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domingo, 11 de maio de 2008

Maio de 68 no portal do PSTU

especial-maio-68

Nosso portal inaugurou uma área especial em homenagem aos 40 anos do maio de 1968. Nele é possível acompanhar a cronologia dos acontecimentos de 1968 no Brasil e no mundo; baixar papéis de parede especiais sobre o tema; acompanhar a agenda de atividades sobre os 40 anos do maio de 68; além de ler artigos e dicas.

Na área de dicas, Wilson da Silva, faz uma importante relação de filmes da época e sobe a época. Filmes como "A chinesa", "Ao mestre com carinho", "O bandido da luz vermelha", "Panteras Negras" e "Edukators" figuram na lista de Wilson.

Na área de artigos, Jerônimo Castro, Cecília Oliveira, Wilson da Silva, Henrique Carneiro e Leandro Soto se revezam para relatar a riqueza dos acontecimentos daquele maio tão vivo e radical.

Não deixe de dar uma passadinha por lá.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Jornada 40 anos de maio 1968 no IFCH Unicamp

maio-68-unicamp

Dia 27 de maio, o CEMARX estará realizando uma jornada de ativiades por ocasião dos 40 anos do maio de 1968. Pela manhã, o maio no mundo em debate com Isabel Loureiro, Margareth Rago e Marcos Del Roio. À tarde, João Quartim de Moraes, Valério Arcary e Waldemar Rossi falam sobre 1968 no Brasil. A exibição do filme A Chinesa de Godard durante a noite, encerrará a jornada.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

As Rosas do Amanhã: uma homenagem a Edson Luís

Thiago Baptista é um carioca de 24 anos, músico e militante do PSTU. Inspirado no Dia Nacional de Luta do Estudante e nos 40 anos do assassinato de Edson Luís pela ditadura, ele compôs a canção Rosas do Amanhã. É uma homenagem às lutas passadas e às que virão. A gravação é caseira. Literalmente. Apreciem!



Letra e Música: Thiago Baptista

Quem segue
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Não sabe o tempo de esperar
O seu tempo passar

A flor do futuro
Floresce sangrando
Sem pedir licença
E sem fraquejar

E podem vir
Mil tanques, mil bombas
Mil choques, mil desenganos

Que venham os poderosos
Que jamais nos deterão
Pois se matam uma rosa
Mil outras nascerão

Nas ruas, nas praças
Quem disse que sumiu?
A primavera já florece
Num peito estudantil

E seguimos loucos,
Audazes, caminhando
Pela mesma estrada sã
Pois somos
As rosas do amanhã

* Desligado o auto-play da música. Para ouvir clique no Play.

terça-feira, 4 de março de 2008

"Maio de 1968, não é mais que um começo"

O camarada Álvaro Bianchi nos encaminhou a referência para o blog francês Mai68 que traz um manifesto lançado por intelectuais e ativistas políticos por ocasião dos 40 anos do maio francês. Segue o manifesto traduzido:

Um espectro assombra os defensores da ordem estabelecida: o espectro de Maio de 1968. Todas as potências do velho mundo se uniram numa santa aliança para exorcizar esse espectro: Nicolas Sarkozy, Luc Ferry, Claude Allègre e consortes... Não faltam nessa aliança nenhum daqueles e daquelas que têm como único horizonte intransponível o mundo tal como ele é, como se vivêssemos o fim da história.

Para a França “da ordem”, maio de 1968 é responsável por tudo. Nicolas Sarkozy não hesitou em fazê-la estremecer, agitando novamente o espectro. Trata-se, segundo ele, “de saber se a herança de maio de 1968 deve ser perpetuada ou se deve ser liquidada de uma vez por todas”. Essa liquidação atingiria não apenas os direitos sindicais, o salário mínimo e os benefícios sociais, mas também os avanços obtidos, entre outros, pelas lutas feministas.

Tal como um duende, o espectro de maio de 1968 sai do armário a cada 10 anos. É uma ocasião para exorcismos e orações fúnebres, enterros de primeira classe e cerimônias de adeus, celebrações solenes, impropérios e arrependimentos de todos os convertidos ao pensamento único.

É chegado o tempo de se reapropriar de maio de 1968, das realidades por trás dos mitos, do maio dos proletários (da greve geral e das ocupações), do maio da comuna dos estudantes, do maio dos muros que tomam a palavra, do maio das barricadas que fecham a rua e abrem a via, do maio que pavimentou o caminho das libertações e transformações sociais e societais obtidas ao longo da década seguinte, o maio que soprou sobre Berlim, Praga, Cidade do México ou Turim, levantando a esperança tanto quanto a crítica ao mundo realmente existente, com suas normas e evidências.

O que ocorreu depois disso não era o único caminho possível. Reflexões criticas coletivas e discordantes permitirão reencontrar a areia quente sob as greves e as esperanças, à luz de uma formidável experiência cujas marcas ainda subsistem.

Um conjunto de editores, revistas, jornais, sítios na internet, livrarias, institutos, fundações, lugares e espaços culturais que tentam interpretar o mundo para transformar a ordem das coisas, reuniu-se com o propósito de organizar, na próxima primavera, um “maio de 1968 que não seja apenas um começo, mas sim uma atualidade urgente”. É com este objetivo que eles lançam essa chamada, na França e além de suas fronteiras.