Nenhum homem é uma ILHA isolada; cada homem é uma partícula do CONTINENTE, uma parte da TERRA; se um TORRÃO é arrastado para o MAR, a EUROPA fica diminuída, como se fosse um PROMONTÓRIO, como se fosse a CASA dos teus AMIGOS ou a TUA PRÓPRIA; a MORTE de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do GÉNERO HUMANO. E por isso não perguntes por quem os SINOS dobram; eles dobram por TI - John Donne
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Blog Revisitado I
De há uns anos atrás deixo este post que não podia estar mais actualizado...
sábado, 28 de novembro de 2009
O bloqueio do MB
Feliz da vida, entro na sapataria para experimentar uma botas de cano alto, rasa, em pele castanhas. No fim a decisão foi a de sair com uns botins, em camurça, beijes e de salto alto! Tem tudo a ver...
Mas não saí, so os deixei reservados.
Eu já desconfiava, pois minutos antes tinha feito uma pequena maratona pelas redondezas em busca de um MB a funcionar. O L. esperava-me no correio, já com os selos colados nas cartas e sem dinheiro! Ah, também era preciso pagar o parque de estacionamento!
Mas não havia multibanco a funcionar. O homenzinho que estava de serviço dentro da máquina, ontem, ainda por cima era macaquinho. Deixava-no meter o cartão, dava-nos a seca da publicidade que antecede o digitar do código e depois ficava vermelho e dizia: 'Serviço indisponível. Dirija-se à caixa mais próxima.'
Depois de levar tampa de quatro caixas e de ter arranjado uma amiguinha de busca, que ainda estava em piores condições. Queria comprar postais da Unicef, não tinha dinheiro que chegasse para os que queria e tinha de levantar umas lentes de contacto. Tudo isto antes de seguir para Lisboa! Bem que deve ter ido sem elas, pois ficou com pouco mais que o suficiente para pagar o estacionamento!
Da minha parte, no correio, lembrei-me que anda sempre uma notinha de vinte euros meio abandonada dentro da agenda ( não vou dizer Moleskin para não armar ao fino!). E deu para pagar as cartas, os postais, para o estacionamento e ainda tinha dado para empresta(da)r à rapariga para que ela pudesse comprar o pack de postais que realmente queria! Olhei para a nota de cinco euros que sobrou, olhei para a rapariga e não estivesse o L. comigo e tinha ido! Queria lá saber que ela nunca mais ma desse! MAs o L. começava logo a chamar-me etária... é que ele não faz coisas bem piores, mas... gajos!
As botas ficaram guardadas na sapataria com a minha garantia de que hoje as iria buscar e a pedir à empregada que, por todos os santinhos de Braga e arredores ( que são todos!) que não as vendesse, que eu ia lá mesmo!
Desiludidas e não vencida, ainda tentei mais caixas. A desorientação era geral. Desde uma senhora a querer levantar dinheiro porque tinha de pagar uma consulta, um homem que tinha de pagar um fato na loja , a rapariga que tinha os medicamentos na farmácia à espera... e eu só pensava nas minhas botinhas!
Dei então comigo a pensar: ' Se a SIBs não resolver o problema antes do fim-de-semana, o país pára!'. Quase toda a gente paga tudo com cartão! Quase já não há máquinas manuais de visa e cheques quase já ninguém usa!
Incrível como cada vez mais dependemos de coisas tão pequeninas!
Bem. mas já há MB e as botas já cá estão. A rapariguinha é que, coitada, foi para Lisboa sem as lentes e o homem deve ter ido ao casamento de fato de treino!
Mais tarde soubeque era geral e que a desculpa era o facto de terem io pagos os subsídios e Natal e por iso haver muito ttráfego, ue provocou estebloqueio... treta!
As botas são lindas, não são?
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Economia
A crise sente-se!
Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dívidas.
Subitamente, um rico turista russo entra no foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de 100 € sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.
O dono do hotel pega na nota de 100€ e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100€, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar 100€ que devia há algum tempo, este por sua vez corre ao criador de gado que lhe vendera a carne e este por sua vez corre a entregar os 100€ a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito. Esta recebe os 100€ e corre ao hotel a quem devia 100€ pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100€. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.
Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e estes elementos da pequena vila costeira encaram agora optimisticamente o futuro.
Dá que pensar...