O drama de Francisco: quatro anos de idade, sete picadas por dia, um alívio que custa mais de R$ 7 mil
"O meu filho não escolheu ser diabético. É um desespero saber que há uma solução e não conseguir lá chegar" . São sete da manhã quando Liliana acorda Francisco para a primeira picada do dia. Ainda meio estremunhado, sente a agulha espetar no dedo já habituado às muitas medições dos níveis de glicemia. Segue-se a picada de insulina na barriga, onde é escolhida uma área de pele que não esteja ainda muito massacrada pelas sete injecções diárias que, do alto dos seus quatro anos, Francisco suporta com ar de adulto, enquanto morde o lábio para não chorar. Os corredores da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em Lisboa, conhece-os como a palma da mão. É que Francisco sofre de diabetes tipo 1 desde os 14 meses, "com níveis difíceis de controlar" que o obrigam a um tratamento de insulina igual ao de um adulto, explica a endocrinologista Rosa Pina, que acompanha a criança desde que lhe foi diagnosticada a doença. Embora o diabetes seja uma realidade ...