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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vamos ao Cinema?

01 de Abril, data de aniversário de Milan Kundera, o 'mágico' que escreveu o (um dos) livro(s) que mais me marcou: A Insustentável Leveza do ser.

Lembrei-me do dia em que fui a cinema ver o filme, lembrei-me de muitas pessoas que tenho guardadas no meu coração. Algumas delas ainda as vejo todos os dias, mas só o corpo, pois aquelas pessoas maravilhosas, que eu conheci, como diria um colega de trabalho, são passado, são museu!

Mas o que me deixou com uma lágrima ao canto do olho foi lembrar-me como era ir ao cinema dantes!

Lembram-se:
Como eram as salas? Cada sala era uma sala. O balcão, os camarotes, as frisas… e o 'galinheiro'… havia no Coliseu, era o mais barato!
Dos cinemas? Cada cinema era um cinema. Do Porto, o Coliseu, o S. João, o Trindade, o Batalha… e mais tarde, o Lumière, o Casa das Artes. O principio do fim do encantamento foi o Charlôt, no Brasília, que mesmo assim teve o seu lugar próprio sem tirar o encanto Às salas mais antigas.

E do lanterninha? Perguntem a um jovem de 18 anos se sabe o que é...

Comer no cinema? Não, no intervalo e comia-se na entrada. Agora perguntem ao mesmo jovem qual a primeira coisa que faz depois de comprar o bilhete.' Comprar pipocas', será a resposta!

Agora circulam por aí cópias dos filmes, mesmo antes das estreias, as salas de cinema mais parecem o recinto da feira no final do dia e falam, riem, enviam mensagens…. Se perderem alguma parte depois podem ver a cópia 'sacada da net'!

E agora, o Coliseu quase virou igreja universal do Reino de Deus. O Rivoli foi comprado pelo La Féria e lá podemos assistir aos seus musicais... enfim.

Mas nem tudo é mau. O Fantasporto continua no mesmo sitio, no Cine Teatro Carlos Alberto e nas salas do Lumière... ou também já não?

De resto, como se dizia antes, vai no Batalha, qe o Águia d'Ouro fechou!'

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Insustentável Leveza das Coisas



Ainda a propósito do aniversário de Milan Kundera, lembrei-me do dia em fui ao cinema ver 'A Insustentável Leveza do Ser'.
Já sei Alberto, que vai dizer que eu tenho memória de elefante. Mas é depois de ler o post. Agora diga-me por onde anda. Tenho saudades.

Vi o filme no cinema Trindade, no Porto, no meu Porto, num Sábado à tarde depois de uma frequência.
Tinhamos aulas ao Sábado, porque o nosso querido professor de Tecnologia da Electricidade, não podia prescindir do seu magnífico tacho na EDP e então, só podia dar as aulas ao Sábado. Como se aquelas aulas não pudessem ser dadas por qualquer um. Era o segundo tacho dele!
Lembro-me que esse professor ao Sábado, no fim das aulas tinha sempre o 'caderno de encargos' à espera dele. Explico, segundo as más línguas, os finalistas ( nós éramos caloiros), era a secretária dele, que também era uma amiga especial, já que ele era casado...
Bem, foi um aparte, de que me lembrei de repente.

Voltando ao dia do cinema:
Fomos todos. Éramos muitos, estávamos naquele estado em que exaustão se mistura com alívio. A forma de repor energias, foi ir ao cinema. E foi bom, muito bom.
Aquele cinema maravilhoso, o Trindade, ficamos no balcão, mesmo em frente ao ecran, sessão da tarde, com pouca gente, num tempo em que pipocas no cinema era coisa de americanos e um filme lindo!

Quando vamos ver um filme depois de ler o livro, é desilusão quase na certa. Este foi um dos 'quase', não desiludiu. Os cenários do filme eram quase os que eu vi ao ler o livro. As personagens tinham as mesmas feições, vestiam-se da mesma forma... perfeito!

Ter conhecido uma outra faceta dos meus colegas, foi outra surpresa boa. Ver aqueles aspirante as a durões... ainda 'teens' a revelarem-se pessoas sensíveis e bonitas.

Bom, a cereja do bolo, foi que tiramos todos boa nota na frequência. Bem, a minha foi a melhor... tirei 19,5!
Tenho de dizer, pois poucas mais vezes, mais uma ou duas vezes, se tanto, tirei assim uma nota tão alta. É par verem que aquela cadeira só aquele senhor era capaz de a dar e dava tão bem que punha os alunos a tirarem notas destas!

Bem, e você, Alberto, por anda? Você também foi ao cinema naquele dia, ou já não e lembra do raspanete que levamos porque não avisamos a pensar que o filme não durava tanto e chagamos a casa tarde?!


Pela Teresa, pelo Tomás, pela Sabina e por tudo valeu a pena o raspanete.

A Insustntável Leveza do Ser


Se não é o que mais, é de certeza um dos livros que mais mexeu comigo.
O filme, não deixou ficar mal o livro.

Milan Kundera faz hoje anos.
Não é mentira.