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quarta-feira, março 20, 2013

MISSÃO



Num mundo de , cada vez mais, incertezas...
Num momento de deixar correr livres, as lágrimas...
Num tempo em que não se tem Tempo para nada...
num Tempo em que nos querem roubar a voz, 
a dignidade...
Num Tempo em a nossa Fé é perseguida com se devessemos dela nos envergonhar...
Num Tempo sem escolhas, só imposições...O querer ser livre é uma afronta...
E os pobres, sem mais do que sua revolta...a arrecadam pois que o medo é Rei e Senhor!
E calam, e sofrem e fazem seu luto pelos vivos deste tempo....

Eu sou das árvores os tronco que resiste às tempestades
pela força que me vem do Alto Céu.
Pela certeza de não estar só...
pela certeza de ter esta missão:
Não permitir que a voz dos pobres se dilua no Tempo,
Nem que grilhões ou mordaças  ressuscitem o Passado...

(Texto de BlueShell)



quinta-feira, janeiro 31, 2013

Da melodia ...Pátria nossa!



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(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Sei-te…

Da cor do rio , da cor das flores que despontam na memória…
Da melodia das gaivotas que povoam a minha vontade
De crescer em força e saber.
E os rebanhos que existem entre oliveiras são do povo
O erguer das bandeiras do sangue e do suor da luta
Sei-te…
Hoje mais que nunca, Pátria amada, aliada
 da terra,
 do vento,
 do mar,
 do fogo…
 que pulsa livre em cada praia, em cada serra…



reba
(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL

sábado, janeiro 26, 2013

Julguei...(conclusão)



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(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Agora, quase 30 anos depois ali estava eu, mais uma vez, à frente daqueles jovens.
A inocência …uma inocência que acolhe alguma traquinice, alguma irreverência e indisciplina  e que é preciso “dominar “… estava ali, como estivera quase sempre nos últimos anos.
Nunca quis ter, nas minhas aulas, os alunos aprumados como se de soldados se tratassem. Mas sempre lhes exigi respeito. Respeito por eles mesmos, respeito uns pelos outros, pelos pais que, lá fora, trabalhavam de modo a que eles pudessem ter o privilégio de frequentar a escola, e respeito por mim. E, dentro desse espírito, havia espaço para uma aprendizagem sem necessidade de grilhões, de coação ou constrangimento.  Mais: para além dos conteúdos indicados pelos programas havia sempre espaço para uma outra aprendizagem: valores como a humildade ,a honestidade, a misericórdia, a dignidade e outros, muitos… mas sempre sem impor as minhas convicções político-religiosas. E ralhei…ao mesmo tempo que dei afeto. Pois o que é o afeto se não houver reprimenda quando se erra? Quando se procede mal? Então há que repreender porque isso significa que nos importamos com eles, com esses jovens. E eles sentem isso. Sentem, numa repreensão o mesmo afeto que sentem num elogio. Não de imediato, obviamente, mas mais tarde, senti-lo-ão.
Sim, penso que fiz um bom trabalho ao longo desses anos.

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(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Mas hoje ao olhar aqueles jovens sinto que pouco lhes posso dar.
Há tanto cansaço, tanta desilusão….tantas horas na escola que em vez de serem para os alunos são para os burocratas…para gáudio dos que “vivem” em gabinetes “forrados  a papéis”!, com “cortinas feitas de papéis”…e por isso não veem para lá delas…não veem a realidade para lá das opacas janelas desses bafientos gabinetes!!!
Cansada de ter de concordar à força de ter de concordar… com um sistema que nada traz de profícuo a alunos…muito menos aos do interior…sempre ostracizados e esquecidos…como há 40 anos atrás!!!
Olho para eles e vejo, nos olhos de cada um deles, a pequena que fui…uma pequena guerreira que se aventurava de noite pela estrada de macadame para apanhar a carreira e poder ir às aulas. Uma pequena que se fez mulher e concretizou o sonho de ser professora. Uma professora que sempre cumpriu com os seus deveres, que sempre foi fiel aos seus princípios e, sobretudo, aos seus alunos. Uma professora que muito raramente dava uma falta. Apenas por doença ou nojo! Uma professora que dava mais tempo à escola do que à família. Que se obrigava a abdicar de tanta coisa em prol da escola que amava….
Lembrei-me agora…Uma dia, ou melhor, uma noite ia eu dar aulas a um curso de alunos adultos, coloquei mal o pé no degrau pois o patamar estava com as luzes desligadas e eu caí pelas escadas abaixo só parando no “cotovelo” da escadaria. Umas funcionárias que andavam a fazer a limpeza ouviram meus gritos e deram comigo toda enrodilhada e a gemer. Fui para o hospital e já não dei aulas essa noite. Mas ao outro dia lá estava eu: pois se não tinha nada partido nem deslocado…as equimoses não eram na língua e, mesmo sendo em quase todo o corpo,  não me impediriam de dar aulas…
Tinha os olhos daqueles jovens cravados em mim…queriam saber quem eu era, como eu era…que teria para lhes ensinar…e eu ali, diante deles com uma imensa vontade de desistir deles. Eu ali diante deles com um imenso cansaço, com um desalento tamanho…que chegava a doer….que ardia na garganta e me pesava no peito. Súbito…deixei de lhes ver os rostos e na minha mente surgiram duas imagens: as dos diretores das escolas e a do meu pai no caixão, no dia em que foi sepultado. Porquê essas duas imagens assim? Porquê? Então era por isso que não via o rosto de meus  alunos: meus olhos estavam plenos de lágrimas…e eu não queria que elas  transbordassem…não queria , meu Deus, não queria que me vissem chorar… não ali…, por favor, não ali….
Virei-me de costas e escrevi meu nome no quadro enquanto, disfarçadamente, secava as lágrimas.
Depois, com um ar autoritário, disse:
- Meu nome é Isabel M. e serei vossa professora.
Mas mentalmente pensei…. devia dizer-lhes era-“ Julguei que era meu dever ensinar…afinal querem que eu preencha papéis….e papéis...e papéis…”
Só que já tinha tomado uma decisão: não iria desistir deles: contra tudo e contra todos, sujeitando-me a todas a penalizações…o meu dever, a minha lealdade era, é e será para com os meus alunos: lutarei por eles mesmo que eles não o saibam nunca…

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Serei guerreira novamente e vencerei porque lutarei pelo que é justo…e porque sei… que tenho comigo…todos os trunfos!


Salmos 118:6
O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.
The LORD is with me; I will not be afraid. What can man do to me?

quinta-feira, janeiro 10, 2013

ESTOU PRONTA



afronta
(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Que posso eu?

Eu? que por vezes nada consigo escrever…pelo excesso de sentir…pela avassaladora e fugaz  imersão no pensar desregrado….

Que posso eu?
Posso, enquanto sangue me percorrer as veias,
Erguer-me  e dizer “Não”.
Basta que muitos digam “não”!

Que posso eu, senão agitar a bandeira da revolta contra a opressão?
Contra a prepotência, contra a dissimulação, a injustiça, a afronta?
Que posso eu?

Quando o meu País se desmorona e
As memórias de todos os heróis mortos clamam desde Longe no Tempo…
É chegado o momento…estou pronta!

quinta-feira, novembro 15, 2012

TEMPO OUTRO


"A verdade não conhece perífrases; a justiça não admite reticências."Autor - Guerra Junqueiro , Abílio


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(Foto e texto de BlueShell) -, Portugal

Soubesse o rio as mágoas que a terra esconde
Soubesse  a dor dos que não têm voz….
Traria, na cor, o negro da vergonha
 E pressa de chegar à foz!

Das árvores resta a sombra do que foram…
Troncos, raízes … trespassam o Tempo
 E a desventura de um povo que sabe
Que não quer uma nova ditadura.

Soubesse o rio das lágrimas  que a terra verte…


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(Foto e texto de BlueShell) -, Portugal
Linking to a Rural Journal, 

and
Two bears farm

sábado, novembro 10, 2012

Labor



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(Foto e poema de BlueShell) -, Mangualde, Portugal


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(Foto e poema de BlueShell) -, Mangualde, Portugal


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(Foto e poema de BlueShell) -, Mangualde, Portugal


...e o Tempo te fugiu

Por entre espinhos e esperanças…

Linking to "raindrops and daisies"


terça-feira, agosto 07, 2012

Os Fanáticos do Poder, ou FDP em "alta"!



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(Foto de BlueShell) - Mangualde, Portugal

Abaixo os FDP - Fanáticos do Poder

"Os detentores do poder ficam tão ansiosos por estabelecer o mito da sua infalibilidade que se esforçam ao máximo para ignorar a verdade."


Hoje participo em O Mocho



sábado, julho 21, 2012

Quando a Liberdade se perde....





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(Foto de BlueShell) - Portugal
Diluem-se no Tempo e na treva as palavras escritas…
E eu procuro nas memórias a tua imagem… 
A noite me toma e me acende o ser…
[batéis que naufragam no vazio da vontade!]
A noite me toma e me acende a raiva…
Batalhas de homens que se perdem…. 
Sopros de vida que se extinguem sem idade!


[batéis que naufragam no vazio do presente!]
Lágrimas que se perdem nas palavras escritas…


A noite me toma e me acende a dor… 
Eu te procuro e não te encontro…LIBERDADE!

(Hoje estou  em Raindrops and Daisies... e também  no Sall's Country Life
....Participe)

sábado, abril 21, 2012

Lágrimas pelo meu País





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(Foto de BlueShell)

Do lado de dentro de mim
Vejo ainda os homens e mulheres de abril!

Mas do lado de fora de mim vejo um país espoliado,
Vejo fome, desespero…e o Futuro adiado!

E vozes, dos que foram heróis nossos, clamam justiça!

Sinto a liberdade prisioneira.
 Temo os tempos-idos:
Censura, prisões, perseguições…denúncia, tortura…
Gente que foge para lugares-outros:
Homens e mulheres, longe da pátria, respiram saudade!

Do lado de dentro do meu “eu”
Fica um lugar vazio…fica o sabor a dor:
O sonho se apagou,
E o meu abril se perdeu …



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(Foto de BlueShell)



domingo, janeiro 31, 2010

MEU HERÓI

amanhece

(foto de BlueShell)

Amanhece e parece que se volta a viver….
Renasce a dor e parece que nasceste pr’a sofrer….

Que a noite venha e tu possas acreditar
Num amanhecer certo, Homem sem medo,
Que o Tempo perto está em que deves
Armas tomar e lutar...guerreiro meu,
Herói sem nome, sem idade…
Herói que se ergue justo e pleno de vontade
De servir, mais que A Ideia, a Liberdade.

Amanhece e parece…