Depois da folga do feriadão, hoje cortamos as salsichinhas de frango e partimos pra mais uma sessão de treino anti agressividade na guia. Treinamos bastante o "olha", por períodos mais longos de tempo, repetidas vezes. O Boomer está conseguindo realizar o comando na rua, mesmo com ônibus passando ao lado, bicicleta, etc. Quando se aproxima de pombos e cães a coisa fica mais complicada, mas vamos avançando aos poucos. Na praça, nem pensar em obedecer. É um local com muitos cheiros interessantes, e que o Boomer associa prontamente a brincadeiras. Bom, tem que ser um passo de cada vez né?
Voltando pra casa, uma oportunidade interessante: um machinho preso na porta do supermercado, latindo escandalosamente. O Boomer nem pensou em obedecer o "olha", e nem passou pela minha cabeça que eu fosse conseguir essa façanha, mas resolvi tentar outra coisa: só ia passar pelo cão quando o Boomer ficasse quieto. Nem preciso dizer que precisei de uns 15 minutos pra fazermos isso, dando muita meia-volta sempre que ele começava a se arrepiar, e muitas salsichinhas sempre que ele me seguia feliz na meia-volta. Depois de um tempo parece que ele perdeu o interesse em brigar com o cãozinho e passamos por ali numa boa. Claro que eu aproveitei pra passar mais duas vezes com ele e premiar bastante, que é pra criar o hábito né?
Estamos evoluindo...
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16.6.09
8.6.09
O Adestramento Continua
A educação é realmente um processo sem-fim, não é? Não podemos baixar a guarda, nossos animais estarão sempre testando os limites já estabelecidos ou precisando de ajuda com novos maus-hábitos.
O Boomer "se formou" no adestramento há alguns meses. Eu liberei o adestrador, na verdade, porque achei que não fazia mais sentido continuar com as aulas. Isso porque além de o Boomer ter atingido um nível satisfatório de obediência (para as necessidades da casa), ele está fazendo agility. O agility melhora muito a atenção dele na gente, e a concentração. E ainda tem o treinador do agility, que sempre dá dicas sobre adestramento/comportament quando a gente precisa.
Acontece que eu meio que comecei a baixar a guarda com o Boomer nos passeios, e ele voltou a puxar a guia o tempo todo. Simples assim. O interessante é que fora da guia ele está super obediente. Senta, fica (mesmo com muita distração em volta), deita, rola, finge de morto, faz todos os truques. Fora da guia ele caminha bem ao nosso lado, quando está brincando volta se ouvir nossas palmas. Fora da guia ele brinca com outros cães, não se importa se são machos ou fêmeas. O Boomer continua muito sociável e brincalhão, mesmo depois de "adulto".
Na guia a situação é totalmente diferente. O Boomer puxa a gente. O mais impressionante - e mais incômodo - é que ele fica agressivo com os machos. É passar um macho pra ele partir pra cima, rosnar. Pode ser grande, pequeno, podem ser vários. Não sei bem o motivo, mas decobri que o fenômeno da agressividade na guia é comum em cães que são sociáveis fora da guia. Os autores - e o treinador dele também - acreditam em duas hipóteses, variando de acordo com o cão. A primeira é que o cão se sente acuado quando está na guia, ele sente que não vai poder correr se acontecer alguma coisa - e parte pro ataque, pro outro cão nem pensar em se aproximar. A outra hipótese é que o cão "cresce" na guia - ele se sente mais forte, pois está ligado ao dono e acha que pode contar com ele em caso de confusão. Como os cães em geral adoram medir forças, isso pode ser o suficiente pra eles partirem para a prática. Conversando com a vet, ela levantou outra possibilidade: quando nós estamos ligados pela guia, ele se sente no dever de me proteger, e parte pra cima dos cães que se aproximam.
O Boomer começou com isso quando a Preta morava lá em casa, e eu levava os dois juntos pra passear. Ele não deixava que nenhum macho se aproximasse dela, sentia ciúmes. Queria aquela fêmea só pra ele. Foi logo depois do Boomer fazer 1 ano e deixar de ser filhote, e acho que isso contribuiu ainda mais para moldar esse comportamento.
Acho que nunca saberemos o motivo específico que leva um cão a ter determinado comportamento, mas todos os autores concordam que a agressividade na guia é um comportamento adquirido, e que deve ser corrigido como qualquer mau-hábito. Para isso não basta comunicarmos ao cão que não queremos que ele faça isso. Devemos ensiná-lo qual o comportamento mais adequado quando ele se deparar nessa situação.
Semana passada chegou um livro que eu tinha encomendado pela Amazon que trata desse caso específico:
Feisty Fido: Help for the Leash-Aggressive Dog

O livro basicamente introduz o comando "look", que eu traduzi como BOOMER, OLHA!
A idéia é que se o cão olhar para os olhos do dono ao invés de se concentrar no rival que se aproxima, ele não vai atacar. São duas ações incompatíveis. Então o objetivo final é que o Boomer veja um cachorro e pense: "vou olhar pra quem tá passeando comigo e vou ganhar alguma coisa com isso". Ele deve criar essa associação. As autoras ensinam a progressão e os diversos níveis de dificuldade a que o cão deve ser exposto durante o treinamento, as dificuldades que podem surgir e como driblá-las, algumas "saídas de emergência", pra momentos em que você sabe que o cão não vai te obedecer, entre outros. É um livro curtinho mas muito interessante e bem embasado e realista. A proposta é solucionar o problema de uma maneira simples porém de difícil implementação, e as autoras têm consciência disso e pedem um prazo de 4 a 6 meses e muito treino para seu funcionamento perfeito.
Ontem comecei a implementar a técnica com o Boomer. Como ele já está acostumado a treinar e entende muito rápido o que se espera dele - além de gostar de agradar - o começo foi muito bom. Em casa ele entendeu perfeitamente o comando. Na rua, onde as distrações são muitas, levei salsicha de frango picadinha (doguitos não funciona com ele na rua, tem que ser alguma coisa BEM interessante) e comecei a dar o comando sem nenhum cão por perto. Deu tudo certo, então comecei a dar o comando quando ele via um cão bem ao longe (quanto mais perto, maior a dificuldade). Até agora, ele está progredindo. Treinamos ontem à tarde e hoje pela manhã. No processo, alguns machos passaram bem perto dele sem que eu tivesse tempo de me esquivar. Claro que ele partiu pra cima. A partir de agora devemos eviatr essa situação, pra cortar mesmo o hábito. Enquanto ele não consegue se controlar, devemos atravessar a rua, dar meia volta, qualquer coisa pra ele não "errar".
Depois volto com mais notícias!
O Boomer "se formou" no adestramento há alguns meses. Eu liberei o adestrador, na verdade, porque achei que não fazia mais sentido continuar com as aulas. Isso porque além de o Boomer ter atingido um nível satisfatório de obediência (para as necessidades da casa), ele está fazendo agility. O agility melhora muito a atenção dele na gente, e a concentração. E ainda tem o treinador do agility, que sempre dá dicas sobre adestramento/comportament quando a gente precisa.
Acontece que eu meio que comecei a baixar a guarda com o Boomer nos passeios, e ele voltou a puxar a guia o tempo todo. Simples assim. O interessante é que fora da guia ele está super obediente. Senta, fica (mesmo com muita distração em volta), deita, rola, finge de morto, faz todos os truques. Fora da guia ele caminha bem ao nosso lado, quando está brincando volta se ouvir nossas palmas. Fora da guia ele brinca com outros cães, não se importa se são machos ou fêmeas. O Boomer continua muito sociável e brincalhão, mesmo depois de "adulto".
Na guia a situação é totalmente diferente. O Boomer puxa a gente. O mais impressionante - e mais incômodo - é que ele fica agressivo com os machos. É passar um macho pra ele partir pra cima, rosnar. Pode ser grande, pequeno, podem ser vários. Não sei bem o motivo, mas decobri que o fenômeno da agressividade na guia é comum em cães que são sociáveis fora da guia. Os autores - e o treinador dele também - acreditam em duas hipóteses, variando de acordo com o cão. A primeira é que o cão se sente acuado quando está na guia, ele sente que não vai poder correr se acontecer alguma coisa - e parte pro ataque, pro outro cão nem pensar em se aproximar. A outra hipótese é que o cão "cresce" na guia - ele se sente mais forte, pois está ligado ao dono e acha que pode contar com ele em caso de confusão. Como os cães em geral adoram medir forças, isso pode ser o suficiente pra eles partirem para a prática. Conversando com a vet, ela levantou outra possibilidade: quando nós estamos ligados pela guia, ele se sente no dever de me proteger, e parte pra cima dos cães que se aproximam.
O Boomer começou com isso quando a Preta morava lá em casa, e eu levava os dois juntos pra passear. Ele não deixava que nenhum macho se aproximasse dela, sentia ciúmes. Queria aquela fêmea só pra ele. Foi logo depois do Boomer fazer 1 ano e deixar de ser filhote, e acho que isso contribuiu ainda mais para moldar esse comportamento.
Acho que nunca saberemos o motivo específico que leva um cão a ter determinado comportamento, mas todos os autores concordam que a agressividade na guia é um comportamento adquirido, e que deve ser corrigido como qualquer mau-hábito. Para isso não basta comunicarmos ao cão que não queremos que ele faça isso. Devemos ensiná-lo qual o comportamento mais adequado quando ele se deparar nessa situação.
Semana passada chegou um livro que eu tinha encomendado pela Amazon que trata desse caso específico:
Feisty Fido: Help for the Leash-Aggressive Dog
O livro basicamente introduz o comando "look", que eu traduzi como BOOMER, OLHA!
A idéia é que se o cão olhar para os olhos do dono ao invés de se concentrar no rival que se aproxima, ele não vai atacar. São duas ações incompatíveis. Então o objetivo final é que o Boomer veja um cachorro e pense: "vou olhar pra quem tá passeando comigo e vou ganhar alguma coisa com isso". Ele deve criar essa associação. As autoras ensinam a progressão e os diversos níveis de dificuldade a que o cão deve ser exposto durante o treinamento, as dificuldades que podem surgir e como driblá-las, algumas "saídas de emergência", pra momentos em que você sabe que o cão não vai te obedecer, entre outros. É um livro curtinho mas muito interessante e bem embasado e realista. A proposta é solucionar o problema de uma maneira simples porém de difícil implementação, e as autoras têm consciência disso e pedem um prazo de 4 a 6 meses e muito treino para seu funcionamento perfeito.
Ontem comecei a implementar a técnica com o Boomer. Como ele já está acostumado a treinar e entende muito rápido o que se espera dele - além de gostar de agradar - o começo foi muito bom. Em casa ele entendeu perfeitamente o comando. Na rua, onde as distrações são muitas, levei salsicha de frango picadinha (doguitos não funciona com ele na rua, tem que ser alguma coisa BEM interessante) e comecei a dar o comando sem nenhum cão por perto. Deu tudo certo, então comecei a dar o comando quando ele via um cão bem ao longe (quanto mais perto, maior a dificuldade). Até agora, ele está progredindo. Treinamos ontem à tarde e hoje pela manhã. No processo, alguns machos passaram bem perto dele sem que eu tivesse tempo de me esquivar. Claro que ele partiu pra cima. A partir de agora devemos eviatr essa situação, pra cortar mesmo o hábito. Enquanto ele não consegue se controlar, devemos atravessar a rua, dar meia volta, qualquer coisa pra ele não "errar".
Depois volto com mais notícias!
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7.5.09
Boomer & Barney
Essa semana, pela primeira vez um macho foi visitar lá em casa. Pois é, o Boomer sempre recebeu visitas da Mafalda (Westie de uma amigona minha), e já tinha convivido com a Preta em casa - tendo apresentado algum nível de ciúmes, mas sempre se mostrando disposto a brincar mais do que qualquer outra coisa.
Então, essa segunda feira recebemos uma visita super esperada: o Barney, um cocker spaniel dourado, enorme e hiperativo de um amigo nosso. O bicho não pára quieto um segundo! E olha que o Boomer tem uma energia considerável, gosta de brincadeiras vigorosas e tal... não é disso que eu estou falando! Barney não pára de abanar o rabo, olha pra todos os lados, quer fazer mil coisas por segundo. O Boomer é mais de se concentrar em uma atividade, ficar alerta ao que está acontecendo.
Assim que o Ari e o Barney chegaram, já percebi que não ia ser como as visitas de meninas lá em casa, onde o Boomer não se incomoda de dividir - e até ceder - potinhos, brinquedos, cama. Ele ficou rodeando a porta e o Barney (muito esperto) não quis entrar. Boomer não rosnou nem nada parecido, mas dava pra entender a mensagem claramente - ali a casa é DELE. Depois colocamos os dois pra dentro, e eles foram se cheirando - Barney totalmente relaxado, Boomer pacífico mas sempre alerta. Foi quando o Rapha resolveu dar um petisco pra eles se acostumarem com a presença um do outro. A intenção foi boa, mas talvez por não ter se envolvido tanto com adestramento, cometeu um erro básico: deu o primeiro petisco pra visita! Aí começou, né? Boomer, que estava se controlando, partiu pra cima. Foi bem fácil segurar a briga, o Boomer obedece muito bem o SENTA. Aí ele fica lá, sentadinho e rosnando e esperando ser liberado. Bom, depois disso a visita oscilou entre momentos de tensão e relax, e quando o Barney precisou ir embora eles já estavam até ensaiando uma brincadeira. Um dia eles se encontram em "local público", aí acho que vão e dar bem. Dessa vez, não deu pra relaxar e tirar uma foto...
Então, essa segunda feira recebemos uma visita super esperada: o Barney, um cocker spaniel dourado, enorme e hiperativo de um amigo nosso. O bicho não pára quieto um segundo! E olha que o Boomer tem uma energia considerável, gosta de brincadeiras vigorosas e tal... não é disso que eu estou falando! Barney não pára de abanar o rabo, olha pra todos os lados, quer fazer mil coisas por segundo. O Boomer é mais de se concentrar em uma atividade, ficar alerta ao que está acontecendo.
Assim que o Ari e o Barney chegaram, já percebi que não ia ser como as visitas de meninas lá em casa, onde o Boomer não se incomoda de dividir - e até ceder - potinhos, brinquedos, cama. Ele ficou rodeando a porta e o Barney (muito esperto) não quis entrar. Boomer não rosnou nem nada parecido, mas dava pra entender a mensagem claramente - ali a casa é DELE. Depois colocamos os dois pra dentro, e eles foram se cheirando - Barney totalmente relaxado, Boomer pacífico mas sempre alerta. Foi quando o Rapha resolveu dar um petisco pra eles se acostumarem com a presença um do outro. A intenção foi boa, mas talvez por não ter se envolvido tanto com adestramento, cometeu um erro básico: deu o primeiro petisco pra visita! Aí começou, né? Boomer, que estava se controlando, partiu pra cima. Foi bem fácil segurar a briga, o Boomer obedece muito bem o SENTA. Aí ele fica lá, sentadinho e rosnando e esperando ser liberado. Bom, depois disso a visita oscilou entre momentos de tensão e relax, e quando o Barney precisou ir embora eles já estavam até ensaiando uma brincadeira. Um dia eles se encontram em "local público", aí acho que vão e dar bem. Dessa vez, não deu pra relaxar e tirar uma foto...
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