Hoje eu trouxe um texto publicado no Blog Lado de fora do coração, escrito por Ana Paula Amaral. Porque adoro a palavrinha já em desuso, dos tempos de usar trema e porque não aguento certos temas e excessos, falei até aqui um pouco sobre radicalismo semana passada, que é um tipo de excesso. Como diz o ditado: "Tudo demais é sobra."
"Você sabe o que significa o termo
"desregulação do temperamento com disforia? Não? Até o final do texto você vai saber. Ando com saudade de um tempo, em que
eu menina de braços dados, enlaçados com minha mãe pelas ruas, encontrávamos
algum conhecido e logo depois do "Bom dia! como vai?", vinha a
lamentação: "Ih! Tô como uma dor nos quarto! Dei um jeito nas ancas! Uma
dor na batata da perna, uma dor no pé da barriga, nem tô podendo virar o
pescoço". Achava chato aquelas pessoas que viviam a se queixar.
Mas, bastava um emplastro Sabiá na anca direita, um pano amarrado com breu moído com gema de ovo ou uma cânfora no pescoço e já dava para ir levando a vida como Deus quer. E o tempo amarelou folhas, trouxe chuvas de verão, cruzeiro, cruzado, real. E os quartos, as ancas, os jeitos, foram deixando de existir para entrar em cena as doenças dos comportamentos humanos.
Os comportamentos humanos estão sendo transformados em patológicos em seus mínimos detalhes. "Os psicodiagnósticos alcançaram um nível tão elevado, que hoje em dia as pessoas saudáveis estão quase extintas" (Dann Toledo). Parece que estamos vivendo um tempo onde procuramos cada vez mais justificativas para o que antes poderia apenas ser adjetivos de um ser humano fechado, introspectivo, tímido, alegre ou expansivo. Esquecemos os adjetivos das análises morfológicas e os transformamos em sujeitos com transtornos. Ah! Desregulação do temperamento com disforia é birra." Controle das birras então, dos excessos e vamos que vamos!
Mas, bastava um emplastro Sabiá na anca direita, um pano amarrado com breu moído com gema de ovo ou uma cânfora no pescoço e já dava para ir levando a vida como Deus quer. E o tempo amarelou folhas, trouxe chuvas de verão, cruzeiro, cruzado, real. E os quartos, as ancas, os jeitos, foram deixando de existir para entrar em cena as doenças dos comportamentos humanos.
Os comportamentos humanos estão sendo transformados em patológicos em seus mínimos detalhes. "Os psicodiagnósticos alcançaram um nível tão elevado, que hoje em dia as pessoas saudáveis estão quase extintas" (Dann Toledo). Parece que estamos vivendo um tempo onde procuramos cada vez mais justificativas para o que antes poderia apenas ser adjetivos de um ser humano fechado, introspectivo, tímido, alegre ou expansivo. Esquecemos os adjetivos das análises morfológicas e os transformamos em sujeitos com transtornos. Ah! Desregulação do temperamento com disforia é birra." Controle das birras então, dos excessos e vamos que vamos!
Tudo que lemos na AnaPaula acrescenta e faz bem! E teu texto lindo, mexe com lembranças dos emplastro Sabiá(ainda existe!) e tantas coisinhas... Nunca suportei, desde pequena, quem sempre tem uma dor ou algo pra se queixar.Não tenho paciência pra isso, de jeito algum!
ResponderExcluirE também não gosto dessa mania de para cada comportamento estranho, achar uma justificativa com nome complicado. Lindo e descomplicado dia! bjs, chica
Lamentos demais são mesmo um saco né rsrsrs
ExcluirTudo demais na verdade
Como dizia a vó de meu marido: Tudo demais é sobra
Nomes complicados, pessoas complicadas, tratamentos complicados, tudo muito exagerado #deusnoslivre
Abraço com cheirinho de Mari em você para eu sentir daqui rsrsrs
Amanhã darei uns apertões na bonequinha Marina! Tarde com ela! bjs
ExcluirOi Tina
ResponderExcluirTudo mudou e mudou muito, quase ninguém mais para na rua para conversar, as pessoas andam apressadas e de cabeças baixas.
A verdade é que são poucos que ainda se preocupam com os outros.
Esses termos usados ai, caíram em desuso.
As pessoas sentem dores inexplicáveis que as vezes nem os médicos entendem. È o mal estar da civilização!
bjokas =)
É muito nome para tudo e poucos cuidados,
ExcluirMuitas modernidades e pouca sabedoria
Muitos likes e contatos e pouco olho no olho, mãos dadas, abraços e palavras que curam
Me bateu uma nostalgia agora menina... como era bom esse tempo... conforme foi lendo foi me passando uma novela pela cabeça. Lembro de andar exatamente desse jeitinho com minha mãe pela rua e encontrar as vizinhas mais velhinhas falando as mesmas frases...
ResponderExcluirTexto magnifico da Ana <3
Beijão sua linda
Magnifico né!
ExcluirMinha mãe ainda narra os reumatismos dela como se diz, ouço repetidas vezes e acho tão ela rsrs
Beijos amiga amadinha e fashion
Esses dias encontrei numa loja, capinhas para celular estampadas como caixinhas de medicamentos tarja preta - rivitril e lexotan e também uma alfomada "lexotan". Essa banalização que se espalha é tão excessiva.
ResponderExcluirUnguento para aguentar esses novos tempos de viver!
Beijo
Pois é!
Excluir#lamentável
Menos Prozac e mais Platão acho uma ótima solução ;)
Adorei esse unguento pra aguentar esses novos tempo,rs... E HAJA unguento pra aguentar tanta porcaria que vemos e querem nos fazer engolir ! bjs
ExcluirEu amo ler a Ana e seus textos maravilhosos, me acho neles, me lembra a infãncia, me faz aprender demais. lembro bem desses termos e por aqui ainda vejo quem os diz, dor nos quarto, ancas, pé da barriga. Mas agora são tantos remédios diferentes que os emplastos e unguentos não dão conta das tantas dores, mais na alma que no corpo. Bjs adoro te ler tbm! Tem novidades sobre Educação e poesia no blog
ResponderExcluirMais na alma e na mente é bem verdade amiga
ExcluirHaja água benta, água maravilha(que pra mim é um remédio total flex) e água de rio e mar para curar
Indo lá, com rima e carinho
Quanto tempo... Seu blog ainda continua igualzinho... *_*
ResponderExcluirQue saudade de você e de seus manuscritos
ExcluirVc, igualmente, como sempre, doce e gentil
Volta a blogar e volta sempre
Mil beijos
Adorei te ter aqui