Olá,
Hoje escrevo-vos mais rapidamente do que o costume porque como o Kouchner está por estas bandas aumentou a legitimidade da pergunta de um dos leitores da minha última carta que queria saber se eu sei quando é que os Estados Unidos vão atacar o Irão.
Isto porque como vocês sabem foi o Kouchner que recentemente causou palpitações através do mundo quando disse que com o Irão a escolha é simples: Ou sim ou sopapos. Presumo que o o Kouchner veio aqui para discutir, entre outras coisas a possibilidade de ter que se escolher a segunda opção.
O irónico de tudo isto é que desta vez teve que ser Washington a dizer que não, não é bem assim, não só mas também etc.
Mas, para responder directamente à pergunta do amigo que queria saber se os EUA vão ou não bombardear os ayatollahs a resposta é simples: não sei e não creio que neste momento haja alguém que saiba porque tal a decisão (ainda?) não foi tomada.
O que sei é que o Pentágono tem planos prontos. Não porque tenha alguma garganta funda dentro do referido edifício mas sim porque as autoridades militares americanas já o confirmaram há vários meses afirmando que o Pentágono tem planos para “eventualidades” em várias partes do mundo pois… homem prevenido vale por dois e ao fim e ao cabo é para isso que se paga aqueles generais todos
Mas o que eu vos posso dizer é que se houver um ataque ao Irão não esperem uma operação cirúrgica, tipo ataque israelita ao complexo nuclear do Saddam Hussein ou tipo recente ataque ao armazém de armas norte-coreanas acabadas de chegar num navio com a bandeira falsa da Coreia do Sul (O querido líder tem lata!) ao país do Jovem Assad.
O que se pode esperar em caso de ataque ao Irão é isto: Pelo menos 30 dias de bombardeamentos como nunca foram vistos anteriormente. Isto porque seria loucura bombardear os complexos nucleares e depois esperar que os ayatollahs virassem pacifistas e começassem a cantar Grândola Vila Morena terra da fraternidade e propusessem a paz universal.
Assim serão precisos muitos dias para atacar e destruir não só os referidos complexos nucleares (espalhados pelo pais) mas também todos os centros de comando, comunicações, posições de radar, bases aéreas, bases navais e complexos importantes da Guarda Revolucionaria e exercito
Esses bombardeamento usariam (usarão?) todo o tipo de mísseis vistos e não vistos, B-52, B-1 e ainda o possível uso de forças especiais pelo deserto adentro para levar a cabo algumas operações cirúrgicas.
Mas a pergunta que importa fazer ao Kouchner e aos Yankees é esta: E depois de se arrasar o Irão em um mês ou se for necessário destruir totalmente o pais em 35 dias o que fazer?
O que fazer quando os tipos de pneu de lambreta na cabeça no Líbano começarem a disparar Katyushas e outras coisas sobre Israel? Ou quando os tipos de pneu de lambreta na cabeça do Iraque começarem uma ofensiva no sul e Bagdad? Trazer de volta a Guarda Republicana do Saddam? O que fazer com o Irão destruído? Ocupá-lo? Com que tropas? Francesas?
O Iraque ensina que se os Estados Unidos têm hoje a força e os meios para derrotar qualquer força numa guerra convencional não têm a capacidade para ocupar e construir um pais. Essa capacidade acabou no Japão e Alemanha no final da segunda guerra mundial. Poderiam repetir isso mas não há vontade política para tal. Hoje os Estados Unidos têm no Iraque tantos homens como Portugal tinha no auge da guerra colonial em África e não têm capacidade nem a vontade para os manter lá por tempo indefinido.
O que levanta certas perguntas. Como aquelas sobre o Irão. O que leva também àquela frase do Napoleão que todos deviam aprender na primeira aula de estratégia militar e que espero o Kouchner conheça: “Se se decidir tomar Viena então é preciso ocupar Viena”.
Abraços,
Da Capital do Império,
Jota Esse Erre
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quinta-feira, 20 de setembro de 2007
domingo, 20 de maio de 2007
Um trânsfuga de alta-voltagem chamado Bernard Kouchner
Membro proeminente do staff da candidatura de Ségolène Royal, o French doctor alude a desemprego para explicar aceitação de convite de Sarkozy todo-o-terreno...
Ele foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi esquerdista e, nos anos 80, depois de ter criado a mundialmente famosa ONG, Médicos sem Fronteiras, foi progressivamente escorregando para a direita. Ajudou a fundar o Partido dos Radicais de Esquerda, que mudou de sigla para ser aceite pelos socialistas no poder. Depois saiu e colou-se a Michel Rocard, quando este tinha força política e foi primeiro-ministro. Nunca se comprometendo muito foi participando em vários governos PS, foi deputado europeu e membro de alta voltagem do Tout-Paris, com Cohn-Bendi a pensar fazer dele o sucessor avisado de Rocky depois da entronização de Lionel Jospin como n° 1 do PSF.
Com 67 anos e no desemprego técnico, Kouchner atira com tal estatuto para defender a sua colagem à nova direita incarnada pelo frenético e apocalíptico Sarkosy, um émulo refinado de GW Bush, mas com sonhos europaistas contraditórios. Escravo do grande capital, o Financial Times lançou já sérias dúvidas sobre o seu( N.Sarkosy) programa económico. Mas ele é capaz de tudo e do contrário, com a aparência de um maquiavel de bairro chique e bimbo...Clicar aqui para ler relato do Libération.
Quando a jornalistagem pariseense começou a descobrir que Kouchner estava a ser aliciado por Sarkosy, com a confirmação via a France Press, os dirigentes do PS francês não queriam acreditar e começaram a descompô-lo ao telefone. D.Strauss-Khan, o grande e pérfido rival de Ségo, fala de "traição a si próprio" para explicar a atitude de Kouchner. Este dizia na campanha que Sarkosy "não tinha vergonha em pescar nas águas da extrema direita" e dava-o como "particularmente perigoso e completamente irresponsável" pelas expressões do PR agora eleito sobre a pedofilia.
"«Trahison». Plus acerbe, DSK a jugé que «ce n'est pas obligatoirement la meilleure solution pour quelqu'un qui a été ministre de la gauche de servir aujourd'hui une politique qui ne peut pas être la même». Pointant «le risque d'une trahison de soi-même». D'autres mettent en avant les propos que l'ex-ministre de la Santé a tenus, durant la campagne. Kouchner parlait-il de Sarkozy comme d' «un homme qui n'éprouve aucune honte à pêcher dans les eaux de l'extrême droite». Le présentant aussi comme «singulièrement dangereux, voire complètement irresponsable» quand il commentait ses propos sur la pédophilie."
FAR
Ele foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi esquerdista e, nos anos 80, depois de ter criado a mundialmente famosa ONG, Médicos sem Fronteiras, foi progressivamente escorregando para a direita. Ajudou a fundar o Partido dos Radicais de Esquerda, que mudou de sigla para ser aceite pelos socialistas no poder. Depois saiu e colou-se a Michel Rocard, quando este tinha força política e foi primeiro-ministro. Nunca se comprometendo muito foi participando em vários governos PS, foi deputado europeu e membro de alta voltagem do Tout-Paris, com Cohn-Bendi a pensar fazer dele o sucessor avisado de Rocky depois da entronização de Lionel Jospin como n° 1 do PSF.
Com 67 anos e no desemprego técnico, Kouchner atira com tal estatuto para defender a sua colagem à nova direita incarnada pelo frenético e apocalíptico Sarkosy, um émulo refinado de GW Bush, mas com sonhos europaistas contraditórios. Escravo do grande capital, o Financial Times lançou já sérias dúvidas sobre o seu( N.Sarkosy) programa económico. Mas ele é capaz de tudo e do contrário, com a aparência de um maquiavel de bairro chique e bimbo...Clicar aqui para ler relato do Libération.
Quando a jornalistagem pariseense começou a descobrir que Kouchner estava a ser aliciado por Sarkosy, com a confirmação via a France Press, os dirigentes do PS francês não queriam acreditar e começaram a descompô-lo ao telefone. D.Strauss-Khan, o grande e pérfido rival de Ségo, fala de "traição a si próprio" para explicar a atitude de Kouchner. Este dizia na campanha que Sarkosy "não tinha vergonha em pescar nas águas da extrema direita" e dava-o como "particularmente perigoso e completamente irresponsável" pelas expressões do PR agora eleito sobre a pedofilia.
"«Trahison». Plus acerbe, DSK a jugé que «ce n'est pas obligatoirement la meilleure solution pour quelqu'un qui a été ministre de la gauche de servir aujourd'hui une politique qui ne peut pas être la même». Pointant «le risque d'une trahison de soi-même». D'autres mettent en avant les propos que l'ex-ministre de la Santé a tenus, durant la campagne. Kouchner parlait-il de Sarkozy comme d' «un homme qui n'éprouve aucune honte à pêcher dans les eaux de l'extrême droite». Le présentant aussi comme «singulièrement dangereux, voire complètement irresponsable» quand il commentait ses propos sur la pédophilie."
FAR
terça-feira, 17 de abril de 2007
Ségolène Royal só liga com Bayrou na 2ª volta
São daquele tipo de revelações sensacionais. Ségo não fecha a porta a Bayrou e queixa-se dos "elefantes " do seu partido... A revista económica Capital diz que ela usa sapatos que custam 1200 Euros/ a peça...
Estamos na recta final da primeira volta das presidenciais. Há cinco anos que Sarko anda em campanha. Ségo teve que vencer os "elefantes" do seu partido, os rivais Fabius, Jospin e Strauss-Khan. Rocard afastou-se cedo das primárias e apoiou Strauss-Khan, como dissemos no tempo exacto. Neste texto, clicar aqui, pubicado hoje no Le Monde, Sego precisou a sua determinação e amargura face aos jornalistas da rádio judia , a Rádio J. E queixou-se dos seus colegas de partido, "que nunca a aceitaram como candidata". "Isso não me ajuda. Mas, preciso de forma optimista, que isso é o preço da minha liberdade e que finalmente possuo muita resistência, e constância".
Ségolène recusa qualquer acordo precoce com Bayrou, mas não o invalida para sempre. Conforme precisa, ao milímetro, a candidata da Esquerda Socialista recusa-se a caucionar "a combinação de alianças entre candidatos ou formações políticas", antes da segunda volta. " Depois da primeira volta, ninguém será proprietário dos seus eleitores e não os poderá forçar. E é com todas e todos aqueles que se reconhecerão na posição "França Presidente", que se disputará o futuro do país", frisou.
E Cohn-Bendit apoia Rocard e Kouchner alargando o acordo aos Verdes, prisioneiros "de um mundo irreal". (ver Libération)
FAR
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