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24/07/11

COMÉDIAS: A MELHOR DESPEDIDA DE SOLTEIRA...e...

A vida não está para grandes gargalhadas...
a única forma de rir com gosto é ver comédia e foi o que fiz.
A MELHOR DESPEDIDA DE SOLTEIRA
Título original: Bridesmaids
De: Paul Feig
Com: Kristen Wiig, Jessica St. Clair, Terry Crews
Género: Comédia
Classificação: M/12
Outros dados: EUA, 2011, Cores, 126 min.
Annie (Kristen Wiig), quase a entrar nos quarenta, está num péssimo momento da sua vida: perdeu o namorado, a esperança num futuro feliz e acaba de descobrir que Lilian (Maya Rudolph), a sua melhor amiga, vai casar em breve.
Decidida a esquecer os seus desastres pessoais, foca toda a sua energia em ajudar a amiga nos preparativos para o grande dia.
Porém, quando Annie se depara com as intermináveis tarefas que tem pela frente assim como o estranhíssimo grupo de damas de honor que lhe calhou como parceiras de organização (Rose Byrne, Melissa McCarthy, Wendi McLendon-Covey e Ellie Kemper), quase perde a esperança de que algo de bom possa dali advir.
A vida tem as suas surpresas e os dias a preparar o casamento, assim como as mulheres que a acompanham, apesar de bizarros e muito complicados, deixarão marcas para sempre. (PÚBLICO)
Bridesmaid é oficialmente a comédia feminina com maior receita de sempre, batendo o primeiro O Sexo e a Cidade. O filme que em Portugal estreou a 14 de Julho, é produzido por Judd Apatow (Knocked Up) que se afirma cada vez mais como o senhor “comédia” norte-americano.
A Melhor Despedida de Solteira custou cerca de 32 milhões, tendo já arrecadado mais de 187 milhões. Para além de ter a aprovação do público, a comédia teve também boa receptividade pelos críticos!




Bridesmaid centra-se em Annie (Kristen Wiig), uma solteira de trinta anos que é convidada para ser a madrinha de casamento da sua melhor amiga (Maya Rudolph).
Um único problema … ela não faz a mais pequena ideia de como preparar uma despedida de solteira e muito menos socializar com as amigas ricas da sua melhor amiga.





EMPRESTA-ME O TEU NAMORADO
Título original: Something Borrowed
De: Luke Greenfield
Com: Ginnifer Goodwin, Kate Hudson, Colin Egglesfield, John Krasinski
Género: Comédia Romântica
Classificação: M/12
Advogada num dos mais importantes escritórios de Manhattan, Rachel (Ginnifer Goodwin) é bonita, jovem e emancipada.
Apenas uma nuvem negra teima em pairar sobre aquele cenário risonho: a paixão que, desde os tempos da faculdade, esconde por Dex (Colin Egglesfield) que, por sinal, é namorado de Darcy (Kate Hudson), a sua extravagante melhor amiga.
Quando Dex e Darcy decidem marcar a data do casamento, as dúvidas assaltam cada um deles e Rachel percebe que é essa relação mal resolvida que a impede de avançar nas suas ligações amorosas.
É então que, numa noite de copos a relembrar tempos passados, ela e o futuro noivo da sua amiga acabam por passar a noite juntos.
Cheia de remorsos por aquela felicidade súbita nos braços de Dex, Rachel compreende que chegou o momento de optar entre a amizade e o verdadeiro amor.


01/07/11

“TRUST - PERIGO ONLINE”



Will, Lynn e Annie Cameron (Clive Owen, Catherine Keener e Liana Liberato) são os três elos de uma família feliz da classe média americana.
Annie, de 14 anos, está a desabrochar para o amor e, após meses a comunicar com Charlie, que conheceu pela intenet, decide marcar um primeiro encontro.
Todavia, ela vai descobrir, da pior maneira possível, que ele não é o adolescente amável que dizia ser mas sim um predador sexual procurado pela polícia.
Traumatizada e sentindo-se profundamente culpabilizada, ela e a família vão ter de arranjar maneira de superar esta crise e tentar recuperar a sua vida.
Realizado por David Schwimmer ("Maratona do Amor"), um filme sobre a confiança, que retoma o tema dos riscos das amizades virtuais.
Filme actual, muito bem estruturado e com grandes desempenhos.
A destruição de toda uma família causada por um predador sexual através das redes sociais.




“Trust – Perigo Online”
realizado por David Schwimmer
(mais conhecido pelo seu trabalho enquanto actor na série “Friends”),
pega num dos temas quentes da actualidade – o abuso sexual de menores
usando a Internet como isco,
e tenta fazer um filme a partir daí, com resultados díspares.




Realizador: David Schwimmer
Argumento: Andy Bellin, Robert Festinger
Intérpretes: Clive Owen, Catherine Keener, Jason Clarke, Noah Emmerich, Viola Davis, Brandon Molale, Jordan Trovillion, Liana Liberato, Nicole Forester, Noah Crawford

Um dos 4 filmes que vi recentemente.
Não tenho abordado o tema "Cinema", mas agora vou mostrar-vos este e os outros 3 filmes que vi.

05/05/11

MÃES E FILHAS - FILME

Depois de ter visto 2 filmes com pouco conteúdo, fracos de história, comédias para divertir e pensar pouco, fui ver este MAGNÍFICO FILME:
"MÃES E FILHAS"
ADOREI.

Mães e Filhas
De: Rodrigo García
Com: Naomi Watts, Annette Bening, Kerry Washington, Samuel L. Jackson, Jimmy Smits
Género: Drama
Classificacao: M/12



Três mulheres na sua relação com a maternidade.
Há 35 anos, Karen (Annette Bening) ficou grávida com apenas 14 anos e, sem hipótese de escolha, foi obrigada a dar a sua filha para adopção.
Ela nunca conseguiu lidar com essa perda e hoje é uma pessoa amargurada e com enormes dificuldades de relacionamento.
Já a sua filha, Elizabeth (Naomi Watts), é uma advogada de sucesso focada apenas em vencer por mérito próprio e com relutância em criar laços de qualquer espécie. Enquanto isso, Lucy (Kerry Washington) sonha ser mãe e, sem conseguir engravidar, resolve finalmente partir para a adopção.
Simultaneamente confrontadas com escolhas decisivas, estas mulheres vão ver os seus destinos entrelaçados de forma inesperada.
Com argumento e realização de Rodrigo García ("Nove Mulheres, Nove Vidas"), conta ainda com a participação de Samuel L. Jackson.
PÚBLICO





O nome do colombiano RODRIGO GARCIA (filho de Gabriel García Márquez) pouco ou nada dirá aos cinéfilos portugueses - das suas quatro longas anteriores, só o atípico "Passageiros" (2008) chegou às salas - mas os amadores de séries televisiva recordarão o seu nome dos genéricos de "Sete Palmos de Terra" ou "Terapia", para as quais dirigiu e escreveu episódios.

García cruza três histórias de mulheres em Los Angeles à volta da adopção:
uma mãe solteirona (Annette Bening) que vive atormentada pela filha que teve menor e deu para adopção;
uma advogada de sucesso (Naomi Watts) que a sua condição de filha adoptiva endureceu até uma determinação maníaca;
e uma jovem profissional (Kerry Washington) incapaz de ter filhos que decide adoptar um bebé.
Em rigor, o filme aguentar-se-ia melhor sem esta última história, a mais esquemática das três; e apesar de García as fazer confluir no final, o modo como elas passam o filme a fazer tangentes umas às outras de modo quase intangível é bem mais interessante.
Evitando as armadilhas lacrimejantes, García deixa às actrizes o tempo e o espaço para construirem as personagens e, sobretudo, para nos fazer compreender as escolhas e as razões de mulheres que estão longe de serem imediatamente simpáticas.
Nenhuma delas é mais espantosa do que Annette Bening, que volta a confirmar como é uma das maiores e mais injustamente ignoradas actrizes americanas contemporâneas.
(texto/crítica retirado da net)


(texto e imagens retiradas da net)

30/04/11

RÉDEA SOLTA

NO DIA DO MEU ANIVERSÁRIO decidi ver algo que me fizesse rir...
a escolha foi: o novo filme dos irmãos Farrelly, Hall Pass - RÉDEA SOLTA!!!
Não tenho muito a dizer, não estava à espera de nada especial...vê-se!
Podem esperar um filme tipicamente “Farrelliano” com as piadas do costume...

Realizador: Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Argumento: Pete Jones, Peter Farrelly
Intérpretes: Owen Wilson, Alexandra Daddario, Alyssa Milano, Christina Applegate, Richard Jenkins, Jason Sudeikis, Jenna Fischer, Nicky Whelan, Stephen Merchant, Larry Joe Campbell, Bruce Thomas
Estreia Mundial: 2011
Estreia em Portugal: 24 de Março de 2011



Amigos desde sempre, Rick (Owen Wilson) e Fred (Jason Sudeikis) são dois homens casados que, apesar de felizes, sentem alguma nostalgia em relação às suas vidas de solteiros. Quando as suas mulheres (Jenna Fischer e Christina Applegate) se apercebem que algo não está bem com eles, tomam uma medida arriscada: dão-lhes uma semana de total liberdade, durante a qual os dois amigos poderão fazer tudo o que desejam sem quaisquer justificações ou consequências.
Porém, o que inicialmente parece um sonho tornado realidade depressa se transforma num verdadeiro pesadelo.
É que as duas mulheres também decidiram tirar a mesma semana de folga dos respectivos casamentos...
"Rédea Solta" é a nova comédia escrita e realizada pelos irmãos Farrelly, realizadores de "Doidos por Mary" ou "Ela, Eu e o Outro". PÚBLICO


ENGANA-ME QUE EU GOSTO

EM ABRIL retomei as minhas idas ao CINEMA.
A COMÉDIA "ENGANA-ME QUE EU GOSTO" foi um dos escolhidos, já chega de tristezas nas nossas vidas, daí a procura de algo que me faça rir e esquecer desgraças...



“ENGANA-ME QUE EU GOSTO” segue Patrick (Adam Sandler), um cirurgião plástico que foge a compromissos sérios, dizendo às suas conquistas que é casado e que tem filhos, de forma a evitar qualquer envolvimento mais sério.
Mas quando conhece uma rapariga e esta não acredita nas suas histórias, Patrick pede à sua assistente (Jennifer Aniston) e aos filhos dela para que finjam ser a família dele.
Mas cada vez é mais difícil mentir, e é no Hawai, onde todos decidem ir de viagem, que as suas vidas vão mudar.
Sandler é um dos vários argumentistas e também produtor do filme, juntamente com Jack Giarraputo.
A realização fica a cargo de Dennis Dugan.

ENGANA-ME QUE EU GOSTO
M12|COMÉDIA, ROMANCE|EUA
Realizador: Dennis Dugan
Argumento: Timothy Dowling, Tim Herlihy, Allan Loeb, Adam Sandler
Intérpretes: Adam Sandler, Jennifer Aniston, Brooklyn Decker, Nicole Kidman, Nick Swardson, Bailee Madison, Griffin Gluck, Dave Matthews, Kevin Nealon, Rachel Dratch




Danny é um cirurgião plástico bastante mulherengo, mas que a dada altura se apaixona por uma rapariga mais nova do que ele.
No entanto, disse-lhe que era casado mas que se estava a divorciar, e Palmer insiste em conhecer a futura ex-mulher de Danny.
Para se safar desta mentira, ele tem de pedir à sua assistente, Katherine, que faça de conta que é a sua mulher. Mas, inesperadamente, vão surgindo vários acontecimentos e as mentiras continuam a aumentar, ao ponto em que os filhos de Katherine são envolvidos. É então que toda a gente parte para o Hawaii, para um fim-de-semana que lhes irá mudar a vida.

19/02/11

ELISE CLIFTON WARD - "O TURISTA"




Este é um filme recheado de espionagem, reviravoltas, perseguições nos telhados e canais de Veneza.
Os cenários luxuosos - como o selectíssimo Hotel Danieli de Veneza -, bem como o próprio figurino e as jóias de Jolie, assim como a beleza estonteante da estrela, jogam a favor de encher os olhos do público, quem sabe, distraindo-o da falta de ritmo da aventura e da ausência de rigor geográfico de certas sequências (como a que mostra o banqueiro desembarcando directamente do aeroporto veneziano Marco Polo no canal Grande, que fica a cerca de uma hora de barco dali).
Nota-se a presença de um ex-007, o galês Timothy Dalton - aqui interpretando um contido inspector-chefe da Scotland Yard.
Ocorre que, no filme Angelina brilha muito mais do que seu parceiro. Com seus belos vestidos e joias, a inglesa Elise Clifton Ward (papel da actriz) é uma mulher elegante e misteriosa, que mantém um relacionamento com Alexander Pearce, um golpista procurado pela polícia por ter roubado US$ 2,5 bilhões de um mafioso russo. Fugindo da Scotland Yard e do gangster, Pearce se comunica com Elise por bilhetes. Num deles, pede que a amante saia de Paris e vá para Veneza, onde se passa a acção. Para despistar os seus perseguidores, Pearce pede que ela encontre um homem com características físicas semelhantes às dele.
Na carruagem do combóio, a personagem vai analisando os homens disponíveis. Como não poderia deixar de ser, todos a olham com um ar de interesse.
Ela escolhe Frank Tupelo (interpretado por Depp), um professor de matemática que está sozinho passando férias na Europa. Leitor de romances policiais e viúvo, ele se deixa levar pelo charme de Elise e a segue para um hotel cinco estrelas, sem desconfiar que está sendo usado.
Para quem gosta de filmes de acção, como eu gosto, vale a pena ver, não é nenhum daqueles filmes que vai mudar sua perspectiva sobre cinema, mas é um filme que vai divertir e entreter o espectador durante 2 horas e alguns minutos mais.
O filme tem uma boa dose de acção, mistério e um final surpreendente.
Os cenários são deslumbrantes, desde uma requintada esplanada em Paris até aos magníficos canais de Veneza o filme deu-me mesmo vontade de entrar num comboio e partir à redescoberta destas cidades, onde já tive o prazer de estar.

O TURISTA e...VENEZA

Título original:
The Tourist
De:Florian Henckel von Donnersmarck
Com:Angelina Jolie, Johnny Depp, Paul Bettany, Timothy Dalton, Steven Berkoff, Rufus Sewell, Christian de Sica
Género:Comédia, Thriller, Romance, Policial
Classificacao:M/12
Outros dados:FRA/EUA, 2010, Cores, 100 min.
Frank Tupelo (Johnny Depp), um professor de matemática americano em viagem pela Europa, é abordado por uma belíssima mulher no comboio que liga Paris a Veneza. Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) sedu-lo sem apelo nem agravo. Mas o que parece o florescer de um romance rapidamente se transforma numa perseguição que escapa ao seu entendimento e que envolve simultaneamente a Interpol e um perigoso gangue russo. E a misteriosa Elise parece querer esconder mais do que um passado sinuoso... Esta comédia policial adapta o filme de Jérôme Salle "Anthony Zimmer", com Angelina Jolie e Johnny Depp nos papéis criados originalmente por Sophie Marceau e Yvan Attal. Trata-se da segunda longa-metragem do cineasta alemão Florian Henckel von Donnersmarck, cuja aclamada estreia "A Vida dos Outros" venceu em 2007 o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. PÚBLICO





O Turista, filme com Angelina Jolie e Johnny Depp. Depp é o turista em questão, seduzido por uma infalível Angelina - ela vai usá-lo, ele vai se apaixonar e, então, ver-se envolvido em perseguições e crimes, já que terá a sua identidade confundida. O cenário é Veneza, na Itália - e Angelina, aparentemente, está sempre vestida para uma grande festa.
"O Turista" é uma promissora reunião de talentos e atracções: os astros Angelina Jolie e Johnny Depp juntos pela primeira vez; três vencedores do Oscar atrás dos bastidores - o director alemão Florian Henckel Von Donnersmarck (melhor filme estrangeiro em 2007, com "A Vida dos Outros") e os roteiristas Christopher McQuarrie ("Os Suspeitos") e Julian Fellowes ("Assassinato em Gosford Park"). Os cenários não poderiam ser mais bonitos - Paris e Veneza.
Elegância, a bem da verdade, não falta ao figurino de Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie), uma bela mulher que está sendo atentamente vigiada pela Scotland Yard em Paris. O motivo - seu ex-amante, Alexander Pearce, que deu um golpe num banqueiro gangster, Reginald Shaw (Steven Berkoff), e sumiu com bilhões. Todos querem apanhar Pearce e sabem que a bela mulher é a melhor pista.

06/02/11

BIUTIFUL - JAVIER BARDEM





JAVIER BARDEM é Uxbal, um herói trágico, pai de dois filhos, e à beira da morte. Ele luta contra uma realidade distorcida e um destino que trabalha contra ele, o impedindo de perdoar e amar. Está frente a frente com um mundo desestruturado e numa espiral decadente de degradação, mas tenta a todo custo manter a dignidade. Paralelamente, a história mostra a complexa situação dos imigrantes na Espanha.

Retirei da net esta descrição:
BIUTIFUL – “Esse é um dos filmes mais rígidos que eu já vi. É incrivelmente bem construído e é finalizado por duas cenas separadas em cada final o que o transforma em uma obra-prima. Você irá se contorcer e você irá ficar profundamente deprimido mas é tocante mesmo assim com uma mensagem espiritual notável e Javier Bardem está simplesmente maravilhoso. O tipo de filme que te assombra por dias. Vi no festival de Cannes em sua premiere mundial.”

Biutiful centra-se em Uxbal (Javier Bardem), um homem que lida com pequenos negócios de rua. Faculta mão-de-obra barata a empresas de construção civil, providenciando as pessoas necessárias para o efeito, maioritariamente chineses. Está envolvido no comércio ilegal de rua, fornecendo material aos vendedores a troco de uma pequena percentagem dos lucros, que também utiliza para corromper a policia local.
Tem dois filhos, Ana (Hanaa Bouchaib), a mais velha, e Mateo (Guillermo Estrella), o mais pequeno. A sua mulher, Marambra (Maricel Álvarez), sofre de bipolaridade e transforma a sua vida num inferno, consumindo drogas, álcool, tornando-se quase irresponsável pelos seus actos.
Uxbal vive com os seus filhos numa casa separada e é um homem de valores, mas faz o que tiver de ser feito para pôr comida na mesa.
Religioso, crente, possui o dom pouco comum de comunicar com os mortos, aproveitando para ganhar algum dinheiro em funerais.
É um pai disposto a tudo pelos seus filhos, assombrado pela própria infelicidade de nunca ter conhecido o seu pai e facilmente se ter esquecido da sua mãe que morrera quando era novo. Uma doença súbita, iniciará Uxbal numa viagem em queda livre, onde enfrentará os seus demónios em busca da redenção. Redenção essa que terá de alcançar encarando as trevas, numa espécie de tempestade antes da bonança.
Nota: imagens retiradas da net.

30/01/11

UM ANO MAIS - ANOTHER YEAR

A história de um casal de meia-idade com um casamento feliz, que vai dando apoio aos problemas dos que lhes estão próximos. O drama é narrado em quatro actos - factos distintos que combinam com as estações do ano: na Primavera, a visita de uma amiga do casal que se encontra a passar por uma crise de meia-idade; no Verão, a chegada de um amigo de longa data, alcoólatra e esperançoso por uma oportunidade no amor; no Outono, o filho do casal apresenta a nova namorada, e talvez, futura esposa; no Inverno, o irmão do protagonista tenta superar uma depressão depois do falecimento da esposa.





Um Ano Mais
Título original: Another Year
De: Mike Leigh
Com: Jim Broadbent, Lesley Manville, Ruth Sheen, Peter Wight, Oliver Maltman, David Bradley
Género: Drama, Comédia
Classificação: M/12
Outros dados: GB, 2010, Cores, 130 min.

Tom (Jim Broadbent) e Gerri (Ruth Sheen) atingiram a maturidade do amor e da felicidade, vivendo uma existência simples e descomplexada - ou, pelo menos, assim parece. O mesmo, porém, não se pode dizer daqueles que os rodeiam: uma amiga (Lesley Manville) a passar por uma crise de meia-idade, um amigo (Peter Wight) alcoólico em busca de uma nova oportunidade no amor, o filho (Oliver Maltman) com a nova namorada, o irmão de Tom, Ronnie (David Bradley), em depressão após a morte da mulher. Ao sabor das estações do ano, eles vão oferecendo conforto a quem os procura, ao mesmo tempo que vão revelando um pouco mais sobre si próprios.
O novo filme do realizador inglês Mike Leigh ("Nu", "Segredos e Mentiras", "Vera Drake") estreou a concurso na Selecção Oficial de Cannes de 2010 e acaba de ser nomeado para o Óscar de Melhor Argumento Original.

Gostos não se discutem, lá diz o ditado...mas, fui ver este filme e não achei nada de especial; uma história banal, muito parada, quase deu para dormitar...sem acção!
(fotos da net)

22/01/11

ONDINE - Uma história de vida





Regresso ao CINEMA, recordando um dos filmes que vi no mês de Novembro passado:
ONDINE
De: Neil Jordan Com: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Tony Curran
Género: Drama - Classificacao: M/12
EUA/IRL, 2009, Cores, 111 min.
Syracuse (Colin Farrell) é um pescador irlandês a travar uma luta diária contra o alcoolismo e cuja vida é inteiramente dedicada a Annie (Allison Barry), a sua única filha, gravemente doente.
Um dia encontra, presa à sua rede de pesca, uma mulher nua e assustada de nome Ondine (Alicja Bachleda).
Quando Annie a conhece, entre elas nasce um entendimento profundo e a menina percebe que existe algo de mágico na sua história que a liga às míticas "selkies", as ninfas irlandesas da água com poderes mágicos, cujo amor pelos humanos está destinado à tragédia.
Syracuse apaixona-se irremediavelmente por ela, sentindo-se cada vez mais completo e feliz. Mas, assim como toda a magia tem o seu lado negro, algo de tenebroso está para acontecer...
O mais recente filme do aclamado realizador e argumentista irlandês Neil Jordan, autor de "A Companhia dos Lobos", "Entrevista com o Vampiro", "Jogo de Lágrimas", "Breakfast on Pluto" ou "A Estranha em Mim".
MARAVILHOSAS PAISAGENS DA COSTA DA IRLANDA.

19/12/10

FILME: IMPARÁVEL





Outra 6ª feira e mais uma sessão de cinema.
Há algum tempo que tinha na ideia ver este filme, só que a crítica era demasiado negativa e fez-me pensar duas vezes. No entanto o bichinho estava cá dentro, pois filme com Denzel Washington raramente perco.
A crítica dizia: …”Tudo na premissa grita filme de acção descartável empolado até à quinta casa em termos de orçamento e efeitos perfeito para desperdiçar uma tarde de fim-de-semana, "thriller" funcional à medida de vedeta em velocidade de cruzeiro”...
Mesmo assim decidi ir e gostei, um filme cheio de acção e com o excelente desempenho de Denzel Washington, como já estou habituada.
Também gosto imenso de ver filmes baseados em factos verídicos, e este é.
Denzel já referiu várias vezes que não entra em qualquer filme, é ele que escolhe em quais quer ser protagonista ou não, e é por isso que tem tanto sucesso.
Denzel sempre foi assim: Exigente! Adjectivo este ao qual dou muito valor!

Frank (Denzel Washington) é um engenheiro veterano de uma companhia ferroviária que, depois de 28 anos em serviço, está a pouco tempo de ser dispensado.
Will (Chris Pine) é um maquinista recém-contratado, pouco motivado com o trabalho mas com noção do seu dever. Dois homens que, apesar de estarem em momentos opostos das suas vidas, terão os seus destinos cruzados quando um comboio de carga cheio de combustível e gás venenoso se dirige, desgovernado, a uma cidade de 100 mil habitantes, vaporizando tudo pelo caminho. Os dois terão assim de pôr de lado as suas diferenças e, em contra-relógio, arriscar tudo para evitar a catástrofe.
Com realização de Tony Scott ("Homem em Fúria", "Assalto ao Metro 1 2 3") e argumento de Mark Bomback, é baseado em factos verídicos ocorridos em 2001, no Ohio, EUA.
“Unstoppable” é o novo thriller de Denzel Washington. O filme conta ainda com Chris Pine (Star Trek) e Rosario Dawson nos principais papéis.
«IMPARÁVEL» é o quinto filme que Denzel Washington protagoniza às ordens do realizador britânico Tony Scott, seguindo-se a «Maré Vermelha», «Homem em Fúria», «Déjà Vu» e «Assalto ao Metro 123». A ele juntam-se no elenco Chris Pine, Rosario Dawson e Kevin Dunn.

11/12/10

MANOEL DE OLIVEIRA - ANIVERSÁRIO



MUITOS PARABÉNS MANOEL DE OLIVEIRA.
Fui buscar esta imagem à net.
Gosto particularmente dela porque é a preto e branco e porque nos mostra um Manoel de Oliveira pensativo.
Este sábado, dia 11 de Dezembro de 2010, o realizador português, ainda no ativo, Manoel de Oliveira completa 102 anos de idade.
O realizador, que apresentou esta semana em Serralves a sua mais recente curta-metragem "Painéis de São Vicente de Fora, visão poética", vai passar o aniversário na companhia da família, no Porto, a descansar.
Manoel de Oliveira passará um dia "recatado", com um jantar em família e com filhos, netos e bisnetos a celebrarem a longevidade do mais velho realizador do mundo ainda a trabalhar.
No domingo, Manoel de Oliveira já irá estar em Santa Maria da Feira a convite do Festival de Cinema Luso-Brasileiro, que o homenageia, para apresentar o mais recente filme que rodou, "O estranho caso de Angélica".
Sobre este último filme foi escrito no jornal norte-americano New York Times que é "um presente de um realizador que, aos 101 anos,é quase tão antigo como o próprio cinema".
Sempre com o espírito aberto, Manoel de Oliveira disse ainda esta semana aos jornalistas que espera ainda irá realizar muitos filmes e projetos antes de "passar desta para a outra". "Tenho vários projetos que têm de ser feitos. Uma ideia que gostava de filmar é o quadro "A ronda da noite" que é [também] o último livro de Agustina Bessa Luís", afirmou.

Realizador mais velho do mundo em actividade, autor de trinta e duas longas-metragens, Manoel de Oliveira provém de uma família da alta burguesia nortenha, tendo antepassados fidalgos. Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Admite ter sido sempre mau aluno. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara, e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa do Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, e outros.

Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independente da reacção dos críticos.
Apesar dos múltiplos condecorações em alguns dos festivais mais prestigiados do mundo, tais como o Festival de Cannes, Festival de Veneza ou o Festival de Montreal, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta. Durante o Festival de Cannes em 2008, foi congratulado e felicitado pessoalmente pelo actor norte-americano Clint Eastwood.
Os seus actores preferidos, com quem mantém uma colaboração regular são Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Rogério Samora, Miguel Guilherme, Isabel Ruth e, mais recentemente, o seu neto, Ricardo Trepa. Não são também alheias as participações de actores estrangeiros, como Catherine Deneuve, Marcello Mastroianni, John Malkovich, Michel Piccoli, Irene Papas, Chiara Mastroianni, Lima Duarte ou Marisa Paredes.

ENTREVISTA A ABBAS KIAROSTAMI



Como já escrevi no post anterior, ontem foi dia de cinema e, por norma vou sempre aos cinemas do El Corte Inglês, porque só tenho que atravessar a rua...
Mas, para ver a Juliette Binoche, eu vou onde for preciso e desta vez tive que ir de metro até ao Saldanha, diga-se de passagem que é uma confusão andar por aqueles labirintos subterrâneos na estação do Saldanha; e fui ao MONUMENTAL, pois era aí que estava o filme que eu queria ver.
Desde que tinham feito as obras neste centro comercial, já lá vão quase 2 anos, eu nunca mais lá tinha ido e fiquei agradavelmente surpreendida, pela positiva, com as melhorias que verifiquei. Está um espaço muito simpático e acolhedor, moderno q.b.
O que mais me impressionou foi no espaço dedicado à música para relaxar, encontrei um piano que tocava sozinho...FANTÁSTICO!!!Ali fiquei, olhos postos nas teclas que sozinhas iam-se movendo conforme o som, ainda reparei que o piano tinha 3 pedais e eles também mexiam, bem...foi o máximo.
Se não fosse as horas voarem, tinha ficado ali, sentada a ver e ouvir aquele espectáculo. Que maravilha!!!

Voltando ao filme, a actiz Juliette Binoche falou em 3 idiomas todos correctamente: francês, italiano e inglês.

Junto uma entrevista feita ao realizador ABBAS KIAROSTAMI:

Para o seu novo filme, Cópia Certificada/Copie Conforme, o cineasta iraniano Abbas Kiarostami deslocou-se a Itália, à Toscânia. Nas suas deslumbrantes paisagens, ele encena o encontro de uma francesa (Juliette Binoche), proprietária de uma galeria, e um inglês (William Shimell), escritor a promover o seu livro mais recente: é um diálogo marcado pelas diferenças e cumplicidades das relações humanas.
Esta é a conclusão de uma conversa, registada no último Festival do Estoril, que serviu de base a uma entrevista publicada no Diário de Notícias (18 de Novembro).

Pensando no seu filme Shirin (sobre uma plateia de mulheres que assistem a um filme), será que esse ritual tem, sobretudo, uma dimensão feminina?
Sim, existe uma comunidade das mulheres que é diferente e nem sequer sinto necessidade de justificar a resposta. Não tenho nenhuma prova nem nenhum manifesto a apresentar. É aí que reside toda a beleza e complexidade da nossa existência.

Como foi o trabalho com Juliette Binoche? Houve margem para alguma improvisação?
Creio que há duas dimensões desse trabalho: uma escrita, outra espontânea. Na verdade, sinto-me ainda demasiado próximo do filme, preciso de mais tempo para avaliar tudo isso. Em todo o caso, se o filme tem algum valor e interesse, creio que decorre da proximidade que existe entre Juliette, enquanto mulher, e a sua personagem.

Esse tempo de que precisa leva-o, por vezes, a descobrir aspectos dos seus filmes que, afinal, desconhecia?
Não diria descobrir, mas é, de facto, possível ter um olhar de natureza diferente. Digamos que, face a Cópia Certificada, tenho ainda um olhar de técnico, não consigo ter o espírito virgem do espectador. Pergunto-me se o filme está bem feito ou não, se tem a boa duração, como funcionam as cenas, se devia ter posto música ou não...

Em vários dos seus filmes, há personagens de cineastas: podemos deduzir que são personagens com alguma dimensão autobiográfica?
Se há tantos cineastas nos meus filmes, isso quer dizer que me faltou imaginação para transformar essas personagens observadoras em marceneiros ou escritores. Por isso, devo também dizer que todos os filmes que fiz são inspirados em situações que eu próprio testemunhei.

E em quase todos os filmes, há cenas de personagens a conversar em automóveis em movimento...
Gosto muito do espaço fechado de um automóvel porque envolve uma intimidade que, de alguma maneira, nos é imposta. Além disso, agrada-me que essa intimidade seja vivida em movimento. Não é preciso “parar” o tempo, como quando falamos numa sala: é como se nos deslocássemos paralelamente ao tempo e à vida... Já respondi muitas vezes a essa questão, mas só agora me apercebi de outro aspecto: é o valor do silêncio no interior do automóvel. Numa conversa como esta, um momento de silêncio pode ser embaraçoso: olhamos para o relógio e dizemos que é preciso ir embora. Dentro de um automóvel, é como se o silêncio fosse legítimo: a cada interrupção, cada um olha a paisagem e, um pouco mais tarde, o diálogo pode ser retomado de forma natural.

Talvez possamos, um dia, gravar uma entrevista num automóvel.
É sempre melhor! No Irão, com os meus alunos isso acontece-me muitas vezes. Por vezes, não tenho tempo para falar com eles. Como sei que todos os dias, devido ao trânsito em Teerão, sou obrigado a fazer uma hora de automóvel, digo para aparecerem em minha casa e fazermos o trajecto juntos. Os alunos ficam sempre encantados e dizem-me mesmo que essas conversas são mais produtivas que as aulas.

11/08/10

VENCEDOR DO FESTIVAL INDIE LISBOA 2010

Desta vez a minha escolha recaiu num filme que não é sinónimo de sucesso de vendas de bilheteira do cinema americano. Um filme diferente:
VÃO-ME BUSCAR ALECRIM
Título original: Go Get Some Rosemary
De: Ben Safdie, Joshua Safdie
Argumento: Joshua Safdie, Ben Safdie, Ronald Bronstein
Com: Ronald Bronstein, Sean Williams, Eléonore Hendricks
Género: Comédia Dramática
Classificacao: M/12 EUA/FRA, 2009, Cores, 96 min
Lenny (Ronald Bronstein) é um nova-iorquino divorciado e pai de dois rapazes. Durante apenas duas semanas por ano, tem a guarda dos filhos Frey (Frey Ranaldo), de sete anos, e Sage (Sage Ranaldo), de nove. Apesar de todo o amor que lhes dedica, Lenny tem uma vida desregrada, não conseguindo assumir a responsabilidade que duas crianças exigem. Dessa forma, e apesar do seu esforço genuíno, essas semanas acabam por ser uma aventura no limiar da irresponsabilidade, entre o riso e a inquietação.
Escrito e realizado pelos irmãos Josh e Benny Safdie, é inspirado na infância dos realizadores na cidade de Nova Iorque sendo uma homenagem ao seu próprio pai. Estreou em 2009 na quinzena dos realizadores de Cannes 2009 e foi o filme vencedor do Festival IndieLisboa2010.

Os críticos de cinema fazem esta apreciação:
Vasco Câmara - 5 estrelas;
Luis Miguel Oliveira - 4 estrelas.
É refrescante a forma de filmar a infância assim: o caos total.
Neste panorama, é refrescante encontrar um filme que, como "Vão-me Buscar Alecrim", seja capaz de filmar a história (disfuncional) de um pai divorciado (um "pai solteiro") e dos seus dois filhos desta maneira: caos total, a linha da irresponsabilidade cruzada mais do que uma vez, e no entanto...
E no entanto, a relação entre aqueles três exala uma autenticidade sentimental comovente, uma espécie de felicidade acossada menos pelos sucessivos desastres do que pela maneira condenatória como o mundo (os "outros") olha para os desastres.
Quer dizer, "Vão-me Buscar Alecrim" é a história de um "pai-herói", mas cuja heroicidade só é (só será, um dia) reconhecida pelos filhos. Toda a gente, todos os adultos, dos professores da escola à mãe das crianças, vê naquele homem apenas um irresponsável eventualmente perigoso; mas aqueles dois miúdos, Sage e Frey, quando crescerem, farão muito provavelmente um filme sobre o pai (que até é projeccionista e lhes mostra filmes, em película e tudo).
Assim o fizeram, pelo menos, Joshua e Benny Safdie, dois nova-iorquinos de vinte e poucos anos: "Vão-me Buscar Alecrim" é a autobiográfica homenagem ao pai de ambos. Podemos acreditar facilmente nesta Manhattan de "hot-dogs" e jardins, apartamentos atravancados, tascas e lojinhas - podemos acreditar que é nesta Manhattan que as pessoas, de facto vivem.
(texto do publico-online)


Longe de Manhattan: o plano final, supra-sumo da melancolia desafectada com que os Safdie filmam esta história, sugere que talvez do outro lado do rio, não muito longe mas suficientemente longe dali, o pai e os dois filhos encontrem o que lhes falta, o tempo e o espaço.


Os irmãos Safdie, realizadores de Vão-me buscar Alecrim, descobrem um novo ângulo, que não é mais do que uma visão pessoalíssima da Nova Iorque que os viu crescer.
Vão-me buscar Alecrim ganhou o prémio principal da última edição do Indie Lisboa. É uma homenagem ao pai e à própria cidade, com fortes traços autobiográficos. Esclareça-se: aqueles dois irmãos reguilas, interpretados por Serge e Frey Ranaldo (filhos de Lee Ranaldo dos Sonic Youth
), não são mais do que os próprios realizadores. E muito do que o filme mostra aconteceu-lhes mesmo.
De certa forma, é uma história de amor paternal, de um pai que se confunde com um irmão mais velho, numa paixão assolapada, imatura mas consistente pelos filhos. Tal faz com que o seu amor nunca seja posto em causa, mesmo quando, de forma imprudente ou negligente, põe a vida das crianças em risco, através do uso imponderado de soporíferos. Perdoamos imediatamente aquele pai, assim como os próprios filhos o fazem ao realizarem este carinhoso filme. Até porque, muito provavelmente, também o pai, que era projeccionista, influenciou as suas vocações.
Logo no início do filme, a câmara, aparentemente distraída, encontra, como por acaso, um homem, que acaba por ser o protagonista. Depois de comprar um cachorro quente, salta uma vedação do Central Park e tropeça, deixando cair a salsicha e tudo o resto. Ri-se sozinho, como se fosse um tolo. E assim fica retratada a personagem brilhantemente interpretada por Ronald Bronstein, um grande actor que nem sequer actor é (os irmãos Safdie levaram o espírito independente ao extremo de convidar o seu editor de imagem para actor principal). Percebemos que Lenny está apenas feliz porque chegou a altura do ano em que fica com os filhos.
Aquela vedação do Central Park, em que ele tropeça, é o que o separa da zona fina de Upper Manhatan, onde os filhos vivem tranquilamente com a mãe. Os miúdos são uns traquinas, capazes das maiores tropelias, como carregarem uma bisnaga de urina e disparem contra o babysitter. Mas o pai não lhes fica atrás, com o seu carácter hiperactivo, acriançado, irresponsável. Mostra uma envolvência física e emocional com os filhos, como um leão com as suas crias.
Assim é transmitida uma sensação de felicidade louca e espontânea, como de uma paixão, apesar de os resgatar de uma casa luxuosa, para um apartamento minúsculo da zona baixa da cidade.
A personagem, tal como nós, não se conforma com o fim daqueles dias, num tempo em que a custódia era mal dividida entre divorciados. E, mais uma vez, aceitamos o que o que aparentemente é condenável: o pai, que serve para quase tudo menos para ser pai, rapta os filhos, e parte, de frigorífico às costas, com as crianças debaixo dos braços, no esplendoroso teleférico de Roosevelt Island. (cena hilariante...)

E até acreditamos que a viagem não acaba logo ali, do outro lado do rio, mas apenas numa nuvem dos céus de Manhattan.
(texto e imagens da net)

01/05/10

NICHOLAS SPARKS - FILME


Juntos ao Luar
Título original: Dear John
Argumento: Jamie Linden
Género: Drama, Guerra
Classificacao: M/12
EUA, 2010, Cores

John Tyree (Channing Tatum) é um soldado em licença e de visita à cidade natal. Savannah Curtis (Amanda Seyfried) é uma estudante a passar aí as férias de Verão. Depois de um inesquecível encontro e de duas semanas de entrega total, nasce entre os dois um amor profundo que tentará, durante anos, resistir à ausência e solidão que a distância pressupõe.
Com apenas alguns encontros fortuitos, o seu amor ganhará forma e força através das centenas de cartas trocadas, e ambos vivem para o momento do reencontro.
Mas as longas separações vão cavando um fosso difícil de transpor e quando, após o tão desejado regresso a casa, se dá a tragédia do 11 de Setembro, John decide realistar-se no Exército.
É então que Savannah toma uma resolução que irá mudar, para sempre, as suas vidas. Mas significará esta separação o fim de um amor verdadeiro?
Baseado no "best-seller" de Nicholas Sparks, um drama com a assinatura de Lasse Hallström ("As Regras da Casa"," Chocolate", "The Shipping News", "Uma Vida Inacabada").
(PÚBLICO)
Mais uma ida ao cinema, e de seguida vi 2 filmes, cujas histórias são baseadas em "best-sellers" de Nicholas Sparks.

14/02/10

AFINAL, TUDO PODE MESMO DAR CERTO...

Tudo Pode Dar Certo
Título original: Whatever Works
EUA/FRA, 2009, Cores, 92 min.

Hoje – “Dia dos namorados” tinha que fazer referência ao amor, daí que resolvi partilhar com todos vós, o filme que vi esta semana: “Tudo pode dar certo
Boris Yelnikoff (Larry David) é um génio da física que sofre de insatisfação crónica e desprezo pelo género humano. Depois de perder a mulher num divórcio, um prémio Nobel e de quase ter perdido a sua própria vida numa tentativa de suicídio mal sucedida, resolve dar largas à sua misantropia e isolar-se numa pequena casa na cidade de Nova Iorque. Um dia encontra à sua porta Melody (Evan Rachel Wood), uma jovem fugitiva do Mississípi, cuja inocência e alegria de viver contagiante contrastam com o cinismo do cientista. Com o passar do tempo a doce rapariga instala-se em sua casa e invade a sua vida, preenchendo todas as lacunas do insatisfeito Boris. As suas vidas parecem perfeitas até ao dia em que os pais dela resolvem aparecer e revolucionar tudo à sua volta...Uma comédia romântica sobre os encontros e os desencontros amorosos, que marca mais um regresso de Woddy Allen.


Tenho “quase” a certeza que o 1º filme que vi de Woody Allen foi o soberbo "Match Point", daí em diante fiquei fã dos seus filmes e não perco um que seja.
A história baseia-se no romance central (entre David no papel de um intelectual resmungão e uma soberba Evan Rachel Wood no papel de uma ingénua sulista caída de pára-quedas em Nova Iorque de quem ele vai ser um misto de mentor intelectual e amante incrédulo).
Há um excelente trabalho fotográfico de Harris Savides, todo feito de subtis variações de luz e sombra.
Afinal, tudo pode mesmo dar certo...
Isto não é a típica comédia romântica, ao contrário do que acontece normalmente, aqui o rabugento não deixa de ser rabugento, mantém-se fiel a todos os seus príncipios.
...só interpretável por quem não se encaixa na noção de "verme" como a personagem chama à maioria do mundo. Está um degrau bem acima de todos os efeitos especiais ou histórias típicas, pelo menos, para mim.

24/01/10

NAS NUVENS

Huuummm, que saudades eu já tinha de ir ao cinema!!!
Desta vez a minha escolha recaiu em:
Nas Nuvens
Título original: Up in the Air
Género: Comédia, Drama
Ryan Bingham (George Clooney) é um quarentão com fobia ao compromisso. A sua especialidade é despedir pessoas, reformulando as necessidades empresariais com vista à maximização de recursos. Por isso, está sempre a viajar em trabalho (com uma bagagem minimalista que leva para todo o lado), facto que aproveita para saciar a sua compulsão em coleccionar milhas aéreas. Porém, quando está prestes a atingir o objectivo das dez milhões de milhas como cliente regular, o patrão decide aplicar a Ryan o seu próprio conceito de maximização de recursos e mudar o método de trabalho, fazendo-o cumprir as suas funções através de vídeo-conferência. A ideia de estar confinado a um escritório seria a mais aterradora de toda a sua carreira, não fosse algo ter mudado: Ryan acabou de conhecer Alex Goran (Vera Farmiga) e agora a perspectiva de assentar e começar uma família parece muito menos assustadora.
Baseado no romance homónimo de Walter Kirn, é a terceira longa-metragem de Jason Reitman, depois de "Obrigado por Fumar" (2005) e "Juno" (2008), foi nomeado para seis das principais categorias dos Globos de Ouro: melhores filme dramático, realizador, argumento, actor dramático (Clooney) e duas nomeações na categoria de melhor actriz secundária (Vera Farmiga e Anna Kendrick).
Também vi "Juno" deste mesmo realizador.


George Clooney é mais do que só charme num belíssimo filme sobre a ilusão das aparências…
George Clooney podia não ter feito mais nada na sua vida que bastaria "Nas Nuvens" para perceber como, por trás da fachada de solteirão "bon-vivant" e sedutor, há um actor extraordinariamente inteligente a trabalhar. Porque o filme de Jason Reitman é precisamente sobre a ilusão das aparências, como fica explicado quando a personagem de Clooney, Ryan Bingham, dá por si a transportar nas suas viagens profissionais um recorte em cartão da irmã e do noivo para fotografar por onde for passando - eles não têm dinheiro para viajar e as fotografias tornam-se numa espécie de memória daquilo que se queria fazer mas nunca se fez.
Bingham é executivo de uma empresa de "transição" (eufemismo para "despedimentos") que passa 320 dias em cada ano "na estrada", a viajar de empresa em empresa para licenciar empregados com um toque pessoal e dá palestras motivacionais sobre a bagagem que transportamos.
Entretanto surge uma nova executiva que tem uma ideia que vai revolucionar o mercado das empresas de "transição": despedir à distância, via novas tecnologias.
É uma fita sobre a ilusão das aparências, sobre a sedução de viver nas nuvens - e do choque que pode ser quando o avião aterra. É, já se percebeu, um grandíssimo filme, prova que ainda é possível a Hollywood fazer cinema de primeira classe na melhor linhagem clássica.
Por: Jorge Mourinha (PÚBLICO)

Acho que foi uma bela escolha. Recomendo.

14/10/09

MARIDO POR ACIDENTE


Quando me sentei na sala de cinema, estava longe de imaginar que iria ver a apresentação de 2 filmes musicais – “Fama” e “This is it”. Adorei!!!
Fantásticos momentos com muito ritmo, como não podia deixar de ser.
Fui a conselho de uma amiga, que me disse ser um filme indicado para dar umas boas gargalhadas, pois é de “rir” que nós precisamos. Uma comédia romântica.
Não era bem este o filme que tinha na ideia ver, há uma lista de quatro à frente deste, mas tive que me sujeitar aos horários e ao local e, por isso, lá fui ver “Marido por acidente”.


Gosto de ver trabalhar Uma Thurman, voltei a ver Isabella Rossellini num papel secundário como tinha visto há pouco tempo, também num outro filme.
A novidade neste filme foi reparar que “Bollywood” veio para ficar, desde o êxito de “Slumdog Millionaire”, pois no filme há uma cena longa de uma festa indiana e durante o filme pude ouvir 6 canções indianas, no género das que tocavam em “Caminhos da Índia”.
Emma Lloyd (Uma Thurman) é uma especialista em matérias do amor num programa de rádio de muito sucesso cujos conselhos têm um peso efectivo nas vidas dos seus ouvintes. Um dia, recebe uma chamada de Sofia (Justina Machado), uma jovem que se lastima da sua relação amorosa e que é então aconselhada por Emma a terminar o seu noivado e seguir em frente com a sua vida. Mas Patrick (Jeffrey Dean Morgan), o ex-namorado de Sofia, não se conforma e decide vingar-se da mulher da rádio que, segundo ele, é única responsável pelo sucedido. Então, com a ajuda de um amigo perito em computadores, muda os dados sobre o estado civil de Emma no registo central. E quando esta decide casar com Richard (Colin Firth) e fazer a festa dos seus sonhos, descobre que afinal já é casada... com Patrick!

Oops. Será que alguém se pode esquecer acidentalmente que já tem um marido? Pelo menos nunca a Dra. Emma Lloyd, também conhecida como “A Médica do Amor”. Mas quando Emma receita sem pensar alguma da sua “canja para o coração” através das ondas da rádio, e uma fiel ouvinte segue os seus conselhos, a vida amorosa do bombeiro Patrick Sullivan (Jeffrey Dean Morgan) extingue-se subitamente. Agora, Patrick quer vingar-se, e depois de ler no jornal a notícia do iminente casamento da boa doutora, descobre a maneira perfeita de o fazer: basta uma apresentadora que sabe tudo, um furioso bombeiro nova-iorquino, um ás dos computadores capaz de entrar no sistema da Câmara, e já está! Emma não pode casar, porque já tem marido… precisamente Patrick! Recheado de muita paixão e imensas faíscas, MARIDO POR ACIDENTE prova que um louco e ardente amor pode deitar por terra um parceiro fiel mas tolo, num simples minuto nova-iorquino. Uma divertida comédia romântica que é uma sentida carta de amor a Manhattan e um tributo ao romance, onde quer que apareça!
(parte do texto e imagens retiradas da net)