Mostrar mensagens com a etiqueta Copenhaga. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Copenhaga. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Audiência


Audiência na Ópera de Copenhague, Dinamarca.

Foto Jota Esse Erre

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Janela (2)


Janelas em quartel militar. Copenhaga, Dinamarca.

Foto Jota Esse Erre

sábado, 19 de janeiro de 2008

domingo, 9 de setembro de 2007

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Reino da Dinamarca (6)


Luzes no balcão. Interior da Casa da Ópera. Copenhaga. Dinamarca. 2007

Foto Jota Esse Erre

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Reino da Dinamarca (5)


Auto-estrada para amantes de música. Átrio da Casa da Ópera (oferta de dezenas de milhões de dólares do milionário A. P. Moller). Copenhaga. Dinamarca. 2007

Foto Jota Esse Erre

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Reino da Dinamarca (4)


A arejar num dia de calor. Edifício na caserna militar em Copenhaga. 2007

Foto Jota Esse Erre

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Reino da Dinamarca (3)


Adorador de Sol. Quando o Sol brilha os dinamarqueses aproveitam. Em qualquer lugar, em qualquer espaço. Copenhaga. 2007

Foto Jota Esse Erre

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Reino da Dinamarca (1)


Passeando o cão em Copenhaga. Copenhaga. Dinamarca. 2007

Foto de Jota Esse Erre

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ainda Do Reino da Dinamarca


Dançando na rua. Sol a brilhar, grafonola a tocar e a malta a dançar.

Olá!

Tenho a dizer-vos que na minha recente deslocação ao reino da Dinamarca comecei o meu primeiro dia com um sorriso quando vi numa montra ao lado do hotel o seguinte anúncio: “Fod Massage Nu Kr 250”.
A tal “Fod Massage” não tem nada a ver com a “Thai Massage” que num pequeno “escritório” na zona de lojas de porno e outros negócios do género por detrás da principal estação de caminhos-de-ferro de Copenhaga prometia um “happy ending” por um preço mais alto. “Fod massage Nu Kr 250”, apresso-me a explicar, quer dizer “massagem de pés agora 250 Coroas”, não tem nada a ver com “massagens” com “happy endings” mas deve ser muito popular pois por onde andei vi sempre anúncios com os mais diversos preços.
Apresso-me também a dizer-vos que ao contrário do que acontecia há 30 anos atrás o negócio das lojas de porno deixou de estar nas principais vias turísticas quando então era tabu noutras partes da Europa e portanto atracção neste pequeno país. Agora estão remetidas para uma zona “rasca” da cidade cada vez mais reduzida pelas pressões económicas e demográficas e em Aarhus nem sequer as vi.
Em troca das lojas de porno contudo os inevitáveis McDonald’s, Pizza Hut e outros símbolos do social capitalismo global invadiram as zonas centrais das cidades. A rua de peões de Copenhaga em tempos lugar de turismo par excellence é algo a evitar a todo o custo.
Mas a popularidade da “fod massage” atesta a existência de fundos extra para gastar no lazer e tenho a dizer-vos que as dezenas e dezenas de guindastes que se vêm ao longe quando nos aproximamos de Copenhaga vindos da ilha de Fyn atestam a um boom económico que faz inveja mesmo aos grandes da UEtupia.
Como há mais de 30 anos quando lá estive por muito tempo, projecta-se ainda na Dinamarca um bem estar social em que são raríssimos os pedintes ou “ajudantes” de estacionamento automóvel e em que a ausência de policias nas ruas é algo que - como então - não me deixa de espantar!!!
Ver um carro da polícia é um acontecimento raro. Ver um polícia em uniforme a patrulhar nas ruas é ocasião para se fazer festa. (Tenho a dizer no entanto que desta vez vi dois policias no centro de Copenhaga atrás de uns quatro ou cinco “mangas” obviamente estrangeiros carregando sacos onde, presumo eu, carregavam os proveitos de um dia de “trabalho”. Os “mangas” fintaram os policias e não houve portanto neste caso “happy ending”)
As bicicletas enchem as ruas de Copenhaga provocando em algumas zonas, como por detrás da principal estação de comboios, verdadeiros labirintos de zonas de estacionamento de bicicletas. Se em Nova Iorque em algumas áreas se construíram complicados sistemas mecânicos para estacionar carros uns em cima dos outros em espaços curtos, em Copenhaga existe um sistema de estacionamento de bicicletas de dois andares
Todas as grandes ruas são formadas por um passeio para os peões, via para as bicicletas e via para os carros. Em algumas zonas acrescente-se uma via para os autocarros e isso faz com que virar à direita seja um exercício em cautela. Se lá forem não se esqueçam: antes de virar verificar se há autocarro, ciclista e depois peões a atravessar a rua. No primeiro dia que conduzi na cidade ia atropelando um ciclista que me lançou um olhar glacial em que se podia bem ler “tinha que ser estrangeiro”. Mas tudo funciona com uma simplicidade de espantar, sem polícias de trânsito, sem gritos ou buzinadelas. Aqui há leis de trânsito respeitadas por todos, igualmente, sem histerias, ao contrário da Lusitânia onde as leis de trânsito são – como vocês bem sabem - apenas sugestões.
Nas esplanadas que hoje abundam tanto em Copenhaga como em Aarhus cobertores são colocados nas cadeiras para uso dos clientes quando apesar de já ser Verão a temperatura cai para pouco mais de dez graus centígrados. Um toque bonito!
Os dinamarqueses continuam a ser – para roubar o título do Fernando Namora – os adoradores de sol. Nos dias de sol enchem os parques e isso fez-me notar uma diferença cultural subtil entre os “dinas” e os “tugas”.
Notei isso quando resolvi visitar a campa de Soren Kierkegaard no cemitério Assistens no bairro de Norrebro onde cheguei a viver (no bairro, não no cemitério), em tempos bairro operário dinamarquês hoje bairro operário e de imigrantes árabes. Era um dia em que excepcionalmente a temperatura tinha subido acima dos 25 graus e o cemitério mais parecia um parque.
As campas são austeras, tal como quase tudo na Dinamarca incluindo as igrejas, os monumentos e os palácios da família real. E nesse cemitério dezenas e dezenas de dinamarqueses estendiam-se nos relvados bem cuidados entre as campas, muitos deles com crianças. Perto da campa de Hans Christian Anderson um grupo de jovens estudava em conjunto com livros de “biologi” abertos e discutindo notas escritas à mão em grossos cadernos.
O cemitério foi transformado em parque e a morte não parecia perturbar aqueles que usufruíam o prazer das sombras das árvores e relva verde num oásis fora do barulho da cidade. Difícil imaginar isso num cemitério aí na Lusitânia
Os miúdos das creches continuam a ir aos parques em grandes grupos acompanhados de “professores” de ambos os sexos. É bom ver isso. Como foi bem ver numa rua de Copenhaga, a meio do dia, Dinamarqueses a dançarem ao som de uma boom box. Valsa e tango! Deve ter sido o efeito do sol…. E da Carlsberg e Tuborg que se continua a consumir em grandes quantidades
Em Copenhaga como disse não há a grandeza de Paris, Londres. A segunda cidade – Aarhus – é do ponto de vista turístico não merecedora de mais do que um dia ou talvez dia e meio de visita.
Mas há como disse um bem-estar, uma riqueza austera, uma autoconfiança talvez fortalecida pelo problema económico que se discute nos jornais: o que fazer com o excedente orçamental.
Por todo o lado fica uma certeza: Nada está podre no reino da Dinamarca.
Bem-haja!

Um abraço,

Agora já na capital do Império,
Jota Esse Erre (texto e fotos)



Passeando no cemitério. Neste parque está sepultado Kierkegaard


Estacionamento de bicicletas. Hoje só lá no 2º andar

terça-feira, 17 de julho de 2007

Da Capital do Império


À saída do enclave hippy/anarca de Cristiana em Copenhaga o aviso é bem claro. Copenhaga. Dinamarca

Olá!
Hoje escrevo para vos avisar de algo sinistro. Os dirigentes da UEtupia estão a preparar se para – como diria Brecht - dissolver o povo e eleger outro para o seu lugar.
Digo isto porque no outro dia fui a uma conferência de imprensa dada pelo embaixador de Portugal aqui na Capital do Império convocada para explicar aos yankees o papel dos lusitanos na chefia da UE e fiquei com a certeza que esses dirigentes perderam a confiança no povo, não tendo qualquer intenção de voltar a repetir o erro.
Antes de explicar o porquê das minhas certezas tenho a dizer-vos que a conferencia de imprensa tinha tantos ou mais diplomatas que jornalistas e alguns dos (poucos) jornalistas presentes eram de publicações que ninguém nunca ouviu falar e com grande “pancada” na cabeça. Um desses jornalistas mostrou-me com orgulho um livro muito antigo para turistas de frases em Português em que no capítulo para “frases no táxi” tinha a seguinte: “por favor não me leve a lugares grosseiros”. Valeu o dia…
Na conferência de imprensa uma dessas jornalistas com “pancada” (e sem livro de frases em português) queria saber o que é que Portugal pensa sobre as acusações do Papa de que a filosofia dos dirigentes europeus é “relativista”. O embaixador ficou à rasca meteu os pés pelas mãos e felizmente a tal jornalista não lhe perguntou o que é que a Lusitânia pensa da missa em Latim. Logo a seguir no entanto outro jornalista com “pancada” com um sotaque estranhíssimo queria saber o que é que Portugal pensa do Cazaquistão e da Ásia central. Ainda outra jornalista, daquelas que acredita que vai mudar o mundo, fez um discurso sobre Darfur e teve que ser interrompida perante o ar verdadeiramente estupefacto do diplomata tuga. Enfim…
Mas o que eu queria saber é se após as negociações sobre o tratado em que o Sócrates e o Amado estão tão empenhados Portugal iria propor enquanto presidente) que o mesmo fosse submetido a um referendo nos diversos países da Cê Ié Ié (agora conhecida por UE). A resposta foi que primeiro há que terminar o tratado, é esse o mandato., o que você pergunta é uma questão de politica interna, e tal e coisa, não só mas também, tendo em conta a conjuntura que etc e tal e coisa, pois é, uma chatice, depois voltamos a falar disso, qual era a outra pergunta?…
O que não é de admirar. Vocês com certeza que se recordam que antes dos últimos referendos quando já era evidente que o povo não queria mais burocracias em Bruxelas a ditar-lhe o tamanho das peras, como é que devem ser feitos os chouriços e queijos, a que horas é que as lojas de bebidas podem abrir em Estocolmo e que impostos é que a malta na Escócia e Eslovénia deve pagar, os dirigentes da UE tornaram bem claro que se estavam a borrifar para o povo.
“Se for um sim diremos ‘em frente’, se for um não diremos “continuamos’,’ disse na altura Jean Claude Juncker primeiro ministro do Luxemburgo, país que como vocês sabem é difícil de localizar no mapa mas que na altura falava, aparentemente por todos vós. Os dirigentes “bien pensants” da UE perderam a confiança no povo após esses referendos terem dito non e nie à tal constituição. É óbvio que pelo menos até agora o povo não trabalhou suficientemente duro para reganhar a confiança dos seus líderes que em Bruxelas não estão interessados em responder à ingratidão e burrice do povo
A malta em Bruxelas, tenho a dizer-vos ficou bem lixada com o povo e no dizer da Angie Merkel decidiu substituir a constituição em que o Giscard gastou meses e meses e rios e rios de dinheiro por um tratado em que - como ela disse na cimeira dos Oito Governadores (G-8) - se “usa terminologia diferente sem mudar a substancia legal”. Eu sempre gostei da frontalidade germânica! Não sabia é que podia ser também cínica!!!
E nem pensar em referendos ou votações. O Nicola Czarko já disse que não é preciso, (deve ter sido porque retirou do tratado menção a uma economia de mercado baseada em “concorrência não distorcida”); na Holanda mais de 50 por cento do eleitorado quer um referendo mas os governantes da Holanda disseram que não é preciso porque o novo tratado “não é de natureza constitucional”; o que agrada também aos líderes dinamarqueses que serão obrigados a convocar um referendo se houver uma transferência de soberania para Bruxelas. (Honra seja feita ao Rasmussen que afirmou que no entanto uma decisão final ainda não foi tomada)
Portanto o que os dirigentes da Cê Ié Ié afirmam é que o tratado é apenas “terminologia diferente que não muda a substancia legal” da falida constituição giscardiana mas aparentemente “não é de natureza constitucional”!
O maralhal em Bruxelas deve estar a rebolar-se de gozo já a pensar nos milhares de novos tachos que vão ser criados com um novo super ministério dos negócios estrangeiros europeu com o seu próprio corpo diplomático, um presidente (dizem que vai ser o Tony Blá Blá) e milhares de outros “tachos” à sua volta, mais facilidade em aprovar leis relacionadas com política social, imigração e justiça o que vai resultar em novas leis vindas de Bruxelas aprovadas por uma crescente burocracia europeia que cada vez mais inventa mais necessidades jurídicas (tamanho das maçãs e peras) em que os parlamentos nacionais para os quais os europeus votam são cada vez mais impotentes e sem significado.
Em sistemas políticos em que governos têm poderes não restritos com base em maiorias parlamentares (como na maior parte da Europa) cuidado com a intenção desses governos dar ou delegar a uma supra autoridade esses ou outros poderes. Daí a necessidade de referendo.
De qualquer modo tenho a dizer vos que no meio disto tudo é bom ficar a saber que os dirigentes da UE são admiradores de um dos grandes “dirigentes iluminados ou esclarecidos” da historia europeia, Frederico o Grande. Foi ele quem afirmou: “O meu povo e eu chegamos a um acordo que agrada a ambos. Eles dizem o que querem; eu faço o que quero”.
Espero que isto não vos agrade.

Abraços,
Da capital do Império

Jota Esse Erre