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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A mídia, a política e a polícia

O Observatório da Imprensa, website brasileiro de crítica da mídia, traz, na edição de hoje, uma coleção de textos sobre a cobertura midiática de acontecimentos envolvendo ações da polícia, tanto no caso da Universidade de São Paulo, quanto no caso da "pacificação" da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Seguem os links dos artigos:

Folha manipula Datafolha
Por Mauro Malin

A imprensa como agente provocador
Por Raphael Tsavkko Garcia

Quando a mídia subverte a instância política
Por Júlio Arantes

E as milícias?
Por Mauro Malin


domingo, 12 de setembro de 2010

Zé Maria no Jornal Nacional

O Jornal Nacional mostrou na noite deste sábado, dia 11, como foi o dia da campanha do candidato do PSTU. Ele fez campanha em Aracaju (SE), junto com os petroleiros. Na rápida entrevista, ele defende o controle sobre o petróleo.
A reportagem da Globo não rompe com o padrão da cobertura das principais emissoras e jornais, que têm excluído a candidatura do PSTU, dedicando quase todo o espaço às candidaturas de Dilma, Serra e Marina.
Veja abaixo o vídeo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Deu no Washington Post

O jornal norte-americano Washington Post noticiou o ato realizado na quinta-feira, no Rio de Janeiro, contra a implantação de bases militares na Colômbia. Na semana passada, o governo colombiano de Álvaro Uribe decidiu colocar à disposição do imperialismo sete bases militares existentes no país.


Na legenda da foto: Uma mulher, no Rio, usa uma máscara onde se lê, em espanhol 'Fora Uribe'. Preocupações sobre o plano antidrogas dos Estados Unidos levou Uribe a visitar outros líderes.


Leia sobre o ato na Agência Petroleira de Notícias

Leia no Portal do PSTU: Presidente da Colômbia libera sete bases militares ao imperialismo norte-americano

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dá pra não ler...

A Folha de S. Paulo perdeu a linha e seus editorialistas acharam por bem defender os generais. A partir da comparação da "violência" dos regimes militares, o jornal chegou a conclusão de que a ditadura brasileira não passava de uma "ditabranda".

Saiu assim mesmo, no editorial de 17 de fevereiro:
"Mas, se as chamadas "ditabrandas" -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça-, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por Alberto Fujimori no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente."

Quer dizer, que a ditadura militar não merece esse nome? E que manteve o acesso à Justiça? o que dizer das torturas, dos familiares que peregrinavam nos quartéis em busca de seus desaparecidos?

A Folha na prática ameniza os crimes da ditadura, tentando tornar esse período "menos pior" e aceitável. O jornal, cuja trajetória está longe de ser de esquerda e inclusive compartilha lembranças nada nobres com o aparelho de repressão da época, foi duramente criticado. Intelectuais escreveram cartas à redação. O jornal respondeu com mais ataques e absurdos.

Chega de manifestantes serem chamados de baderneiros. De moradores pobres e negros serem criminosos. De ditaduras serem ditabrandas. Se você é assinante, escreva pra lá e use as palavras certas. E deixe a sua assinatura também na petição online.

  • A propósito, que tal reler o artigo do portal do PSTU sobre a trajetória da Folha e de Otávio Frias
  • quinta-feira, 17 de abril de 2008

    O grão-mestre Lula

    O presidente sancionou nesta terça-feira, dia 15 de abril, a lei 11.655, que muda o nome da Ordem do Mérito das Comunicações para Ordem do Mérito das Comunicações Roberto Marinho. A notícia está na edição de hoje da Folha de S. Paulo. A homenagem ao patriarca da Rede Globo é mais um sinal do lado escolhido por este governo no que diz respeito à mídia. Há quem enxergue avanços neste governo em relação a democratização da comunicação, mas a verdade é que continuamos com um ministro representante das emissoras (a Globo em particular), as rádios livres continuam sendo fechadas, as concessões ainda são moeda de troca com a base governista e a ampliação dos canais foi abandonada durante a implantação da TV digital.

    O lado do governo está aí mais uma vez, com esta lei. Em vez de simplesmente acabar com uma medalha ridícula como esta, Lula utiliza-se dela para mais um agrado aos coronéis da mídia. criada em 1982, ainda na ditadura, a medalha já foi concedida a ministros do ditador Ernesto Geisel e a políticos de todo tipo. Em 1993, foi dada a Hugo Napoleão (PFL-PI), que, na década seguinte, teve seu mandato de governador questionado por usar TVs, jornais e rádios a seu favor na campanha eleitoral. Na época, o procurador afirmou: "Todas essas decisões judiciais foram impostas em razão destes veículos de comunicação terem praticamente se engajado na campanha eleitoral". Tudo a ver com o que fez Roberto Marinho em 1989, contra Lula, e em 1982, contra Leonel Brizola...


    Leia também:
  • Rede Globo: 40 anos de ilusões, estereótipos e ideologia dominante
  • Roberto Marinho: uma longa e espúria história
  • sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

    Duas caras ou uma só?


    Há algum tempo, nossa redação vinha discutindo a necessidade escrever sobre a telenovela da rede Globo Duas Caras, o mais novo lixo televisivo da emissora. A importância dessa pauta está no fato de que Agnaldo Silva, ex-suposto-progressista e autor da mesma, ataca constantemente o movimento organizado. Fora, é evidente, todo o resto de preconceito e padrões sociais impostos que não são mérito de Duas Caras: assim operam as novelas, para determinar comportamentos e criar falsas realidades.

    Foi também uma sugestão do nosso leitor Diogo, que já militou no movimento estudantil. Com toda razão, ele classificou o programa de “ofensa a todos os militantes”.

    Para a nossa alegria, Gabriel Priolli, jornalista e professor da PUC-SP, escreveu uma boa análise do folhetim de Agnaldo Silva. O texto Duas Caras para um só discurso foi publicado no Observatório da Imprensa no dia 22 de janeiro passado. Priolli destaca que “delineia-se ali um perfil de regressão geral no debate democrático e de fortalecimento do ‘pensamento único’, ou do pensamento conservador que a máquina coordenada da mídia quer fazer passar por verdade universal”. O pensamento único, nesse caso, é o liberal, e seus emissores “fazem proselitismo de seu ideário, em absoluta sintonia com a perspectiva patronal”.

    Neste artigo, Priolli detém-se em dois aspectos. O primeiro deles, o ataque à organização estudantil, é o mais gritante. Atualmente, o conflito da novela é o caso de racismo em que o estudante negro Rudolf Stenzel (Diogo Almeida) é estereotipado com um militante mau-caráter, desonesto e oportunista. O reitor Francisco Macieira (José Wilker) é a vítima do oportunismo de Rudolf que o acusa de racismo.

    Antes disso, uma ocupação de reitoria – ou invasão, como prefere a Globo – na Universidade Pessoa de Moraes mostrou um movimento estudantil que depredou o patrimônio e fez negociatas com professores oportunistas. Nada a ver com a realidade das ocupações de reitoria que varreram o país em 2007.

    O outro aspecto é a favela da Portelinha, um paraíso sem crime, sem violência, sem tráfico. O ditador Juvenal Antena (Antônio Fagundes) é o líder do povo na favela. Ele tem práticas antidemocráticas, nunca realizou uma reunião de bairro sequer para ouvir os moradores, mas é o mocinho incontestado e adorado por todos.

    Felizmente, a audiência da novela não está entre as melhores da rede Globo. A novela iniciou com 40 pontos no Ibope, considerados baixos para horário e perfil de programação. Contudo... o folhetim vem disparando em anúncios comerciais. Isso sugere uma reflexão.

    Leia aqui o artigo de Gabriel Priolli.