Na cidade me puseram muito cedo.
Sempre gostei mais dos campos abertos,
das descobertas em pleno sol, sob o mistério das cigarras.
A medo caminhava pelas calçadas.
Gente, muita gente.
A mão que, por vezes, se via desacompanhada.
A lágrima, o desconforto.
Árvores, terra, o cantar da água nos regos...
A figueira sobre o tanque numa névoa de limos verdes pela manhã.
Os cheiros fortes e as imagens do estábulo com ecos de mugidos das vacas.
A cidade era hostil.
Com cheiros bons, no entanto; imagens ternas de mulheres.
Os meus olhos e os meus sentidos todos a render-se...
A recordação de uma terra cada vez mais distante,
do sol.
1 comentário:
A candenguice/meninice amarra-se muito nos olfactos em termos de memória, chega-se a tudo para conhecer o falar das seivas, embora depois estejamos acostumados mais a valorizar o acto de ver, que exige distância e alguma perda. Bela escrita recordação!
Bj
Gabriela
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