro, incluindo o trombone. A música é a marcha. E quando o Mestre "puxa" a loa, a orquestra silencia. Lindo lindo lindo!

Sobrevivendo do corte de cana e subempregos, os brincantes desse folguedo dão uma lição de resistência ao manter viva a tradição de sua arte.



Foto: Fred Jordão/ Imago